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História The Fallen Angels - Tristeza, raiva e arrependimento


Escrita por: MathWhelin

Notas do Autor


Hello guys! Sentiram nossa falta? Bem, sem mais delongas vamos para esse capítulo incrível!!!!!!!

Capítulo 7 - Tristeza, raiva e arrependimento


Fanfic / Fanfiction The Fallen Angels - Tristeza, raiva e arrependimento

Capítulo 07

Os cinco jovens finalmente chegam ao restaurante da tia Lucy. Sam, Lisa e Lua foram as primeiras a entrarem e observarem atentamente o local confortável e bastante agradável. Mark e Thomas chegam logo a seguir e dirigem-se a mesa em que as meninas já haviam escolhido.

Mark pede licença e vai de encontro a sua tia, que provavelmente está na cozinha do lugar. Thomas senta com as outras e começa a participar da conversa animada entre elas. Ele sorri por ver que estão se dando bem, Sam é um pouco esquentadinha então era difícil as pessoas conseguirem aturá-la. Pelo pouco que observou, a Lisa   de inicio se portava muito tímida, mas quando ela finalmente se sente confortável com a pessoa com quem está falando, as coisas parecem fluir e ela esquece da timidez inicial, o que ele acha fofo. Já a Lua, ele já tinha a visto muitas vezes na universidade rodeada de várias pessoas, mas ela é  do tipo que ouve mais do que fala, ao contrário de agora, que depois da Sam, é a que mais fala.

-Thom- Sam o chamou, fazendo-o dar adeus aos seus devaneios e finalmente focar na conversa.

-Quê?- Thom pergunta um pouco desestabilizado e envergonhado por ter se perdido em pensamentos e praticamente deixá-las no vácuo enquanto as mesmas falavam consigo.

-Você não nos ouviu certo?- Lisa pergunta amigavelmente rindo de Thom quando o mesmo afirma com um manear de cabeça como se pedisse desculpas.

-Estávamos falando que o lugar é bastante confortável e tem um menu ótimo- Lua fala e as meninas logo concordam consigo.

-Realmente, me pergunto porque eu não conheci esse lugar antes?- Thom fala- Já escolheram o nosso almoço?

-Nós sim, só falta você e o Mark- Lisa diz olhando para onde Mark vinha com uma mulher baixa, de cabelo negro e curto, além de um sorriso lindo modelando os seus lábios.

A tia Lucy e Mark se aproximam da mesa onde os outros estão, Mark senta com os amigos e Lucy sorri de orelha a orelha, fazendo Mark praguejar baixinho, não vinha coisa boa quando ela sorria daquela forma, e ele não está tão errado assim.

-Olá pessoal- tia Lucy diz amigável.

Os presentes na mesa a cumprimenta e novamente Lucy toma rédeas da conversa.

-Sabiam que é a primeira vez que o Mark traz amigos aqui... e também a namorada- Lucy sorri animada, deixando Mark encabulado querendo se enfiar no primeiro buraco que visse, enquanto Sam corou violentamente.

Mesmo que eles não tivessem esse tipo de relacionamento, o que seria impossível já que se conheceram naquele dia mesmo e Sam ainda não ia muito com a cara do moreno, ele ainda cheirava a suor, meu deus que horror. Foi a ruiva que havia começado tal mal entendido, então corar foi inevitável.

Tia Lucy percebeu o sobrinho querendo desaparecer pelo que ela havia dito antes, e então notou a ruiva toda vermelha.

-Oh Meu Deus! Mark! Você está namorando a Samantha Moretz?- Lucy diz alarmada assim que reconhece a garota a sua frente.

-Não!- os dois respondem ao mesmo tempo, impossível saber quem estaria mais vermelho e envergonhado entre aqueles dois.

Enquanto isso Lisa e Lua se seguravam  o máximo para não rirem, já o Thom não conseguiu tal proeza e gargalhou alto, recebendo dois olhares assassinos em sua direção e um soco brincalhão, que Mark lhe deu, no ombro direito. As outras garotas também riram, mas não tão quanto foi a risada do Thomas.

-Não é isso senhora- Sam começou- Somos apenas amigos- achou melhor do que dizer que eram apenas conhecidos, como de fato é- Eu apenas fiz que pensasse em algo mais, desculpa.

-Que isso, não precisa se desculpar, é que o Mark nunca trouxe uma namorada, ou ao menos amigos, e quando você me ligou, minha imaginação subiu a mil. Você não tem culpa, o único culpado aqui é o Mark - Lucy diz olhando para o sobrinho.

-Mas por quê?- Mark pergunta, por que ele tem culpa ali?

-Porque você é um encalhado- esse foi o gatilho para todos gargalharem com vontade, menos o Mark obvio.

O moreno sentiu-se realmente ofendido, ele sabia que não deveria levar sua tia até a mesa, mas ninguém pode detê-la. Suspirou profundamente tentando de alguma forma regular sua respiração, para que não se irritasse mais.

-Bem eu só sei o nome da Samantha...- Lucy diz.

Os outros, um a um, vão se apresentando e trocando cumprimentos.

-Então, já decidiram o que vão pedir?- Lucy adiantou-se a pegar a caderneta que estava no bolso do seu avental e anotar todos os pedidos feitos pelos cinco jovens. Logo seguiu para cozinha, assustando-se assim que viu sua sobrinha escondida atrás da bancada observando os garotos de antes.

-Que susto Ysla, o que está fazendo aí menina?- Lucy pergunta para garota de longos fios negros.

-Quem são aqueles com o  Mark?- a garota perguntou visualmente ciumenta. Ela ama muito o irmão mais velho e é um pouco possessiva quando o assunto é o Mark.

-Ah! São os amigos dele e aquela ruiva, guarde minhas palavras, será em um futuro próximo, bem próxima do Mark- a tia Lucy falou, fazendo o olhar da garota virar-se para fitar a tia.

-O quão próximos a senhora está falando?- Ysla perguntou um pouco incomodada.

-Estou falando que eles vão namorar, eu sou boa nisso. Na verdade, quando éramos jovens, todos acreditavam que a sua mãe noivaria com o ex namorado, eu fui a única a apostar em um romance entre seus pais, e olha só, eles se casaram e tiveram vocês dois.

-Isso não irá acontecer, o Mark é meu, ele só precisa de mim- Ysla fala fazendo bico. Tia Lucy não aquenta ver tanta fofura em uma única pessoa e aperta as bochechas fartas da garota antes de voltar a cozinha.

Thom ainda continua rindo dos amigos, mesmo que estivesse sendo praticamente espancado pela Sam que não para de bater nele, o que o faz gargalhar um pouco mais. Lisa e Lua observavam a cena e riam internamente com a face corada e envergonhada da ruiva. Enquanto isso, Mark ainda continua desejando desaparecer dali, sua tia precisava mesmo falar aquelas coisas embaraçosas?

-Vamos Sam, deixa ele- Mark falou- Não precisa o agredir dessa forma mesmo que ele mereça.

-Eu não vou parar, a não ser que você queira apanhar no lugar dele- Sam esbraveja.

-Não mesmo, pode continuar, juro que não atrapalharei mais, espanque o Thomas a vontade- Mark levanta as mãos em forma de redenção.

-Ah, cara! Sério isso?-Thom reclama.

-Que é? Meu corpo é a minha arma, eu preciso dele para ganhar o próximo campeonato- Mark se defende.

- E por causa disso eu mereço ser levado direto para a UTI?

E todos caem na gargalha novamente, está sendo muito agradável e divertido ficarem todos ali, cada um se sente extremamente bem com os outros quatro, nem parece que se conheceram nesses últimos dois dias.

-Que tal esquecer o espancamento e apimentar as coisas de outra forma?- Thom fala em um tom malicioso.

-O que exatamente você está pensando?- Sam pergunta ao melhor amigo o olhando desconfiada.

-Vamos jogar desafio e desafio- Thom diz sorrindo.

-Mas não seria verdade e desafio?- Lisa pergunta.

-Não, a forma de jogar é a mesma, mas você não pode escolher entre verdade e desafio, por que só haverá desafio.

-Ah.

-E como seriam esses desafios?- Lua pergunta se interessando na brincadeira.

-Sei lá, vamos ser criativos, como...hum, se caísse em mim e a Sam eu a mandaria beijar a pessoa em que caísse na próxima jogada, digamos que caia no Mark, pelo desafio eles teriam que se beijar- Thom sorri vitorioso.

-NÃÂÃÃÕOOOOOOO!-  O grito veio detrás da bancada que dividia a cozinha da parte da frente do restaurante.

Um vulto de uma garota saiu correndo rapidamente e se jogou no Mark, abraçando-o possessivamente.

-Ninguém irá beijar o Mark...- Ysla falou olhando  feio para Sam, que assim como os outros, observa tudo de boca aberta, de onde tinha saído aquela garotinha e quem é ela?

-Ysla- Mark a “repreende”, ele sorri para a irmãzinha e devolve o abraço.

-Mas eles estão querendo tirar o Mark de mim- Ysla falava ainda abraçando o irmão.

Mark ri, e olha para os amigos divertidamente.

-Pessoal, essa aqui é minha irmãzinha Ysla.

Todos a cumprimenta e a garotinha apenas olha tímida para Lisa, Lua e Thom; já para Sam, ela lança o seu maior olhar mortal.

-Você é a irmãzona da Loren?- Ysla pergunta para Lisa, a semelhança é até assombrosa, se não fosse a diferença entre idades, poderia jurar que elas eram gêmeas.

-Sou, você a conhece?- Lisa pergunta um pouco surpresa com a pergunta da irmã do Mark.

-Loren não é aquela amiga que veio dormir ontem aqui?- Mark pergunta para  a irmã que confirma.

-Ah! A Loren me falou de você também. Por favor cuida dela, ela é meio maluquinha, precisa de alguém que a freie algumas vezes, posso contar com você Ysla?- Lisa fala amigavelmente, vendo um sorriso tímido surgir no rosto da garota.

-Pode sim- Ysla responde.

Minutos depois a tia Lucy chega com os pedidos e todos almoçam em um clima ótimo, com conversas não muito significantes jogadas ao ar, e várias risadas pelas piadas sem graça do Mark e do Thom.

Tia Lucy não aceitou que eles pagassem pelo almoço, era cortesia da casa, já que era a primeira vez deles ali e por serem amigos do Mark, todos prometeram que logo voltariam ali por terem amado a comida, o que fez a tia Lucy sorrir como nunca e responder que esperaria por cada um.

Logo eles se despedem, Mark entra no restaurante e mesmo Lucy dizendo que não precisava dele por aquele dia, ele teimou e vestiu seu avental já indo atender um casal que havia entrado minutos antes. Thomas e Sam seguiram em direção a empresa dos pais da Samantha, de qualquer jeito teria que resolver aquilo, teria que achar um jeito de ajudar seus tios sem que ele se envolvesse novamente com a música.

Lisa e Lua seguiram na mesma direção, passando pelo parque de ontem rapidamente. No caso de Lisa, ali não tinha tido nenhuma memória boa, lembrou-se daqueles caras e tremeu de medo, espera não encontrá-los mais. Lua, mesmo com o que passou naquele parque com aqueles bêbados que a perseguiram, ainda lembra atentamente dos sorrisos do Klarkson e da Kelly, além da voz do Klay e aquela música que seu amigo escreveu para si. Klay é muito especial para si, foi ele quem a salvou, quem lhe estendeu a mão depois que aquilo aconteceu, teria sido tudo muito difícil se o Klay não estivesse ao seu lado. Ela poderia até mesmo nem estar ali.

 

As duas garotas se despedem e seguem seus devidos caminhos. Lisa vai em direção a estação de metrô. Ela esperou alguns minutos até o metrô que tinha que pegar chegasse. Tinha sido o melhor dia para ela. Ela finalmente estava sendo encaixada no lugar certo, ela pertencia aquele grupo. Lisa tem tanta certeza que as amizades que fizera esses dias, será tão forte que a faz sorrir sem igual de tão alegre que se encontra.

Lalisa abre a enorme porta de sua casa, logo avistando seu pai na sala principal da casa, o que está acontecendo? É bem difícil ela ver seu pai, imagina dois dias seguidos. Ela vai em direção a seu pai, mais especificamente as escadas, por tanto, seu pai encontra-se no seu caminho. É inevitável, ela preferiria não o ver, mas o mundo parece querer acabar de forma trágica aquele dia tão especial. Por que o universo me odeia tanto? 

- Boa tarde papai- Lisa o cumprimenta, recebendo em troca um olhar nada carinhoso e fraternal de seu pai.

- Onde estava?- o homem perguntou para filha mais velha.

-Fui almoçar com uns amigos- Lisa respondeu, enquanto rezava para que aquela conversa terminasse para que assim pudesse subir para seu quarto.

-E pediu permissão a quem?- o velho perguntou.

-Por quê? Não iria deixar se eu pedisse? Você não liga para suas filhas, se é que somos ainda. Por que quer bancar o pai preocupado agora?- Lisa respondeu de forma rude à seu pai pela primeira vez na vida, nem ela mesma sabe de onde tirou tanta coragem.

-Como ouça falar comigo assim, eu sou seu pai- o homem esbravejou.

-Pai? Onde você é um pai? Sinceramente agora eu entendo porque a mamãe fugiu de casa, você é insuportáv...

Lisa não pôde terminar de falar, uma ardência se fez presente em sua bochecha esquerda. Encarou o homem a sua frente totalmente desacreditada, ele jamais havia levantado a mão para ela.

-O quê? Agora vai me bater? Não consegue suportar verdades, não é mesmo? Quer saber? Vai à merda! Seu velho, eu não me importaria que morresse, imbecil!- Lalisa corre pelas escadas e assim que chega em seu quarto, bate a porta fortemente trancando-a.

Suas pernas bambas a fazem se apoiar na parede, o corpo fraco de Lisa pesa e suas costas desliza pela parede até que finalmente estivesse sentada no chão. Seus olhos já embaçados derrama lágrimas pesadas de tristeza, raiva e arrependimento. Uma confusão de sentimentos se faz presente na loira, onde havia ido aquele homem gentil, aquele pai que ela tanto admirava.

-Alguém, por favor, me ajude- Lisa pede, o que ela havia acabado de fazer? Ela havia se portado como uma pessoa totalmente diferente do que era. Ela não era assim. Ela não quer ser assim, ou será que no fundo ela realmente sente que precisa mudar?

Escondida atrás da porta do seu quarto está Loren, que ouviu toda  discussão e não consegue parar de tremer com tudo isso. Ela ouve o pedido de ajuda feito pela irmã e sente um forte aperto no peito. É doloroso para Loren ver sua irmã dessa forma, principalmente por Lisa sempre demonstrar ser a mais forte entre elas duas.

Ao balançar a cabeça tentando evitar as lágrimas de escorrerem, Loren vê o calendário na parede de seu quarto e acaba tendo uma ideia. Sem perder tempo, ela corre e se joga em sua cama, pegando seu celular e digitando o número de sua melhor amiga...

********

Lua está sentada em sua carteira copiando as anotações da aula do dia para sua amiga Lisa que acabou faltando à universidade. Ela está preocupada já que Lisa parecia ter se divertido muito com o pessoal no restaurante da senhora Lucy no dia anterior, porém ela acabou não aparecendo e nem dizendo o motivo que faltaria hoje.

Preocupada com a amiga, Lua tentou ligar para ela algumas vezes, porém a chamada só caía na caixa de mensagem. Sem alternativas, a única coisa que ela poderia fazer no momento é fazer uma cópia dos assuntos dados e entregar a Lisa depois.

No momento em que Lua finalmente termina toda a anotação, ela sente uma vibração em seu bolso. Imaginando que pode ser a Lisa, ela rapidamente pega seu celular e verifica, porém a mensagem recebida é do número do Mark. Estranhando ele tentar entrar em contato nessa hora, ela clica no botão e abre a mensagem dele:

"Lua, pode me dizer se a Lisa está aí com você? Ela não atende meus telefonemas...".

Então a Lisa está ignorando outras pessoas e não apenas ela, o que não facilita em nada o que pode ter acontecido com ela. Sem perder tanto tempo, Anny responde:

"Ela não veio à aula hoje e estou muito preocupada com ela!"

Após alguns segundos de enviado a mensagem, Mark responde:

"Eu imaginei isso... Precisamos nos encontrar! Vou tentar falar com o Thomas e a Samantha também, então você pode nos encontrar naquela pracinha hoje por volta das 16 horas?"

"Claro que sim! Pode contar comigo, eu estarei lá"

"Obrigado Lua, vou ficar te devendo essa"

"Não se preocupe com isso..."

 

Após a conversa com o Mark, o restante das aulas do dia foram monótonas e quase sem importância para Anny, que só mantinha os pensamentos na Lisa e no encontro de logo mais tarde. Durante o almoço não sentiu muita fome, já que costuma perder o apetite quando se preocupa com alguém, e tentou manter-se calma durante a tarde.

Quando faltava meia hora para o horário marcado, Luane se dirige a entrada da universidade. Ao chegar no portão ela consegue sorrir pela primeira vez desde que acordou nesse dia. Lá do outro lado da rua, encostado no muro com os braços cruzados está o seu melhor amigo. Feliz, ela verifica os dois lados e vai ao encontro dele.

- Klay, o que está fazendo aqui? - Ela pergunta ao se aproximar e o abraçá-lo.

- Esperando você! - Ele responde correspondendo ao abraço apertado.

- Tem algum motivo para isso? - Lua pergunta ao soltá-lo.

- Eu só... eu só estava com saudades de você. - Ele responde um tanto envergonhado.

Luana dá um lindo sorriso para ele e segura sua mão, fazendo assim com que eles comecem a caminhar. Klay não consegue evitar de olhar para suas mãos dadas e tenta ao máximo não transparecer nervosismo nesse momento. Ao passarem por alguns jovens estudantes da universidade, pode-se ouvir alguns deles comentando o fato dela estar de mãos dadas com um garoto que usa roupas velhas e folgadas, chegando a chamá-lo de mendigo ou até mesmo de coisa pior. Klay se incomoda e faz sinal que irá parar para falar com eles, porém Lua mantém o aperto de mão firme e o evita de parar.

- Não se preocupe com o que eles dizem, está tudo bem. Eu não me importo com esse tipo de assunto que eles gostam de julgar. - Anny diz firmemente, ainda caminhando, mas olhando firme nos olhos de Klay. Ele apenas sorri e concorda com a cabeça... - A propósito, estou indo encontrar alguns amigos na pracinha... estou pensando em te levar também.

- Ah não Annie! Eu não vou reconhecer nenhum deles e não vou me encaixar... e eles podem não gostar de mim também...

- Não precisa se preocupar Klay. Eles são de confiança e são maravilhosos, te garanto que vão gostar de você também... e não é verdade que você não irá reconhecer alguém lá, aquela garota que nos barrou naquele dia para dizer o quanto você canta bem provavelmente vai estar lá também...

- É sério?

- Claro que sim... então vai comigo?

- Ah tudo bem... vamos!

**********

- Então minha querida irmãzinha, pode me dizer o motivo para aquela sua reação quando eu tava reunido com o pessoal?

Mark e Ysla estão sentados em um banco na praça esperando os demais chegarem. Eles não haviam conversado sobre nada desde que saíram de casa, e para quebrar o silêncio, Mark decide pressionar um pouco sua irmã, já que sabe que ela fica bastante recuada quando alguém tenta interrogá-la.

- Não foi nada demais, eu só... eu só queria estar com vocês. De verdade, pareciam estar se divertindo tanto... - Ysla tentava de alguma forma convencer seu irmão de que isso era verdade, porém acabou falhando miseravelmente.

- Você não me engana Ysla, pode ir me contando o que realmente aconteceu para você agir daquela forma... - Mark fecha a cara e recusa olhar para ela, atitude que ele sempre faz para indicar que está chateado com ela, e isso sempre resolve, pois Ysla não consegue ficar calada quando vê seu irmão agindo assim.

- Está bem, está bem, eu conto, mas por favor não fica assim. - Ela diz se aproximando mais do irmão, tentando fazê-lo olhar para ela. - É que eu estava com ciúmes...

- Ciúmes de que Ysla?

- De você com aquela... aquela bruxa de cabelos em chamas. - Ysla diz fazendo beicinho, realmente irritada apenas com a lembrança do ocorrido. Isso faz Mark perder a pose de chateado e abraça a irmã rindo bastante. - Do que você está rindo?

- De você... para de ser ciumenta, eles são meus amigos! Você mesma queria que eu tivesse amigos, não é?

- Sim é verdade, mas...

- Nada de “mas” maninha, não precisa agir assim novamente, combinado?

- Está bem.

Mark e Ysla ouvem passos se aproximando e eles viram a cabeça para ver Thomas e Samantha chegando juntos.

- Fala aí Mark, pequena Ysla. - Thom cumprimenta Mark com aperto de mão e bagunça um pouco o cabelo da Ysla, fazendo-a ficar arrumando desesperada.

- Que bom que vocês vieram. - Mark diz para Thom, depois olhando para Sam que ainda estava em pé parada. - Que bom que pode vir também...

- Deve realmente estar agradecido. - Sam fala com um tom de superioridade, como se sua presença fosse tão importante quanto a de um presidente. - Eu poderia estar em minha casa nesse momento, ensaiando e decorando falas para um filme que será fabuloso!

- Que legal... - Mark diz calmamente e arrastado, demonstrando que não está nem aí para isso que ela falou.

- Sam, por favor, não comece com mentiras. Eu sei muito bem que você tirou um tempinho para ficar longe das câmeras. Você mesma me contou recentemente que não tem nenhum projeto para poder fazer e... - Foi o máximo que Thom conseguiu dizer, pois Mark acaba caindo na gargalhada e isso faz a Sam ficar vermelha de raiva.

- Ela... ela não... ela não sabe nem mentir, que grande... grande coitada. - Mark conseguia dizer entre pausas, pois não conseguia parar de rir, Sam por outro lado deu passadas largas na direção dele e o agarrou pela camisa, levantando-o do banco ao qual ele estava sentado.

- Vou te dizer apenas uma vez, não queira se meter comigo garoto, ou vai acabar se arrependendo. - Ela dizia pausadamente, fazendo suas palavras entrar devagar nos ouvidos de Mark. Ele por outro lado apenas ficou-a encarando sem demonstrar nenhuma reação.

- Você não me assusta garota... - Ele diz sorrindo com sarcasmo para Sam, que em resposta sorri da mesma maneira.

- Então tente a sorte...

- Está bom, está bom, está bom... vamos parar com isso por favor, nós viemos aqui não foi para brigar, não é? - Thom se aproxima e os separa, arrastando Sam para sentar ao seu lado, do outro lado de onde Mark voltou a se sentar.

Mark e Sam faziam o máximo possível para não olharem um para o outro, o que fazia a Ysla sorri com muita felicidade e o Thom apenas balançar a cabeça se perguntando o porque dele estar envolvido nisso. Ele avista a Luana se aproximando com um garoto e isso o faz relaxar um pouco.

- Ah graças a Deus você chegou Lua, isso aqui está tenso demais. - Ele diz apontando na direção da Sam e do Mark. Luana entende rapidamente o que pode ter acontecido e respira fundo.

- Pessoal, desculpem o atraso. Deixem-me apresentar meu melhor amigo, Klayson.

Klay se aproxima um pouco mais e faz um reverência.

- Klay, esses são Thomas, Mark, a irmãzinha do Mark, Ysla, e a Sam que você já conheceu. - Lua termina as apresentações.

- Klay! - Sam exclama e logo está de pé o abraçando. - Que bom revê-lo! Eu estava me perguntando quando seria a próxima vez que iríamos nos encontrar...

- Vocês já se conhecem? - Thom pergunta ao se aproximar. - A propósito, sou Thomas. - Ele finaliza apertando a mão do rapaz.

- Claro que nos conhecemos. - Sam se adianta para responder a pergunta do amigo. - Eu acabei encontrando ele com os irmãos e a Lua uns dias atrás aqui mesmo na pracinha. Você não vai nem acreditar Thom, ele canta muito, e toca bem também por sinal. - Sam elogia Klay passando um braço pela cintura dele, deixando-o bastante encabulado.

- Não é nada demais na verdade, eu só... canto. - Klay diz sem jeito.

- Não precisa ser tão humilde querido, se eu digo que você canta bem, é porque canta, não estou certa Thom?

- Pode acreditar meu parceiro. - Thom responde. - Ela é uma das pessoas mais exigentes que conheço quando se trata de música, e se ela diz que você é bom, então você realmente deve ser.

Thomas fica imaginando surpreso o fato da Sam dizer em voz alta e cheia de vontade que o Klay canta muito bem, pois se ele lembrar bem ela raramente faz isso. Não consegue evitar dar um pequeno sorriso ao pensar que esse fato pode ajudá-lo a salvar seus pais e tios, o que irá livrá-lo das insistências de fazê-lo retornar à música.

Observando ainda sentado toda a conversa ao lado de sua irmã, Mark não consegue desviar seus olhos do modo como a Sam age com o novo garoto. Abraçando-o e elogiando-o como se eles tivessem algo a mais e... Mark balança a cabeça fortemente para se livrar desses pensamentos e se levanta, indo até o novo parceiro desse grupo de amigos bastante estranho.

- Klay, não é? Pois bem, seja muito bem vindo ao grupo dos normais mas nem tão normais assim! - Mark grita fazendo todos olharem espantados para ele, que passava seu braço pelo ombro dele e o afastava de Sam. - Agora podemos todos nos sentar para começarmos logo?

Não precisou dizer duas vezes, em menos de um minuto todos os seis estavam sentados nos bancos em volta de uma mesa, e Mark e Ysla não perderam tempo para contar o motivo deles terem pedido esse reunião

- Então, deixe eu ver se entendi - Thom diz ao término dos relatos dos irmãos. - A Lisa teve ou está tendo algum problema com o pai, e sua irmãzinha Loren ligou para Ysla pedindo ajuda para fazermos algo como uma festa surpresa para Lisa, já que o aniversário dela está quase em cima e ela própria havia dito que não queria comemorar nada, já que será seu primeiro aniversário sem a mãe?

- Rapaz, você consegue resumir tão perfeitamente os fatos. - Mark diz na brincadeira, socando de leve o ombro do Thom.

- Então... vocês podem nos ajudar? - Ysla fala timidamente, já que ainda não conseguiu se enturmar com esse pessoal.

- Por mim tudo bem querida, eu ajudarei no que for preciso para fazer esse momento ruim da Lisa desaparecer. - Lua diz dando um lindo sorriso para Ysla, que consegue retribuir com um sorriso também.

- Eu quero ajudar também, se vocês quiserem... - Klay mantém-se, assim como Ysla, relutante, já que acabou de conhecer o pessoal.

- Sua ajuda será muito bem vinda cara. - Mark estica a mão para Klay, que aperta em concordância. Klay tem que admitir, essas pessoas parecem legais, e o Mark está sendo realmente bastante amigável com ele, mesmo que tenham acabado de se conhecer. Isso faz Klay ficar muito feliz, já que devido a sua situação atualmente, não imaginava que poderia fazer amigos como eles, porque pelo que notou, todos ali parece vir de famílias ricas, enquanto Klay era... bem, apenas ele.

- Pessoal, quero bastante participar desse projeto. - Thom grita, fazendo todos  sorrirem.

- Se o Thom aceita, eu também não vejo problema de poder me reunir com vocês para ajudar a Lisa. - Sam diz, olhando para Mark que mantém o olhar dele nela também, porém dura apenas alguns segundos até a Ysla voltar a falar.

- Mas ainda temos um problema. Como a Lisa não está se dando bem com o pai, não vai ter como fazermos a arrumação para a festa na casa dela. Então onde poderemos fazer?

- Eu pensei em podermos alugar um salão de festas, ou podemos fazer no restaurante de minha tia, eu posso falar com ela, tenho quase certeza que não terá problema nenhum. - Mark fala.

- Não, não... não vamos precisar gastar dinheiro com aluguel e nem incomodar sua tia, Mark. - Thom fala se levantando. - Minha casa é enorme e eu estou quase sempre sozinho, já que devido ao trabalho de meus pais, eles quase não ficam em casa. Que tal fazermos a festa em minha casa?

- Ah não Thom, não queremos incomodar e... - Lua tenta se argumentar, já que ela realmente não gosta de atrapalhar as pessoas, porém Thom levanta as mãos fazendo parar de falar.

- Vai ser com grande felicidade em poder dar o espaço de minha casa para a festa de aniversário da Lisa. Vocês topam?

- Não vai ter nenhum problema mesmo? - Mark pergunta.

- Absolutamente não!

- Então está combinado, temos o local. Agora precisamos nos encarregar de dividir os afazeres de cada um, que tal?

- Eu fico responsável pelos convites. - Lua se adianta. - Eu estudo na mesma sala que a Lisa, e sei de alguns de nossos colegas que ela gosta bastante. Então farei a conta de quantas pessoas irei chamar, além de nós... quantos de nós seremos?

- Somos seis aqui, com a Lisa e a Loren, oito... e alguns de seus colegas, não precisamos chamar muita gente. - Mark diz.

- Tudo bem, sem problemas.

- Eu posso ficar responsável pela música. - Klay fala. - Sei usar uma mesa de som, o problema é que eu não tenho mais uma, então...

- Não se preocupe com isso meu chapa, eu tenho uma em casa. - Thom tranquiliza Klay. - Então tudo bem, deixo você encarregado da música.

- Thom, você e eu podemos ficar encarregado dos ajustes da festa, como globo de boate, arrumação do local e coisas assim, que tal? - Sam pergunta para Thomas.

- Por mim tudo bem.

- Então minha irmã e eu ficamos encarregado da comida. Nós acabamos tendo que aprender a cozinhar desde cedo, e minha tia provavelmente irá nos ajudar também. - Mark também revela o seu trabalho nesse projeto.

- Nem pense que vai bancar a comida toda sozinho... - Thom logo diz.

- Mas, como assim?

- Estou dizendo que temos que planejar o quanto iremos gastar ao todo, para podermos dividir o pagamento entre todos nós, que tal?

- Desculpe... eu não sei se vou ter muito dinheiro para ajudar nesse quesito. - Klay diz cabisbaixo.

- Cara, não se preocupe, nós entendemos a sua situação. Você ficará apenas responsável pela música, ok? - Sam diz olhando para Klay.

- Mas isso não parece justo...

- Não tem essa de ser injusto ou não... vai ter de ser assim, e então, topa?

- Então tudo bem...

- Ok, amanhã mesmo eu já confirmo quantas pessoas terão ao máximo na festa, assim poderei passar para você Mark, e assim você calcula o orçamento da comida para nos informar. - Lua diz.

- Tudo bem...

Mais alguns minutos se passaram com todos sentados na mesa debatendo os ajustes finais para o início dessa operação entre amigos para ajudar a Lisa. Ao término da reunião, Klay e Lua são os primeiros a se despedirem e vão embora juntos, conversando animados sobre a festa. Ysla se separa um pouco para poder fazer uma ligação para Loren, contando todas as novidades.

O celular de Mark toca e ele se afasta um pouco para atender. Sam fica prestando atenção e acaba ouvindo algo sobre uma garota chamada Daniela, ou algo assim, e que o Mark parece muito feliz ao estar falando com ela. Incomodada com isso, Sam puxa Thom pelo braço para que possam ir embora rapidamente. Samantha não consegue entender o motivo por estar tão brava nesse momento, mas decide não pensar nisso agora...

***********

Lisa sai da frente do espelho do seu quarto, onde estava reparando nos seus olhos bastante vermelhos, devido ao fato de ter chorado bastante. Apagando a luz, ela se joga na sua cama e entra debaixo do cobertor. Ela sente novamente vontade de chorar, porém segura o máximo que pode as lágrimas.

Pegando seu celular e seu fone que estão em cima da cômodo ao lado da cama, ela coloca sua playlist favorita para tocar e começa a sentir seu corpo relaxando. Sempre que algo de ruim acontece em sua vida, a música é a única coisa que consegue fazê-la ficar bem.

Aos poucos ela vai se envolvendo com suas músicas preferidas, sentindo se emergir num mundo criado apenas por ela, num mundo onde ela pode ser quem realmente é, sem precisar se preocupar com problemas. Aos poucos ela vai soltando a voz, fazendo uma das coisas que mais ama fazer: cantar...


Notas Finais


Iai!!! Gostaram? Até a próxima pessoal!!!!!!


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