História The Flower That Didn't Sprout - Capítulo XIV

-Senhorita Sakura. –Um jovem se aproximou acordando Sasuke que apenas ignorou o jovem e se virou para o outro lado.

-Qual o problema? –Ela perguntou continuando a acariciar os cabelos do moreno.

-Um homem está aqui dizendo que deseja te ver, ele disse que seu nome é Kankuro. O que devemos fazer senhorita?

-Diga a ele que já vou. –Ela respondeu agradecendo o jovem logo em seguida. –Muito obrigada. –Ele se curvou e voltou para dentro do edifício. –Sasuke, eu tenho que ir agora.

-Hn. –Ele respondeu sonolento e manhoso. –Só mais alguns minutos. –Ela soltou uma risada leve, a rosada simplesmente adorava quando o moreno ficava desse jeito, manhoso e infantil.

-Vamos, não posso deixar um convidado esperando.

-Mas ele nem convidado é, ele que chegou aqui sem nem avisar.

-Pare com isso e vamos logo. –A rosada falou já se levantando e deixando um moreno preguiçoso para trás.

Sasuke logo se levantou contra gosto, arrumando sua roupa bagunçada, e caminhou na direção da rosada parando ao seu lado. Ela caminhava tranquilamente como se nada a incomodasse, mas ele sentia o cheiro de desconforto em algum lugar dentro dela, ele a olhou com os olhos negros e profundos, logo ela o observou também.

-Por que você está me encarando tanto nesses últimos dias? –Ela o pergunta continuando a caminhar.

Ela esperou uma resposta que não foi dada, ela escutava as vozes de dentro do enorme edifício, ouvia os passos apreçados das pessoas, ouvia as risadas das poucas crianças que ali estavam e o barulho das espadas se chocando, bufou ao notar que o moreno realmente não responderia a sua pergunta.

Ela entrou no enorme salão e logo notou um jovem alto e forte, mostrando um sorriso debochado, os cabelos acinzentados presos em um rabo de cavalo, e os olhos poucos visíveis devido aos óculos que o mesmo usava. Ela caminhou em sua direção sendo acompanhada pelo moreno.

-Você deve ser Kankuro certo?

-E você Sakura, é um prazer conhecê-la. –Ele se curva em sua direção.

-Você queria me ver, certo? Por favor, me fale o que deseja.

Ele mostrou um sorriso debochado entre os lábios, o que surpreendeu Sakura, foi na verdade, Sasuke indo em sua frente a deixando atrás de si, os guardas logo correra na direção dos três. Kankuro retirou algo de seu bolso, estendendo para que Sasuke o pegasse logo em seguida.

-Sabe, o senhor Orochimaru me mandou aqui, mas me disse apenas para observar, e depois de um tempo pediu que eu te entregasse essa carta. –Ele riu debochado. –Eu acho que você vai achar muito interessante. Foi uma honra conhecê-los, Príncipe Uchiha e Princesa Haruno. –Ele falou logo desaparecendo nas sombras.

-Princesa Haruno? –Ela pensa em voz alta. –Sasuke o que ele quis dizer com isso? –Ela pergunta olhando para a carta que estava nas mãos do moreno.

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-Eu realmente não faço ideia, mas talvez você deva ler essa carta, você não acha Sakura? –Karin pergunta irônica. –Sabe, talvez tenha todas as respostas que você precise.

-Você lembra quando eu te falei daquela sala? A sala dos espelhos? –Karin afirmou. –Você sabe onde fica?

-Sei... Mas por que você quer tanto ir para esse lugar? Eu nem sei se você iria poder entrar.

-Eu só preciso ir lá, por favor, Karin, só me leve até lá.

-Certo, mas não podemos ficar muito tempo por lá, afinal é fora do nosso território e apesar de termos acordos com os outros, não podemos ficar entrando e saindo do território dos outros.

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-É ali, se você conseguir achar o caminho lá dentro você vai achar sua resposta, mas Sakura, se você se perder lá dentro, talvez você não ache mais a saída, e se você não sair quem vai estar morta vai ser eu, então, por favor, não faça nenhuma cagada.

-Certo eu prometo que vou voltar viva. –Falou se afastando da ruiva e entrando no lugar assustador.

Era tudo muito estranho, o lugar era iluminado, mas ao mesmo tempo tão escuro, o lugar era cheio de espelhos e repleto de poeira, aparentemente ninguém ia a esse lugar há anos, o barulho de seus sapatos batendo no chão a incomodavam de uma forma absurda, o barulho de seu coração batendo era perturbador e a sua respiração descompassada era de uma forma ou outra estressante.

“Chame-me!” Ouviu uma voz infantil e fina soar em sua cabeça, deu mais alguns passos e logo parou na frente de um espelho, um espelho diferente, um espelho sem reflexo, apenas a escuridão era vista nele. “Chame-me!” A voz continuava a fazer o mesmo pedido. Ela ia aproximando a mão do espelho queria tocá-lo como se aquilo a chamasse. “Não faça isso! Não o toque!” Ela logo afastou a mão do espelho e recuou alguns passos. Respirou fundo pensando em como chamá-la.

-Hmm... Sakura eu cheguei. –Ela falou auto.

Ela sentiu a pequena mão tocar seu ombro, logo se virando, viu a menina de curtos cabelos pretos ali parada sorrindo, usando um belo vestido branco, os pequenos pés descalços e os olhos esmeraldas a encaravam alegres e brilhantes.

-Você finalmente veio. Eu estava te esperando a um longo tempo. –Ela sorriu segurando a mão da rosada a levando ao outro lado. –Você veio aqui para saber as respostas, certo?

-Sim.

-Sabe, eu nunca pensei que você viria aqui primeiro, afinal Sasuke-chan, também quer respostas, mas como ele é um grande idiota, ele ainda não veio, mesmo depois de cem anos, foi nessa época que eu falei com ele pela ultima vez.

-Você já falou com ele?

-Sakura-chan, você não sabe de muitas coisas, coisas que você deveria saber, coisas que ninguém nunca teve a coragem de te contar, inclusive Sasuke-chan, não fique brava com ele, ele simplesmente não sabe de muitas coisas também, ele está confuso, assim como todo mundo e você também. –Ela aparou por um momento e olhou para os lados, procurando o caminho certo. –Ali. –Ela falou baixo caminhando na direção de um espelho grande e decorado.

A pequena atravessou o espelho sendo seguida pela rosada, a rosada olha ao redor, o grande palácio dos Uchihas, o enorme jardim, cheio de flores e as enormes árvores de cerejeiras repletas de flores, o barulho doa pássaros cantando e o barulho do vento batendo nas árvores, tudo a tranquilizava.

-Sakura-chan, você gosta desse lugar?

-Sim, ele é relaxante e muito bonito.

-Eu também gosto muito daqui, foi aqui que eu encontrei o Sasuke-chan pela primeira vez. –Ela sorriu relembrando as memórias antigas. –Mas, por favor, sente-se aqui Sakura-chan. –Ela apontou para um banco não muito distante. –Eu irei responder suas perguntas, mas me diga, você se lembra da mamãe?

-Sim... –As poucas memórias que haviam lhe sobrado da linda e doce Mebuki reapareceram frescas em sua memória. –Eu tento relembrar todos os dias, para nunca esquecer delas.

-Você sabia que ela já veio aqui?

-Isso é possível?

-Todos vocês estão em um ciclo, e eu estou aqui para auxiliá-los, apesar de parecer confuso, não é tão confuso quanto parece. –Ela riu baixo. –Mas, de onde você quer que eu comece? Qual é a sua pergunta?

-Me diga, que sou eu?

-Como esperado de você, começando com a mais complicada Sakura-chan. -Ela sorriu gentilmente e puxando o ar pela boca, se preparando para começar a falar.