1. Spirit Fanfics >
  2. The freedom in red is blue >
  3. Não me deixe ir...

História The freedom in red is blue - Não me deixe ir...


Escrita por: Gabymeme

Notas do Autor


Quem é a autora que mais demora para postar? EU!!

Gente as coisas sairam do controle, mas, juro que não foi por mal. Varias coisas aconteceram, contudo, eu prometo que já estão se ajeitando.

Obrigado a todos que favoritaram, me deixaram muito feliz. Comentem e me farão explodir em mil tons de azul e vermelho (RÁ, pegadinha)!

Capítulo 5 - Não me deixe ir...


Anoiteceu e eu nem havia percebido, ao que parece, fiquei a tarde inteira perdida em livros, desvendando os segredos da biblioteca.

- Ela não pode ter feito isso. – Escutei vozes vindas da sala principal.

- É claro que fugiu. Ela estava com medo.

- O que você disse para ela? – Mctwisp perguntou com cuidado.

- Nada que ela não fosse descobrir. – O chapeleiro respondeu.

Haviam soldados na porta, ao me verem, tranquilizaram-se quase que imediatamente.

- O que está acontecendo aqui? – Perguntei recebendo os olhares de todos a minha volta.

- Graças aos céus! Você está bem?- Mctwisp foi o primeiro a perguntar.

Eu assenti. – Ninguém vai responder a minha pergunta?

- Achamos que você tinha fugido depois do que eu disse a você. – Ele respondeu envergonhado.

- Ah sim, então todos acharam que você tinha razão. – Respondi com magoa em minha voz.

- Absolutamente, soberana. – Mctwisp põe-se a defender-se.

- Eu estava na biblioteca, estudando a carta de Mirana.

- Ninguém sabe onde eu coloquei.

- Num lugar muito previsível. – Iracebeth irrompeu pelas portas. – Ainda faltam 500 flores, coelhinho.

- No livro do seu clã. – Completei.

- Você me vigiou. – Disse acusador a rainha vermelha.

- E fez muito bem, você demonstrou não ser confiável. – Soltei, suas palavras ainda feriam meu coração. – Alias, não deveria estar cumprindo sua punição “branda”, Chapeleiro real?

Sua face fez-se branca. Eu não iria voltar atrás, não depois dele não ter voltado. – Eu estava preocupado com você.

- Não estava não. Estava preocupado em estar certo. Bem, você não estava. – Vi seus olhos entristecerem – Eu não corri por aquela porta.

- Achei que tivesse ido embora de novo.

- Achei que você tivesse que estar trabalhando. – Meu olhar impassível.

- Sim, soberana. – Disse baixo e se retirou em seguida.

- Mandou bem. – Iracebeth elogiou. – De noite ele aparece no seu quarto certeza.

- Iracebeth. – Mctwisp repreendeu.

- Deixe-a em paz. Ela me ajudou hoje.

- Precisamos falar sobre a carta, rainha. – Mctwisp me lembrou.

- Agora não, Mctwisp. Já li e reli milhões de vezes, não estou com cabeça para isso. A outra carta esta com você?- Ele assentiu. – Guarde-a amanhã resolveremos isso tão logo quanto possível.

- Alguns reis a visitaram amanhã, tem que estar preparada. Suas damas já estão cuidando de tudo.

- Prepare-se para um dia chato sem perspectiva de cabeças cortadas.

- Então... – Perguntei não diretamente.

- Velhos barrigudos que ficaram aos seus pés, contudo querendo a sua cabeça.

- O rei de Lonevrey estará aqui amanhã também.

- Sério? Deixe ele perto do meu quarto. – Mctwisp a olhou incrédulo.

- Não sei se será possível.

- Corta essa coelhinho. – Ela revirou os olhos. – A vida nesse castelo é monótona demais, e eu não estou a fim de voltar para Salazem Grum enquanto Hector está aqui.

- Do que estão falando? – Minha curiosidade presente.

- Do conquistador.

- Do meu caso. – Reponderam em uníssono.

- Héctor Donavan. Rei de Lonevrey, homem influente, e com fama de conquistador.

- Meu caso antigo, depois de Stayne. – Diz Iracebeth. – E você, querida Licinha, tira o olho dele, okay?

- Nem disse nada, adorada Iracebeth. – Sorriu.

- Acho prudente não falarmos sobre as cartas com os reis aqui, eles vieram pela guerra, coloquemos os problemas internos em pausa por enquanto. – Diz McTwisp e eu assinto.

- Assim sendo, vou para meu quarto. Não iria jantar com todos hoje, não estou com fome. – As cartas tiraram-me toda paciência e animo.

- Boa noite, soberana. – Mctwisp desejou.

- Boa noite, querida e não tente me tomar Hector, sim? Cortarei sua cabeça e colocarei no lugar que já mostrei antes.

Eu gargalhei. – Vou me lembrar disso, rainha vermelha.

*

- Sir Héctor Donavan, soberano de Lonefrey. – McTwisp anuncia e já vejo um vislumbre de sorrisos em todas as moças presentes, e claro, uma carranca em Iracebeth.

É um homem alto, loiro, tem olhos claros e quando sorri uma covinha aparece em sua bochecha.

- Rainha de Wonderland. – Ele reverencia – Querida Iracebeth. – Também a cumprimenta.

- É um prazer conhece-lo, majestade. – Digo com educação.

- Replico o mesmo! Espero que não tenham relatado meus feitos pessoais com todo o mito que geralmente me colocam – Ele olha para Mctwisp acusador, contudo ainda sorri divertido. – E que as circunstancias não me impeça de conhecer mais da heroína de Wonderland. – Corre apressadamente e beija minha mão delicadamente.

- Olhem só! – Digo em voz alta. – Parecem que não mentiram muito afinal. – Sorriu.

- E se não é a sucessora de Mirana, meus senhores! – Aperta minha mão sorridente. – Bem, que a reunião comece. – Larga-me e senta-se ao lado de Iracebeth, que está com aquele olhar de sempre.

Há tempos não sentia-me tão viva, o que se deve principalmente ao desconforto de ser tão jovem e já estar nessa posição que me foi imposta. Num mundo totalmente diferente do meu, mas que, ainda mantem os mesmos velhos pançudos no controle. Em exceção, apenas eu e Sir Donavan, o conquistador.

A reunião segue e todos expõem suas preocupações a respeito da guerra.

Estão reunidos os únicos quatro reinos não combatentes: Codeliv, Lonefrey, Foremia e Wonderland.

- E é por isso que julgo necessário uma aliança entre os quatro reinos. – Diz um dos reis.

- De fato é necessário união nesse momento tão sombrio de nosso mundo subterrâneo. Mas vejo isso como um prenuncio de guerra! Uma bandeira branca para um ataque! – O outro rei debate.

- Deu para vaticinar agora, Elliot?

Mctwisp está ao meu lado e peço para que suba e fique na braçadeira do meu trono.

- Do que estão com tanto medo? – Pergunto em voz baixa.

- O rei de codeliv é o mais próximo da zona em guerra, ele tem que tomar logo uma atitude, pois se não o fizer, seu reino será atacado e as pilhagens começarão.

Eu sei o quão ruim é, esses arruaceiros. Quando navegava por varias vezes tive que lidar com piratas, embora nada de grave tenha acontecido, eu sei quais são os estragos.

- Então – Inicio. – É por isso que ele quer que nos unamos? Para dar mais segurança ao seu reino?

McTwisp assente. – E também, para se caso ele sucumbir, nós também o faremos.

- Esse é o motivo da Negação do Soberano... – O nome me foge.

- Soberano de Foremia. – Ele completa. – Sim e não. A guerra não ajuda ninguém, mas um dos motivos de seu reino não ter sido atacado é que ele vende e fabrica armas. – Uou. – O rei não assume, mas é sabido que ele é o comerciante.

- Assim, se ele assinar... Terá que romper relações.

- Com os dois lados. – Diz sorrindo ao ver que estou acompanhando, reviro os olhos.

- Se me permitem senhores, não vejo por que de tanta discussão.

- Como não vê, Hector! É uma guerra!

- Uma guerra que vai muito além de suas conquistas com o mulherio! – Rei Elliot retruca.

Ele suspira, contendo-se.

- Todos sabemos, o que é, quais são os efeitos colaterais, assim como sabem que qualquer posicionamento que tomarmos aqui, pode ser mal visto lá fora. – Ele beija a mão de Iracebeth e levanta-se, ela sai em seguida.

- Sabemos que se um acordo for assinado, ganharíamos unidade, assim como, assinalaríamos um X bem grande em nossos territórios.

- Embora não possamos ficar mais tempo em cima do muro. – Digo um pouco alto demais, os olhares sobre mim, fazem-me corar.

- De fato rainha. – Sir Donavan concorda. – O que devemos fazer é nos prepararmos.

- Mctwisp. – dessa vez meu tom é mais baixo. – Isso também não nos colocaria como alvos?

- Ganhariamos tempo, e a barganha começaria, isto é, os reis começariam a tentar nos ter em seu lado.

- Tem razão, algum espião foi mandado?

- Mirana não o fez, mas é possível que algum dos reis já tenha o feito, principalmente o rei de Codeliv.

Hector ainda falava, quando voltei a me ater em suas palavras. – Tenho certeza que nos prepararmos para uma possível guerra seria uma medida de precaução. A brasa continuaria queimando, contudo, não seriamos incendiados.

- Senhores. – Minha voz se eleva. – O que seus espiões trouxeram de novas informações? – O silêncio se fez. – É importante sabermos onde estamos pisando, para tomarmos as medidas corretas.

- As missões não tem tido nenhuma informação! É uma praga daqueles malditos! – O rei bate com força na mesa.

- Não seja tão dramático, Wilfred! Todos sabemos que é ou magia ou homens corruptos.

- E se algum dos reis fosse lá?

Mc Twisp olha-me incrédulo. – Quem seria o maluco? – Eu apenas pisco. – Você não vai, Alice.

- E se capturarmos um espião inimigo? Não há garantias que ele não possa ser útil.

- E como faríamos isso? – Hector demonstra curiosidade.

- Fechando a cidade e oferecendo uma recompensa. – Wilfred propõe.

- Não seja patético como sempre, rei de Codeliv. – Elliot retruca.

- Contudo, rainha de Wonderland. Há um problema em seu plano.

- E qual seria?

- Como atrairíamos o infiltrado? E principalmente, como saberíamos que o espião não apresenta a mesma reação dos nossos?

Eu suspiro, ele tem razão, mas, meu plano não é só esse.

- Teriamos que contar com a sorte, mesmo esta não sendo o aliado mais fiel.

- Que bom que sabe, soberana. – Elliot diz com sarcasmo.

- O que ninguém espera é que seja uma armadilha, afinal, para todos vocês, eu sou uma idiota mesmo. – Eles iam contradizer, no entanto, fui mais rápida. – E quem disse que o capturariamos? Proponho algo mais... envolvente.

- Não entendo. – Wilfred diz.

- Eu acho que começo a compreender onde quer chegar, soberana. Um plano arriscado.

- Eu lidei com o mar, Sir Donavan. Apesar de nesse mundo, tudo ser bem diferente, a coisas que nunca mudam, principalmente se tratando de homens.

Ele gargalha. – Nós daremos muito bem, majestade. – Reverencia. – Ela propõe que seduzamos o infiltrado, coloquemos um pouco da poção da verdade em sua bebida, e por fim, o aparemos para que não se lembre de nada.

McTwisp olha-me com a boca escancarada. Sim, Mctwisp, não sou como Mirana.

- Assim como suponho que aconteceu com os homens de vocês. – Digo confiante.

Um truque velho num mundo novo, o que poderia dar errado?

*

O dia segue em sua normalidade, ou o sinônimo disso em Wonderland. Depois de minha proposta, senti que os soberanos trataram-me com um pouco mais de relevância, confesso também, que isso deixo-me mais animada.

Com uma perspectiva para o futuro.

Um futuro que não haveria espaço para o Chapeleiro.

Afastei-me dos meus pensamentos, mas, era quase impossível não sentir falta dele e de suas tortas trocadas com Dormidonga. Esta, por sinal, recusou-se a sentar na mesma mesa que eu, optando por fazer companhia a Tarrent.

Mctwisp também pareceu menos cansado ao final do dia.

A Chegada dos reis, em especial de Sir Hector Donavan, acalmou um pouco a rainha vermelha, que apesar de tudo, parecia mais normal ao lado do homem da covinha na bochecha do que em todo o resto do tempo..

- Cale a boca, seu barrigudo! Nunca aprende não é, Elliot?! – Se bem que o normal dela é assim, esbravejando.

Não pude deixar de pensar em Mirana. Com tudo o acontecido, sua carta ficou em segundo plano em meus pensamentos. Será que ela estaria orgulhosa de mim, nesse momento? Será que apoiaria meu plano descabido?

Ela faz falta.

Os irmãos Tweedles mal terminaram seu jantar e logo estavam correndo em direção a todos os lados e lugar nenhum.

- Se me dão licença, gostaria de retirar-me. – Digo com educação.

- Tão rápido, majestade? – Hectór levanta-se rapidamente. – Nem sequer nos acompanhou no vinho.

Percebo que ele já estava um pouco alto.

- Sou fraca para bebidas. O jantar estava de seu agrado?

Ele assente.

Resolvi sair aproveitando a distração do rei e dos demais.

Estava um pouco frio, e já havia entardecido, contudo Wonderland, em todos seus tons, ainda era linda.

Bem diferente, do meu mundo cinzento e inescrupuloso que cada vez mais, cintilava mais distante do meu presente.

- Pensando em Londres, Alice?

- Estou.

A Borboleta voava ao meu redor.

- Seu mundo não parece tão confuso como você está agora, não é?

Eu começo a andar em direção ao jardim.

- Não consigo entender, Absolem. Por que Mirana deixou-me aqui, com seu trono, suas responsabilidades? Apesar de tudo, não consigo enxergar um motivo para ela ter se matado.

- Não consegue por que ela não o fez.

- Então, por que a pessoa que o fez ainda não foi descoberta?

Ele não me responde, e eu não preciso pensar muito para saber que esse é mais um dos segredos que ele não me revelará.

- Embora, ela não tenha colocado um fim em seu enlace com o Chapeleiro.

- Será mesmo? Sua carta é bem especifica, o homem que eu amo deve proteger-me, mas, obviamente, não ficar comigo. – Seu silencio me faz continuar. – Diga-me somente se terei que fazer coisas das quais me arrependerei depois.

- Isso eu não posso saber, pois, somente você pode arrepender-se. Tem seu livre arbítrio. O oraculo foi cumprido, e os novos tempos, não mais são ditados por vaticinamentos.

Logo ele some, deixando-me ainda mais confusa.

Afinal, será que estou mesmo certa? Será que Mirana nos queria juntos? Ou será que apenas, ainda não consigo livrar-me de tudo isso sem despedaçar meu coração no processo?

*

- Alice! Que prazer em vê-la. – Sir Hector me para no corredor, nos quartos tinham alguma distancia, mas, ainda assim, pela forma como estava, era possível que ele não se lembrava.

- Hector, não é tarde para ficar vagando pelo Marmoreal?

Ele sorri.

- Não quando a belas mulheres vagando também. – Galanteadores são Galanteadores até bêbados.

- Não estou andando por aí, estou indo para meu quarto.

- Eu também, indo para o quarto. – Ele tropeçava em suas palavras. – Você é muito bonita, rainha de Wonderland.

- E você esta bêbado.  – Recuei tarde demais, ele já estava me prendendo contra a parede. – Me solte imediatamente Rei de Lonefrey.

- Ah, não me chame de rei. Reis são velhos e barrigudos! Diga-me eu sou velho e barrigudo?

- Você está sendo inconveniente, me solte.

Ele sorri.

- Eu sei que você quer isso, Alice. Desde que eu cheguei aqui.

Eu reviro os olhos, para fechar meu dia, bastava um rei bêbado.

- Não, eu não quero o que quer que você acha que queira. No momento, só desejo que me solte e vá para seu quarto. – Minha voz era paciente. Não era o primeiro homem bêbado com que eu convivia.

Ele me beija contra minha vontade, passando de todos os limites. Tento me soltar, mas é inevitável. O gosto de vinho é forte, e eu não estou numa boa posição para me defender.

De repente, sinto alguém puxando-o de cima de mim.

- SAIA DE PERTO DELA! – Ele brada.

O rei está desnorteado, eu estou confusa.

- O que o Chapeleiro Real, está fazendo aqui?! – Hector diz e recebe um soco em resposta.

O descontrole de Tarrent é visível, e mesmo com minhas súplicas para que parem, logo ele e o rei estão em uma luta corporal.

As palavras saem sem permissão.

- Ele não fez nada que eu não quisesse. – A briga cessa quase que imediatamente.

- O que? – Dizem em uníssono.

- Eu não vou repetir. – Minha cabeça está baixa. – Deixe-o em paz. Vá embora daqui.

O olhar dele ainda é negro, mas, vejo que o controle já está de volta junto com uma lágrima solitária.

- Desculpe-me, eu... Eu não... Não queria atrapalhar nada. Se me dão licença. – Ele saiu apressado, antes que eu pudesse ver sua fragilidade emocional. Era tarde demais, eu já havia dito, ele já havia visto.

- Saia daqui, Rei de Lonefrey.

- Eu não.. – O cortei.

- Saia daqui antes que eu te expulse do meu castelo ou ordene que corte sua cabeça.

- Você não faria isso. – Ele desdenha.

- Ah não? Por que não se só vejo bons motivos e ótimos prêmios por fazer isso. – Olho friamente em sua direção.

Ele cambaleia corredor a fora, e eu não tenho a mínima preocupação se ele vai ou não dormir no corredor ou no quarto errado. Tomara que morra, se for pego.

Deito em minha cama com a cabeça pesada. Meu dia que já foi ruim, não poderia terminar de maneira pior.


Notas Finais


Comentem meus Sweets de coconut rsrsr :D

PS: Valeu pelo apoio Maallow!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...