1. Spirit Fanfics >
  2. The Five Guardians >
  3. Portal's Guardian

História The Five Guardians - Portal's Guardian


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Não resisti, precisei voltar! dhusahda
Boa leitura. <3

Capítulo 4 - Portal's Guardian


Fanfic / Fanfiction The Five Guardians - Portal's Guardian

" – Dizem que há apenas dois caminhos a serem seguidos, mas enganam-se aqueles que assim pensam, pois a vida nos dá milhares de caminhos, porém, cabe a nós eliminarmos aqueles que a lugar algum nos levarão. Cuidado, doce menina, o amor anda de mãos dadas com o ódio dentro desses caminhos." - Allane 

 

 

A velha mesa de jantar estava posta, com o cálice cheio de vinho e com a fumaça que dançava sutilmente acima dos pratos. Damara sorria para o marido, o qual olhava-a orgulhoso por conta do ritual realizado há três dias. Os belos e intensos olhos azuis percorreram o pescoço nu da mulher ao lado, local onde ele depositou um demorado e quente beijo, fazendo com que o coração juvenil da garota palpitasse, como se ela ainda fosse uma criança de oito anos que teve seu primeiro amor. E, de fato, ele era seu primeiro amor.  

Alcander, após terminar sua sopa, respirou fundo e olhou para o prato, onde uma ervilha rolava solitária de lá para cá.  

– Até quando comeremos sopa de ervilha? 

– Não se preocupe, meu senhor, logo comeremos o melhor banquete! 

– Levará alguns anos, minha dama. 

– Dizem que a conquista é lenta, senhor. 

– Tens razão, querida. O importante é estar ao seu lado durante esse tempo tão longo. 

As mãos grandes e macias do loiro tocaram as poderosas e pequenas mãos de Damara, acariciando-as carinhosamente, enquanto os olhares cruzavam-se. O confortável silêncio preencheu a velha cabana, mas o coração da jovem estava tão acelerado que poderia ser audível ao rapaz, e este sabia como ela estava. Afinal, era favorável a ele que ela o amasse, que ela o servisse. Quando os rostos estavam próximos o suficiente para que um beijo acontecesse, as batidas desesperadas na porta os assustaram, fazendo-os separarem-se, então uma mulher perdida em lágrimas entrou na cabana, ajoelhando-se aos pés de Damara. A bruxa olhou-a, mas não a conhecia, então Alcander, surpreso, iniciou: 

– Condessa! O que a senhora faz aqui, em nossa humilde cabana? - Perguntou o homem, ajudando-a a levantar-se. 

– A rainha contou-me o que fez... eu imploro-te, jovem e sábia feiticeira, ajude-me! 

– Não entendo, senhora.  

– Sou a irmã do marido de Kim Hye-Sun, a mulher que esteve aqui há três dias. O conde está desesperado, ameaçou-me, senhorita! Eu imploro-te, ajude-me a dar ao meu marido um filho! 

– O que tem a oferecer, Condessa? 

Perguntou Damara, com sua voz firme e seu sorriso estampado, cruzando os braços ao ver a expressão deplorável daquela mulher. 

– O que quiser, darei tudo o que quiser! 

– Quero uma garantia de que cumprirá sua palavra. 

– Imaginei que quisesse, senhorita. - Mais calma, a mulher apontou para sua carruagem ao lado de fora. - Eu tenho joias, muitas joias! Darei a ti todas que comigo trouxe, depois darei animais para alimentarem-se, se assim quiserem.  

– Parece interessante, senhora. Será um prazer ajuda-la. 

– Deus! Obrigada, eu não sei o que acontece... uma onde de azar está entre a nobreza. 

– Meu senhor, dê-me licença para ajudar essa senhora. 

– Certamente, minha dama. 

Alcander curvou-se para ambas e retirou-se da cabana, fechando com pressa a porta. Damara aproximou-se da Condessa, levando suas mãos à barriga dela, tocando-a calmamente enquanto sorria. 

– Ora, ora! 

– O que sente? 

– Não é o que eu sinto, mas sim o que vejo, senhora. - Damara afastou-se, sorridente. - Terá outro homem na família. 

– Como pode saber de imediato? 

– Clarividência é um dom que passou de geração em geração, senhora. 

– O que faremos agora? 

– Tire suas vestes, prepararei o círculo. 

Sem mais, a Condessa fez o que Damara pediu, enquanto esta preparava o local para o ritual, traçando primeiramente o círculo energético, para assim trazer as energias ao seu ritual e protege-lo. Quando Damara aproximou-se da Condessa para venda-la, esta recuou. 

– Para que a venda? 

– Você estará vulnerável e verá coisas assustadoras, é melhor não enxergar. 

– Eu odeio o escuro, de jeito algum usarei isso!  

– Acredite, é melhor não. 

– Eu já vi coisas piores, acredite. 

– Como preferir. 

Damara jogou a venda para longe e guiou a mulher até o centro do círculo, onde ela deitou-se e manteve os braços repousados ao lado do corpo. Os olhos curiosos da Condessa acompanhavam cada parte do ritual, e ela não conteve o sorriso quando viu a bela chama esverdeada sair do caldeirão. Assim como anteriormente, Damara traçou o sigilo, mas a Condessa pareceu não se importar com a temperatura. O ritual corria exatamente como anteriormente, mas agora Damara usava um athame para traçar um novo sigilo que representava um portal, a centímetros do ventre da Condessa, enquanto ofereceu a ela, com a outra mão, o cálice com sangue, e mesmo receosa, a Condessa bebeu. 

– Ofereço-te, grandioso mestre, o sangue da magia e da sabedoria, o corpo devoto a ti e o útero límpido, para que assim nos presenteie com sua criação, o mais astuto e forte dos homens. Que venha o seu segundo filho e guia das pobres almas, meu senhor. 

Após tais palavras, tudo se repetiu, mas as entidades que corriam de lá para cá assustaram a Condessa, que tentou correr, acabando por cortar-se com o afiado athame. Ainda com seus olhos sem cor, Damara a encarou, erguendo sua mão e fazendo seu corpo ficar imóvel. Ela logo levantou-se e respirou fundo, irritada por ter que fazer aquilo, então não tardou em selecionar a poção voltada à cura, a qual passou acima do corte feito, pois aquele ferimento poderia falhar o ritual. 

– Eu avisei para usar a venda! 

– Isso dói! Pare! 

– Se eu parar, você morrerá. 

Damara colocou ambas as mãos acima do corte e o pressionou com certa força, citando encantamentos e rezas, e minutos depois, aquele corte já não estava mais ali. Então, ao encerrar o ritual, a Condessa sentou-se, impressionada pelo que havia presenciado. 

– Você... você curou-me? 

– Senhora, evite que seu filho se machuque. 

– Por quê? Crianças sempre se machucam... 

– Porque, graças à sua imprudência, o poder de cura será espelhado em seu filho. 

– E isso não é bom? 

– Por um lado, é. - Damara levantou-se, apagando as velas. - Mas ele será condenado à forca, porque o considerarão uma aberração do demônio por se regenerar. Guarde esse segredo, minha senhora. 

A Condessa ouvia tudo atentamente conforme se vestia novamente, então, antes de se retirar, ela tocou uma das mãos de Damara, a qual sentiu um leve aperto em seu coração com tal contato. Quando os olhos cruzaram-se, a vista da bruxa iluminou-se e ela se viu em meio às árvores, sendo observada por um rapaz beirando sua maioridade, rapaz este que sorria para ela, mas a visão se desfez quando a Condessa, sorridente, afastou-se. 

– Obrigada, senhorita! 

E assim, a Condessa se retirou, voltando apenas para dar o pagamento à bruxa, que quando ficou sozinha, correu até suas cartas de tarô e sua bola de cristal, rodeando-a com as cartas antes de sentar-se em frente a mesma, levando as mãos acima do cristal. 

– Guie-me, elementais, para que eu tenha a visão clara do futuro. Mostre-me quem é aquele homem. 

E assim, com sua concentração e energia, Damara aprofundou-se naquela mesma visão de antes, mas agora ela corria daquele homem, mas não fugia dele, pelo contrário, ela ria e tentava não ser pega por ele, como se brincassem, mas então, ao tropeçar nas raízes das árvores e cair entre as folhas secas, o rapaz pulou em cima dela, segurando seus braços acima de sua cabeça. 

"– Peguei-te, bruxinha! 

– Solte-me, senhor! - Disse ela entre risos, arrancando uma expressão séria do rapaz. 

– Pare de chamar-me assim, bruxinha! Eu já lhe pedi para chamar-me pelo nome, não sou superior a você. 

– Se alguém ouvir-me chama-lo pelo nome, serei punida. É desrespeitoso. 

– Puni-la irei eu senão parar com tais formalidades, minha dama. 

Damara revirou os olhos e novamente riu, mordendo o lábio em seguida. 

– Puna-me, Taehyung.  

Um breve silêncio se instalou entre eles enquanto o rapaz aproximava o rosto do dela, deixando-o próximo o suficiente para as respirações encontrarem-se e os corações acelerarem. Mas Taehyung riu, levantando-se. 

– Após o banquete, encontre-me nos estábulos!" 

A visão escureceu, parecendo se afastar de Damara, que retirou as mãos do cristal e pulou para trás, caindo junto à cadeira no chão. Seu coração batia forte e seus olhos estavam arregalados, com medo. Aquela visão com certeza aconteceria e, com certeza, lhe traria problemas. 

Kim Taehyung, o segundo filho, o Guardião dos Portais traria graves problemas. 

 

O Guardião dos Portais é um ser forte e que não possui sentimento algum, senão de ódio. Quando aflorado, transforma aquele que o tem em um ser frio e que sente prazer com a dor alheia. 

Sua figura aparece na fase em que a Lua encontra-se entre a Terra e o Sol, para alimentar-se. 

Esse Guardião é responsável por guardar o véu que separa o mundo carnal do espiritual. 

Se o humano, antes devoto a esse seu lado adormecido, quebrar uma das regras que lhe é dada, seu castigo será ficar preso entre a terra e o inferno durante sua morte.


Notas Finais


Acho que as revelações começaram, ein? dhuashduas
Espero que tenham gostado, amores!
Até o próximo e digam o que acharam. sz
Beijinhos. <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...