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História The Flash - Ponto de Ignição - "Flashpoint"


Escrita por: oieusouEDU

Capítulo 1 - "Flashpoint"


Amanhecia lentamente enquanto os pássaros cantavam. Já era possível ouvir o som dos carros que rodavam pelas ruas de Central City. Nesse instante um silêncio profundo se passava na cabeça do jovem Barry Allen que abria suas pálpebras em um piscar de olhos.

Barry se vestia como se havia algo que o jovem tinha esquecido, como o gás ligado ou um encontro marcado. Mas não era essa a preocupação do garoto naquele momento.

Barry movia-se até a porta tentando abri-la, mas seu nervosismo o impedia de conseguir colocar a chave. Parecia que Barry não sabia onde estava. Como se... Estivesse vivendo em outra realidade muito parecida com a que ele estava acostumado.

O único lugar onde Barry poderia se sentir normal seria no seu laboratório onde o jovem trabalhava há muito tempo.

-Joe! — Gritava Barry saindo do elevador apressado após as portas se abrirem.

Joe reconhecia a voz a qual ele sentia um pequeno desprezo.

-Allen. — Respondia com um suspiro lento enquanto deixava seus ombros caírem.

-Onde você estava? Podia ter me acordado. — Perguntava Barry curioso e confuso com um leve sorriso nervoso.

-Sim, claro. Você dormiu na minha casa. E foi a última vez! Entendeu Allen? Espero que sim. — Respondeu Joe enquanto saia lendo as papeladas que havia em suas mãos deixando Barry mais confuso do que ele já estava.

-Allen! O que está fazendo aqui parado? — Perguntou o Capitão do Departamento de Polícia.

-Capitão... Rob? — Perguntou Barry espantado por ver o noivo de seu chefe trabalhando no departamento.

-Algum problema Allen? — Perguntou seu chefe não entendo a surpresa de Barry ao vê-lo.

-Não. Claro que não. É que... Onde está o Capitão Singh? — Perguntou Barry olhando seu “novo chefe” de cima a baixo.

-É alguma piada Allen? Meu marido nunca trabalhou como chefe de polícia e nunca teve nenhuma vontade de trabalhar aqui. Por que você não vai trabalhar agora? — Respondeu o Capitão Rob levemente alterado pela pergunta inoportuna de Barry.

-Cla... Claro Rob... Senhor... Capitão, Capitão Rob. — Tentava completar a palavra enquanto subia as escadas sem tirar os olhos de seu chefe.

-Rob como capitão do departamento de policia, Joe aparenta não gostar de mim. Tem alguma coisa errada. Tem que ter alguma coisa errada. — Diz Barry a si mesmo para se convencer que algo está diferente.

Barry chega ao seu laboratório sentando em sua cadeira enquanto tenta lembrar algo que possa ter causado essa alteração.

-Não é possível. Tem alguma coisa errada. Eu não entendo. — Diz repetidamente não conseguindo lembrar o que há de errado.

-Aquela noite... Eu salvei minha m... —Tentou completar Barry espantado ao ter uma surpresa muito especial.

-Barry. Posso entrar? — Pergunta sua mãe fazendo uma surpresa.

-Mãe... — Diz Barry enquanto se levanta, deixando escorrer uma lágrima de seu olho direito.

Nora sorri enquanto observa seu filho se aproximando lentamente.

-Você, você tá aqui. Agora. —Diz Barry não acreditando no que está vendo.

-Eu te amo tanto mãe. — Completa Barry enquanto abraça sua mãe como se não há abrasasse durante anos.

-Filho. Aconteceu alguma coisa? Você tá chorando. Esse abraço. Parece que eu voltei dos mortos. — Brinca Nora rindo.

-Não. Você sempre esteve aqui, não é?  — Perguntou Barry secando suas lágrimas que insistem em escorrer.

-Claro filho. — Responde Nora ajudando Barry a secar suas lágrimas.

-Então meu garoto. Vamos almoçar? — Pegando Barry pela mão.

-Claro mãe. — Respondeu Barry apertando a mão de sua mãe carinhosamente.

Enquanto os dois desciam os degraus conversando, Barry percebia a movimentação dos policiais como se houvesse algo para ver. Nora continuava contando algo que Barry não conseguia ouvir, devido ao fato de sua distração.

-O que será que tá acontecendo ali? — Perguntava Barry a si mesmo não tão baixo a ponto de sua mãe ouvir.

-O que foi Barry? — Perguntou Nora fitando seu filho.

Barry manteve uma distância de 4 metros da multidão tentando observar o que estavam vendo quando um dos policiais acabou esbarrando nele.

-Me desculpe. — Disse por educação o policial loiro de olhos verdes com um sorriso esplêndido.

-Tudo bem... Eddie? — Perguntou Barry vendo o policial ir embora.

Barry não conseguia expressar reação naquele momento. Sua voz não emitia som algum enquanto seus olhos focaram em Eddie que passava ao lado de Íris.

-Íris... Será que eles... — Tentava completar Barry, deixando pra lá ao ver Eddie passar sem olhar para a mulher.

-Claro. Eu nunca me tornei amigo da Íris, então nunca fomos ver o Acelerador de Partículas. Eddie nunca parou o bandido que roubou a bolsa dela e eles nunca se conheceram. — Explica Barry a si mesmo com um sorriso no rosto.

-Barry! — Chamou Nora vendo seu filho distraído.

-Eu acho que eu posso tentar... — Estava dizendo Barry ao ver um homem chegar com uma criança até Íris.

A expressão facial de Barry mudou drasticamente ao ver a cena de beijo entre Íris e o que Barry chamaria de marido.

Barry observou sua paixão ir embora com sua família enquanto voltava sua atenção para sua mãe.

-Mãe, desculpa. Acho que me distrai. — Explicou Barry sorrindo.

-Não foi nada. — Respondeu Nora sorrindo para seu filho.

Os policiais passavam descontroladamente por Barry, preparados para impedir algo que voltou a deixar Barry curioso.

-Filho... —Tentou chamar Nora vendo seu filho se aproximar da televisão que havia no departamento de polícia.

As gravações que passavam na televisão preocupavam Barry que deixou sua mãe sozinha indo em direção a porta.

-Eu preciso fazer alguma co... — Tentou completar Barry ao abrir a porta e cair dos degraus da entrada.

As pessoas que passavam ali no momento, desviavam de Barry que estava atirado no chão confuso com o ocorrido.

-O que? Eu não... —Pensava Barry ao ser interrompido por seu pai.

-Batedor? O que você tá fazendo ai deitado? — Perguntava Henry Allen sorrindo para o filho que se levantava.

-Pai. Oi. — Respondia Barry ao se levantar.

-Barry. O que está acontecendo? — Perguntava Nora ao sair de dentro do local espantada com a atitude do filho.

Henry obviamente não estava entendendo nada do que acontecia.

-Achei que íamos almoçar agora. — Disse Henry esperando uma resposta.

-Eu... eu preciso... contar uma coisa. — Disse Barry puxando seus pais para o canto, evitando que alguém escutasse.

-Eu tenho que contar uma coisa sobre mim que vocês não sabem. — Disse Barry demonstrando ser um segredo importante sobre ele.

-Barry. Você é gay? — Perguntou sua mãe demonstrando apoio a opção do filho.

-Gay? Não. Não mãe, não é isso — Disse Barry constrangido com a suposição de sua mãe.

-Eu sou o Flash. — Revelou Barry esperando uma reação espantosa de seus pais.

-O Flash? — Perguntou sua mãe após uma silêncio que durou entre 5 e 7 segundos.

-O homem mais rápido do mundo? — Perguntou seu pai não levando a sério a notícia.

-Sim. — Continuou Barry.

-Eu duvido disso batedor. — Respondeu Henry tocando no ombro do filho.

-Vamos almoçar? — Perguntou Nora esperando a família.

-Eu não posso. Eu preciso impedir isso. — Explicou Barry enquanto corria tentando se mover em alta velocidade.

Barry lentamente ia parando de correr enquanto sua família o observava de costas.

-Barry! — Gritou seu pai o vendo parado.

Barry confuso se virava lentamente esperando ouvir o que seu pai queria dizer.

-O que aconteceu? — Perguntou Henry.

-Minha velocidade... Eu não tenho minha velocidade. — Dizia Barry a si mesmo sendo surpreendido por esse fato.

De repente Barry e surpreendido pelo que parece ser uma imensa dor de cabeça invadindo suas lembranças. Como se ele fosse o Flash, mas não sabia como se tornou. O acidente, a explosão do Acelerador, os 9 meses em coma. Nada disso existia mais. O que Barry lembrava era encontro com seus pais, jantares em casa, filmes no sofá e passeios em família.

Barry tentava se manter em pé após essa dor de cabeça que o pegou de surpresa. Seus pais se aproximavam rapidamente para o ajudar.

-Barry. Você está bem? — Perguntava sua mãe pondo uma mão em seu ombro e outra em sua cabeça como se fosse curar o filho.

-Está tudo bem. Estou bem. Só preciso de um tempo sozinho. — Disse Barry se afastando um pouco de seus pais e correndo logo em seguida.

-O que está acontecendo? Isso não existe. Essas memórias não são minhas. Por que eu não lembro como me tornei o Flash? — Se perguntava Barry enquanto corria confuso atrás de respostas.

No momento que havia parado de correr, Barry se encontrava em frente ao prédio onde ocorria uma corrida em alta velocidade do lado de fora sobre as janelas.

-O que está acontecendo? — Olhava perplexo pelo que estava vendo.

Então Barry é surpreendido por dois velocistas que duelavam no local. Um deles trajando um uniforme amarelo com vermelho, mantendo no peito o símbolo do herói que Barry já foi. Enquanto o outro mantinha um uniforme negro com uma máscara um tanto quanto estranha.

-Desista Flash. Você não é rápido o suficiente pra duelar comigo! — Gritava o inimigo do herói.

-Quem é você? — Gritava Barry achando que o vilão se referia a ele.

-Eu conheço você? Eu acho que não. — Dizia o vilão sem fazer ideia de quem Barry era.

-Vou dar um motivo pra você aprender a não dirigir a palavra a mim. — Disse o vilão de um modo cruel e impiedoso enquanto corria em alta velocidade até Barry.

Flash conseguia ver lentamente o vilão se aproximando de Barry enquanto ele conseguia segura-lo antes o tirando do local.

Quando Barry deu por si, não estava mais diante de uma batalha. Barry se encontrava em um beco abandonado sozinho.

-Eu realmente não sou mais o Flash. — Constatou após a surpresa passar.

A noite chegava. E com isso o perigo também. Arqueiro Verde sobre um prédio de trinta andares em Star City precisa enfrentar sua maior inimiga. A pessoa mais perigosa que talvez fosse o motivo do Arqueiro Verde existir. Canário Negro.

-Eu já avisei Lance. A próxima flecha que eu disparar vai atravessar essa sua cabeça. — Disse o Arqueiro enquanto se defendia com seu arco.

-Se você bebesse menos quem sabe conseguiria acertar alguma dessas flechas. — Respondeu Canário provocando o herói.

-Você gesticula demais essa língua Lance. Quem sabe eu não arranco ela da sua boca. — Disse o arqueiro se levantando após o golpe e disparando três flechas em direção a cara da vilã.

Canário com sua habilidade sônica afastou as flechas, deixando as três atiradas na frente do herói.

-Acho que você pode fazer um pouquinho melhor Queen. — Disse a vilã se aproximando.

Arqueiro Verde se mantinha agachado como se não houvesse nada que o herói pudesse fazer.

-Que bonitinho. Ele não está mais falando. É melhor poupar a voz, porque quando eu te matar quero ouvir você grit... — Tentou completar Canário ao ser eletrocutada pelas flechas que pareciam inofensivas no chão.

Ao ouvir a vilã berrar, Arqueiro Verde se levantou e chutou a vilã de cima do prédio observando a sua queda sem nem tentar impedir.

-Acho que as meninas vão gostar de saber que o Arqueiro Verde matou a mãe delas. — Disse o Arqueiro enquanto saia pelo outro lado do prédio.

Na calada da noite é possível ouvir passos que chegam cada vez mais perto. Uma sombra vista debaixo da porta enquanto a mesma fazendo ruídos ao ser aberta.

-Oliver! — Grita Barry ao chegar no quartel general do Arqueiro Verde.

-Diggle! Felicity! Laurel! Alguém? — Pergunta Barry se movendo lentamente na escuridão.

-Chame mais um nome e será a ultima coisa que você dirá!. — Disse a voz sombria e profunda perto do ouvido do ex- velocista escarlate.

-Oliver? — Disse Barry aliviado se virando para o que ele achava ser seu amigo.

Barry acabou sendo surpreendido com um chute no peito que o fez deslizar pelo chão até acertar suas costas na mesa que mantinha os acessórios do Arqueiro Verde e uma garrafa de Whisky.

Barry se contorcia após o chute tentando respirar novamente.

-Oliver... sou eu. — Tentava dizer enquanto seu ar voltava aos poucos.

-Quem te deu o direito de dizer esse nome! — Gritava o herói apontando uma flecha para o crânio do rapaz.

-Espere! Eu conheço você. Somos amigos. — Explicou Barry tentando lembrar o Arqueiro quem era ele.

-A próxima vez que você falar esse nome eu acerto uma flecha no seu braço! — Gritou o Arqueiro como um último aviso.

-Sou eu Barry Allen. Já salvei sua vida Oliver. Precisa lembrar de mim. — Disse Barry ao se levantar e cuidadosamente se aproximar do Arqueiro.

Enquanto Barry tentava se aproximar, o Arqueiro soltava lentamente a flecha carregada de ódio e culpa ao ouvir o nome Oliver.

Barry acabou tendo uma flecha enfiada em seu braço que acabou derrubando o garoto.

-Por que... Por que você fez isso? — Perguntava Barry mantendo suas lágrimas para o lado de dentro após sentir a flecha perfurando seu braço.

-Quem é você? E o que faz aqui? — Perguntava o Arqueiro se aproximando ligeiramente de Barry e o pegando pela camisa com toda sua força.

-Por que repete esse nome? Onde você o conheceu? — Perguntou esbravejando enquanto sua saliva saltava no rosto de Barry que não se importava com isso no momento.

-Somos amigos. Eu sei que você é o Arqueiro, assim como você sabe que eu sou o Flash. — Respondeu Barry amedrontado.

-Eu acho que você está enganado. Do mesmo modo que você não é o Flash, Oliver Queen não é o Arqueiro Verde. — Respondeu o herói soltando o Barry mostrando seu abalo por ouvir aquele nome.

-Como Oliver não é o Arqueiro Verde? Eu não entendo. — Perguntava Barry tentando puxar lentamente aquela flecha do braço.

-Oliver Queen morreu naquele acidente! Assim como a minha alma. — Respondeu o herói enquanto apertava sua mão como se esperasse que escorresse sangue dela.

-Se Oliver morreu naquele acidente. Então você é... — Tentava completar Barry após entender quem estava por baixo do capuz.

O Arqueiro tirava seu capuz, tentando esfregar na cara de Barry que não havia nenhum Oliver ali.

-Robert Queen... — Completou Barry.

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que gostem <3


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