História The Fame - Segunda Temporada - Hospital

P.O.V Isabella Scott

- Se intensificarmos a fisioterapia você estará ótima no pan em Agosto. Mas você não pode exagerar em casa, evitar pegar a Alicia no colo ou qualquer coisa que force sua perna - Max dizia, ele é fisioterapeuta da seleção americana e descobri hoje que também é o fisio do Lakers. - Eu vou começar com você nessas primeiras semanas e depois vou encaminhar um dos meus assistentes. Por que vou ter que estar com seleção, mas vou te acompanhando de longe, vou sempre estar passando dicas e vendo seu progresso, não se preocupe.

- Não estou preocupada -  disse fechando a bota - Você acha que ganharemos o Grand Prix e o Pan?

- Acho que depende do Brasil - Brasil atualmente é principal rival dos Estados Unidos, as duas seleções vêem se enfrentando em finais de campeonatos com frequência - Pelo que ouvimos dizer o Brasil vai dividir suas forças, assim como nós, eles estão passando por uma renovação, então novos talentos podem surgi durante esse tempo, não  acompanhamos a superliga de perto, mas pelo que foi passado pra nós é que sua prima Hannah é um dos destaques do Brasil, ela cresceu muito no último ano. Por isso que brigamos pra tê-la aqui nos Lakers. - ele dizia enquanto guardava os equipamentos que usamos - Como dizia, o boato que rola é que o Brasil vai se dividir na fase final do Grand Prix. Isso quer dizer que vão com força total na fase de grupos garantindo a vaga na fase final e depois vai ser um novo time. O que só dificulta. Por que estudar um time no qual você nunca viu jogar é complicado.

- Entendo, mas e nós? Estaremos mais forte no Grand Prix ou no Pan? - o Grand Prix começa em no Junho e termina em agosto, já o Pan são três semanas em agosto.

- Grand Prix, vai ser a primeira vez que a América vai sediar a fase final, então não podemos fazer feio em casa. Pro Pan vai as jogadoras novas e algumas com um pouco mais de experiência. Se você estivesse boa provavelmente iria pro Grand Prix, mas não jogaria a fase final pra ir pro Pan. - ele dar uma pausa do nada - se você escolhesse os Estados Unidos. - suspirei - ainda não se decidiu?

- Não, eu queria muito jogar sula pelo Brasil, mas com essa perna sem condições. Então eu realmente não sei se ainda tenho chance por lá. Ninguém entrou em contato comigo ainda

- Estranho, mas devem entrar em breve. Isso por que você mudou de número também, devem estão dando tempo por causa da sua mudança - faz sentindo - antes que eu me esqueça, passe no vestiário, e pegue seu uniforme de treino que está pronto

- Pode deixar, eu vou indo então - me levantei pegando minha bolsa - gelo antes de dormir?

- Isso, faz compressa com água morna também - O abracei - até amanhã

- Até amanhã - passei pelo vestiário pegando minha mochila que tinha o número 8 gravado. Tinha várias mochilas, cada um em seu lugar devido ao número da cabine. A 16 não tinha dúvida que era da Hannah, a pergunta que não quer calar, e as outras? De quem são? Como não divulgaram nada ainda sobre o mercado pra próxima temporada eu não fazia ideia com quem jogaria a não ser Hannah. Abri a mochila vendo o que tinha dentro - Rosa de novo? - rir do meu comentário ao ver que a cor do uniforme. Pelo jeito não vai ser roxo essa temporada, deve ter mudado o patrocinador, por que até esse ano era roxo. Dentro da mochila tinha quatro uniformes de treino, meias do time, e um casaco. Alicia que iria adorar tudo isso, ela é apaixonada por rosa.

...

Entrei em casa e estava tudo muito calmo, Alicia  deve estar dormindo. Passei pelo quarto dela e comprovei, tão pequena, quem a vê assim não sabe os problemas que ela teve que enfrentar quando ainda era um bebezinho, Alicia nasceu com espécie de carne em uma das fossas nasais, que foi crescendo conforte seu crescimento. Quando completou seis meses ela não conseguia respirar muito bem, levei ela ao médico que teve que a submeter a uma pequena cirurgia bem rápida, ele retirou essa carne que impossibilitava o ar de passar e colocou um pequeno tubo em seu nariz por uma semana, lembro de como foi complicado, um bebê de meses está descobrindo as coisas, principalmente que tem mãos e que pode mexer em tudo, no primeiro dia mesmo ela arrancou o tubo, tendo que colocá-lo novamente e tendo as mãozinhas  amarradas, dava dó, mas era necessário. Depois disso ela só sentia pequenos desconfortos em respirar que ao longo do tempo foi melhorando com a nebulização. Acho que é  por isso sou tão grudada nela carrego pra cima e baixo nas viagens, eu não sei, tenho medo. Entrei no quarto a observando melhor  ela estava toda encolhida na cama e coberta até a cabeça, fui ate o ar diminuindo um pouco. Sai do quarto dela passando pelo de Jess que estava estudando então nem atrapalhei. Fui pro meu quarto tomar um banho, depois passei pela cozinha vendo o que tinha pra comer e colocando a água pra ferver. Olhei pra geladeira vendo um desenho colado nela com adesivo. Eram duas meninas loiras, provavelmente Hallie e Alicia. Sorri boba vendo o desenho da minha pequena. Subi pro meu quarto sentindo algo estranho, mas ignorei a sensação ruim e deitei na cama fazendo a compressa de água morna e seguida colocando o gelo. Depois que acabei desci pra colocar as coisas na cozinha encontrando Jess largada no sofá 

- Ooou - chamei sua atenção

- Oi - ela se sentou-  nem te vi chegando, não fez barulho

- Cheguei faz tempo, passei pelo seu quarto você estava estudando então não quis atrapalhar

- Devia, não aguento mais estudar-  rir - ainda bem que esta acabando.

- E o estágio? - me sentei no sofá com atenção ainda presa nela

- Eu vou procurar essa semana - olhei pra ela curvando a boca, ela esta enrolando faz tempo - Eu juro - falsa, seu que ela não vai procurar -  E como estar o pé?

- Está bem, se eu pegar pesado consigo voltar em agosto. Mas tenho que tomar alguns cuidados, se não vai demorar um pouco mais.

- Entendi - ela ia deitando mais levantou rápido - quase esqueci, a Ali estava estranha hoje - meu sinal de alerta foi ativado

- Estranha Como?

- Ela estava meio devagar

- Mas ela estava normal até hora que estava em casa

- Eu não sei, ela demorou um século pra descer essa escada pra jantar, pra subir então..  tive que levar no colo - fiquei tensa

 - Ela reclamou de dor ou algo parecido?

- Não

- Tem certeza?

- Tenho, ela quase não falou agora de noite, achei a respiração dela pesada agora na hora de dormir - minha barriga gelou com comentário, levantei do sofá as presas subindo as escadas - ISA O QUE FOI?  - ignorei minha irmã seguindo meu rumo pro quarto de Alicia, ela estava na mesma posição, me aproximei dela puxando a coberta e prendi a respiração, ela estava um pouco pálida e uma parte do rosto estava ficando roxa. De novo não.

- JESSICA - Gritei sentindo o desespero querendo tomar conta de mim - JESS - Gritei mais uma vez, sentei na cama descobrindo Alicia por completo, quase não se notava seu peito mexendo.

- Por que você está gritan.. AÍ MEU DEUS O QUE ELA TEM? - Jess estorou em desespero

- Precisamos levar ela no médico agora, vai pegar o carro - disse me levantando indo até o armário casando a merda do inalador nebulizador, ela não precisou mais disso a mais de um ano e meio, então guardei no fundo, perdi a paciência jogando tudo pros alto. Eu tenho que manter a calma, eu preciso manter a calma, gritava mentalmente pra mim mesma. Meu deus minha filha!

P.O.V Justin Bieber

Depois que gravação do programa acabou fui jantar com outros jurados, como tem gente talentosa por ai, não vejo a hora de começar as apresentações ao vivo. O papo e o jantar estavam tão bons que quando vi já passavam da meia noite e meia. Sai do restaurante feliz, meu dia foi cheio, produtivo, divertido e eu não tive nem tempo de pensar em algo que tivesse meu coração incluído. Sem contar que hoje não teve sinal de paparazzis me perseguindo. Perfeito, melhor impossível. Era disso que eu precisava trabalhar, assim esqueço essa história de Bella e noivado. Entrei no condomínio acenando pro porteiro que parecia bem animado, são uma hora da manhã, pra que essa animação?  Fui adentrando no condomínio e logo a casa de Bella já aparecia no campo de visão, estava tudo acesso, ela estava acordada essa hora? Quando estava a poucos metrôs da casa vi Jess sair de casa as presas ela estava com blusão de dormir e tentava colocar a chave na porta do carro. Desci do carro achando aquilo tudo muito estranho, e bem curioso pra saber o porquê daquele desespero todo

- Está tudo bem Jess?

- AÍ MEU DEUS JUSTIN, ME AJUDA EU NÃO SEI O QUE FAZER - Ela estava uma pilha

- O que aconteceu?

- AQUELE É SEU CARRO? - apontou pro meu carro que estava ligado e com a porta aberta, assenti - MEU DEUS OBRIGADO - Ela disse olhando pro céu-   A GENTE PRECISA IR PRO HOSPITAL AGORA

- Hospital? Por que? Você está passando mal? - perguntei preocupado segurando em seu braço, ela negou. Antes que ela pudesse me responder ouvi um grito de Bella, sem pensar duas vezes entrei na casa procurando por ela, será que se machucou? Deve ser o pé dela! Subi as escadas correndo, mas não a encontrei em seu quarto, entrei no quarto de Ali vendo várias coisas jogadas no chão. Olhei pelo quarto, mas nem sinal de Bella e Alicia, ouvi um barulho do banheiro e logo ela saiu de lá com minha filha no colo

- O que aconteceu Bella?- estava ficando nervoso, olhei pra Alicia que estava muito branca e um aqueles aparelhos que usam pra fazer nebulização no rosto, senti meu coração parar

- A gente precisa ir pro hospital agora - peguei Alicia de seu colo saindo correndo escada a baixo, quase caindo. Sai da casa encontrando Jess despertada andando de um lado pro outro, quando nos viu só faltou seus olhos pularem pra fora.  - ENTRA NO CARRO - ouvi o grito de Bella, que parecia calma até agora, Jess entrou no carro, entreguei Ali a ela dando volta e tomando meu lugar no volante. - VAI JUSTIN-  Bella gritou de novo, quando foi que ela entrou no carro? Tentei ficar calmo, eu não faço ideia do a minha filha tem, mas tudo que não posso fazer é bater esse carro agora. Chegamos bem rápido no hospital e com toda certeza levarei algumas multas, os enfermeiros saíram rapidamente do hospital socorrendo a minha filha. Eu não tive reação de sair do carro, estava choque.

P.O.V Isabella Scott

Se passou quarenta e cinco minutos que minha filha passou por aquela porta. Eu espero que ela não tenha que passar por uma cirurgia novamente, eu não vou ficar horas em uma sala de espera, não vou aguentar passar por aquilo de novo. NÃO POSSO!

Senti meus olhos marejarem, enxugue rapidamente, não posso fraquejar, tenho que ser forte. O falatório aumentou na sala de espera, uma tentativa de cochicho falha. Olhei pra trás encontrando o pai das minhas filhas. Claro!

- Alguma notícia? - ele perguntou depois de sentar ao meu lado

- Nenhuma - suspirei

- Bella o que está acontecendo?

- Eu não sei - passei a mão pelo rosto frustrada - Mas desconfio - disse a segunda parte como sussurro

- Então me diz, estou tentando entender por que a minha filha estava branca igual papel e com uma parte do rosto roxa - engoli a seco

- Ela teve algo parecido quando tinha seis meses, mas ela fez uma cirurgia, então talvez nem seja isso. 

- Cirurgia? Como eu nunca soube disso?

- Justin a gente nem se falava, a sua primeira visita pra Alicia foi quando ela tinha onze meses. Tudo já tinha passado, não preocupava mais.

- Até agora, você não tinha o direito de me esconder isso Isabella - falou já alterando a voz

- Eu não vou discutir com você em uma sala de hospital - olhei em volta vendo as pessoas nos olhando como se  tivéssemos duas cabeças cada um, o telefone dele começou a tocar e ele pediu licença se afastando pra atender. Encarei a parede azul, tentando afastar todos os pensamentos negativos. Quando Justin voltou a se sentar ao meu lado, parecia em um conflito interno - tudo bem?

- Era a Julia, ela disse que a Hall está com febre e chamando por mim - Era só o que faltava mesmo - Eu disse pra ela dar o remédio e ir me informando, não posso embora daqui

- Tem certeza? - ele assentiu, e eu me calei, mais vinte e cinco minutos e nada de uma informação se quer, foquei minha atenção na ficha  e terminando de preenche-la, voltei a sentar ao lado de Justin que estava sentado de pernas cruzados olhando pro teto, desviei o olhar passando ele pela sala - A Julia voltou a ligar?

- Sim, a febre não baixou

- Acho melhor você ir pra casa

- Não, nem começa

- Justin olha a sua volta, já vi umas cinco pessoas tirando foto, provavelmente o mundo já sabe que você esta em um hospital, e tudo que eu menos quero agora é que vaze uma foto da minha filha em uma cama de hospital - ele bufou passando a mão pelos cabelos - A Hallie precisa de você, vai vê-la febre é coisa séria. Eu prometo que assim que tiver notícias eu te ligo na mesma hora.

-  Eu não sei Bella

- Por favor, se a Hallie piorar ou for algo sério? Justin eu não vou suportar ter duas filhas no hospital - as lágrimas começaram a escorrer sem permissão, aquela fortaleza toda que construi está indo a baixo - Já esta sendo difícil demais tudo isso - ele me abraçou, o chiero de menta misturado água fresca tomou conto de minhas narinas.

- Calma - ele passava a mão por minhas costas - tudo bem, eu vou pra casa - ele agarrou meu rosto entre suas mãos - Mas você me liga assim que tiver notícias dela entendeu? Eu não vou dormir, vou ficar do lado do telefone

- Eu vou ligar, aproveita e leva a Jess com você - olhei pra irmã que dormia em um dos bancos. Ele assistiu chamando ela e saindo do hospital chamando os olharem pra ele por onde passava. Suspirei, agora é eu e Deus.

...

Quatro horas da manhã foi quando um médico veio me informar que ela estava estabilizada, respirando com a ajuda de uma máquina. Meu coração se apertou, quando ele me informou que ela teria sim que passar por uma cirurgia, ele disse na outra operação o médico não teria arrancado toda a pele, e a que ficou voltou a crescer. É uma pele fina, que só incomoda quando já está grande, impedindo que o ar passe por ela.

Mais quatro horas e meia de espera, agora com uma aflição muito maior. Apesar do cansaço e sono, eu não sairia daqui até saber que  ela esta totalmente bem e segura. Pelo amanhecer como já esperava todos as mídias já sabiam da passagem de Justin pelo hospital na madrugada, não demorou muito para eles ligarem os pontos e perceber que provavelmente tem haver com uma das gêmeas. Hannah veio pro hospital me fazer companhia, foi até bom por que ficar sozinha te faz pensar em coisas absurdas. Ela foi comprar um café, mas até agora nada.

- Oi - senti uma mão passar pelos ombros, Justin  - tudo bem?

- Na medida do possível - olhei pra ele que tinha os cabelos molhados e bagunçados - Como esta a Hallie?

- A Febre baixou agora de manhã, ela grudou em mim que só largou agora quando dormiu. Ela nunca ficou assim

- Espero que não seja nada

- Não vai ser - ele me puxou pro seu corpo beijando o topo da minha cabeça - começou faz tempo? - se referiu à operação

- Uma hora e meia - disse olhando pro relógio dourado em seu pulso -  começou as sete, ainda tem mais três horas - deitei a cabeça em seu ombro

- Hey - alisava meu braço - vai dar tudo certo

- Isabella? - fechei os olhos não acreditando que estava ouvindo aquela voz. O QUE ELE VEIO FAZER AQUI?

...

SINOPSE DE AQUELES OLHOS 

" Na frente das outras pessoas somos totalmente focados e objetivos, e ninguém nem desconfia nós. Mas quando estamos a sós, parece que tem um imã, uma força incontrolável e insana que atrai nossos corpos de uma maneira quase que automática. "

Lembre-se é seu emprego, nome e carreira que estão em jogo! Então não seja um amador, seja profissional.