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História The Girl Of Black Garter Belt - Esse é o nosso recomeço.


Escrita por: purposex

Notas do Autor


DEMOREI MUITO EU SEI DISSO ME PERDOEM
AMO TODOS VCS
E VOLTEI COM ESSE CAPÍTULO DESTRUIDOR, TRISTE, FOFO E CHEIO DE NOSTALGIA.
BOA LEITURAAAAAAAAAAAAAAA

Capítulo 53 - Esse é o nosso recomeço.


Sentei-me rapidamente na cama com falta de ar, soluçando enquanto tentava achar o ar que faltava em meus pulmões. Justin havia acordado com o meu modo de levantar rápido e logo começou a passar as mãos nas minhas costas. 

— Se acalme — Ele sussurrou bem baixinho passando a mão por toda as minhas costas. 

Minha respiração foi voltando ao normal e eu estabilizei-me rapidamente. Encarei minhas mãos, soltando o ar bem de leve dos meus pulmões.

Ele estava assustado, dava para perceber em sua feição, mas tentava ao máximo não demonstrar isso. Justin demonstrava ser forte ao meu lado á todo o momento, para eu saber que estava protegida estando ao lado dele. Disso eu tinha certeza, mas ele fazia questão de provar o quanto queria-me bem.

Senti suas mãos irem para ao meu redor e me puxarem até ele, em seguida Justin depositou um beijo no topo da minha cabeça, me fazendo agarrá-lo mais ainda. Escondi meu rosto no seu peitoral, fechando os meus olhos com força ao lembrar da noite passada. 

— Eu vi ele — Falei baixinho, sentindo o carinho de Justin no meu cabelo. 

— Viu quem, amor? — Justin perguntou confuso, ainda fazendo carinho em mim. 

— Matthew — O encarei e ele parou seus movimentos, franzindo o cenho. 

— Zie...

— Ele estava lá, ele falou comigo — Tentei explicar e ele segurou o meu rosto. 

— O corpo de Matthew foi encontrado no local, os bombeiros chegaram antes dele ser queimado — Justin encarou os meus olhos e eu neguei com a cabeça — Foi uma alucinação — Justin encarou os meus olhos e eu suspirei abaixando a minha cabeça. 

— Parecia tão real — Murmurei e Justin me envolveu mais ainda nos seus braços, me apertando nos mesmos. 

Ficamos calados por um longo tempo, enquanto encarávamos o nada, mas sem dúvidas ambos pensávamos em tudo.

— Vamos partir hoje — Justin falou baixo e eu o olhei na mesma hora. 

— Não temos um lugar para ir — O encarei confusa e ele assentiu. 

— Ainda tenho a minha casa no Canadá — Ele sorriu fraco e eu assenti com a cabeça, Justin me puxou para o seu colo e encarou os meus olhos, logo segurando o meu rosto. 

Direcionei meu olhar ao seu, encarando o mesmo. Justin fazia leves carinhos em minhas bochechas, levantando um pouco os cantos da sua boca para esboçar um sorriso fraco. 

— Obrigado — Ele encarou os meus olhos e eu franzi o cenho, o encarando confusa. 

— Por que está me agradecendo? — Perguntei o olhando. 

Por sempre estar ao meu lado, permanecer comigo e ficar á todo momento me apoiando e me amando — Justin falou com a voz rouca, me fazendo ficar arrepiada — Por me aturar, aturar o meu estresse e as nossas brigas que sempre lhe fizeram mal — Ele desviou seu olhar para o teto — Por se preocupar em todo roubo, ou plano, ou até mesmo quando eu me deixava levar pelas drogas e você me encontrava drogado — Lambeu seus lábios, os umedecendo. 

Meus olhos já estavam marejados, assentia bem de leve encarando seu rosto corado enquanto seus olhos marejavam lentamente. 

Eu estou fazendo isso tudo para te proteger, para te ver bem, para ver você sorrir como antes — Ainda com suas mãos no meu rosto, ele voltou a me encarar — Você não sorri daquele jeito meigo a muito tempo, e eu quero fazer com que isso mude, quero mudar sua vida, não como mudei para pior, mas agora mudar para alguma coisa melhor, ter você em meus braços e não ter medo de alguém tentar te tirar de mim — Limpei uma lágrima que caía de seu olho e assenti com a cabeça — Eu te amo muito para te ver longe de mim — Justin sussurrou e eu o abracei rapidamente, o apertando em meus braços. 

Suas mãos foram para as minhas costas, me envolvendo em seus braços tatuados fortes. Minhas lágrimas desciam rapidamente e eu estava pouco me importando com isso, não me importava dele me ver assim, ele estava do mesmo jeito. 

Voltei o encarar e beijei delicadamente seus lábios, beijando sua bochecha em seguida. 

Eu te amo muito — Sussurrei com a minha testa colada na sua, beijando-o novamente, mas dessa vez, apenas um selinho. 

Enterrei meu rosto no seu peitoral desnudo e beijei o mesmo de leve, voltando a fechar os meus olhos. As mãos de Justin passearam por as minhas costas, me tranquilizando, como sempre. 

— Que tal eu fazer um macarrão como nos velhos tempos? — Ele perguntou baixo me fazendo sorrir largamente. O olhei e assenti com a cabeça, saindo do seu colo, me levantando com ele. 

Fui direto para o banheiro e escovei os meus dentes, fiz as minhas necessidades matinais e lavei o meu rosto, Justin adentrou o banheiro e escovou os seus dentes enquanto eu penteava os meus cabelos bagunçados. 

Ele me encarou pelo espelho e sorriu fraco, vindo na minha direção. Justin me puxou delicadamente pela cintura e colou nossos corpos, encarando os meus olhos, inclusive os seus estavam mais claros que o normal agora, os deixando mais vivos e penetrantes ainda. 

Colei nossos lábios rapidamente e segurei o seu rosto, beijando a sua testa de leve. 

Descemos juntos as escadas e fomos direto para a cozinha, Justin abriu os armários e pegou os ingredientes, me sentei em uma das banquetas e suspirei encarando a minha cozinha inteira. 

Eu amava aquela casa, definitivamente, por ter sido a minha primeira casa, por termos compartilhado vários momentos juntos dentro dela, por eu ter morado com Justin nela e por ele ter me dado como um presente. 

É claro que a nossa partida era importante para nos manter ambos seguros, mas eu sentiria a falta disso aqui, sentiria saudades de ficar a tarde inteira com Cece vendo televisão enquanto conversávamos, e seria difícil deixar isso para trás. 

Os meus melhores momentos eu passei aqui e no apartamento de Justin, as melhores conversas, as brigas que faziam todos ficarem magoados junto com nós dois, as noites quentes e os momentos fofos. 

Justin estava quieto até demais, colocando o macarrão na água e fazendo o molho branco ao mesmo tempo. Apoiei meus cotovelos no balcão e o encarei entediada. 

Fiquei olhando todas as tatuagens de suas costas, eu adorava fazer isso, admirá-lo, olhar cada detalhe, cada desenho, cada tom de coloração. Definitivamente estranho, mas era o meu jeito de memorizá-lo em minha mente. 

Justin se virou e me olhou, sorrindo fraco. 

— Não gosto quando faz isso — Ele falou se apoiando no balcão também, me fazendo franzir o cenho.

— O que? — Perguntei confusa. 

— Me fitar de cima a baixo — Ele piscou e eu senti minhas bochechas queimarem — Eu sinto o seu olhar sobre mim — Justin falou baixo me fazendo sorrir de canto. 

— É meu jeito de memorizar você na minha mente — Falei o olhando, enquanto ele limpava suas mãos no pano de prato. 

— Você não precisa disso, não precisa me memorizar na sua mente, eu sempre vou estar ao seu lado, isso nunca vai ser preciso — Justin me olhou e eu sorri fraco, assentindo fraco com a cabeça, vendo ele se aproximar de mim e depositar um beijo nos meus lábios.

Agarrei sua nuca e o puxei mais para mim, fazendo com que ele ficasse entre as minhas pernas, Justin apoiou suas mãos nas minhas coxas, voltando a me beijar. 

Nossas línguas dançavam juntas, não como uma batalha, mas sim em sincronia, envolvendo sentimentos mais puros que pudessemos sentir, como o amor. 

Justin se separou do meu corpo e sorriu fraco, voltando a cozinhar. Em minutos a comida ficou pronta, Justin serviu nos dois pratos para nós dois e nós fomos para a sala, com dois copos imensos de refrigerante. 

Nos sentamos no sofá e ligamos a televisão. Passava em um noticiário, sobre a explosão da mansão de Kurt, Justin mudou de canal na hora, colocando em um filme qualquer. 

— Ele vai ser enterrado? — Perguntei baixo, tendo a atenção do meu homem.

Justin assentiu com a cabeça. 

— Hoje, para falar a verdade — Ele suspirou e eu assenti. 

— Antes de irmos, eu quero vê-lo — Falei baixo e Justin assentiu beijando a minha testa, voltando a comer. 

— Ele era uma boa pessoa — Justin falou baixo e eu assenti com a cabeça novamente, comendo o macarrão. 

— As pessoas que você mais ama vão embora mais rápido, é o que dizem — Dei de ombros, tentando não pensar muito na morte de Matt. 

 

                                                                                   [...] 

 

Já estávamos de partida, iríamos passar no cemitério antes de irmos para o Canadá. Pegamos tudo o que precisávamos para morarmos lá um bom tempo, e o mais difícil foi deixar o apartamento de Justin sem deixar minhas lágrimas caírem. 

Como disse, eram momentos maravilhosos que nunca vão ser substituídos, momentos únicos com as melhores pessoas que apareceram na minha vida. Desde o dia em que eu o reencontrei e queria lhe acertar um soco no rosto por ter sumido tão de repente, passando por o momento em que ele me pediu em namoro e mostrou que tinha sentimentos por mim, até o último momento, até olharmos para tudo e dizermos adeus para a nossa vida antiga. 

Só de pensar nisso eu ficava mal, de abandonar tudo e começar uma vida nova, mas sabia que aquilo tudo era para o meu bem. 

Justin estacionou seu carro na frente do cemitério e me encarou, sorrindo fraco. Saímos do carro juntos, ambos calados, Justin entrelaçou nossos dedos e seguimos para dentro do cemitério, o funeral ainda estava ocorrendo, e as pessoas estavam se despedindo de Matthew enquanto encaravam seu corpo arrumado dentro daquele caixão. 

Respirei fundo e a mãe de Matt me olhou, com os olhos cheios de lágrimas, corri para os seus braços e a abracei fortemente, deixando minhas lágrimas caírem. 

— Ele te amava muito — Ela sussurrou e eu assenti com a cabeça. 

Me soltei de seus braços e encarei ele no caixão, arrumado de uma forma que se ele visse como ele estava, ele falaria que era uma grande besteira, Matt era assim, ele sempre foi. Me aproximei devagar e Justin puxou a minha mão, negando com a cabeça. 

— Eu consigo — Falei baixo. 

Continuei a andar, enquanto os outros me olhavam com um pouco de relance. Encostei minhas mãos na madeira gélida do caixão, me deixando totalmente arrepiada. Encarei seu rosto e suspirei, passando meus dedos por o mesmo bem de leve. 

Eu te amo — Sussurrei enquanto encarava o meu melhor amigo em um lugar que eu nunca achei que o veria. 

Dessa vez o meu "Eu te amo" não tinha resposta, e nunca mais iria ter, eu nunca mais o veria a partir de hoje, e isso era o que mais me deprimia. 

Dedilhei meus dedos por a gravata preta que ele usara e sorri fraco. 

— Você está tão lindo — Falava quase sussurrando. — Eu vou me vingar por o que fizeram com você, vou me vingar e vou honrar o seu nome — Sussurrei perto do seu rosto e beijei sua testa, deixando minhas lágrimas caírem sobre seu rosto gélido. — Vou sentir a sua falta, Lil Matt — Sorri fraco, com os olhos cheios de lágrimas. 

Me afastei do caixão e Justin me envolveu nos seus braços, beijando o topo da minha cabeça. 

— Vamos embora, isso já foi demais para você — Ele sussurrou e eu assenti, dando uma última olhada em Matt e sua família. Voltamos para o carro e Justin deu partida novamente, limpei minhas lágrimas e suspirei, umedecendo os meus lábios rapidamente.

Justin ligou a rádio e suspirou, aumentando a velocidade. 

Em minutos chegamos ao aeroporto, pegamos todas as nossas coisas e eu pude ver os meninos nos aguardando para nos despedirmos dos mesmos. Corri para os braços de Chaz e o mesmo me abraçou, enterrei meu rosto no seu ombro e escutei seu riso sem graça. 

— Promete me mandar notícias? — Perguntei baixo e ele assentiu com a cabeça. 

— Assim nem parece que vamos para o Canadá no mês que vem — Ryan falou me fazendo sorrir, abracei o mesmo e dei um beijo em sua bochecha. 

— Enquanto isso, cuida desse garoto — Chris me puxou para os seus braços me fazendo rir, assenti fraco e ele beijou a minha testa. 

— Cece irá no mês que vem com a gente, Pattie vem junto com as crianças — Ryan falou e eu assenti com a cabeça, sorrindo fraco olhando os meus meninos todos unidos. 

— Cuide dela, Ryan, ela é preciosa demais para mim — Falei o encarando, ele assentiu sorrindo fraco. 

Justin abraçou todos eles, pareciam irmãos, era tão linda a relação de todos os quatro. 

Entrelacei meus dedos com os de Justin e pegamos os carrinhos com as nossas malas, que eram muitas por sinal, acenamos para os garotos e os mesmos sorriram mandando beijos. Entramos na sala de embarque e ficamos aguardando a chamada do nosso voo. 

 

                                                                                    [...]

 

Depois de passarmos horas naquele avião, chegamos á solo Canadense. Pegamos um táxi para a casa de Justin, ele parecia exausto e eu estava na mesma situação. Cece não parava de me mandar mensagem para saber como eu estava, assim como Pattie mandava para Justin. 

Minutos se passaram depois de Justin ficar explicando o caminho inteiro para o taxista, e logo chegamos á nossa casa. Era grande até demais, Justin desceu do carro comigo e me ajudou a pegar as nossas malas, pegando a maioria delas. 

Entramos na casa juntos e Justin travou seu maxilar olhando tudo, coloquei as malas no chão e analisei a casa inteira. Estava toda decorada, cheia de porta-retratos do pai de Justin, de Pattie, deles juntos. O sofá era tamanho família, e na frente do mesmo tinha uma televisão imensa. 

Justin me olhou e sorriu fraco, trancando a porta atrás de mim. 

— Vamos descansar um pouco, amanhã arrumamos tudo — Ele me encarou e eu assenti fraco com a cabeça. 

Subimos as longas escadas e Justin me guiou para um quarto que ele disse ter sido dele quando era menos. O quarto era todo personalizado com o time de hóquei do Canadá, tinham fotos, autógrafos e revistas com os jogadores do time. Sorri fraco vendo a pequena cama de solteiro e umas camisas antigas dele jogadas em cima da mesma. 

Fomos para o outro quarto e ele disse que o mesmo seria nosso, tinha uma cama imensa no centro do quarto, um espelho no teto, outro na cabeceira da cama e um na frente da mesma. O quarto era um dos mais sofisticados que eu tinha visto, os lençóis brancos estavam impecáveis, tinham duas poltronas vermelhas perto da varanda que tinha vista para a rua, era simplesmente incrível. 

Justin tirou sua roupa e ficou só de cueca, se jogando com tudo na cama me fazendo sorrir fraco. Tirei a minha roupa e coloquei a sua blusa, me jogando ao seu lado, ambos encarávamos nossos reflexos no espelho do teto, e quando Justin fez uma careta e se jogou por cima de mim, fiz questão de sorrir o encarando. 

Esse é o nosso recomeço — Ele falou arrumando os meus cabelos — Essa é a nossa nova vida, nossa nova casa, novo jeito de viver, sem mentiras — Suas mãos foram para a minha cintura e eu assenti fraco. — Vamos construir a nossa família aqui, e vamos viver em paz — Ele sorriu me fazendo sorrir junto. 

— Planeja uma família? — Mordi meu lábio inferior e ele sorriu assentindo com a cabeça. 

Era bom saber que ele estava preparando-se para isso, não que eu pensasse que ele não queria isso, mas é algo novo saber que Justin quer seguir em frente, passar por tudo e construir uma família comigo em outro lugar totalmente diferente de onde morávamos. 

Eu o amava, o amava mais do que tudo, e poderia abrir mão de qualquer coisa para vê-lo feliz, para ver o seu sorriso radiante todos os dias de manhã, mesmo quando tudo não está correndo bem, ele consegue deixar seu sorriso radiante a cada dia que passa, e eu chamo isso de amor, o amor pode fazer o seu sorriso se tornar mais radiante a cada dia, o amor pode te enlouquecer. 

Eu estava errada, o amor existe, existe e é o sentimento mais puro que existe, é o único sentimento que te faz delirar por uma pessoa, que te faz desejá-la á todo momento, que faz com que você se preocupe com ela por qualquer coisinha, o amor faz com que tudo aconteça, inclusive é o motivo de eu estar com Justin hoje.  


Notas Finais


A parte do funeral de Matt eu escrevi chorando, ele era uma pessoa especial para todo mundo, e se foi muito rápido. Que Deus o tenha.
Eu li várias respostas de vocês no capítulo anterior, do qual eu perguntei o que era o amor, e adorei várias respostas.
Bom, o amor é uma coisa complexa, certo? É o que Mackenzie disse no último parágrafo. Agora os dois podem seguir suas vidas, não totalmente seguros, é claro, mas ainda sim juntos e mais tranquilos do que antes.
Espero que tenham gostado e me desculpem a demora.
Beijos da Baby Girl.


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