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História The General - A biblioteca



Notas do Autor


Estamos rápidas não?!
Boa leituraa

Capítulo 37 - A biblioteca


Fanfic / Fanfiction The General - A biblioteca

Pov América

A rainha fez questão de escolher um quarto ao lado do meu para Richard. Eu particularmente fiquei feliz, havia meses que não via meu filho e esperava poder passar algum tempo ao seu lado, mesmo que desse jeito. Ele ficou grato pela consideração e conseguia ver que verdadeiramente gostava dela. Aparentemente Amberly possui esse charme e poucos são capazes de resistir. Ela ficou conosco por um tempo, conversando com Richard e lhe fazendo perguntas sobre sua vida, suas irmãs e qualquer outra coisa interessante que passasse por sua cabeça no momento.

Quando ela finalmente foi embora meu filho se jogou na cama em resmungos, disse que pularia a refeição para descansar. Eu entendi, ele havia tido um longo dia de viagem desde a saída da Itália, com uma escala na França antes de chegar com a grande bomba em Illea. Havia planejado fazer o mesmo para passar minha noite ao seu lado, mas quando saí do banho e vi que já havia dormido, mudei de ideia. Ainda faltaria o jantar e se pudesse faltaria todos os outros até que fosse embora, mas os bons modos não permitem. Então resolvi trabalhar. Voltar à rotina que havia planejado e me sentar na minha poltrona de couro cercada por milhares de papeis enquanto continuava fugindo de Maxon. Edward já estava lá, sempre adiantado, e sorri quando me vê entrar. Levanta e me cede a cadeira, que felizmente agradeço.

_O que temos para hoje? –pergunto analisando os mapas em cima da mesa.

_Nenhuma reunião foi marcada para esse fim de semana. –agradeço mentalmente, ou achava que sim, porque ele ri da minha reação. –Só precisa rever alguns planos da Nova Ásia porque semana que vem provavelmente acontecerá algo e precisamos estar preparados.

_Nova Ásia. Tudo bem. –confirmo enquanto começo a separar os documentos á minha frente e guardar aqueles que não são necessários no momento. –Tem de ser necessariamente aqui? –faço uma careta. –Tava pensando em ir na biblioteca. –não lhe contei meus motivos, mas ele não parecia se importar. Todos os mapas estão lá, mas eu só queria um lugar onde ninguém pudesse me encontrar.

_Não vejo porque não. –dá de ombros. –Nos vemos amanhã? –assinto enquanto pego os papéis necessários e tento me lembrar do caminho.

Will me deu instruções precisas sobre o caminho, mas no momento não achei que fosse precisar delas então não lhe dei muitos ouvidos. Me arrependo profundamente no momento. Eu só lembrava do quadro, que no momento poderia ter sido trocado, e do momento em que Maxon segurou minha mão para me ajudar a atravessar a passagem. Da nossa conversa sobre o Halloween e da confusão que causei com os diários de Gregory Illea.

Will alguns anos atrás me disse que já havia os lido e ilegalmente havia feito cópia de todos eles, que agora esperam pacificamente em nosso cofre. Só saíram uma vez nesses dezesseis anos, quando finalmente consegui convencer meu marido a me deixar lê-los. Jogo os pensamentos de lado e digito a senha. Pouca coisa havia mudado no interior. Ou nada e eu simplesmente não me lembrava muito bem depois de dezesseis anos. Fiquei tentada a me sentar em frente à tela do computador e pesquisar o que me desse na mente no momento, mas me contentei em sentar na mesa e observar os mapas e os vários pontos já localizados.

São antigos, não atualizados, o relevo e a demografia podem ter mudado, mas a base continua a mesma e como Will havia me dito antes de eu partir, no passado encontramos respostas para o futuro. Já estava desistindo, minha cabeça doía e meus olhos se fechavam de sono quando a ideia de me veio em mente e finamente conectei os pontos. As minas abandonadas, túneis que mesmo em situação precária podem conduzir um exército em silêncio até o coração do inimigo, um ataque surpresa que poderia finalmente acabar com essa guerra inútil. Estava animada, finalmente encontrado algo que poderia mudar o rumo de tudo que nem percebi a companhia. Achei que fosse Edward, afinal só ele sabia que estava ali.

_Edward, você não tem ideia do que encontrei, isso vai mudar... –paro de falar assim que percebo que não se trata do meu assistente, mas sim de Maxon, que me encara nervoso. Deixo a caneta cair e me encosto na cadeira com um suspiro de cansaço. –Maxon, por favor, vá embora. –faltava só eu ajoelhar para poder se considerar que eu implorava.

_Eu não vou embora, temos que conversar e você não escapará dessa vez. –ele diz decidido e se aproxima. Jogo minha cabeça para trás e xingo mentalmente, prevendo uma longa discussão.

_Então vamos terminar logo isso.  –bato na mesa e me inclino em sua direção, sendo direta. –O que você quer?

_Saber o que aconteceu. –ele se apoia na mesa, se aproximando mais ainda. –Você sumiu, evaporou.

_Já expliquei tudo no dia em que cheguei... –estava esperando mais originalidade da parte dele.

_Não é o suficiente. Por favor, America... –sua voz era uma súplica e soube que não conseguia continuar desse jeito.

_Depois que recebi a notícia eu corri. Você estava lá, viu como eu estava mal. –ele assente. –William me encontrou chorando em um corredor, me ajudou e no fim acabamos nos casando. –repito a história pela décima vez. –Você seguiu em frente e eu também.

_Eu te procurei depois de que foi embora, te procurei por meses.

_Sei disso. –não sabia o que dizer, além disso. –E fiquei feliz que não tenha desistido, mas também sei que seu pai me procurou por anos. sabia disso? –ele me olha surpreso, e me choco em descobrir que ele não sabia.

_Meu pai? Não... –o interrompo.

_Sim, seu pai mandou que vasculhassem minha vida para encontrar alguma falha, um mínimo delito que fosse só para ter o prazer de me prender e me punir por ter atravessado seu caminho.

_Me desculpe, eu não sabia... –ignoro suas desculpas.

_Claro que não sabia. Só escapei porque tive a sorte de Clarkson ter dado a ordem para o chefe de operações, no caso William. –ele faz uma careta e torce o nariz.

_Claro que era ele. –permanecemos em silêncio por um tempo. Ele tinha muitas coisas pra perguntar, apesar de parecer não saber por onde começar. –E porque se casou com ele? –sorrio satisfeita por ter de responder essa.

_Acho que sabe por que as pessoas se casam, Maxon. –ele ignora meu comentário sarcástico. –Foi o único jeito. Se seu pai me encontrasse não poderia me punir. –digo sincera. Essa é a primeira vez que digo sobre a parte da conveniência em nosso casamento.

_Porque ele? Porque o General? Ele tinha quase trinta anos, era velho para você e... –se embola nas palavras, mas consigo entender.

_Porque ele não pagaria a qualquer um por um casamento de conveniência, não me imporia um homem desconhecido como marido, mesmo se fosse para salvar minha vida. –eu esperava muitas reações da sua parte, mas não suspeitava que fosse rir na minha cara.

_Pelo visto o casamento foi bastante conveniente para ele. –não entendi de início, mas me segurei para não pular em seu pescoço quando compreendi.

_É claro que foi conveniente para ele. –sorrio satisfeita. –Depois de se casar não precisou pagar por companhia na cama. –ele abre a boca diversas vezes, gaguejando, sem acreditar que eu tenha dizer isso. Esse era o objetivo ao contar essa mentira, William jamais pagaria para isso, ele acha repugnante.

_Você é nojenta. –gargalho.

_Eu decidi ser feliz com o que a vida me deu, Maxon! Eu não tinha nada, Will era tudo o que me restava e depois de muito tempo eu consegui aquilo que sempre quis. William não precisou fazer nada para me conquistar, nunca me forçou a nada. Nossa lua de mel foi maravilhosa, acho que nunca dormi tanto na minha vida. –me lembro do constrangimento daquela noite e de como meu marido foi gentil. –Decidi recomeçar do zero e estou feliz, Maxon, por favor, não estrague.

_Você simplesmente se esqueceu de nós? Da nossa história? –pergunta desesperado.

_Não podemos apagar o passado, Maxon, é impossível. Eu tentei e não consegui. Mas William era a única opção que eu tinha, estávamos casados, eu estava escondida do mundo...

_Mas... mas... –ele me interrompe para não dizer nada.

_Mas o que, Maxon? –me exato, jogando a cadeira longe quando me levanto irritada. – Não tem "mas".

_Não levou em consideração tudo o que vivemos? –começa a me acusar e perco a paciência.

_Eu?! Você que não levou em consideração o que vivemos. Eu me entreguei para você, Maxon, de corpo e alma, e por causa de um abraço você se esqueceu do que havíamos vivido. Não seja hipócrita. –faltou pouco para que eu cuspisse em sua cara.

_Te ver você abraçada com ele destruiu tudo em que acreditava e...  –tenta se explicar.

_E como retaliação você me humilhou. Disse que eu não passava de uma diversão. – completo para seu desgosto.

_Foi da boca pra fora, em um momento de raiva, eu não queria dizer aquilo.

_Estamos quites então. –retruco calma enquanto me sento novamente.

Pov Maxon

Todo o plano que eu tinha para essa conversa estava sendo estragado. Eu não queria brigar, mas parecia inevitável. Ele é tão teimosa, tão diferente, mas ao mesmo tempo tão America que perco o folho. Conseguia vê-la se afastando de mim a cada segundo e sei que precisava fazer algo para mudar isso.

_Me dê uma chance, eu te amo. –imploro. Sua expressão de surpresa me assusta, sempre achei que meus sentimentos estavam óbvios. –Por favor, me dê uma chance. – me controlo para não chorar.

_Nossa história terminou há 16 anos. –ela sussurra olhando para a parede, incapaz de me encarar.

_Não, ela está incompleta e podemos terminá-la. –pego sua mão a fazendo olhar para mim. –Ainda podemos ter um final feliz, me dê uma chance. –ela olha em meus olhos pela primeira vez, sua respiração está acelerada e seus lábios entreabertos querem pronunciar algo.

_Existe algo maior em jogo, maior que nossas vidas, maior que tudo o que somos. Nossa história acabou, Maxon. Sinto muito. –diz engolindo em seco e não entendo como ela consegue permanecer calma em uma situação como essa.

_Não, não acabou e vou te provar isso América, você vai ser minha novamente. –soo firme e decidido, embora tremesse por dentro. –Vou reconquistá-la e terminaremos de escrever nossa história juntos, você verá. –saio sem esperar resposta, decidido a conseguir seu perdão e reacender o amor que possuíamos, nunca vou desistir sem lutar, ainda mais quando América e minha felicidade ao seu lado são o prêmio.


Notas Finais


Contagem regressiva para o extra, quem está preparado?
aliás, vcs querem o extra??
Comentem, compartilhem, queremos saber a opinião de vcs
espero que tenham gostado até a proxima
bjs

gente fic nova eu gostei muito
https://spiritfanfics.com/historia/the-rule-7207005

espero que gostem tbm ^_^


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