História The Flower That Didn't Sprout - Capítulo I

"Eu sentia que em todo o tempo eu poderia cair não ter fôlego suficiente para continuar, talvez não seja o fôlego e sim a coragem que eu preciso e não tenho..."

Ela sabia que estava encrencada, sabia que havia feito merda, sim, ela mesma sabia, mas o que a consolava era que pior que aquilo não ficaria. Andou apreçada pela cidade, sua cabeça estava explodindo de tantos pensamentos que rodavam em sua mente, chegou na frente da enorme mansão de seu pai, queria mais que tudo não ter que voltar para aquela casa, mas era obrigada. Abriu a porta da frente, lentamente foi entrando na casa e ao perceber que não havia ninguém correu para a escada.

-Sakura Haruno! –Ouviu a voz severa de seu pai, e parou logo em seguida sem conseguir subir um único degrau da escada. –Por quanto tempo você pretende continuar com isso? –Ela não respondeu nada, apenas revirou os olhos, entediada.

Ela virou as costas para o seu pai e subiu as escadas, apreçada, não conseguia ficar mais um segundo perto daquele homem. Abriu a porta do seu quarto e logo em seguida a fechou com força, se jogou em sua cama e ficou olhando para o teto. Claro que seu pai iria lhe dar um “sermão”, sempre que se metia em uma encrenca na escola seu pai vinha e falava algumas coisas indiferentes para ela, detestava esse teatrinho que o mesmo fazia, fingindo ser o pai exemplar com a família exemplar.

Tudo estava errado naquela família começando pelo seu pai, um rico que adora esbanjar dinheiro e mostrar a bela filha que tem, a puta com quem ele se casou, nem gosta dela, usa roupas extremamente curtas e adora comprar coisas caras, e depois vinha ela, Sakura Haruno, claro que ela em seu ponto de vista é o pior problema, ou talvez não, a única coisa que gostava em si era seus cabelos róseos que pintou sem a permissão do pai.

Levantou-se da cama e tomou um banho rápido, colocou seu pijama e logo se deitou novamente, não queria comer, muito menos sair de seu quarto, queria simplesmente desaparecer. Fechou os olhos e adormeceu logo em seguida, deixando a escuridão tomar conta.

Acordou em pânico, estava suada e ofegante, os pesadelos a seguiam como sempre. Levantou e caminhou em direção do banheiro, despiu-se e entrou em baixo do chuveiro, a água morna caia em seu corpo o deixando menos tenso. Enrolou-se na toalha e caminhou até seu guarda roupa, colocou sua calça jeans preta, uma camisa de mangas curtas brancas da sua banda preferida, um gorro preto e seu coturno preto. Passou sua maquiagem preta pesada e pegou sua mochila jogando-a nas costas. Desceu as escadas e logo notou a presença de seu pai.

-Não se meta em problemas hoje. –Ele falou cruzando os braços permanecendo parado. –Afinal hoje é seu ultimo dia nesse colégio.

-O que? Cê ta loco? –Ela perguntou já exaltada, lá ia seu pai falando merda e mais merda como sempre.

-Não, eu vou te mandar para um internato no Canadá.

-Não. Eu não vou para lá. –Ela falou firme. Olhou para a cara do velho, ele estava sério e logo percebeu a puta se aproximando com um sorriso debochado. Talvez até fosse uma boa idéia ele ir para lá, não iria ficar ouvindo o barulho da cama dos dois todas as noites, e nem iria precisar ver a cara daquela puta todos os dias. –Você só quer se livrar de mim não é?!

-Você não deveria pensar assim queridinha. –A mulher falou se intrometendo na conversa.

-Você, cala a porra da boca que ninguém te chamo pra conversa sua puta do caralho. –Sakura falou revoltada. –E queridinha é a tua bunda.

-Olha o jeito que você fala mocinha. –Kizashi falou já perdendo a paciência. –É melhor você ir para a escola.

Ela saiu sem se despedir em passos duros, fechou a porta com brutalidade.

Ela já estava dentro do avião olhando pela janela a visão do nada, ela estava um tanto quanto chateada, já sabia que seu pai era um cretino, mas não sabia que era um daquele nível. Depois de um tempo quando o avião pousou, pegou sua bagagem e um taxi partindo em direção da enorme escola que a estava esperando.

Ela já não tinha mais a escolha de voltar, afinal não tinha dinheiro e nem uma família que a esperava de braços abertos, mexeu suas pernas a contra gosto, estava se sentindo desconfortável e não estava a fim de entrar na escola, sabia que era do tipo escola rígida que era obrigada a usar uniforme, bem isso talvez a deixava contente, sempre gostou de uniformes, mas mesmo assim, não estava gostando, ando um pouco mais rápido e chegou perto da porta antes do que queria, entrou no colégio com receio, parou ali mesmo no meio do corredor, ficou deslumbrada com a beleza do local, as paredes de um tom de azul claro e o chão de madeira, as varias portas e é claro, as pessoas que caminhavam pelo local, não eram muitas, mas até as pessoas tinham um ar diferente do seu.

Antes que ela pudesse dar mais um passo, sentiu uma mão encostar em seu ombro, deu um leve pulo com o susto que tomou e olhou para a pessoa que encostava em seu ombro. Uma bela mulher loira de olhos cor caramelo, pele clara, seios fartos e belas roupas.

-E você o que deseja? –A mulher tinha uma voz gentil, mas determinada.

-Eu sou nova aqui... –Falou Sakura, insegura, não sabia ao certo o que falar nesse tipo de ocasião os pais deveriam estar presentes e falar com a diretora, não?

-Ah sim, você deve ser Sakura Haruno. –A mulher falou, sorrindo gentilmente. –Eu sou a diretora dessa escola, me chamo Tsunade, por favor, siga-me.

Sakura não perguntou nada, apenas concordou com a cabeça e seguiu a mulher, entraram em alguns corredores e pararam em na frente de uma bela porta onde estava escrito diretoria, Tsunade entrou e logo fechou a porta, sentou em uma cadeira atrás de uma escrivaninha e apontou para a cadeira na sua frente onde Sakura sentou logo em seguida.