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História The First Date - Capítulo Único


Escrita por: Gaah_Godoy

Notas do Autor


Olá meus caros leitores!!
Tudo bem?

Aqui vai mais uma One Shot pra vocês.
O que me deu inspiração para ela, foi o texto "O lixo" de Luiz Fernando Veríssimo.
Espero que gostem e me desculpem por qualquer erro.
Boa leitura. ^-^

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction The First Date - Capítulo Único

Encontram-se na lavanderia. Cada um no seu canto, nunca tinham se falado, mesmo morando no mesmo prédio.

A azulada já queria há muito tempo falar com o rapaz, mas nunca teve coragem suficiente para fazer isso. Estava colocando sua roupa na máquina até que...

- Você poderia me emprestar o sabão em pó? - sua voz rouca ecoou pelos seus ouvidos.

- Claro! - pegou o pote em cima da máquina e entregou para o rapaz. Ele se virou e voltou a fazer o seu trabalho.

A menina olhava com atenção. Estava atenta em cada coisa que o grandalhão fazia em sua frente. Não, ela não estava apaixonada por ele, apenas a sua curiosidade a corroía por dentro.  Morava há tanto tempo naquele prédio e nunca o viu com alguém, nunca o viu  sair com os amigos e muito menos viu sua família o visitando.

- Bom dia. - Finalmente tomou coragem.

- Bom dia. - respondeu seco.

- Desculpa, mas já faz tempo que ando reparando algumas coisas sobre você.

- Como é? - o rapaz franze o rosto. Que menina louca, pensava consigo.

- Meu nome é Levy! Sou do apartamento  10. - esticou sua mão em forma de comprimento. O rapaz ainda estranhava a atitude da pequena. Ele apenas dá um passo para trás e coloca suas mãos no bolso da calça.

- Sou o Gajeel. Do apartamento 12.

- Você deve achar que eu sou uma maluca. - sim, ele achava - Mas não sou. Apenas tenho reparado algumas coisas em você.

- Tsc. Você é o que? Um detetive?

- Não, apenas vejo que o senhor não sabe lavar roupa - apontou para a máquina. - Você não deve colocar as  roupas coloridas com as roupas brancas. - riu.  Gajeel analisava. Que diabos aquela menina era? Além de maluca, queria ensinar ele lavar a roupa? - Notei também que você não tem a mínima ideia da quantidade do sabão em pó!

- Quer me ensinar como lavar a roupa?! - Gajeel se irritou - Melhor. Quer lavar a roupa para mim?

- Eu só...

- Nem vem. - pegou o cesto de roupa e colocou na frente de Levy - Se quiser pode lavar, pelo menos você poupa o meu tempo!

- Não vou lavar essas roupas horrorosas! - chutou o cesto de roupas.  - Tento ser legal em puxar assunto com você e... - aponta o dedo para ele - E você age dessa maneira!

- Não te pedi nada. - encarou a menina - Quer saber? Reparei que você gosta muito de se meter na vida dos outros!

- Eu não faço isso!

- Não? - perguntou sorrindo - E por que estava mexendo na minha caixa de correio? - A azulada ficou assustada. 

- B-Bem eu... - nesse momento já estava toda vermelha de vergonha.

- Gihi. Também olhei as suas.

- Olhou?

- Aham. Sua mãe tem uma letra bonita.

- Você abriu minha carta? - gritou.

- Lógico que não! Vi pelo envelope. - suspirou aliviada. - Parece letra de professora. - disse pensativo.

- Escritora, na verdade. -  encostou-se  na máquina - Também sou sabe, só me falta um pouco de inspiração para escrever.

- Por isso tinha alguns papeis amassados no seu lixo.

- O que? Agora você está fuçando o meu lixo também? - deu um soco no grandalhão.

- Só confiro de vez em quando, baixinha.

- Não me chame assim - bufou - Não tenho nenhuma intimidade contigo.

-Gihi.

- Desculpa, mas vi que tinha um envelope de telegrama. - o Gajeel desviou os olhos para o chão. - Tudo bem?

- Era do meu pai. Ele morreu. – suspirou - Estava viajando quando a carta chegou.

- Sinto muito. - chegou mais perto e passou sua pequena mão no braço do rapaz. Que estranhou seu pequeno ato de caridade. - Por isso que voltou a beber?

- Como você sabe?

- Ontem à noite. Já faz um bom tempo que não ouço um barulho que nem aquele.

- Eu não estava  bêbado.

- Não, só quebrou tudo que estava no seu  caminho de proposito, né? - ironizou a pequena.

- Tsc. Como se você não fizesse a mesma coisa.

- E não faço.

- E o escândalo que você e o seu namorado fizeram na semana passada?

- Aquilo. Você conseguiu ouvir? - confirmou com a cabeça. - Ainda dói, sabe? - colocou a mão no peito.

- Estou morrendo de dó.

- Você não tem sentimento não?

- Não.

- Não? E aquelas mulheres que você sempre se encontra?

- Opa! Baixinha, acho que você está tomando conta de mais da minha vida.

- Não estou tomando conta, só reparo demais nas coisas.

- Ou seja, esta tomando conta da minha vida.

- Você é muito chato, sabia?

- Isso é um dom e eu não posso desperdiça-lo. Gihi.

- Falando em dom, você toca muito bem.

- Tenho uma banda.

- Que legal! Qual é o nome?

- Não tem ainda. Alguma sugestão?

- Hm. Que tal... Gajeel, o chatonildo?

- Vou fingir que não ouvi isso.

- Sem graça. Era apenas uma brincadeira. -  fez pico - Notei também que você compõe.

- O que? - cruzou os braços em frente ao peito - Ok. Agora você foi fundo demais.

- Isso é meio obvio! Dã - Gajeel revirou os olhos - Você tem uma banda, alguém tem que compor as músicas!

- Não sou eu que componho.

- Não?

- É complicado. Minhas músicas não são lá grandes coisas.

- Está errado. - a fala da pequena surpreendeu  Gajeel - Eu li algumas - a azulada abaixou- se e pegou algo que estava em seu cesto de roupa - Achei isso no corredor, provavelmente deve ter caído enquanto você vinha pra cá. - entregou as folhas para o rapaz.

- Valeu.

- De nada. - sorriu.

Alguns dos amigos de Levy sempre diziam que o sorriso da pequena era um dos melhores acessórios dela. Com ele, a azulada conseguia mudar o humor de uma pessoa ou apenas conquistava as elas com a sua gentileza.

E justo o rapaz mais rebelde, malandro e sem sentimentos - segundo a pequena - foi pego pelo sorriso dela.

- Porque você veio falar comigo? - Gajeel perguntou enquanto colocava as roupas na máquina ao lado da azulada. Levy coloca uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, olha para os lados, pensando no que responder.

- Não sei. - sorriu.

- Você é muito estranha. - disse Gajeel.

- Sei disso.

- Gostei de você.

- Como?

- Gostei de você. - o grandalhão se aproximava da pequena. Levy estava totalmente confusa. Aonde ele queria chegar?

- Também gostei de você - respirou fundo - Você é uma pessoa super  legal! - Gajeel estava cada vez mais perto. A cada passo que ele dava, ela ia para trás.

O espaço acabou. Levy agora estava entre a máquina e Gajeel, que olhava fixamente em seus olhos.

Não tinha mais ninguém na lavanderia do prédio, apenas os dois estavam lá e a máquina ainda continuava batendo.

- Sabe outra coisa que eu notei? - Gajeel perguntou para Levy que apenas negou com a cabeça. - Quão burro eu fui, por não falar com você antes. - Levy conseguiu ver sinceridade nos olhos do rapaz. Ele já estava perto o suficiente para beijar ela.

Mas de repente a máquina atrás da pequena faz um barulho. Água com sabão em pó é espalhado por toda a lavanderia. Os dois levaram um susto com o barulho, acabaram perdendo  o equilíbrio e caíram um por cima do outro.

- Como você é burro! - a pequena ria - Falei que não era... - parou a frase no meio assim que percebeu que Gajeel estava em cima dela.  - Então...

- Ah! Foi mal. - saiu de cima da Levy e sentou no chão. O silêncio parou sobre eles.

- Meu Deus! - uma voz chamou atenção dos dois. - O que aconteceu aqui?

- Lucy, o que faz aqui? - perguntou Levy indo em direção da loira.

- Queria chamar você para darmos uma volta no shopping.

- Quero sim, mas preciso de um banho. - riu

- Estou vendo... - a loira inclinou a cabeça para o lado e viu Gajeel sentado no chão. - Gajeel, desde quando você conhece a Levy?

- Oi?... Ah!  Conheci agora pouco. Gihi

- Um momento. - azulada balançou a cabeça confusa - Você conhece ele?

- Ele é da banda do Natsu. - disse Lucy.

- Seu namorado? - perguntou Levy.

- Aham.

- Entendi.

- Vamos então? - perguntou Lucy.

- Vamos sim - Levy se virou e olhou para o Gajeel - Quer vim junto?

- Não posso - a garota franze o cenho - Preciso dar um jeito nessa roupa.

- Deixa ai.  - disse Lucy

- Lucy.

- Sim, Levy.

- Pode ir na frente, vou ajudar arrumar as coisas aqui e te encontro no meu apartamento. Ok?

- Ah!! Entendi... - chegou mais perto da pequena -  Vou deixar vocês se divertirem. - riu. A azulada apenas deu um soco em seu braço - Até mais!

- Até loirinha! - disse Gajeel

- É LUCY! - gritou.

Levy olhou a bagunça em volta, tinha muita coisa para fazer.  Foi até o armário e pegou alguns panos, um balde com água. Eles precisavam limpar toda aquela bagunça, se não iam acabar se ferrando.

Despois de um tempo  brigando, conversando e  rindo, finalmente conseguiram limpar tudo e conseguiram lavar também as suas roupas.

- Viu como é fácil. - disse Levy

- É.

- Então... A roupa foi uma aposta?

- Sim. Acabei perdendo e tive que lavar as roupas deles. - Levy riu.

- Foi bom o dia de hoje, mas estou precisando...

- Vai lá tirar o fedo. Não estou aguentando esse cheiro de amaciante. - Gajeel tampou seu nariz.

- Que engraçado. Você também está precisando de um.

- Sabe, notei outra coisa em você.

- O que? - "Essa eu quero ver" pensou consigo mesma.

- Que você não sabe cozinhar.

- De onde você tirou isso?!

- São exatamente 13hs e você vai sair sem almoço?

- E como isso prova que eu não sei cozinhar?

- Vai sair pra almoçar fora? - Levy olhou assustada. - Gihi.

- M-Mas isso não prova nada.

- Pensa que eu não lembro que foi você que ativou o alarme de incêndio  dois dias atrás?

- Eu estava testando uma comida nova! Não vejo mal nenhum em errar.

- Você ativou o alarme duas  vezes. E foi na mesma semana.

- Vai me dizer que você nunca errou?

- Não. - respondeu sério.

- Mentir é feio.

- Não estou mentindo.

- Quero uma prova.

- Ok. Sábado à noite, na minha casa, eu te mostro que sou melhor que você na cozinha!

- U-Um  encontro?

- Chame como você quiser,  Baixinha.

- Não me chame de baixinha.

- Baixinha. Gihi.

- Ai Gajeel! Você é muito chato!

- Já disse - passou a mão pelo cabelo comprido - Isso é um dom e eu não posso desperdiça-lo.

- Arg! - revirou os olhos - Eu vou embora! - Novamente Gajeel conseguiu irritar ela. Levy odiava que a chamassem de baixinha, era um adjetivo que fazia ela se sentir tão... Inútil.

A azulada se direcionou até a porta da lavandeira, pegou na maçaneta e puxou a porta, mas ela não abria.

- Ai meu santo unicórnio! - tentava a todo custo abrir a maldita porta, mas ela insistia em permanecer fechada.

- Aprende - Gajeel apareceu. - Pega a maçaneta, gira ela, e empurra a porta. - sem nenhum esforço a porta abriu.

-Obrigada. - ele não respondeu, apenas continuou seguindo o seu caminho. Levy ia logo atrás, analisando cada detalhe do grandalhão. Desde seu longo cabelo, até a suas botas pretas.

Finalmente chegaram aos seus apartamentos.

- Gajeel

- Oi

- Bem...

- Até Sábado, pequena - devagar Gajeel beijou Levy. Um beijo delicado e sem pressa. Pela primeira vez em anos, finalmente alguém conseguiu fisgar o coração de ferro de Gajeel.

Afastaram-se. Gajeel deu um pequeno riso, a pequena estava atordoada, mas tinha um grande sorriso no rosto.

- Até Sábado, então. - disse Levy.

- Até. Gihi. - Gajeel acenou e entrou em seu apartamento.

Levy sorriu pela última vez e adentrou ao seu apartamento.

Daquele dia em diante a vida dos dois jovens irá mudar.  Finalmente o mundinho deles que, antes era preto e branco irá ganhar cores novas.


Notas Finais


Bom... Espero que vocês tenham gostado, assim como eu amei escrever essa One Shot.
Comentem para eu saber se vocês gostaram ou não . E quem sabe eu não apareço com outra história para vocês!!

Beijão e até a próxima.


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