Peguei o machado e comecei a caminhar de volta, estava cansada e morrendo de fome. Já havia caminhado metade do caminho quando o sol começou a nascer. Levei ainda um bom tempo até chegar a estrada. O sol já estava alto, parei no meio da estrada e olhei para a janela, havia quebrado ela atoa.
Entrei no quarto do mesmo jeito que sai, assim que entrei olhei para o meu irmão, que ainda estava dormindo, coloquei o machado ao lado de sua cama.
Sentei na cama do dorminhoco e comecei a cutucá-lo com o pé.
- Acorda Caleb, Caleb! - Ele nem se moveu - Acorda - Eu o sacudi de leve - Vamos cara, já amanheceu, acorda - Bom eu tentei ser delicada - Agarrei o lençol e puxei com força, fazendo com que Caleb caísse no chão.
-Nossa, com uma irmã dessa, quem precisa de inimigos? - Ele ficou em pé, ajeitou o cabelo e ficou me encarando.
- Vou levar isso na base do elogio, pensa rápido joguei o pé em sua direção, ele o agarrou e ficou olhando.
- Decepou o pé de um cara, o que ele te fez? Espera, deixa eu tentar adivinhar - Ele passou a mão no queixo e olhou para o pé - O cara ficou te encarando? Ou te elogiou?
- Você falando desse jeito até parece que eu sou uma assassina - Olhei para a janela e depois para meu irmão, que arqueou uma sobrancelha - Esse pé não pertence a um homem, ele é do Rufos.
- O Rufos estava aqui? Quando? O que aconteceu? - Caleb largou o pé sobre a cama e colocou as mãos em meus ombros - Por que não me acordou Alex?
- Eu não tive tempo.
- Me explica o que aconteceu.
- Vou contar, durante o almoçar, to morrendo de fome.
Assim que terminei de falar Caleb começou a rir, e eu o acompanhei. Nós paramos e ficamos nos encarando.
- Você está fedendo, correu a madrugada inteira?
- É, foi uma coisa desse tipo.
E me abaixei e peguei a minha bolsa em baixo da cama, Caleb passou por mim e se olhou no espelho, comecei a pegar minhas roupas, não via a hora de sair desse lugar.
- ALex.
- Que foi?
- Isso aqui no meu peito é mais uma cicatriz? - Me virei para olha-lo e recebi um balde de água fria na cara, Caleb começou a rir, - Pegou uma toalha a jogou na minha direção.
- Por que diabos você fez isso? - Peguei a toalha e comecei a secar meu rosto.
- Eu disse que você estava fedendo. Joga a minha camisa por favor.
Eu peguei a camisa em cima de sua cama e joguei para ele, ou melhor, joguei na cara dele.
- Isso não foi legal - Ele vestiu a camisa e olhou para o machado - Por que meu machadão de guerra está cheio de sangue?
- Deixa eu me trocar e depois eu te conto, de preferência durante o almoço e com uma grande caneca de cerveja.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.