História The essence - Capítulo IV

~ P.O.V Cosima ~

- vamos lá, não seja tão cruel comigo _ eu disse olhando nos seus olhos e sorrindo. 

- Um dia, quem sabe, eu permita que Você conheça mais sobre mim_ ela disse sorrindo de canto. 

 Nos sentamos na mesa, e aquilo parecia realmente um encontro apesar de ser apenas uma noite comum em que eu jantaria com a minha chefe. Na verdade não tem nada de comum nisso, mas é só o que essa noite guardava  pra mim.

- Então voce concorda com os projetos? _ ela disse enquanto mastigava a comida. Os franceses e sua mania de falar enquanto comem. Não que eu estivesse achando nojento mas era realmente engraçado ver aquilo e eu tive que me segurar pra não soltar uma risada. 

- Sim. Você é uma mulher com ótimas idéias Sra. Cormier _ delphine bebeu um pouco do seu vinho e eu logo me apressei de encher a taça novamente.

- Cosima, nos trabalhamos amanhã. _ ela chamou minha atenção.

- Mais um pouco de vinho não vai fazer tão mal. _ eu disse enquanto continuava enchendoa sua taça.

- Eu já estou um pouco alterada, não precisa.

Eu olhei pra ela com um sorriso que eu não pude conter. Eram tantas coisas que eu poderia fazer com ela, mas claramente nós duas não iriamos nos lembrar direito no outro dia.

Meu Deus! Como assim? 

Meus pensamentos sempre me levam para Delphine, eu estava realmente pensando em beija-la e tocar o seu corpo e minha única preocupação era se iriamos nos lembrar. Mas droga, ela estava noiva, eu me sinto uma criminosa só por deseja-la.

- Me fale sobre o seu noivo. _ ela me olhou com um sorriso, deu um gole no seu vinho. 

- Ele se chama Michael, é da frança é uma boa pessoa! _ ela disse parecendo que não queria mais falar sobre o assunto mas eu não poderia deixar de saber mais sobre ela. ela me olhou novamente.

- Por acaso você está interessada em meu noivo sra.Niehaus? _ela disse seria, e eu realmente quis soltar uma risada, como assim? Será que não era obvio a maneira que eu olhava pra ela, admirando cada parte dela ? Eu queria ela e não o embuste do noivo dela. 

Eu soltei uma risada, mas delphine continuava seria.

- sra. Cormier definitivamente eu não estou interessada em seu noivo, digamos que ele não faz meu tipo. _ ela me olhou sem entender, e eu sorri.

- Você nem o conhece. 

- Eu não preciso conhece-lo. 

- Espera. _ela disse confusa. - entao Você é. ._ Delphine não continuou falando então eu continuei pra ela. Aquilo era tão engraçado.

- lésbica? Sou sim. _Delphine me olhou por uns segundos sem dizer nada e eu temi que estivesse falando com uma homofóbica, porém ela sorriu. 

-Você não iria gostar dele mesmo se fosse hetero. 

- Como assim?

- Ele é uma otima pessoa, é lindo, mas é muito ocupado com o trabalho e suas empresas, provavelmente nem notou que eu saí da França. _ eu fiquei surpresa com a resposta de Delphine, como alguém não consegue dar atenção pra uma pessoa como Delphine? 

- Ele não tem tempo pra voce? _ eu disse por fim, precisava saber como ela se sentia.

- Não. _ela bebeu mais vinho. - Então, por que ainda está com ele? Gosta dele tanto assim? _ ela me olhou como se estivesse surpresa pelas minhas perguntas invasivas - Pressão familiar. Nós crescemos juntos e tudo o que todos querem é que nós fiquemos juntos. No inicio eu o amava, mas não da pra competir com o trabalho dele, então eu vim pra cá, ficar um tempo longe de tudo aquilo. _ uma lagrima escorreu pelos olhos de Delphine e eu me levantei pra abraça-la rapidamente. 

- ta tudo bem Del. _ eu falei enquanto abraçava ela pela cintura.- tenho certeza que tem alguem disposto a largar tudo por Você, pra ter Você por perto. _Delphine me olhou, e eu percebi que no mais intimo de mim, eu queria ser aquela pessoa. A pessoa que iria largar tudo pra ficar com ela.

-  Obrigada _ ela disse enquanto secava as lagrimas e tentava se levantar da cadeira. Delphine cambaleou, e eu a segurei para que não caísse. 

-Acho que alguem bebeu demais _ eu disse sorrindo pra ela. 

- Preciso ir embora. 

-Voce não pode dirigir assim Delphine.

Ela me olhou mostrando que não iria passar a noite em meu apartamento. 

- Eu te levo em casa. _ peguei as chaves do carro da sra.cormier, e desci as escadas segurando em sua cintura pra que ela não caisse. 

Entramos no carro, e ela disse o endereço. 

Eu olhava atentamente para a rua, mas as vezes não conseguia desviar o meu olhar para as pernas da diretora. Delphine se virou pra mim de repente quando eu olhava novamente para as suas coxas. 

-Você me acha sexy ? _ ela me olhava desafiando que eu a respondesse, e eu me concentrei em manter meus olhos na pista mesmo sabendo que ela me encarava. Eu não sabia como responder aquela pergunta, é obvio que eu achava ela sexy, mas eu não poderia dizer isso pra ela! 

-Você é muito bonita sra. Cormier! _ tratei-a formalmente para que ela entendesse que nossa relação era extremamente profissional e que não devia haver esse tipo de conversa. 

- Não foi isso que eu perguntei. _ ela estava realmente empenhada em saber a resposta, mas creio eu que ela ja sabia.

- Onde a sra. quer chegar ?

- Na sua resposta sra. Niehaus- ela disse com um sorriso em seus labios. Eu ignorei sua pergunta, claramente ela estava bêbada e não sabia o que estava dizendo e no outro dia iria sentir vergonha. 

 Estacionei o carro em frente a uma casa extremamente linda, com um jardim lindo, com algumas luzes que permitiam que mesmo que estivesse de noite as pessoas pudessem ver as flores .

 - Prontinho _ eu disse olhando pra ela . 

- Obrigada_ ela disse chegando perto de mim e beijando a munha bochecha. Meu Deus, ela queria me deixar louca? Eu pude sentir um calor se instalando no meio das minhas pernas por ter um contato com a sra. Niehaus.  Segurei o volante com mais força pra que eu não puxasse ela pra um beijo mais profundo.  Ela sorriu olhando pra minha boca, claramente eu deveria estar vermelha como um tomate.

- eu _ tentei falar_ eu vou chamar um taxi. _saí do carro e liguei pro taxi, já que eu estava com o carro da diretora e não teria como voltar pra casa. 

- até amanha cosima _ ela disse enquanto abria a porta de sua casa e sorria pra mim.

- até sra. Cormier. 

[...] 

O taxi me deixou em casa, e tratei de já entrar para a banheira, meus pensamentos só me levavam a Delphine, em seu beijo na minha bochecha, em seu sorriso, e em como eu queria ser a pessoa que finalmente iria dar a ela o que ela tanto precisava.