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História The Gangster Love: The Other Side (Second Season) - Capitulo 17 - Não está funcionando.


Escrita por: BiebsWhy

Notas do Autor


Oi meninas mais um capitulo, ficou pequeno eu sei, mas tenho surpresas pra vocês nos próximos dois capítulos e garanto que vocês vão adorar.. ou não.

Enfim não vou falar muito não. Espero que gostem, me desculpem os erros e boa leitura.

Capítulo 17 - Capitulo 17 - Não está funcionando.


Fanfic / Fanfiction The Gangster Love: The Other Side (Second Season) - Capitulo 17 - Não está funcionando.

Chris estava com os olhos arregalados sem saber o que fazer, na verdade nenhum de nós sabia. Aquilo não estava nos planos. Ele não se mexia.

– Não! – Ele disse bem baixo quase que como se não acreditasse.

– Dude.. – Justin o segurou no momento em que suas pernas fraquejaram e ele caiu no chão. A cena era deplorável, ninguém tinha forças pra fazer nada além de chorar em estado de choque.

– CASSIE! NÃO! MANOS DIGAM QUE NÃO É VERDADE! – Ele olhava para cada um dos meninos — que naquela altura já tinham algumas lágrimas marcando presença — em busca de ajuda. – NÃO ELA NÃO! – Nos braços de Justin ele berrava sem parar fazendo com que nós — os espectadores— chorássemos junto. Justin tinha a cabeça encostada no ombro dele e também chorava.

Uma luz se fez pelos céus e logo os trovões e raios tomaram conta, seguido disso veio a chuva deixando aquela cena ainda mais triste. Já não sabíamos mais o que era choro ou chuva naquela altura do campeonato.

– Nós precisamos ir irmão.. – Chaz estava com os olhos vermelhos. Somers se agachou ficando na altura de Chris e Justin. Os dois se encaravam com certa dor estampada em seus rostos. – Eu sinto muito! – Chaz disse aos sussurros.

– Não! Não! – Era só isso que ele falava. Chaz ajudou Justin a levantá–lo e os três saíram escada a baixo, voltamos todos em completo silêncio. Eu queria ir atrás dela, ver onde o corpo estava, e pedir a deus que aquilo fosse apenas um sonho muito ruim, mas devido à altura e as circunstâncias talvez ela já não estivesse intacta se é que me entendem.. digo uma pessoa caindo daquela altura se machucaria demais ou até teria alguns membros arrancados e eu não estava pronta pra ver esse tipo de cena.

Já não tínhamos mais clima para ficar ali naquela cidade, no mesmo dia voltamos para casa, o que foi pior ainda. Não sabia como íamos prosseguir, mas teríamos que enfrentar, seria duro, no entanto acredito que somos uma família e passaríamos por aquilo juntos. O que nos restava era orar para deus abençoa–la e cuidar da nossa pequena Cassie.

[......]

Quinze semanas já tinham se passado e a cada dia íamos conseguindo a voltar nossas rotinas normais. Chris agora dormia no quarto dela, dizia ele que a dor era tanta que ficar ali o fazia se sentir confortável, não o impedimos nem mesmo protestamos.. Entendíamos a dor.

– Bom dia! – O pessoal já voltava há ficar um pouco melhorzinho no humor, mas óbvio que ainda chorávamos por ela, incitáveis vezes eu sonhei com seus cabelos loiros com cheiro de morango com chantilly e também já perdi as contas de quantas vezes peguei os meninos chorando, mas como disse íamos superar.

– Bom dia. – Respondemos Alfredo em coro.

– Essa casa está sem cor.. – Emma estava sofrendo também, mas ela sempre foi aquele tipo de pessoa que sempre tenta ajudar as outras a se sentirem bem. – Vamos sair hoje? – Ela perguntou.

– Não! – Chris estava de mal humor.

– Só pra relaxar, tipo vamos pra praia de noite, como aquela vez. – Emma também era aquele tipo de pessoa que dava atenção demais.

– Eu já disse que não, a minha namorada morreu.. M O R R E U ENTENDE? PORQUE VOCÊ NÃO CALA A BOCA E PARA DE DAR SUJESTÕES MALUCAS.. VOCÊ NEM SE IMPORTA SE ELA ESTÁ AQUI OU NÃO! – Óbvio que ele estava arrasado com tudo aquilo, mas isso não justifica ele gritar com ela.

– Ou se acalma ai garanhão, Emma só está querendo fazer você sair daquela bolha de tristeza em que atualmente você vive. Nunca questione o quanto nós estamos sofrendo, por que se não sabe TODOS nós aqui éramos amigos da sua namorada, e muito antes de você aparecer na vida dela Emma já estava presente.. Não diga que ela não está nem ai para a morte de uma das melhores amigas dela e muito menos diga que ela está dando sugestões malucas porque ela só está querendo nos ajudar e principalmente te ajudar Christian. – Luara despejou tudo que Emma não teve coragem. – E não seja imbecil de gritar de novo com as minhas amigas.. Eu não estou nem ai para quem você acha que é se aumentar o tom de voz de novo principalmente com gente que quer te ajudar eu vou meter um belo soco na sua cara. E não vou me arrepender disso! – Ela saiu puxando Emma pelo braço, ninguém ousava falar nada.

– Me desculpem.. – Ele abaixou a cabeça.

– Chris olha só você é nosso amigo bro, mas se continuar com essa atitude de adolescente rebelde nós vamos ter que te bater.. – Ryan dizia e pela primeira vez naquela semana eu o vi sorrir mesmo que minimamente. – Só queremos o seu bem, todos estamos sentindo falta dela e sofrendo pela perda, mas sabe a vida segue.. É difícil, mas tem que seguir. Se você ficar parado no tempo não vai adiantar não vai trazer ela de volta.. Bem que podia, mas não vai dude. – Chris precisava de um choque de realidade. – Você não pode sair por ai com essa atitude idiota de culpar tudo e todos pelo que aconteceu. Infelizmente aconteceu, não estava nos planos, não tinha como prever. Mas você tem que se acalmar e relaxar. – Ele suspirou pesado e entendeu o recado.

Christian aceitou sair com o pessoal todos se animaram até eu. Só não estava prevendo que ia me dar uma super azia, não queria acabar com a vibe deles então disse pra que fossem curtir um tempo e espairecer a mente.. — principalmente por Chris— e me deixassem em casa.

– Tem certeza que vai ficar bem aqui? – Justin me perguntou pela sexta vez.

– Sim, eu tenho, os seguranças estão todos aqui Justin. – Disse o abraçando.

– Tudo bem, nós não vamos muito longe ok? – Ele me olhou ainda com os braços ao redor de minha cintura.

– Tá bem! – Sorri para tranquilizá–lo.

– Tome seus remédios ouviu? – Ele ia saindo.

– Ouvi! – Eu só ria daquilo.

– Te amo babe! – Ele me beijou.

– Eu também te amo Bieber! – Segurei seu rosto com as mãos olhando para aquele rosto dos deuses.

Ao saírem eu me sentei no sofá e liguei em algum canal, estava mais interessada no meu celular. Entrei em todas as minhas redes sociais e fiquei por ali mesmo tomando suco de maracujá. Lembrei que tinha que tirar o lixo porque era o meu dia.

Peguei a sacola na mão e andei até a porta dos fundos, atravessei o jardim e me deparei com muitos homens parados repetidamente iguais, acenei para alguns dos quais eu tinha feito amizade que sorriam simpáticos e retribuíam o aceno. Assim que me viram eles já abriram o portão e eu sai na calçada colocando a sacola na lixeira em frente. Voltei tranquila, mas algo me fez parar. Para ser mais exata um assovio..  De um deles!

Virei–me tentando achar de quem tinha saído àquela merda e me deparei com um deles rindo com malicia, andei até ele o confrontando. Não ia deixar barato nem fudendo.

– Desculpe, será que eu ouvi você assoviando para mim? – Perguntei sínica.

– Talvez.. – Ele respondeu.

– Então eu peço que pare.. Isso é desrespeitoso e nojento. – Não estava com graça.

– A culpa não é minha se você é uma gostosa! – Aquilo foi um tremendo choque para mim.

– Escuta uma coisa eu não sou um pedaço de carne.. – Eu estava assustada com a audácia.

– Você não, mas esse sua bunda é. – Ele entortou o pescoço para olhar e eu não pensei antes de acertar um tapa em seu rosto.

– Como você se atreve a fazer isso! – Ele disse irritado e raivoso.

– Como você se atreve a falar isso! – Eu retruquei.

– AÍ O GAROTO, QUE PORRA TÁ ACONTECENDO AQUI? – Algo me dizia que aquilo não acabaria bem.

Narradora pov~

Enquanto Alexia se encontrava em uma enrascada daquelas, do outro lado da cidade um homem estava dentro de uma festa rodeado de mulheres que dançavam e tinham suas peças intimas cheias de dinheiro. Era um clube de strip–tease. O homem já estava a tantas bebendo que nem lembrava mais quantas tinham passado pelo quarto naquela noite. Ele se levantou e ainda tropeçando nos pés foi fazendo passagem por entre as pessoas dali, caminhou para fora dando de cara com um estacionamento praticamente vazio.

Ele fuçou no bolso de trás da calça alcançando um maço de cigarros, colocou entre os dedos e acendeu tragando a fumaça. O rapaz se apoiou na parede com um das pernas apoiadas, ao longe ele observou uma sombra que ficava cada vez mais próxima. Isso o incomodou ele se retraiu ficando em posição de alerta. Um garoto de seus 22 anos no máximo encostou–se à parede também ao seu lado, seu boné cobria um pouco de seus olhos, porém não parecia demonstrar qualquer tipo de perigo. Sempre dizem que as aparências enganam.. Essa frase não podia ser mais verdadeira.

– Aí tem isqueiro cara? – O garoto questionou de cabeça baixa.

– Tenho! – Ele estendeu a mão entregando para o garoto. Ele acendeu um cigarro e devolveu o artefato pro homem.

– Noite bonita né mano.. – O rapaz não tinha observado a noite, mas logo que o adolescente disse ele passou a reparar.

– Verdade. – Ele assentiu.

– Essas noites me fazem lembrar as merdas que já fiz no passado. As pessoas que já matei.. – O assunto estava pesado. – Você já matou alguém cara? – Ele questionou.

– Não.. Nunca! – O homem afirmou.

– Não é isso que parece.. – A frase foi dita no ar.

– Que isso cara do que tá falando? – O rapaz já tinha se desencostado da parede com os olhos cheios de medo.

– Eu já matei muita gente, mas nunca tive tanto prazer como eu vou ter em matar você seu desgraçado! – O garoto apontou a arma para ele que caiu no chão tremendo.

– Pera ai o que eu fiz? – Ele tentava fazer algo, mas seu corpo não respondia aos comandos.

– Provavelmente você fez algumas coisas que a minha garota não gostou.. – Ele sorria feito um psicopata. – Ela só tinha dezenove anos seu porco imundo! – O ar faltou quando o garoto virou o boné para trás e ele pode reconhecer Justin. – Rodei muito para te achar.. Mas vejam só eu estou aqui não estou? – Seus olhos estavam escuros deixando qualquer ser que o encarasse em arrepios.

– Me perdoa.. – Ele disse no desespero.

– Quem vai decidir isso é deus parceiro.. E você vai se encontrar com ele mais rápido do que imagina! – Sem pestanejar ele atirou. Sem dó alguma. Vingou — mesmo que um pouco — a amiga. Justin não se arrependeu, e não faria de qualquer modo. – Isso é pouco pro que você merecia passar. – Ao sair Justin pegou o isqueiro caído no chão. – Acho que não vai mais usar isso né? – Ele não ficou ali para ver o que aconteceria em seguida. Voltou para a praia como se nada tivesse acontecido. Sorrindo para os amigos. 

Alexia pov ~

Ele veio pra cima do garoto como uma criança em um doce. Não deu tempo de que eu tomasse qualquer atitude antes dele acertar um soco no rosto do menino, fiquei sem reação por meio segundo, mas logo que percebi que alguns dos outros seguranças seguravam os dois eu cai na real. Alfredo gritava como nunca tinha visto antes. Mandei os outros o soltarem e o puxava pelo braço.

– Espera ai! – Ele se desvencilhou de mim bruscamente voltando para o garoto com o nariz sangrando.

– Pera ai mano, calma, me desculpa foi só o momento eu estava meio bêbado! – Alfredo o segurava pela gola da camisa o encarando com um sorriso sarcástico no rosto.

– Não me chama de mano, não sou seu irmão. Sou seu patrão! Você está aqui para PROTEGER e não deixar nada de ruim acontecer com essas meninas. – Ele apontava para mim. – No primeiro dia em que elas apareceram o que foi que dissemos? – Ele questionou. – Não queríamos NINGUÉM NESSA PORRA com gracinhas com elas, e só você está me dando trabalho. Se eu chegar aqui de novo e ver você sequer levantando os olhos para olhar para QUALQUER UMA delas..  – Ele sorriu diabólico. – As coisas vão entortar pro seu lado. – O menino tremia.

– Desculpa não me despede cara eu preciso disso, preciso pagar minha faculdade! – Ele suplicou.

– Eu não vou te demitir, você vai ficar aqui no mesmo lugarzinho.. Justin vai ficar sabendo o que você fez para mina dele, ele é o patrão.. É ele que vai decidir o que vai fazer com você. – Alfredo se divertia. – ESTAMOS ENTENDIDOS? – O menino tremia mais ainda.

– Sim.. sim senhor! – Alfredo o soltou e eu não pensei duas vezes em puxá–lo para dentro de casa.

– Que merda foi aquela? – Eu o empurrei pro sofá.

– Que merda foi aquela digo eu! – Ele me olhou de braços abertos. – Porra Alexia porque foi lá pra fora?

– Eu fui jogar o lixo, não achei que fossem fazer nada porque nunca fizeram. – Eu respondi sincera.

– Ele é novo aqui, não sabe muito bem das regras. Mas o Justin vai ficar sabendo, e ai ele vai entender como é que funciona o sistema. – Ele ria.

– O que você veio fazer aqui? – Perguntei depois de me acalmar.

– Eu esqueci minha carteira, queria cerveja e nenhum de nós tinha dinheiro. – Ele deu de ombros. – Mas agora que já to aqui eu não vou voltar pra lá. Ligo pros caras e digo que vou ficar aqui.. Não quero contar o porque ainda.

Justin ia matar aquele garoto e eu sabia Alfredo também sabia disso. Esperei ele se acalmar mais e subir pro quarto, peguei meu celular mais que depressa e liguei pra única pessoa que podia me ajudar: Ryan!

– Tá pera ai, mas porque aquele imbecil fez isso pra ti? – Pedi pra que ele não desse bandeira de que falava comigo e se afastasse um pouco dos outros.

– Eu não sei Ryan, o menino é novo aqui eu não sei como ele chama, nunca o vi por aqui e contando pelo cheiro ele devia ter bebido. Não quero proteger, mas você sabe como Justin é maluco.. Ele vai acabar matando o menino.

– Tá eu vou ver se consigo amenizar a situação quando chegar ai vou ficar perto dele, qualquer coisa eu e Chaz o seguramos. Fica tranquila amorzinho! – Ele disse calmo.

– Tudo bem, preciso ir.. – Me despedi e olhei pra televisão como se estivesse ali o tempo todo. Alfredo me olhou estranho e andou até a cozinha.

– ALEXIA! – Lá vem.

– QUE É? – Ai gente nós gostamos de gritar por aqui.

– TO COM FOME! – Ele respondeu.

– E EU COM ISSO? – Dei de ombros.

– VEM ME FAZER ALGO! – Quase ri.

– Mereço.. por isso que a Luara só faz as coisas contigo quando ela tá muito bêbada. – Ele me olhou feio e eu ignorei virando de costas.

– Alguém já te disse que você é uma vadia sem coração? – Ele me encarava.

– Já.. – Eu sorri sínica. – Deixa disso Fredinho, você sabe que me ama. E outra se não fosse por mim Luluzinha não estaria contigo. – Coloquei o prato de sanduiche em cima do balcão. Fiquei conversando com ele enquanto assistia ele devorar o lanche sem dó nem piedade, o fiz lavar o prato que usou e depois fomos para a sala ver algo na televisão. Era bom passar esse tempo com os meninos de vez em quando.

– Oi gente linda! – Chaz abriu a porta da sala. – Fala ai bro. – Ele cumprimentou Alfredo. – Sweetheart! – Somers se jogou ao meu lado passando o braço por volta do meu pescoço.

– Filho da puta nem ajuda os outros.. – Ryan gritava com o moreno ao meu lado. Ele vinha abraçado a Luara que ria da cena.

– Meu amorzão que saudade, aquele passeio não foi o mesmo sem você! – Luara se jogou em cima de mim e Chaz.

– Desculpa meu bem, juro que dá próxima vou.. – Eu sorri.

– Alexia podemos conversar? – Justin me encarava frio e um arrepio passou pela minha espinha. Sai da sala deixando meus amigos para trás e o segui até o corredor dos quartos.

– O que foi? – Já me preparava para a bronca.

– Eu senti tanta saudade de você! – Ele sorriu. O meu sorriso.

– Eu também babe! – Nos abraçamos e eu pude relaxar meu corpo nos braços dele.

– Acho que já vou deitar ok? –

– Tudo bem, eu já vou indo. – Ele assentiu me beijando. Estava no meio do caminho para descer quando todos subiam então me virei e fiz o caminho de volta, ele estava no banho. Já estava de pijama mesmo só me joguei na cama mexendo um pouco no celular enquanto o esperava, minutos depois ele saiu e sorriu pra mim..  Não sei porque ele estava assim, mas estava ótimo. Deitando ao meu lado ele me olhou, sorriu — pela quinta vez— me beijou e eu apaguei a luz do abajur.  Chris estava com uma aparência melhor do que da ultima vez que o vi.

[.......]

Os dias passavam e a saudade aumentava, hoje era um dia importante pra ela. Seria a apresentação das lideres de torcida da faculdade em que estávamos matriculadas. Infelizmente não poderíamos ir porque trancamos a matricula, ou seja, nada de entrada pra nós. Levantei cedo naquele dia, nove em ponto eu estava de pé, perdi o costume de acordar tarde e isso me irritava profundamente, no entanto não tinha o que eu fazer. Fechei as cortinhas pra não atrapalhar o sono do senhor todo poderoso e desci as escadas devagar com Snowbell, Esther e Duke atrás de mim, tomei meu café e sentei no sofá. O reflexo da piscina batia no vidro da porta e eu não resisti, estava calor demais.

Subi de novo e entrei no quarto devagar, mexi nas gavetas em procura de qualquer biquíni que achasse pela frente, peguei o primeiro que veio na mão e fui pro banheiro do corredor me vestir. Sai dali e fui direito pra água, estava gelada o que era ótimo pra refrescar, prendi meu cabelo em um coque, Duke e Esther não pensaram e se jogaram comigo, Snowbell ficou na ponta assistindo tudo de camarote. Fiquei ali um bom tempo brincando com os cachorros e tirando algumas fotos de mim, deles, da paisagem e coisas parecidas. Sai quando notei que meus dedos começavam a enrugar. Enxuguei–me e entrei, tirei o biquíni no banheiro do corredor de novo e vesti minhas roupas novamente, peguei meu celular e marcava onze horas em ponto. Andei até meu quarto com os meus filhos atrás sem desgrudar um minuto sequer, abri a porta e deixei os três entrarem.

Automaticamente subiram na cama pulando em cima do loiro gostoso que dormia na minha cama. Justin cobriu a cara com um travesseiro pra Duke e Esther pararem de lamber sua cara, mas não adiantou.

– Bom dia, babe! – Me sentei na cama segurando Snowbell.

– Bom dia! – Ele ria da agitação. – Tudo bem, eu já entendi vocês vieram me acordar, já chega de baba em mim Duke. – Ele ria sem parar tentando desviar dos dois.

– Meus filhos vieram dizer bom dia.. – Eu ria da cena mais que ele.

– Eu percebi! – Ele segurava Duke. – Olha a Esther é comportada, agora você precisa educar o Duke melhor sabia? – Ele sentou na cama.

– Não fala do meu bebe Justin! – Empurrei–o. – Cuidado ai gente.. – Os três se empolgaram na brincadeira e corriam a casa toda.

– Enfim, tá com a blusa molhada? – Ele apontou espremendo os olhos por conta do sono.

– Fui à piscina. – Dei de ombros.

– To descendo neném, se ficar mais um minuto sem comer eu vou virar pó. – Justin fazia umas comparações tão nada a ver de manhã. Desci atrás dele por que sabia que com o sono que ele estava com certeza não ia conseguir fazer nada.

– Ai que susto puta que me pariu! – Justin colocou as mãos no peito quase enfartando.

– Vai se ferrar Bieber! Eu não sou feio desse jeito. – Zack estava na cozinha comendo.

– Ele ainda tá com sono, releva. – Disse rindo.

– Fala ai pessoinhas, o que faremos hoje? – Nós estávamos tentando ao máximo sair para distrair e não pensar.

– Acho que tem um racha hoje à noite. – Chaz disse comendo — quase o prato—.

– É uma boa ideia.. – Sophie concordou.

– Então está feito, nós vamos pro racha.– Chaz assegurou.

– Eu também vou gente, se acalmem! – Chris assentiu e nos fez relaxar.

[.......]

Narradora pov~

As coisas pareciam estar indo bem, mas não estavam. Ao chegarem ao racha tudo estava exatamente como eles se lembravam: barulhento; cheio de gente andando pra todos os lados; bebidas; musica alta; ensurdecedores barulhos de motores e suas partidas. Alexia correu duas vezes e ganhou uma, os meninos que marcaram presença e correram mais. Já as meninas aproveitavam o tempo para dançar. Mas algo incomodava uma delas..  Alexia estava ciente, não tinha bebido nada, nem uma gota sequer, mas ela jurou que viu Cassie as espiando. A loucura tomou conta da garota.

– Cassie? – Ela olhava para um ponto fixo preocupando as amigas.

– Alexia ela não tá aqui.. – Candice disse doce.

– É ela! – A menina saiu correndo sem pestanejar. As meninas a seguiam incansavelmente. – Cassie! – Segurando no ombro da loira de costas ela sorria. Mas logo foi desmanchado quando a menina se virou e ela viu que não era quem tanto desejava.

– Está tudo bem? – A menina questionou simpática.

– Desculpe! – Lexi se virou dando de cara com as amigas que a olhavam com pena. Ela não tentou passar que estava tudo bem, porque não estava!

– Al..– Luara tentou se pronunciar, mas não conseguiu.

A morena só abaixou a cabeça e saiu abraçada com Sophie, elas voltaram todas juntas até o local onde estavam há uns minutos, Alexia chorava um pouco no momento. Justin estava sentado na tampa aberta de uma picape conversando animado com os amigos, ele segurava uma garrafa de cerveja e tinha um sorriso lindo marcando presença nos lábios, seu cabelo estava um pouco bagunçado pelas corridas e seu jeito despojado de se vestir tinha voltado. Só isso já bastava para chamar atenção das garotas que estavam por perto, nos arredores deles. Uma delas em especial dançava o encarando, embora estivesse frustrada porque Bieber não a olhava nem que por segundos ela continuava dançando e se exibindo. Em um momento Justin deu um gole em sua cerveja e olhou para a menina que rebolava sem parar, a conversa dos meninos tinha cessado um pouco porque Zack foi buscar outra garrafa de bebida — a dele havia acabado— então os meninos esperaram pacientemente até ele voltar.

Justin não sabia o que ela fazia, mas ele sabia que era pra atrair sua atenção.. e embora ele estivesse olhando aquilo não parecia o agradar em nada, o garoto estava com os olhos semicerrados tentando entender qual era a tática que ela usava. Em gestos repetitivos de “não” com a cabeça ele voltou seu olhar aos amigos que continuaram a conversa.

– Porra, mas a garota não para mesmo. – Chris estava incomodado com ela.

– Deixem ela pra lá.. – Justin pediu.

– Mano ela te quer! – Alfredo riu fazendo os meninos o seguirem.

– Ela é bonita cara, mas não to afim de ninguém mais, eu já tenho a minha.. pra que vou querer outra? – Bieber deu de ombros. Todos eles encaravam a garota e as amigas, mas isso não significava que era porque estavam gostando do show.

– Onde está o Justin? – Eles ouviram a seguinte frase. – Eu preciso dele comigo! – Só isso já bastou pra ele amolecer total. Qualquer demonstração de que Alexia estivesse em perigo o seu corpo automaticamente ficava em alerta.

– O que tá acontecendo? – Ryan perguntou para as meninas vendo Alexia se jogar nos braços do namorado o agarrando pelo pescoço e deixando algumas lagrimas escaparem.

– Ela..  – Luara começou, mas parou uns segundos para analisar a cena. Justin não teve tempo de se levantar quando Alexia chegou então ele permaneceu sentado. Ela o abraçava enquanto tinha o rosto enterrado no pescoço dele. Lexi estava sentada ao lado de Justin, ele tinha o rosto baixo tentando entender porque ela chorava se há alguns minutos atrás ele tinha a visto e ela estava sorrindo. Prestando atenção em Luara ele encostou a cabeça na dela após depositar um beijo no topo de seus cabelos. Luara tinha parado, no entanto alguém raspou a garganta a fazendo voltar à realidade. – Ela viu uma garota e achou ser a..  – Todos entenderam. – Ai ela saiu correndo atrás, mas quando chegou perto pode ver que não era. A trouxemos pra cá assim. – A explicação foi curta, mas ficou claro pra todos.

– Acho melhor você levar ela pra um lugar mais calmo. – A sugestão veio de Christian. A menina não tinha parado de dançar, mas o loiro já tinha alguém prendendo sua atenção.

– Quer sair daqui? – Justin perguntou baixinho no ouvido da morena. Um gesto afirmativo bastou para que ele se levantasse e levasse ela junto. Ninguém pestanejou os deixaram ir, seria bom levar ela para um lugar calmo, sem qualquer tipo de barulho..  só deixar ela pensar em toda a loucura que estava se passando naqueles meses.

Justin pov~

Sai dali sem olhar para trás, só queria ver minha garota bem. Era um pouco tarde, olhei no relógio para constatar: meia noite em ponto! Já começava a esfriar, mas Alexia fez questão de deixar o vidro do carro aberto. A brisa batia em seus cabelos e ela apenas encostou–se ao banco e ali ficou até chegarmos ao nosso destino: a praia.

Eu sabia que faria bem a ela ir para lá, é um dos lugares que ela adora. Alexia desceu do carro e me acompanhou até a areia fofa e gelada, como eu disse já estava tarde, mas aqui era tranquilo sempre vínhamos pra essa em especial. Ela tirou o tênis me entregando sorriu minimamente para mim e andou mais a minha frente, sentei no chão a observando, ela andou até perto da água colocando os pés, o silêncio permanecia enquanto ela brincava chutando devagar a água pra cima. Em um momento ela parou e gritou muito, muito alto.. só um grito sem palavras formadas nem nada. Acho que foi o único jeito que ela encontrou de aliviar a dor. Cada um de nós enfrentava as coisas de um jeito, o dela foi esse.

– Não sei mais o que fazer, eu tento ficar bem pra todos, mas isso está me matando por dentro. – Ela havia voltado e sentou ao meu lado na areia. Ficamos algum tempo em silêncio só ouvindo os barulhos das ondas quebrando e a brisa fria que batia em nossos rostos quando ela resolveu emitir algum som.

– Ninguém nunca te disse que você precisava ser essa rocha de sentimentos na frente dos outros.. – Ela me abraçou.

– Desculpe! – Sua voz era falha.

– Não tem que pedir desculpas pra mim, peça para você mesma por se torturar tanto desse jeito.

– Odeio admitir, mas você pode ter razão. – Alexia se aproximou devagar e me beijou com calma, desculpa gente, mas aquilo tudo me deu um puta tesão e acabou ficando por ali mesmo. Eu não ia aguentar voltar pra casa.. mas não foi por atração física, queria mostrar a ela que eu sempre de qualquer maneira estaria ali pra tudo que ela precisasse.

– Mais um lugar em que podemos botar na lista dos lugares mais estranhos que já transamos.

– Cala a boca! – Ela me bateu mais ainda rindo.

– Vamos embora, preciso tomar banho.. tem areia até onde o sol não bate. – Um ataque de riso tomou conta dela e de mim.

– Vamos embora logo e para de falar besteira. – Ela calçou os tênis e eu bati a porta.

– Alexia voltando agora, você realmente entendeu o que eu disse? – A encarei.

– Sim! – Ela assentiu séria.

– Só quero que entenda que eu te amo, todos nós amamos e não tem problema algum em chorar de vez em quando, você não pode mais ficar guardando as coisas pensando em como os outros vão se sentir em te ver chorar..  todos estamos passando por isso então tem todo o direito de fazer o que for preciso. Se a sua maneira de fazer esse sentimento ruim passar é chorar então faça, sabe cada um de nós lida de um jeito. Grite, berre, chore só que não guarda isso. É como diz uma amiga minha.. chorar é bom, mas chorar bêbada lava alma. – Ela riu e eu dei partida no carro refazendo o caminho de volta pra casa.



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