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História The Fabulous Mystery Of The Iero Family (Hiatus) - Accounts Settlement 1 -Frank


Escrita por: hilary_rythme e Nikki_Mary

Notas do Autor


Ollllláááááá, pessoas!! 'u'
E aí, tudo bem com vocês? :3

Primeiramente, perdão pela demora ;-;

Segundamente: Esse capítulo é divido em duas partes, sendo essa a parte um. Resolvemos dividir porque senão o capítulo ficaria muito grande. Daí ficaria exaustivo para vocês lerem, e isso não é bom ,_,

Enfim, perdão por quaisquer erros e pela formatação meio(quase totalmente), bugada.

Epero que gostem do capítulo, (e de mortes, e sangue... 👀).

Beijos e boa leitura!!! :3

Capítulo 9 - Accounts Settlement 1 -Frank


Fanfic / Fanfiction The Fabulous Mystery Of The Iero Family (Hiatus) - Accounts Settlement 1 -Frank

       Eu não trabalho no dia seguinte.

    Simplesmente me recuso a sair da cama nesta manhã. Jamia chacoalha meu braço algumas vezes, dizendo-me para que eu me apressasse, caso contrário me atrasaria para o trabalho. Contudo, faço o possível para ignorar suas palavras quase sussurradas, resmungando que não estou disposto a ir para a empresa hoje, afastando sua mão quando tenta passá-la por meu rosto. Após alguns minutos ela finalmente desiste e para de me chamar, depositando um beijo cálido em minha testa antes de sair.

    Passado algum tempo, que creio ser o suficiente para Jamia já ter saído de casa, levanto-me vagarosamente e me sento no colchão, apoiando a costas no espelho da cama, ainda tendo o lençol cobrindo-me as pernas. Puxo as mesmas para frente, envolvendo-as com meus braços tatuados expostos pela camisa de mangas curtas, com que nesta noite dormi.

    É impossível evitar que a cena do estacionamento venha à minha mente, passando e repassando inssessantemente, até eu não poder aguentar mais. Mas não por peso na consciência - não exatamente - ou remorso. Já não sinto isso a muito tempo, tanto que mal consigo me lembrar. (Ao menos quando o assunto é tirar a vida de pessoas, com "culpa no cartório").

    E esse é justamente o problema.

    Depois de algum tempo pensando, lembrei-me de quem era aquele homem.
Seu irmão; seu único parente ainda vivo; estava envolvido numa espécie de grupo composto por sádicos e pessoas com tendência a serem psicopatas. Um grupo consideravelmente grande e que estava crescendo e causando problemas cada vez mais graves.

    Naquele momento, não pareciam nada para maioria das pessoas, mas acredite em mim, eles eram, ou se tornariam. Já cometi esse mesmo erro algumas vezes, e me arrependi amargamente depois. Eles crescem sempre pouco a pouco, corrompendo vagarosamente todos que podem. E quando se dão conta, já é tarde demais.

   Ou quase isso.

   Por mais cruel que pareça ser, aqueles homens tinham que ser eliminados. Para o bem de todos; eles tinham.

   Entretanto, o homem de ontem a noite não teve culpa de nada.

   Pendo a cabeça para frente, apoiando-a nos joelhos. Encolho-me um pouco mais, perdido pensamentos. Eu não iria matá-lo. Falo para mim mesmo, revendo a cena onde ele tirava sua própria vida em minha mente num loop sem fim. Eu não queria matá-lo.

    Posso ter o ferido com o canivete, mas aquela lâmina era pequena demais para ocasinar algo grave, já que só o atingi uma vez. O corte foi feito com a intenção de enfraquecê-lo e atrasá-lo, não tirar sua vida - por mais que o próprio houvesse ido com a intenção de me matar e no começo eu não me lembrasse dele.

    Não posso sair simplesmente assassinando pessoas por aí, embora seja o que fui treinado para fazer. Nunca fui o tipo de pessoa que segue todas as ordens que me dão, como um marionete, e não vou mudar agora.

    Não que eu nunca tenha visto uma cena semelhante a essa. Já vi muitas coisas em minha vida que não gostaria de ver. Todavia, creio que meu choque tenha se ocasionado pela surpresa e incredulidade. O que levaria uma pessoa a se suicidar dessa forma? O que achava que eu faria com ele? Estava claro o medo que tinha da morte, entretanto, ao que parece, o medo do que eu poderia fazer com ele era maior ainda.

    Não o julgo, apesar de não me considerar tão cruel em meus métodos. Pelo menos é o que acho. Aquele homem sabia que se falhasse, estaria perdido. Ele tinha noção das consequências, e mesmo assim veio.

    Contudo nada me tira da cabeça que eu poderia ter evitado aquilo, que deveria ter pegado mais leve com ele levando em consideração que era apenas um homem iludido e inocente em busca de vingança.

    Ele devia estar muito motivado, ou perturbado, porque ninguém em plena consciência viria atrás de mim sozinho e tão despreparado quanto ele. É como bater desesperadamente na porta da morte e ainda pinchar os muros da casa dela.

    É loucura.

    Levanto a cabeça, passando a mão por meus fios castanhos, afastando-os dos olhos. Não adianta chorar pelo leite derramado, não irei a lugar nenhum me lamentando aqui. Estico vagarosamente as pernas na cama, descobrindo-me logo em seguida. Após trocar de roupa e fazer minha higiene matinal, acomodo-me num dos sofás da sala com as pernas cruzadas, tendo o tornozelo sobre a coxa direita e o celular na mão.

    Balanço-o entre os dedos, em dúvida sobre para quem irei ligar.

    Para Christian está fora de cogitação. Toda a confusão de ontem chamou sua atenção, e ele, incrédulo, não hesitou nem por um segundo em jogar mil e uma coisas na minha cara. Entre elas: que já sabia que alguém estava atrás de mim, seguindo meus passos, mas que não pôde me dizer porque me recusei terminantemente a escutá-lo.

    E com isso vieram diversas lições de moral e advertências. Que eu deveria ouvi-lo mais, prestar mais atenção ao que diz, - ou ao menos tentava dizer. Passou vários minutos resmungando algo sobre eu precisar tomar mais cuidado, se não iria morrer - como sempre diz que ocorrerá; e que também considero ser um pouco provável. - E outras coisas mais.

    Não vou ligar para Christian para ter o desprazer de ouvi-lo falar e falar por mais de meia hora o quão descuidado eu sou. Minha própria mente já me adverte demais sobre isso.

    Deslizo o dedo sobre a tela, indo e voltando na lista de contatos, ainda decidindo-me para quem ligar. Por fim paro pela oitava vez no nome de Camily, mas dessa vez finalmente inicio a chamada. Ela não demora a atender, gritando um "Hi, Frank!" Que me faz arregalar levemente os olhos, afastando o aparelho do ouvido.

    - Oi para você também, Camily. - Começo, pondo a ligação no modo viva-voz. Jogo o celular numa almofada, decidindo começar a conversa com o que houve ontem. - E então, tudo ocorreu bem?

    - Com o corpo? - Diz, e por seu tom de voz sei que está falando na altura "normal".

    - Camily! - Repreendo-a. - Quantas vezes já disse para não falar essas coisas com a voz alta?

    - Mas não tem ninguém por aqui.

    - Você sabe melhor do que ninguém que para aparecer alguém são apenas cinco segundos.

    - Okay, okay. Eu falo mais baixo. - Ela responde e eu massageio as têmporas, suspirando. - Enfim, sim, tudo ocorreu perfeitamente bem. - Graças a Deus. - Fique tranquilo, a equipe de "limpeza" já cuidou de tudo.

    - Ótimo. Como sempre fez um bom trabalho, Camily.

    - Claro, - ela ri. - Eu sou eu! - Reviro os olhos. Exibida.

    - Okay, Camily, mas não foi para falar sobre isso que eu liguei para você, e sim sobre algo mais importante. - Me indireito no sofá. - Preciso da sua ajuda.

    - Com o quê?

    - Se lembra do pen-drive que te dei a dois dias atrás?

   - O que me pediu para não abrir os arquivos?

   - Sim, esse mesmo.

   - Está comigo, precisa dele?

   - Não exatamente. - Corrijo a postura e ponho meus pés sobre o sofá, com os tornozelos cruzados. Pego o celular, aproximando-o do rosto. - Sabe o que eu disse antes? Pode esquecer; abrá-os agora.

   - Okay... - Ouço o ruído de chaves se chocando e de uma gaveta se abrindo. Alguns segundos se passam até ela voltar a falar. - Wow, que porra é essa, Frank?

    - Olha a boca, Camily!

    - Olha quem fala! - Ela diz, e mesmo qur não possa vê-la, sei que  está revirando os olhos. - Mas não mude de assunto... O que é isso?

 - Pastas. - Digo, querendo soar sarcástico; acho que consigo. - Algumas apenas com textos; mas outras...

   - É justamente dessas outras de que estou falando. - murmuro um: " Nossa, que ótimo senso de escolha você tem." Antes d'ela resmungar: - Ah vá, cala a boca! Mas falando sério, me atualiza.

    - É o que fazem com quem os traem, - vizualizo mentalmente seu cenho se franzindo. - E em outros em outros casos também.

 - Que horror. - Ela diz, um pouco afetada. Concordo, pedindo para que apesar de tudo, não se concentre muito nisso e que abra a pasta número dois. - Feito.

    - Ótimo, agora o que quero que faça é muito simples, porém, um pouco complicado. Descubra todas as informações possíveis sobre Eliton Grimm, e acima de tudo: descubra a fonte de tudo, o local onde se encontram, se é que está me entendo. O que tem aí é tudo que já sei sobre ele.

    - Certo, e é para quando?

    - Hoje. Se possível antes de anoitecer.

    - Mas o quê?! - Reviro os olhos diante da sua reação totalmente esperada. Admito estar exigindo um pouco de mais dela nesse momento, mas procurem me entender, é necessário. - O que acha que eu sou, uma máquina? - Ouço-a bufar.

    - Não, mas tem as habilidades de uma.

    - Obrigada pelo elogio, se é que foi um elogio, mas tenha certeza que um dia isso terá volta, Frankie. - Rio internamente, mas não duvido dela. Não importa o que seja, Camily nunca esquece. - Mas por que para hoje? Não dá para esperar mais um pouco?

    - Não. E respondendo sua outra pergunta... - Hesito um pouco, Camily não gostará nem um pouco da minha resposta. Suspiro - Eu irei para lá. Acabarei com tudo hoje. - Um longo silêncio se faz.

    - Quantas pessoas vai levar com você? - Pergunta, com a voz quase falhando, como se já previsse o que falarei a seguir.

    - Eu vou sozinho.

    - ...

  - Camily... - Ela não responde. Aumento o volume para certificar-me de que ela não esteja murmurando ou sussurando alguma coisa. - Camily?

    - VOCÊ ESTÁ LOUCO?! - Grita, fazendo-me afastar o celular do ouvido, sentindo-o doer. Se arrependimento matasse... - Está querendo o quê? Morrer?!

    - É claro que não mas... Não dará tempo de pedir ajuda. - Na verdade, daria sim; mas para que piorar a situação? - Minha melhor opção é ir sozinho e... - Ela me interrompe.

    - E se matar?

    - E provar mais uma vez para mim mesmo que consigo. - Camily fica calada novamente, provavelmente planejando mil e uma formas de me impedir de fazer tal loucura. Mas não me permitirei ouvi-la tentar me convencer. Suas súplicas poderiam dar certo.

    - Frank, por fa...

 - Antes do anoitecer, Camily. - Interrompo-a antes que comece a falar. - Bom trabalho, e tchau. - Dou fim a chamada, não importando-me muito com o fato de que ela ficaria ou não puta comigo. Ela com certeza ficará.

    Depois de um tempo fazendo nada na sala volto para o quarto. Não tenho vontade de assistir TV e nem mesmo de ler, que é o que costumo fazer quando estou em casa. Suspiro, fitando o quarto, mas sorrio ao ver uma velha amiga de que havia me esquecido à algum tempo, por conta da correria do dia-a-dia.

    Minha guitarra. 

   Perfeito, é isso que farei até o fim da tarde, quando inevitavelmente terei que me preparar e não mais poderei fugir das minhas responsabilidades. Suspiro novamente  antes de pegar minha querida Pansy, conectá-la ao equipamento de som e começar a tocar.

                                    ***

    Camily me liga duas horas depois, dando-me todas as informações que eu precisava. (Eu disse que ela tinha as habilidades de uma máquina).

    Ela obviamente tenta me convencer de não ir e eu obviamente finjo que não a escuto. Desligo logo após ela me dar o endereço. Não é muito longe da minha casa. Ótimo.

    Passado alguns segundos ligo para alguns... "amigos" e peço que vão até o local indicado por mim, cujo qual irei hoje à noite e digo para que deixem lá alguns presentinhos encomendados cuidadosamente por mim.

    Quando o relógio marca às 20h00m começo a me preparar. Abro o closet, explorando uma parte mais escondida do mesmo. O cantinho onde guardo as roupas que, sinceramente, gostaria de vestir todos os dias ao invés dos ternos caros comprados por mim mesmo.

    Não demoro muito a escolher uma camisa cinza de mangas curtas do Iron Maiden, uma calça jeans um tanto folgada, rasgada nos joelhos e um All Star preto de cano médio. Por fim completo o "look" com um casaco verde que amarro em torno da cintura. Pego um sobretudo comprido também, para não chamar tanta atenção ao sair de casa. Meus vizinhos não estão acostumados a me ver vestido como uma pessoa normal.
   
    Direciono-me a um lugar oculto do Loft, cujo a entrada se localiza na biblioteca e só é aberta ao se puxar um livro específico e se digitar uma senha simples num painel que fica atrás da prateleira.

    Antes de sair do quarto trouxe comigo uma mochila consideravelmente grande, onde agora ponho algumas coisas que julgo serem necessárias, tais como: facas de tamanhos variados, revólveres e carregadores de bala, entre outros. Espalho também algumas armas ao longo do corpo de forma com que fiquem camufladas pela roupa, não levantando suspeitas.

    Antes de sair de casa verifico se tudo está na bolsa e se meu celular está no modo silencioso. Seria péssimo se ele tocasse na hora errada. Fecho os botões e amarro a tira do sobretudo em volta da cintura que eu ainda não havia fechado. Pego as cópias das chaves de casa que pertencem a mim antes de sair de descer as escadas.

    Respiro fundo; estou preparado!

    A única coisa que faço antes de trancar a porta é deixar um bilhete para Jamia onde dou uma desculpa qualquer e lhe informo que chegarei tarde casa. Se é que chegarei.

    Felizmente o trânsito está bem calmo, portanto, não demoro a chegar no meu destino. Estaciono a três quarteirões do grande prédio onde entrarei, procurando não chamar muita atenção, apesar disso ser quase impossível com o carro que tenho. Poderia até ter escolhido um modelo mais simples e "normal", mas não abro mão do meu adorado parceiro de perseguições. Na minha opinião, ele é o melhor para isso.

    Antes de sair do carro abro um compartimento no painel do carro onde deixo guardadas algumas coisas e pego um lápis de olho, logo o passando em meus olhos com a ajuda do retrovisor. Quanto mais punk eu parecer, melhor. Bagunço levemente o cabelo, jogando-o para direções opostas. Por fim deixo a franja caindo parcialmente sobre um dos olhos, dando-me por satisfeito.

    Encaro-me por alguns segundos no espelho. Eu provavelmente seria sempre assim se não carregasse o peso que carrego na costas. Mas essa não é a realidade, então do que adianta pensar sobre o que poderia ter acontecido?

    Suspiro, saindo do carro com as mãos fechadas em punho. Ligo o alarme do mesmo, pondo as chaves do automóvel num bolso da calça. Retiro o sobretudo, pondo-o dobrado de modo que não ocupe muito espaço na mochila, num bolso isolado, onde não me atrapalhará caso eu precise retirar alguma coisa (o que com certeza farei).

    Caminho vagarosamente pela calçada em frente a entrada do prédio como "quem não quer nada", apenas observando o movimento, que é fraco nesse horário. Recebo um olhar duro de um segurança e devolvo-o com um de total descaso, mas não demoro a sair, dando a volta no prédio.

    Não tive tempo de falsificar nenhum crachá de acesso - na verdade nem ao menos procurei saber se um poderia ser feito a tempo -, então não me arriscarei em tentar entrar pela frente. Posso ser ousado - e um tanto louco -, mas nem tanto. Seria fácil demais me pegar desse jeito.

    Entro no estacionamento, procurando uma espécie de entrada dos fundos ou elevador, observando cada minucioso detalhe ao que escuto o som dos meus passos ecoarem amplamente ao meu redor. Ao longe avisto a porta metálica que tanto procurava, mas há um problema; ela não está "sozinha."

    Há um homem na sua frente, um segurança para ser exato. Alto, moreno, bem vestido e demasiado musculoso, até demais para dizer a verdade.

    Fecho as mãos, pressionando minhas unhas curtas contra as palmas, enquanto ponho um sorriso estranho no rosto. Aproximo-me felinamemte do mesmo, que não faz nada diante da minha aproximação, afinal, o que um "mero garoto" poderia fazer? Ele apenas me observa, como se esperasse para ver o que eu irei fazer.

    Temo que não gostará nem um pouco do que será.

    - Boa noite. - Começo, juntando as mãos atrás das costas, logo abaixo do fim da mochila. Minha voz sai baixa, quase num sussurro.

    - Boa noite. - Ele em compensação, se dirige a mim com a voz dura, quase cuspindo-as. Assim como eu imaginava.

   - Ora, para que ser tão mal humorado? - Pergunto, aproximando-me mais meio passo dele. Tento encarar seus olhos por trás dos óculos escuros, (aliás, quem caralhos usa óculos escuros de noite?!)quase não conseguindo vê-los por conta da lente. Ele não responde. - Noite difícil?

    - Não é da sua conta. - Moldo uma expressão um tanto forçada em meu rosto, mas ainda sim  convincente, como se houvesse, mesmo que minimamente, me magoado com suas palavras rudes.

    - Nossa, - Digo, com a voz afetada, pousando uma mão dramaticamente no peito. - Assim vou pensar que não gosta de mim. - O silêncio se faz entre nós novamente, o que só pode significar duas coisas: Que tudo está dando muito certo, ou que tudo está dando errado. Mas duvido que seja a segunda opção. Contudo, não posso perder o foco, meu objetivo é tirá-lo daí ou passar por ele, e fazer com que fique no mínimo imobilizado em seguida, para assim não ir atrás de mim.

    - O que quer?

    - Eu? Nada... - Movo-me devagar, caminhando ao redor do homem até me pôr atrás dele. Jogo o olhar em sua cintura, vendo um revólver preso ao cinto, junto a uma arma de choque. Vou apelar para aquele esquema super clichê que sempre dá certo. Fico na ponta dos pés, pousando as mãos sobre eles, os retirando de onde estavam sem que ele nem percebesse antes de sussurrar: - Apenas achei que poderíamos... Nos divertir. - Mordo de leve seu pescoço, sentindo-o, mesmo que minimamente, arrepiar-se, desarmando-o por alguns segundos, que é tudo o que preciso.

    Rio maliciosamente, dando um pequeno giro ao me colocar à sua frente novamente. Levanto o revólver rente a sua face, vendo-o finalmente reagir a algo que eu fazia. O mesmo levou as mãos rapidamente a cintura, procurando por suas armas, quase se desesperando ao perceber que não estavam lá.

    - Acho que terei que me divertir sozinho. - Faço uma expressão falsamente triste antes de finalmente socar-lhe no estômago, fazendo-o se inclinar para frente, soltando um baixo grunhido de dor. A prova de que sua montanha de músculos não serve para porra nenhuma além de um mero enfeite. - Ridículo. - Murmuro, atingindo-o no mesmo ponto, mas dessa vez com o dobro da força, usando o joelho. Por fim pressiono o botão da arma de choque, eletrocutando-o num ponto qualquer de seu peito.

    Ele perde a força das pernas e cai de barriga para cima no chão, sem mexer um músculo. Levo o pé à sua face, virando-a de uma forma delicada demais com o mesmo. Ele está só desmaiado, -infelizmente-, nada demais. Passo por cima do seu corpo, pouco me fodendo com o fato de que ele ficará aí estirado no chão. É o que merece.

     Entro rapidamente no elevador, optando por apertar um botão qualquer no painel numérico. No meio tempo que ele leva para subir pego outro revólver dentro da mochila e troco o carregador do que já tenho em mãos, deixando-o preso em minha cintura. Só então me dou conta de que não faço ideia de que tipo de prédio é esse, se é um hotel, uma agência ou algum outro tipo de empresa.

    Bom, isso não mais importa, tendo em mente que independente do que aconteça, minha decisão continuará sendo a mesma. Lanço um olhar para o painel, descobrindo que apertei o número cinco antes do som semelhante ao de um sino ecoar, para assim se abrirem as portas metálicas do elevador.

    Antes mesmo de poder sair do cubículo metálico, já prevejo que parar no quinto andar não foi bem uma boa ideia...

    Merda!

    Isto mais parece uma agência de espionagem do que qualquer outra coisa, mas deixando isso de lado... Uma série de homens caminham para lados opostos, alguns assinando papéis ou digitando em computadores, mas nenhum parece me notar até que alguém se choca acidentalmente contra mim, o que faz seu tablet desprender-se de seus dedos, indo direto ao chão. Ele logo percebe que não estou vestido da forma "padrão" e a primeira coisa que faz é tentar pôr a mão dentro do terno.

    Tentar, pois não vou deixar isso acontecer.

    Antes que o faça giro os ombros agilmete para trás, jogando a mochila no chão e dou um soco em seu rosto, o desequilibrando. Logo levanto o punho, destravando rapidamente a arma. Atiro, sem que haja a necessidade de pensar duas vezes. Se ele "trabalhava" aqui, boa pessoa não era. O alto ruído do revólver chama imediatamente a atenção dos demais, que largam o que fazem buscando suas próprias armas. A maioria delas não são de fogo, o que facilita as coisas.

    Faço uma rápida verificação de quem está com revólveres ou pistolas, atirando primeiro neles. Vejo-os cair um por um após as balas atingirem seus corpos. Não demora muito para o primeiro homem se aproximar, levando um chute no torso quando o faz. Não tenho tempo para ver o que acontece com ele ao que seus "colegas" também correm até mim, quase desesperados. Um deles com uma barra de ferro enorme nas mãos.

    Me pergunto qual a necessidade de tal desespero. O que acham que ganharão com isso? Uma promoção? Mas é claro que não. Tenho quase absoluta certeza de que não fazem a mínima ideia de quem sou, pois se soubessem, correriam como ratinhos assustados até suas tocas. Pois são covardes, e seria justamente a covardia que salvaria suas vidas. Mas como não é o caso...

    - Idiotas... - Sussurro comigo mesmo, imobilizando um pobre homem que vem com tudo para cima de mim, mas é rapidamente apanhado, tendo os braços e uma perna quebrada facilmente por mim. Atiro.

    Desvio o olhar do corpo para os outros que vinham até mim, mas que agora se encontram um tanto quanto... paralisados.

    Ora, ora. Parece que finalmente começam a entender a gravidade do que está acontecendo aqui. Percebo que alguns recuam - inutilmente - temendo o que pode acontecer. Com um movimento de cabeça jogo o cabelo que caia em frente aos meus olhos para trás, girando o revólver rapidamente entre os dedos. Percebo-os engolirem em seco.

    Respiro fundo, avançando neles, que ao ouvirem o quase inaudível choque do corpo de um dos seus parceiros contra o chão, parecem despertar de um transe, finalmente revidando meus ataques. Puxo um deles, quase colando nossos corpos e o desmaio com o choque de nossas cabeças. Em seguida, derrubo com uma rasteira o que estava atrás do outro, enquanto desvio rapidamente de um punho que vem velozmente em minha direção. Agarro o antebraço que passa direto ao lado do meu rosto, aproveitando-o para quebrá-lo e com ele girar o corpo do seu dono, atingindo os homens ao meu redor com o mesmo, logo derrubando-os.

    Golpeio o tórax do loiro a quem ainda tenho tecido caro do terno preso entre os dedos. Ouço-o grunhir antes que eu o jogue para longe, disparando a bala num lugar próximo ao seu estômago em seguida. Faço o mesmo com os demais, que ainda se levantavam. Puxo novamente o gatilho ao ver o homem com a barra de ferro vindo em minha direção, apontando a arma no seu peito; mas nada acontece. Franzo o cenho, tentando novamente. Porra! Por que as balas têm que acabar nas melhores horas?

    - Argh! - Murmuro segundos antes de ver a barra de ferro se aproximando gradativamente do meu rosto e virar meu corpo para trás, na famosa "ponte", tocando o chão com apenas uma das mãos enquanto a outra já se aproxima do quadril. Fecho meu dedos em volta do revólver, impulsionando meu corpo novamente para frente, pondo-me de pé. Seguro o objeto prateado antes que ele atinja meu pescoço com tudo, atirando duas vezes na perna da outra grande montanha de músculos que tenta me matar com ele.

    Tomo a barra de suas mãos, e o homem que a segurava cai de joelhos aos meus pés quando dou outro tiro em seu ombro. Dou uma joelhada em seu queixo, fazendo-o ir ao chão. Atravesso sua garganta com aquela merda de ferro, manchando-a de sangue e sorrio malignamemte ao ver o líquido poroso se espalhando gradativamente ao seu redor.

    Giro o objeto entre os dedos, preparando-me para aniquilar qualquer um que fique contra mim, e a medida que eles vêm, acabo com todos um por um. Às vezes usando o revólver que ainda tenho em mãos, recarregando-o a cada vez que o cartucho fica vazio, às vezes usando golpes, e às vezes usando o "presentinho" dado pelo homem que fracassou miseravelmente e agora tem um furo na garganta por tentar me matar.

     No fim tudo o que restam são corpos espalhados em montes pelo amplo chão, com diversos orifícios por onde transbordam litros e litros de sangue, que me fazem franzir levemente o nariz ao que o aroma ferroso em abundância adentra minha narinas. A adrenalina intorpecendo-me.

    Abro e fecho as mãos, testando-as. Meus dedos doem, mas nem tanto. Sinto-me um pouco fraco, contudo não é nada demais. Por alguns segundos observo minhas vestes, vendo parte delas arruinadas, tendo sangue - tanto meu quanto dos outros - espalhados por elas e rasgões a mais em minha calça.

    Ao longe localizo um ser ainda vivo se arrastando vagarosa e disfarçadamente pelo chão, provavelmente rezando para que eu não o veja. Sorrio comigo mesmo, mostrando os dentes. Aproximo-me lentamente, com passos curtos e quase inadiáveis, pisando em alguns dos homens mortos a medida que avanço. Confesso o fazer de propósito, mas mesmo que não quisesse, seria inevitável sujar meus tênis com o sangue imundo desses ratos, além de isso tornar meu caminho mais curto.
  
    - S-Senhor, - diz, com a voz baixa, que falha pelo medo e pela dor. Ele tem um celular nas mãos, por onde provavelmente avisaria ao seu chefe sobre mim. Sinceramente, não sei como conseguiu chegar tão longe sem que eu percebesse. Ele era muito bom no que fazia, tenho que admitir. Era... É realmente uma pena.

    Bato o pé no chão, emitindo um ruído com a garganta. O moreno me encara quase esbugalhando os olhos ao perceber que estou atrás dele. Pendo a cabeça para o lado desenhando nos lábios um sorriso que não sei ao certo como classificar; acho que pertubador pode ser a palavra certa.

    Minha mente sai um pouco dos eixos quando mato tantas pessoas dessa forma. Ele tenta se mover novamente, mordendo o lábio inferior para não grunhir; só então percebo que sangra pela barriga e têm ambas pernas quebradas, sendo esse o motivo para já não ter saído correndo o mais rápido que suas pernas poderiam aguentar daqui.

    - Interessante. - Murmuro, antes de pisar numa de suas pernas. Ele grita, procurando abafar o som e amenizar a dor mordendo o antebraço com uma força desmedida, que poderia ter rasgado o tecido caro. Giro o calcanhar, deleitando-me com seu sofrimento. Ele ofega em alívio quando afasto-me alguns centímetros dos seus ossos quebrados, dando alguns passos antes de me pôr de cócoras em frente ao seu rosto. Solto a barra de ferro. - Olá...

    O moreno obviamente não responde, parecendo tremer ainda mais quando minha voz adentra seus ouvidos. Pouso o cano da arma no seu peito, sentindo-o contrair-se com o contato.

    - O que pensa que iria fazer? - Digo, ouvindo minha própria voz saindo tão fria quanto o gelo. Tomo o celular de suas mãos, pondo a ligação em modo de espera. - Agora, quero que diga, lentamente, o que está acontecendo. - Desativo a pausa, aguardando suas palavras, mas nada acontece. Franzo o cenho, não demorando a levantar o revólver na altura do seu quadril e puxar o gatilho. Ele não vai morrer com isso, não imediatamente. O mesmo grita novamente, dessa vez mais alto. - Eu disse, para falar. Agora! - Minha voz ecoa ferozmente por todo o andar vazio e ele novamente treme, como se estivesse tendo uma convulsão.

    - S-Senhor... - Começa, com os olhos preenchendo-se de lágrimas. Engole em seco.

    - O que quer, Carlos? - Uma voz masculina responde, sendo abafada por um som que não consigo identificar.

    - Tem um homem... - Ele cerra o maxilar, liberando as lágrimas que descem silenciosamente por seu rosto. Ele não emite ruído algum ao chorar.

    - Um homem? Que homem? - Pergunta, seu tom de voz demonstra impaciência. O homem ao meu lado treme ainda mais.

    - Frank... - Sussurro, para que só ele possa me ouvir. - Frank Iero. - O moreno rapidamente assente, repetindo o que eu disse para o homem do outro lado da linha. Um longo silêncio se faz, mas sei que ouviu o que foi dito. Sorrio abertamente.

    - O que disse...? - Antes que Carlos possa abrir a boca para responder algo, afasto o celular do seu rosto, aproximando-o do meu.

    - É exatamente o que ouviu... - Rio roucamente, recebendo o silêncio novamente como resposta. - Espero que esteja aguardando ansiosamente por mim. - Desligo, soltando o celular e ouvindo-o chocar-se contra o chão. Desloco o revólver, agora pondo-o na testa de Carlos, que chora fracamente, já sabendo que para ele, não há saída. - Antes que eu te mate, diga-me... Onde ele está? - Gesticulo com mão livre. - Refiro-me líder dessa merda aqui.

    - Lá... - Aponta para cima. - N-Na festa... - Franzo o cenho.

    - Festa? - Pergunto, surpreso, mas para mim mesmo do que para ele. - Quanta ousadia... - Levanto-me, apertando as mangas do casaco que quase já desprendiam-se em minha cintura. Ponho o solado do tênis em seu ombro. - Em que andar?

    - O penúltimo. - Faço um pequeno esforço para ouvir o fio de voz que escapa de sua garganta. Ele não demorará muito para ele morrer. - Estão no 14° andar...

    - Obrigado... - Agradeço, decidindo-me que tipo de morte o daria. Opto pela rápida e quase indolor. - Se pudesse, me agradeceria por morrer assim. - Miro em sua testa, demorando alguns segundos antes de puxar o gatilho. - Que Deus o tenha no Reino dos Céus.

     Afasto-me do seu corpo, quando o sangue passa a se espalhar. Não quero detonar ainda mais meus sapatos. Dirijo-me às escadas, não querendo usar o elevador; terei mais tempo para pensar dessa forma, além de causar um maior suspense. Antes de começar a subir pego a mochila jogada próxima a porta do elevador.

    De dentro dela retiro uma faca, a qual a lâmina reluz ao refletir a luz fraca que ilumina os degraus. Lambo os lábios perversamente, imaginando o que farei com ela e abaixo o braço, mantendo-a ao lado do corpo.

    Estou mais que ansioso para acabar com essa festa!


Notas Finais


Vai, Frank, detona! Acaba com todo mundo!!! 'u' 🔫🔫🔫
>u<

Enfim, muito obrigada por lerem.

Mil beijos e até o próximo capítulo. :3 💓💓💓


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