História The Fight - De volta às ativas

Camila on

Sentia cada milímetro de meu corpo chamar por Lauren, gritar pelo toque daquela maldita lutadora. As noites em claro cuidando de Ethan estavam sendo exaustivas, e evitavam que Lauren e eu tivéssemos qualquer contato mais íntimo. Como sua próxima luta seria em alguns meses, há duas semanas ela e Dinah haviam voltado à rotina de treinos pesados e seu tempo estava - ainda mais - escasso. E isso estava me fazendo subir pelas paredes. A cada novo pensamento sobre ela, uma calcinha ia para o lixo, completamente acabada e melada. Suas fotos sensuais - e até mesmo as que não eram nem um pouco - foram as únicas coisas me sobraram para tentar acalmar um pouco os ânimos, mesmo não servindo de nada.

Pensei em comprar um brinquedinho, mas seria totalmente em vão. O objeto não soltaria gemidos roucos e baixos em meu ouvido, ou bombaria com força em minha boceta, acertando os lugares certos para me fazer gozar deliciosamente. Ou seguraria meu corpo com força, deixando seus dedos marcados em cada canto de minha pele por onde passassem. Ou beijaria todo meu pescoço e colo, distribuindo chupões e mordidas por ali.

- Maldita seja você, Lauren. - bufei, sentindo meu centro pulsar.

Levantei meu corpo do colchão e fui para o banheiro, tomar um banho demorado e gelado. Durante o banho, as imagens do último vídeo que Dinah postou de Lauren vieram a minha mente. A lutadora estava concentrada, com os músculos rígidos, enquanto esmurrava o saco de pancadas. O cabelo enorme e loiro desbotado estava trançado e amarrado, com algumas mechas presas em sua testa suada; os pingos de suor descendo por seu pescoço e braços, parando em sua camiseta apertada, molhando-a toda. Ao final da gravação, a desgraçada parava os movimentos e olhava diretamente para a câmera, sorrindo de lado com uma expressão extremamente sexy e cafajeste.

- Será que você poderia sair de meus pensamentos e vir me foder? - gemi frustrada, encostando a testa na parede gelada.

Saí do cômodo decidida a acabar com aquela situação. Hoje a noite, na festa de aniversário do Liam, Lauren não me escaparia. Eu precisava sentir o pau dela em mim antes que entrasse em uma síndrome de abstinência. Cinco meses sem foder era algo novo e totalmente ruim para mim; para Laur, então, nem se fala. Toda manhã ela acorda ereta, reclamando de não poder descarregar como queria.

Pensava em algum plano para deixar Lauren completamente fora de si, e antes mesmo que eu pudesse vestir minha roupa, as reclamações de Ethan soaram pelo alto-falante da babá eletrônica. Vesti a calcinha e uma camiseta de qualquer jeito e corri para o quarto do meu bebê, que reclamava baixinho com a mão na boca e o cabelo bagunçado.

- Olá, meu amor. - forcei uma vozinha infantil, antes de abaixar e pegá-lo no colo. - Você já está com fome de novo, não está? - continuei com a vozinha, mexendo em sua mão.

Mesmo sem receber nenhuma resposta, eu adorava conversar com Ethan. E adorava, ainda mais, cantar para ele. Ele era, sem duvida alguma, a pessoa que mais apreciava minha voz. Seus olhinhos azuis-escuro sempre fixavam em meu rosto e sua mão segurava alguma parte do meu corpo - geralmente, meu cabelo ou dedo, quando lhe era oferecido. Alisei seu cabelo arrepiado, ganhando um sorriso banguela - e sem sentido - como resposta.

Andei com ele em meu colo até a sala, pondo-o em sua cadeirinha e o levando para cozinha comigo. Pus a bebê-conforto sobre o balcão, olhando-o; ele estava quietinho, tentando emitir algum som enquanto babava em sua mão direita. E, olhando-o desta forma, eu não conseguia entender porque Lauren o chamava de "moleque chorão": sempre que estava comigo, Ethan parecia o bebê mais calmo de todo o mundo. Choramingava apenas quando estava com fome, sujo ou quando algo o incomodava.

Certifiquei-me de que ele estava seguro sobre o balcão, antes de ir preparar sua mamadeira. Apesar de estar apenas com três meses, Ethan não quer mais saber de mamar - algo que havia comemorado internamente. Depois de poucos minutos, o café-da-manhã dele estava pronto.

- Vamos lá, rapazinho. Hora de comer. - peguei impulso e sentei sobre o balcão, antes de desamarrá-lo e o pegar no colo.

Se Piper ou Lauren me visse agora, com toda certeza que há no mundo, eu seria uma mulher morta. Elas odiavam quando eu fazia isso. Bem, não posso culpá-las. Alimentar uma criança praticamente recém-nascida desta forma desleixada não era algo aconselhável. E, mesmo sabendo que isso é errado, não conseguia me livrar desta mania.

O aconcheguei melhor em meus braços, alimentando-o. Ele sugava o bico da mamadeira com força, quase se engasgando com leite; parecia que não comia há dias. Quando ele terminou, o pus novamente na cadeirinha, descendo do balcão.

- Bom dia, Kim. - Harry sussurrou próximo ao meu ouvido, abraçando meu corpo por trás. Pulei no lugar, soltando a mamadeira sobre a pia vazia.

- Que merda, Harry! - esbravejei, pondo a mão no coração devido ao susto.

Me virei em seus braços, dando um tapa estalado em seu peito. O rapaz reclamou, antes de rir e beijar minha bochecha.

- Ainda bem que você chegou. - me livrei de seus braços, voltando para onde Ethan estava. - Você poderia fazê-lo arrotar? - fiz uma voz de suplica, sabendo que ele negaria. - Por favor.

- Não faça essa cara para mim. - ele apontou para meu rosto, revirando os olhos. - Dê-me um motivo para ser legal com você. - o moreno cruzou os braços e levantou a sobrancelha, preparado para negociar.

- Eu compro um novo prendedor de cabelo para você. - ofereci, zombando dele. - Vamos lá, Harry. - implorei de novo, fazendo-o bufar.

- Sai daqui antes que eu desista. - ele ordenou, apontando para as escadas.

- Amo você. - beijei seu rosto rápido, fazendo o que ele havia mandado.

O relógio da sala marcava nove horas da manhã, então, eu estava atrasada para por meu plano em prática. Subi rapidamente para meu quarto, vestindo a primeira combinação de roupa que encontrei. Demorei alguns minutos a procura de um salto alto confortável - coisa que é impossível de se encontrar. Me perfumei e corri para o quarto de Ethan, caçando uma roupinha para ele.

- Que demora! - Harry gritou, me assustando mais uma vez. O encarei por cima do ombro com uma cara má, enquanto ele prendia o cabelo num rabo-de-cavalo e ria.

- Ah, merda. Já disse para não fazer isso, Bambi. - me pus de pé, erguendo dois pares de sapatinhos nas mãos. - O que você acha que combina mais com aquela roupa? - indaguei, fazendo-o parar para pensar.

- O azul combina com o capuz. - assenti, agradecendo-o silenciosamente e fui pegar meu filho, que continuava quietinho na cadeirinha. - Para onde você vai com tanta pressa?

- No CT, ver como Lauren está. - respondi simplesmente, ouvindo-o rir maliciosamente.

- Você ainda sabe o que é foder? - ele debochou, saindo do quarto. - A propósito, você está muito gostosa nesta calça.

O olhei, esperando algum sinal de deboche em seu rosto, mas ele apenas piscou o olho para mim e mordeu o lábio inferior, sumindo do meu campo de visão. Deixei um sorriso escapar, voltando à tarefa de vestir meu filho.

[...]

As pancadas e os gritos dos lutadores podiam ser ouvidos da rua, e eu revirei os olhos. Não havia motivo para tanta força, se não estavam lutando oficialmente. Dei a volta no carro e desprendi a cadeira de Ethan, levando-o comigo. Alguns paparazzis acenavam para mim e, como estava de bom humor, eu retribuí.

Aquele lugar fedia a roupa molhada e suor. E, apesar de feder, era um lugar arrumado: paredes bem pintadas, espelhos limpos e tatames novinhos. Os socos, chutes e batidas no tatame ficaram mais altos, enquanto os brutamontes comemoravam ou gritavam. 

Procurei por Lauren, encontrando-a mais ao canta, esmurrando um saco de pancadas vermelho. Ela estava concentrada, cantarolando alguma música que saía de seus fones de ouvidos. Os músculos dos braços estavam rígidos e seu corpo todo suado. Sua feição raivosa me fez lembrar o porquê de estar ali.

Sua camisa branca estava transparente, grudando em seu abdome; os shorts a apertavam, marcando toda sua região inferior. Subi meus olhos para suas costas, encontrando sua bunda durinha. Mordi o lábio inferior, tentando conter o suspiro de aprovação e excitação que queria escapar. De repente, ela parou seus movimentos e puxou os fones, olhando em minha direção, sorrindo surpresa por me ver ali.

- Alerta gatinha na área. - um loiro cantou e abraçou o saco de areia com um sorriso cafajeste nos lábios, enquanto eu passava por ele.

- Alerta futuro banguela na área. - Lauren cantou de volta, fazendo todos rirem, inclusive o loiro abusado. - Fica na sua, Steve. - ela avisou, quando ele ia fazer outro comentário.

- Eu jamais te trocaria, gatona. - o tal Steve piscou galante para Lauren, que o mostrou o dedo do meio.

Assisti ela caminhar imponente e confiante em minha direção, com aqueles braços tatuados e molhados de suor.  Estendi Ethan para que Steve o segurasse, me jogando contra o corpo de Lauren. Seus braços circularam minha cintura e me ergueram do chão, fazendo-me agarrar seu pescoço escorregadio pelo suor. 

- Você está parecendo uma adolescente vadia. - Lauren murmurou zombeteira, beijando meu pescoço. 

Empurrei-a pelo ombro, tentando entender aquele comentário. Apesar de ter escolhido a roupa apressadamente, busquei algo que me deixasse bonita, não como uma vadia - não que tivesse algo errado em parecer uma vadia. Ela pareceu feliz pelo comentário ter me atingido, já que riu debochado. Seus braços se apossaram do meu corpo novamente, puxando-me para ela. 

- E eu adoro isso. - e, antes que eu pudesse responder, seus lábios melados tocaram os meus. Um selinho rápido, para que eu não falasse nada.

Segurei a gola da sua camiseta, impedindo que ela saísse do abraço. Lauren me olhou desafiadora e confusa, e eu apenas neguei com a cabeça. Mordi seu lábio inferior, lambendo-o depois. A lutadora fechou os olhos com força, apertando minha cintura. Juntei nossos lábios e fechei os olhos, enfiando minha língua em sua boca sem qualquer aviso prévio. Seu aperto em minha cintura se intensificou, enquanto sua língua se esfregava gostosamente na minha.

Deixei um gemidos suspirado escapar por meus lábios, que ainda estava colados aos seus, fazendo-a se separar bruscamente de mim. Lauren ficou alguns segundos com os olhos fechados e a respiração funda, como se estivesse tentando se controlar. Seus olhos pareciam chamas esverdeadas quando ela me encarou, e sua mão passeou por seu rosto suado.

"Se continuarmos com isso, vou foder você aqui mesmo.", ela sibilou, olhando para a frente do seu shorts. Sorri internamente por ter conseguido provocá-la e tentei minha melhor feição de menina inocente, mordendo o lábio inferior.

- Estou falando sério, Camila! - ela exasperou, suspirando. - Você é uma fodida da cabeça. - Lauren resmungou, antes de rir. - Ei! Você trouxe o monstrinho. - afirmou, após olhar para Steve.

O sorriso de Lauren ao ver Ethan era sempre lindo de se ver. Ela parecia encantada, por mais que o visse todos os dias. Antes de pegá-lo, a lutadora fez um som estranho, que ela sabia que o faria rir. Dito e feito: meu filho olhou na direção dela, soltando a chupeta e esboçando um sorriso divertido.

- Quem é monstrinho mais lindo do mundo? - a morena brincou, com um sorriso nos lábios e uma voz fina.

- Cara, isso é estranho. - Dinah comentou, chocada, fazendo os outros lutadores concordarem. - Olá, Mila. - a loira cumprimentou, beijando minha cabeça durante um abraço.

- Quando eu for enfrentar sua irmã, levarei uma foto desse moleque colada em meu peito. - Steve debochou, entregando a cadeira para Dinah.

Voltei meus olhos para Lauren, que fingia não ouvir o que seus colegas de treino estavam dizendo e continuava estalando a língua, fazendo Ethan rir. Zeus! Aquela cena fazia meu coração se aquecer como nunca. Puxei meu celular do bolso para filmar aquilo, mas os rapazes já haviam pensado nisso antes que eu pudesse o fazer.

Depois de um tempo, Ethan pareceu cansar da brincadeira e começou com as reclamações, e Lauren o estendeu para mim com um sorrisinho sem graça nos lábios.

- Ele também é seu filho quando chora, você sabia? - informei, enquanto pegava o bebê.

- Mas você sabe como acalmá-lo. - ela deu de ombros, abraçando meu corpo de lado.

Lauren me acompanhou até um banco, jogando as mochilas dos lutadores no chão - o que os fez reclamar, mas ela fingiu que não era com ela. Dinah se aproximou, devolvendo o bebê-conforto e se afastou rapidamente com uma careta quando Ethan ameaçou chorar.

- Que tal irmos ao shopping? - sugeri, ninando Ethan, que lutava contra o sono.

- Não dá. - ela falou, coçando a nuca. Levantei uma sobrancelha, indagando-a silenciosamente o motivo. - Dinah e eu temos que resolver uns assun...

- Olá, família! - Veronica interrompeu a fala de Lauren, jogando-se sobre os braços da irmã, que a jogou para o lado. - Você deveria ser mais carinhosa comigo, Laur. Logo eu, que consegui uma campanha perfeita para você com a... - deu uma dramática, batucando em tambores imaginários. - Eva Lovia!

Os olhos verdes de Lauren quase saltaram para fora, enquanto ela perguntava repetidas vezes se aquilo era sério. A lutadora começou, então, a pular ao lado de Veronica, comemorando aquilo. E eu só me perguntava quem diabos era Eva Lovia e por quê Lauren estava tão feliz com aquilo.

Logo Dinah entrou na comemoração, implorando para ir junto durante as fotos. Pus Ethan, que dormia serenamente, em sua cadeirinha e levantei do banco, cruzando os braços e ergui a sobrancelha. Lauren percebeu meu descontentamento e se recompôs, arrumando o cabelo bagunçado.

- Quem é Eva Lovia? - levantei a mão para Lauren, que ameaçava se aproximar de mim. - Fique onde está, por favor.

- Você não sabe quem é a Eva? - Veronica perguntou, como se aquilo fosse um absurdo. - Ela é, simplesmente, a atriz pornô mais linda de todos os tempos! - a morena exclamou, fazendo-me abrir a boca incrédula.

- Fodeu. - Lauren cantarolou, rindo de nervoso. Desviei meu olhar para ela, que coçava a nuca e olhava para baixo, evitando me encarar.

- Certo. Uma atriz pornô. Agora, Lauren, você poderia, por favor, me explicar o porquê da comemoração? - pedi, já sentindo meu sangue ferver. Ela continuou calada e cabisbaixa. - E olhe para mim enquanto fala, por favor.

- Hum, você sabe... quando somos adolescente e estamos no auge dos hormônios, sempre temos uma atriz pornô favorita. - ela começou, levantando os olhos para me olhar. - Eva era a minha.

- E a minha também. - Veronica e Dinah falaram juntas, sorrindo nostálgicas.

- Tudo bem. Que tipo de campanha elas farão, Veronica? - mordi a língua, segurando os palavrões que eu queria usar.

- Você sabe... - a morena disse, enrolando igualzinho à Lauren. - Peças que todos usamos, mas que nunca ficam a mostra. - ela enrolou, sorrindo amarelo. Respirei fundo, fechando os olhos.

- Lingeries e cuecas, você quis dizer. - Vero acenou positivamente, e eu sorri. Lauren me olhava com expectativa, provavelmente esperando que eu a xingasse. Desviei meu olhar para Vero, que também esperava por algo. - Veronica, você tem algum compromisso?

- Não. - ela negou com a cabeça, suspirando. - Por quê?

- Você sairá comigo. - não a dei chance de responder, puxando-a pela mão. Peguei Ethan e o entreguei para ela. - Até mais, Dinah. Passar bem, Lauren. - olhei por cima do ombros, mandando um beijo no ar para DJ.

[...]

Depois de uma tarde inteirinha de compras, me sentia mais relaxada. E até com menos raiva de Lauren. Veronica havia me explicado o porquê de Lauren e Eva estrelarem a nova campanha: os marketeiros da marca perguntaram a um grupo de meninos e meninas quem eles gostariam de ver semi-nus num outdoor. Os meninos, em sua maioria, escolheram a Eva - talvez pelo mesmo motivo que Lauren, Vero e Dinah eram apaixonadas por ela. Enquanto as meninas ficaram com a Lauren.

Eu também havia pesquisado sobre a tal Eva e quase infartei ao ver seus vídeos no Google. Além de linda e ter um corpo espetacular, a maldita ainda fodia - aparentemente - muito bem. E eu faria de tudo para ir nessa sessão de fotos com a maldita lutadora, somente para evitar que ela e sua maior fonte de punhetas ficassem algum momento juntas.

Meu celular vibrou pela milésima vez sobre a cama, avisando que tinha uma notificação de mensagem. Não precisei olhar para saber de quem era. Peguei o aparelho, lendo o seu "Gatinha, responde.", e sorri ao constatar que ela estava desesperada, achando que eu estou irritada. Respondi suas mil mensagens rapidamente, com um "Nos encontramos na festa.".

Joguei o celular para o lado, dando uma avaliada em meu corpo 'recém-adquirido'. A começar pelo rosto, que não parecia magro quanto antes e bem menos pálidos; minhas clavículas não eram mais tão evidentes e meus peitos estavam maiores; a barriga estava sequinha como antes, graças à dieta que pós-parto, e minha cintura continuava fina; meus quadris pareciam mais largos e minha bunda maior. Talvez a gravidez não tenha feito mal ao meu corpo.

Terminei de me vestir e dei última checada em minha roupa. O vestido branco parecia curto demais, mas eu não esperava passar a noite vestida, de qualquer maneira; os saltos me deixavam bem mais alta que o usual. Passei o perfume e arrumei minha franja - a única parte do cabelo que estava solta.

Desci as escadas, enquanto mandava uma última mensagem para Piper, perguntando como Ethan estava - já que ela havia se oferecido para cuidar dele enquanto Lauren e eu saíamos. Suspirei ao ler sua resposta, informando que, sim, ele estava bem. Algumas poucas horas longe dele e eu já estava morrendo de saudades.

- Uau, Kim. - Harry assobiou, levantando do sofá. - Olha, se a lutadora não quiser te comer hoje, eu quero. - ele piscou o olho, estendendo o braço para que eu segurasse.

- De qualquer forma, hoje eu sairei da seca. - entrei na brincadeira, enlaçando nossos braços. Caminhamos juntos até o conversível branco dele, saindo para a casa do Liam. 

A casa do moreno não era longe da nossa e o trânsito estava bom, então, em poucos minutos chegamos. As batidas eletrizantes das músicas já podiam ser ouvidas da rua, as luzes, inclusive algumas que não faziam parte da casa, estam acesas ou piscando; o chão tremia por conta da altura do som e os graves pareciam querer romper com os fones do equipamento.

Olhei para Harry, que sorriu malicioso e pulou para fora do carro, esperando que eu fizesse o mesmo e eu o fiz. A casa e a piscina já estavam cheias - de famosos e não famosos. Fui cumprimentada por alguns que continuavam sóbrios e por outros nem tanto assim. Harry logo me abandonou, indo atrás de seu namorado, Louis. Procurei pelo aniversariante, o encontrando próximo às caixas de som, conversando algo com o DJ.

- Ursinho? - gritei, ganhando a atenção dele, que sorriu pelo apelido.

- Odeio quando você me chama assim, magrela. - Liam se aproximou, puxando-me para um abraço apertado.

- Estava com saudades, já. Você fica nessas turnês, sem dar a mínima para a família. - o abracei outra vez, fazendo-o ri.

Uma curiosidade sobre Liam e eu: somos primos. Fomos criados juntos e, depois de tudo o que aconteceu, ele foi o único a vir atrás de mim. E, então, eu o ajudei com seu sonho de ser um grande astro do pop.

Me separei de seu corpo, procurando ao redor por Lauren. Ela deveria ter chegado, já que odeia atrasos. Ouvi a risada de Liam e desviei minha atenção para o moreno, que apontava para trás.

- Sua princesa já chegou. Estava conversando com o Bieber. - ele informou, beijando minha bochecha. - Tenho que cumprimentar mais pessoas. Tchau, magrela. - Liam mandou beijinhos no ar, sumindo de meu campo de visão.

Procurei mais um pouco e avistei Justin conversando com três pessoas. Dinah, Veronica e outra mulher que, mesmo de longe, eu poderia dizer que era fodidamente sexy. Fui me aproximando devagar, observando melhor a quarta pessoa. O cabelo era preto e mediano, repicado e totalmente selvagem; as costas eram um pouco largas e definidas, enquanto seu traseiro parecia maravilhoso naquele jeans preto apertado. Ela não poderia ficar mais quente. Então, ela passou a mão pelo cabelo, tensionando os músculos do braço tatuado ao dobrá-lo. Bem, ela poderia, sim, ficar mais quente.

Senti meu centro pulsar e me xinguei mentalmente. Por mais que Lauren fosse uma fodida da cabeça, que comemora por posar semi-nua ao lado de uma atriz pornô - na minha frente -, eu não poderia desejar outra pessoa tão descaradamente assim. Ou podia? Balancei a cabeça e terminei meu percurso, ganhando a atenção de Dinah.

- Ei, Mila. - ela cumprimentou, fazendo a morena virar em minha direção.

Quase senti meu coração saltar para fora ao encarar aqueles olhos verdes que eu tanto amo. Lauren havia mudado o cabelo e posto um piercing no nariz, deixando-se ainda mais com uma cara de bad-girl. A camisa vermelho-vinho marcava sua barriga e seus peitos, e a calça a deixava toda apertada. Mirei o volume em sua calça, sentindo-me pulsar novamente.

Elevei meu olhar para seu rosto novamente, encarando aquelas íris verdes hipnotizantes. Seu olhar estava intenso, forte, emanando desejo para mim; o verde parecia mais vivo, mais quente, mais lindo. Ela lambeu os lábios sensualmente, sorrindo de lado ao fim da ação. Fechei os olhos e respirei fundo para não enfiar minha língua em sua boca no mesmo instante. 

- Hm... Essa tensão sexual está tão forte, que até eu estou ficando excitado. - Justin zombou, me fazendo acordar.

Lauren ainda mantinha seus olhos presos em mim, mas olhava para baixo; mais precisamente no decote do vestido. Pus a mão em seu queixo, elevando sua cabeça e fazendo-a olhar para os meus olhos. Ela sorriu sem graça, como se tivesse acabado de ser pega fazendo algo que não devia.

- Olá, gatinha. - sua voz rouca invadiu meus ouvidos e desceu direto para a minha boceta, fazendo-a vibrar.

Antes que eu entrasse em combustão, segurei a bola de sua camisa, colando nossos lábios de uma maneira bruta. Ela pareceu surpresa por alguns segundos, antes de segurar minha cintura e aprofundar o beijo. Apertei os olhos com força quando sua língua se esfregou na minha, e levei minhas mãos para a sua nuca, puxando seu cabelo.

Ouvi alguém limpar a garganta, e senti meus pulmões gritarem por ar, me separando de Lauren com uma mordida em seu lábio inferior. Ofeguei, abraçando o pescoço da morena, que sorriu contra meu cabelo. Olhei ao redor, encontrando meus amigos boquiabertos.

- Nossa! Esse beijou melou minha calcinha. - Normani, que não sei quando tinha chegado, brincou.

- Olha, vou até pegar uma bebida para me refrescar. - Lucy entrou na brincadeira, piscando o olho maliciosa.

- Vou com você. - me ofereci, dando um selinho rápido em Lauren.

Depois de algumas doses, já sentia meu corpo livre. Lauren conversava com os "meninos", enquanto as meninas e eu dançávamos loucamente. Minha franja já estava grudando na minha testa e meus pés começavam a doer, mas eu estava longe de parar de dançar. Quando a voz da Beyonce soou nos altos-falantes, tive a certeza que não pararia tão cedo. 

Soltei o cabelo e joguei o prendedor para o lado. Normani sorriu ao me ver com o cabelo solto, e Ally apenas negou sabendo que daríamos um show ali. Normani e eu dançávamos ao som de Run the World, seguindo a coreografia - que a primeira me obrigou a aprender. Podia sentir meu corpo queimando com os olhares dos convidados e aquilo me incentivou. Eu adorava ser o centro das atenções. E também estava fodidamente feliz - e um pouco bêbada.

- My persuasion can build a nation. - cantei junto, jogando o cabelo para o lado, seguindo a dança.

Joguei o cabelo para o outro lado, sentindo mãos firmes e fortes segurarem minha cintura. Sorri, inalando o cheiro amadeirado de Lauren. Ela riu, fazendo os mesmos passos que eu. Continuei dançando e ela, incrivelmente, sabia a coreografia. Virei meu corpo, ficando em sua frente.

- Desde quando você sabe essa coreografia? - indaguei, sem parar meus movimentos. - Desde quando você dança, na verdade.

- Esqueceu que tenho uma irmã mais nova? - ela levantou a sobrancelha, debochada. - Alison me obrigava a dançar com ela, já que as outras duas não queriam brincar. - Lauren deu de ombros, beijando minha testa.

Virei meu corpo novamente, esfregando-me nela. O aperto de Lauren em minha cintura ficou mais forte e eu podia sentá-la dura. Mordi o lábio inferior reprimindo um gemido quando seus lábios tocaram minha nuca suada. Empurrei-a para longe de mim antes que o clima esquentasse mais e voltei para o lado da Mani - que arrasava sozinha, obviamente. Precisava provocá-la antes de fodermos. Quando a música acabou, palmas preencheram o lugar, e eu sorri convencida - aquilo havia realmente inflado meu ego.

- Eu preciso de uma bebida. - gritei para Normani, antes de ir atrás de algo que me refrescasse.

A cozinha estava repleta de bebidas. Vodcas, uísque, sucos, tudo. Tomei dois shots de vodca, sentindo minha cabeça rodar e meu esôfago gritar. Esse tempo sem beber havia me deixado fraca. Pus a garrafa e os copinhos de volta na mesa, e passeei por ali, encontrando garrafas de tequila.

Peguei uma tequila, sentindo uma nostalgia bater em mim. Tequila só me remetia à uma coisa: as festas da família Cabello. Como nós somos latinos - a maioria mexicanos -, nunca faltava José Cuervo nas festas. Como Alejandro sempre dizia: "Senhor Cuervo é o melhor parceiro de festa que alguém poderia ter.". Minha mente voou para a última festa em família na qual eu estive presente. As risadas, as brincadeiras, os olhares amigos, as roupas coloridas e floridas, o amor. Droga! Como eu sentia falta deles.

Soltei a garrafa onde havia a pegado, balançando a cabeça para me esquecer daquela família. Merda. Eu não sabia que sentia tanta falta deles até segurar a bebida em minhas mãos. Na verdade, eu não conseguia acreditar que sentia falta deles, mesmo depois de tudo. Apoiei as mãos no balcão e suspirei, decidindo parar de beber por ora - senão, choraria a qualquer momento.

- Ei, menina das bebidas. - alguém chamou, tirando-me dos meus devaneios. - Poderia me dar uma garrafa cheinha de você? - sorri, negando com a cabeça, ao ouvir a cantada.

Verei-me e encontrei Lauren encostada na soleira da porta com os braços cruzados. Ela sorriu divertida, enrugando o nariz e quase fechando os olhos. Suas bochechas estavam rosadas e seus olhos brilhavam; seu cabelo mais selvagem que nunca, todo bagunçado, e sua camisa amassada. Ela já estava ficando bêbada.

Ergui meu dedo indicador, chamando-a. A lutadora sorriu novamente, desta vez um sorriso calmo. Fechei os olhos novamente, sentindo seus braços abraçarem minha cintura e seus peitos colarem em minhas costas. Entrelacei nossos dedos sobre minha barriga e suspirei novamente, encostando minha cabeça em seu ombro. Ela beijou o topo da minha cabeça, cheirando-o depois.

Ficamos naquela posição durante alguns minutos, sem falar nada. Seus dedos brincavam com os meus sobre meu ventre, enquanto seu nariz passeava por minha cabeça. Virei o pescoço e ergui a cabeça para olhá-la, recebendo um selinho como recompensa.

- Quer me contar por que está assim? - ela perguntou compassiva, e eu neguei.

Voltei para minha posição inicial, encarando os azulejos azuis da parede. Uma das mãos de Lauren se desprendeu das minhas e foi para meus ombros, jogando meu cabelo para o lado. Ela massageou minha nuca, descendo para o ombro, fazendo-me esquecer de tudo. Gemi satisfeita com aquele ato e senti-a se remexer incomodada atrás de mim.

Seus lábios molhados substituíram sua mão sobre minha nuca, causando-me arrepios. Apertei a bancada com mais força, sentindo-a se esfregar sutilmente em mim. Ela distribuía beijos, mordidas e lambidas, melando minha calcinha. Suas mãos desceram para minhas coxas, apertando-as enquanto sua pélvis se esfregava em minha bunda. Zeus, como eu estava com saudade disso!

Não sei como virei tão rápido, mas no segundo seguinte meus lábios já estavam sobre os seus, chupando-os com força. Sua língua estava ávida, procurando loucamente pela minha; quando a encontrou, chupou-a com sofreguidão. Segurei seu cabelo, impedindo que ela saísse dali e a ouvi gemer em minha boca. Suas mãos continuavam em minhas coxas, as apertando.

Empurrei seus ombros, separando sua boca da minha. Ela me olhou sem entender, mas sorriu safada quando sentei no balcão, a puxando pelo cós da calça para o meio das minhas pernas. Colei nossos lábios de novo, esfregando minha boceta em Lauren. Ela soltou meu lábio e gemeu baixinho quando rocei novamente em seu pau - que já estava duro feito pedra.

Desci meus beijos para seu pescoço, sem parar de movimentar meus quadris. Seu pau pressionava meu clitóris sobre a calcinha, deixando-me louca. Zeus! Eu poderia gozar ali mesmo, só com essa ação. Suas unhas cravaram em minha coxa e ela empurrou os quadris em direção ao meu centro, gemendo arrastada. Lauren mordia meu ombro, tentando reprimir os gemidos e os suspiros altos.

- Vocês sabiam que existem quartos nessa casa? - Liam perguntou, nos assustando. Lauren separou nossos lábios devagar, olhando para a pessoa que nos interrompeu.

- Continue bem aqui. - Lauren sussurrou, quando tentei levantar.

- Está com um problema de paudurência, não é, Lauren? - meu primo zombou, fazendo-a assentir com uma careta. Liam riu e negou com a cabeça, apontando para fora do cômodo. - Normani estava a sua procura, Camila. 

Lauren se deu por vencida e se afastou de mim, deixando o volume em sua calça evidente. Sorri com a língua entre os dentes, fazendo-a rir junto. Levantei do balcão e deu um último beijo em seus lábios, voltando para a pista de dança improvisada. Pensei em ir até Normani, mas ela parecia ocupada demais se agarrando com Dinah.

- Bebeu muita porra? - Ally zombou, quando parei ao seu lado. Fingi estar ofendida e pus a mão no peito, rindo de sua pergunta. - Eu vi quando a Vause foi atrás de você. E você está com cheiro de Lauren. - a baixinha deu de ombros e enrugou o nariz, explicando os motivos da pergunta.

- Bem que eu queria ter bebido, mas o Liam chegou. - fiz um biquinho, e ela riu.

- Falando em Liam, ele está um gato hoje... - ela deixou a frase no ar, suspirando em seguida.

Fazia algum tempo que ela e Troy haviam terminado, e ela finalmente estava se interessando por alguém novo - depois de ter passado quase um mês inteiro por causa do término. Pedi que ela esperasse um minutinho e dei uma de cúpido: fui até onde Liam estava e lhe disse sobre o interesse de Ally, o que o deixou animado.

- Você sabe, magrela, apesar de amar você, a Allyson sempre foi minha preferida. - ele sorriu malicioso, levantando as sobrancelhas. 

- Então, venha e conquiste a gata. - puxei-o pela mão e o coloquei em frente a baixinha, que arregalou os olhos surpresa.

- Hm, oi. - meu primo começou, e eu me afastei. Odiava segurar vela.

Olhei ao redor, procurando o resto do grupo. Normani e Dinah dançavam coladinhas e riam como duas bobas, ridiculamente apaixonadas. Lucia conversava com o Calum - nojo -, que não parecia nem um pouco feliz por estar ali. Revirei os olhos e fui até Veronica, que rodava a bebida em seu copo, encarando Lucy e Calum. Ela bufava, tentando se afundar no sofá.

Sentei ao seu lado sem dizer nada e ela não pareceu me notar. A morena estava perdida em pensamentos, assistindo o que parecia ser uma briga entre sua ex e o atual dela. Tomei o copo de sua mão e bebi o conteúdo, finalmente atraindo sua atenção.

- Por que não foi falar com ela? - indaguei, devolvendo o copo.

- Porque eu sou covarde. - respondeu, como se fosse óbvio. - Você vê: eu nem ao menos a pedi em namoro! - ela riu amarga, jogando o copo de plástico sobre a mesa.

- E por que não pede agora? - Veronica olhou para mim como se eu fosse uma retardada, negando com a cabeça.

- Você não vê que ela estava com o namoradinho dela? - a amargura continuava em sua voz e eu, no meu papal de cúpido, precisava acertar as coisas.

- Olha ali: ele está indo embora. É uma ótima chance para vocês conversarem. - deitei minha cabeça em seu ombro e ela assentiu, deitando a cabeça sobre a minha.

Ficamos ali, nós duas, sem falar nada. Eu assistia Norminah dançar coladinhas Cheerleader, Ally e Liam conversarem entre sorrisos e Lucy revirar os olhos enquanto Calum se afastava dela. Cutuquei a costela de Veronica e apontei para Lucia. Ela me olhou, indagando silenciosamente se aquela era mesmo uma boa ideia e eu apenas assenti.

Veronica andou meio hesitante até Lucy, e a chamou para conversar num lugar mais afastado. Observei-as andar até o banheiro, e suspirei. Operação cúpido 2.0 havia sido concluída com sucesso. Normani estava sozinha novamente, então fui fazer companhia.

- Finalmente a princesa apareceu. - Mani me saudou, fingindo uma reverência.

- Você estava engolindo a boca da Dinah. Queria que eu atrapalhasse? - levantei a sobrancelha e ela balançou a mão indiferente, rindo em seguida.

- Algo me diz que este DJ está gostando das minhas danças. - ela sugeriu, apontando para o ar. - Ouça: é a quinta vez seguida que ele coloca Beyonce.

- Ou ele está fazendo isso porque todos gostam. - dei de ombros e ela negou.

- Então, por que ele olha para mim antes de pôr uma música? E continua olhando enquanto eu danço? - olhei discretamente para Lucca, o DJ, e o loiro estava nos olhando. É, talvez ela tivesse razão. - E ele é um gato! - ela se abanou, fingindo um desmaio.

- Cala a boca. Você é comprometida. - bati em seu braço, rindo junto com ela. - Não acabe com meu OTP. - rimos novamente e 6 Inch soou nos altos-falantes.

Normani apontou para o ar mais uma vez, com um sorriso convencido nos lábios, como quem diz: "veja, tenho razão.". Revirei os olhos e a puxei para dançarmos. Fiquei de costas para o corpo da mulher negra, balançando meus quadris. Ouvi a risada da Mani, antes de sentir suas mãos agarrarem minha cintura. Eu estava no comando.

Pus a mão no cabelo quando a voz do Abel substituiu a da Bey, e esfreguei lentamente minha bunda na pélvis da minha amiga, que passou as mãos por minhas coxas. Mani inclinou seu corpo para frente, obrigando-me a apoiar minhas nãos nos joelhos; foi a vez dela se esfregar em mim. Nossos movimentos eram lentos e fortes, sem qualquer segunda intenção. Balançávamos juntas, na batida da música. Trocamos de lugar e foi a vez da Mani ficar na frente. Quando a música acabou, estávamos ofegante e sorrindo.

Senti o olhar de alguém sobre mim e virei, procurando o dono. Lauren estava sentada do outro lado, com uma garrafa de cerveja na mão. Seus olhos estavam presos em mim e ela balançou a mão, chamando-me para perto. Baixei o olhar para o meio de suas pernas, onde sua mão descansava e apertava discretamente - ou não tão discretamente assim - seu pau. Era o momento certo para enlouquecê-la. Pus minha melhor expressão maldosa, andando em passos lentos até a lutadora.

- Sim? - perguntei, fingindo não saber de nada.

- Liam é seu primo, certo? - assenti, esperando que ela falasse mais alguma coisa.

Mas ela não falou. Simplesmente tomou o restante da sua bebida em dois segundos e levantou num pulo, puxando-me apressadamente. A acompanhei, mesmo sem saber ao certo o que ela estava fazendo. Subi as escadas correndo - e quase caindo, por estar com saltos altíssimos. Lauren parou de repente, fazendo-me colidir com suas costas e antes que eu pudesse reclamar, ela me empurrou contra uma porta.

Minhas costas bateram contra a madeira fria e seus lábios atacaram os meus, num beijo totalmente agressivo. Minha boceta pulsou com sua brutalidade. Emaranhei minhas mãos em seu cabelo, aprofundando o beijo. Enfiei minha língua em sua boca, explorando todos os cantos e sentindo o gosto de álcool. Levei minha mão para sua bunda, ouvindo-a gemer pelo aperto.

Tateei a madeira atrás de mim, procurando pela maçaneta. Quando a encontrei, abri meus olhos e a destranquei, puxando Lauren pela camisa para dentro. Ela chutou a porta para trás, olhando para mim com fome. Pus o dedo indicador na boca e sorri maliciosamente, fazendo-a quase rugir baixinho. Ela me abraçou mais uma vez, iniciando outro beijo desesperado.

Suas mãos içaram minha coxa, me pondo no colo; enlacei minhas pernas em sua cintura, sentindo seu membro duro contra meu centro. Lauren separou nossos lábios, olhando em meus olhos. Seus olhos brilhavam, queimavam. Me perdi naquele olhar que há muito não via, mordendo o lábio para reprimir um gemido. Ela sorriu, deixando um beijo casto nos meus lábios. Suguei seu lábio inferior, aprofundando o beijo duma vez.

Ela andou comigo em seu colo, até que minhas costas encontraram um lugar macio. Subi um pouco mais o vestido e abri minhas pernas, expondo-me para ela. Lauren sorriu antes de engatinhar na cama e sentar sobre minhas coxas. Fechei os olhos e gemi satisfeita quando suas mãos subiram por minha barriga, parando sobre meus peitos.

Sentei na cama, ainda com ela sobre mim, e aproximei meus lábios de seu pescoço, beijando-o languidamente. Ouvi-a suspirar, antes de sentir sua mão abandonar meu seio esquerdo e se emaranhar em meu cabelo, prendendo-me no lugar. Continuei beijando toda a extensão do seu pescoço, substituindo os lábios pela língua, lambendo-a.

Empurrei-a para fora do meu colo, sentando-me sobre sua pélvis. Inclinei meu corpo, voltando a atacar seu pescoço, marcando-a toda. Ela gemeu arrastadamente, apertando minha bunda com as duas mãos. Suspirei e abandonei seu pescoço, descendo meus lábios para sua clavícula. Rebolei em seu colo, friccionando nossos sexos, gemendo satisfeita com aquilo.

Levantei meu corpo, espalmando minhas mãos sobre o abdome dela, cavalgando sobre ela. Lauren revirou os olhos, fechando-os e gemendo alto. Sentia minha calcinha e minha boceta completamente encharcadas e meus mamilos entumecidos, num perfeito sinal de tesão.

- Vamos mais rápido com isso. - Laur pediu, puxando a camisa para fora do corpo.

Gemi alto quando vi seu abdome delicioso e seu sutiã preto. Arrastei meu corpo para trás, abrindo o zíper de sua calça, o que a fez levantar o quadril para que eu baixasse a peça até seus joelhos. Seu pau parecia querer rasgar a cueca e saltar para fora, e eu resolvi o ajudar: pus os dedos no cós da cueca, puxando-a para baixo.

Levantei minha cabeça e olhei para seu rosto. Lauren ofegava em expectativa, com alguns fios de cabelo grudados na testa e as bochechas vermelhas. Segurei seu membro em minha mão, masturbando-a lentamente. Levei meus lábios para sua glande, sem parar meus movimentos, e comecei a chupá-la.

- Merda, Camila. - a morena gemeu, levando suas mãos para o meu cabelo, empurrando minha cabeça para baixo.

Continuei a chupando, até sentir as veias de seu pau engrossarem e ela gozar em minha boca. Limpei os cantinhos da boca, lambendo os dedos em seguida. Lauren negou, me puxando pela mão. As mãos da lutadora logo encontraram o zíper do meu vestido, o descendo.

Me livrei rapidamente do vestido e do sutiã, ficando de calcinha sobre o corpo dela. Lauren sentou comigo em seu colo, atacando meus peitos. Seus lábios chupavam meus mamilos com força, enquanto sua língua os lambia docemente e seus dentes raspavam sobre eles, fazendo todos os pelos do meu braço se arrepiarem.

- Vamos logo com isso, Lauren. - pedi manhosa, quando seus dedos tocaram meu clitóris por cima da calcinha.

Lauren continuou com os movimentos e quando eu estava prestes a gozar, puxou minha calcinha para o lado e enfiou dois dedos duma vez em mim. Gemi alto num misto de surpresa, prazer e incomodo. Ela estocou algumas poucas vezes e me levou ao limite, gemendo junto comigo.

Ela retirou os dedos de mim e os levou a boca, chupando-os. Saí de seu colo e tirei a calcinha, enquanto ela se despia completamente. A vi caçar alguma coisa nos bolsos da calça, para então voltar com uma embalagem azul nas mãos.

Levei meus dedos para minha boceta, tentando aliviar um pouco do desejo que estava sentindo. Assisti Lauren desenrolar o preservativo sobre seu membro com agilidade, aumentando a velocidade em meus dedos. Ela sorriu malicioso, antes de descer e deixar uma lambida longa e lenta em minha fenda.

- Você é deliciosa, Karla. - a lutadora deu mais uma lambida, gemendo meu primeiro nome mais uma vez.

Segurei seu cabelo e o puxei para cima, fazendo-a rir baixinho. Juntei nossos lábios num beijo afoito, misturando nossos gostos. Suas mãos apertaram meus peitos, descendo pela barriga até chegar em minhas coxas, as afastando. Mordi seu lábio inferior, sentindo-a pincelar seu pau em minha entrada.

Sem qualquer aviso, Lauren se meteu duma vez em mim. Senti como se estivesse sendo rasgada, como na minha primeira vez. Cravei minhas unhas em suas costas e meus dentes em seu ombro, com força.

- Vá devagar. - pedi, sentindo-a estocar lentamente.

- Você está bem? - sua voz rouca, carregada de tesão, perguntou.

Assenti, fechando os olhos. Lauren continuou a se mover devagar, ofegando em meu ouvido. Depois de alguns minutos, me acostumei com seus movimentos, sentindo o prazer tomar conta de mim. Ergui os quadris, indo de encontro ao dela, pedindo-a para ir mais forte.

Desci meus dedos por suas costas, sentindo sua pele em minhas unhas. Aquilo iria doer depois. Finquei minhas unhas em suas nádegas, e, como resposta, Lauren se enfiou mais fundo, alcançando o lugar certo. Lauren e eu gemíamos alto, quase em sincronia.

Mais algumas muitas estocadas e eu já sentia o orgasmo vindo. Busquei por sua boca, enfiando minha língua ali dentro quando meu corpo todo vibrou. Separei nossas bocas, gemendo seu nome enquanto gozava. Ela continuou estocando, até seu corpo relaxar sobre mim. 

Alisei sua testa suada, beijando o topo de sua cabeça. Suas mãos acariciavam minhas coxas, seus movimentos eram sutis e sem segundas intenções. Lauren levantou a cabeça, apoiando o queixo em meu peito, saindo de dentro de mim. Fiz um bico, reclamando de sua saída. Ela gargalhou, beijando o vale entre meus seios.

- Eu estava com saudades disso. - a lutadora informou, ainda com um sorriso nos lábios.

- Eu também. - alisei seu cabelo, devolvendo o sorriso. - Eu amo você. - sussurrei, ganhando mais um beijo entre meus peitos.

- Deveríamos voltar para a festa... - ela deixou a frase morrer no ar, abaixando a cabeça.

- Mas? - pedi, fazendo-a rir.

- Mas eu quero foder você mais uma vez. - Lauren olhou para os meus olhos, sorrindo.

Senti minha boceta vibrar. Mordi o lábio e assenti, puxando-a para um beijo. A noite havia apenas começado.