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História The girl we have met - Error


Escrita por: NoahBlack

Capítulo 6 - Error


— Pelo amor de Deus, BaekHyun, levanta daí e vai para o seu quarto.

— Eu já falei que vou esperar o ChanYeol aqui, Sehun!

— Para quê? Você nem sabe se ele vai voltar hoje. Vai dormir plantado na porta do quarto dele até amanhecer?

— Eu preciso me desculpar. Preciso_

— Se desculpar, Baek?! Do quê? A garota te enfiou uma bela direita no meio da sua cara, já tá tudo acertado. E sabe Deus se ChanYeol não vai tentar também. E, outra – Sehun se abaixou para igualar a altura com o menor, – se você se desculpar, vai assumir o que fez pelas costas dele.

— Mesmo assim eu preciso_

— Mesmo assim nada – ralhou o maior, passando os dedos pelos cabelos em demonstração de sua paciência quase esgotada com a atitude do hyung. – Quando eu disse para você não estragar esse dia, incluí nas entrelinhas não fazer isso!

— Mas será que vocês podem gritar em outro corredor?!

KyungSoo abriu a porta de seu quarto já com a cara fechada pronto para expulsar os dois aos chutes. Quando era só murmúrios, o cantor pensou que seria só alguém de passagem, mas a voz de BaekHyun já estava se tornando o seu atual pesadelo.

BaekHyun, sentado no chão na frente da porta do quarto de ChanYeol, de braços cruzados e semblante sólido, e Sehun, ajoelhado, com uma das mãos no ombro do menor já bufando pela cabeça oca do outro, encararam o menor.

— Fala com ele, Soo. Manda ele embora.

— Mas com toda certeza! Eu preciso dormir, Nini precisa dormir. Todo mundo nesse corredor – quiçá nesse hotel! – precisa dormir! Vai para o seu quarto, Baek!

Só que, ao invés de obedecerem as ordens, BaekHyun começou a chorar. Afundou o rosto entre os joelhos e chorou até soluçar, dizendo abafado que precisava saber se ChanYeol seria capaz de perdoá-lo. Do buscou entendimento no rosto do maknae.

— O que_ – Mas Sehun apenas negou num aceno, como se ali não fosse a hora de contar o que tinha acontecido.

— Pode contar, Sehun.

A resposta não veio do choro molhado de BaekHyun, mas da voz grossa que atravessou o corredor.

— Conta, Sehun, o que o Byun fez com o melhor amigo dele.

BaekHyun se colocou de pé e se desvencilhou dos dedos ágeis de Sehun assim em que ChanYeol deu o primeiro passo em sua direção.

— Channie...

Então era verdade.

Parte de si não queria acreditar naquilo; parte de si não queria ter deixado Lilian sozinha no terraço porque ele não conseguia acreditar em que seu melhor amigo transou com a garota que ele próprio o ajudara a se aproximar. Mas não era preciso ser um gênio para ligar os pontos.

Seu melhor amigo tinha transado com a garota que ele acabara de se declarar.

— Channie, me desculpe, eu não_

— Não ouse! – A voz grossa do maior ressoou pelo corredor e fez até Sehun se encolher assustado.

Ninguém nunca vira ChanYeol com raiva. Ou tão decepcionado.

— Não ouse pedir desculpas, Byun! – E apontou o dedo na cara do menor e com os dentes travados pela raiva que lhe apossara ao vê-lo. Pouco a pouco sentiu a vista se embaçar, no entanto, não deixaria uma única lágrima escorrer por aquela história. Nenhuma lágrima a mais. – Não ouse dizer que não foi nada.

— Channie, eu não_

— Você e a porcaria desse seu ego! Você nem tinha gostado dela, Baek!

Os orbes avermelhados, aquele choro preso pela honra dando um nó na garganta, mas tinha todos aqueles outro sentimentos que BaekHyun não queria enfrentar. Preferiria um soco de novo, um tapa, muitas agressões contra o seu corpo, menos aquele olhar.

Liam estavam certa: quem era ela diante da amizade dos dois?!

— Me bata! Me dê um soco! Me acerte no meio da cara, ChanYeol, por favor – suplicou o menor, pegando a mão dele e a fechando. – Vamos, Channie, faça qualquer coisa, mas descarregue a sua raiva em mim.

KyungSoo se apressou e se colocou entre os dois, tirando a mão de BaekHyun da de ChanYeol e mandando o cantor se afastar.

— Channie – chamou o Do, com seus olhos grandes prostrados nos do rapper, em um tom de voz calmo e assertivo. – Olhe para mim, Channie. Por favor, olha para mim.

 Com certa relutância, o Park conseguiu focar a imagem de KyungSoo a sua frente e cedeu ao pedido, mas não conseguiu controlar as lágrimas diante do amigo, permitindo-se enlaçar sua cintura e afundar o rosto no ombro.

Por cima do ombro, Do mandou que os dois sumissem dali e então deslizou até o chão com um ChanYeol em soluços fortes.

— O que foi, Channie?! O que está acontecendo?

— E-ele tran-sou com e-ela, Soo-o. – As palavras saíram aos socos de sua boca, mas não precisava de muito mais que aquilo para KyungSoo compreender a situação como um todo. A felicidade do amigo pela manhã junto da ansiedade para ela aparecer, os sorrisos bobos e o celular o tempo inteiro em mãos.

BaekHyun era um idiota.

— Por que e-eles f-fizeram isso, Soo? P-por que-e ela-a escolheu ele?!

— Agora não é hora da gente ficar levantando hipóteses, Channie. – KyungSoo deslizava a mão pelas costas do maior e esperava que ele pudesse cessar logo o choro para pelo menos saírem do corredor. – Aconteceu.

ChanYeol levantou o rosto, passando o dorso da mão pelo nariz, e meio tímido fitou o menor:

— Eu disse que estava apaixonado por ela. Disse isso olhando no fundo dos olhos dela e como ela me retribuiu?! – E os olhos se encheram de água novamente. – Me contando que transou com ele.

— Como é que você pode saber que tá apaixonado, Channie? Vocês se conhecem_

— Eu sei, Soo! Pouco tempo. Poucas horas. Mas foi. É apaixonado, não é amor. É paixão, daquelas que te faz elaborar mil planos para conseguir ver a pessoa.

— E quais eram esses mil planos?!

ChanYeol abriu um meio sorriso, o suficiente para Do saber que o amigo de fato fizera mil planos.

— Ficar com ela até que a gente se esquecer de quem somos e assim ficarmos junto para sempre.

KyungSoo respirou fundo. ChanYeol era um romântico inveterado. Em um movimento se fez de pé e estendeu a mão para o amigo, que aceitou sem relutar. Pediu para que entrassem em seu quarto e pudessem conversar melhor ali dentro. Esperou ChanYeol lavar o rosto, beber água gelada, trocar de roupa e se colocar debaixo das cobertas.

— Vai ficar aqui comigo hoje?

— Você sabe que não posso, Channie. Disse para o Nini que só ia expulsar o BaekHyun da sua porta e já voltaria para o quarto.

— Depois que vocês dois começaram a namorar, você nunca mais teve tempo para mim. Eu preciso de você, Soo. Preciso do meu melhor amigo.

— Do seu outro melhor amigo, você quer dizer – mas o menor se rendeu e se viu deitado na cama também. – Tudo bem, Channie. Mas não vou ficar aqui a noite toda.

— Nunca achei ruim gostar rapidamente das pessoas. Por quê não se apaixonar? Está aí a resposta – e ele abriu os braços pelo colchão. – Não se apaixone, Soo.

— Meio tarde para isso, Channie. Eu não posso falar sobre paixões arrebatadoras uma vez em que tem essa que eu sinto todo dia.

— Você precisava conhecer ela, Soo. – O maior estava com os olhos presos no tento, distantes, esticando uma das mãos para cima como se fosse pegar algo ali no ar. – Vocês dois teriam assuntos sem fins para uma vida inteira – e inesperadamente, KyungSoo notou um sorriso brotar nos lábios do amigo. – Vocês poderiam conversar sobre qualquer coisa mesmo, e eu teria de pedir de volta a atenção dela ou até mesmo ficaria emburrado porque ela só teria atenção para você. Ela é bissexual. Teve uma namorada já. Acho que nunca daria certo entre nós.

A voz do moreno mudou de tom, como se contasse uma lembrança de muitos anos atrás e de um tempo bom. Do sorriu.

— Você ia bater no Baek?

— Claro que não. A cara dele já está estourada, não ia aguentar outro choque – e riu com a perspectiva de BaekHyun chorão no chão falando para ele que seu rosto estava feio agora.

— Por que ela te contou sobre eles?

Porém ChanYeol deu de ombros. Não conseguia entender aquilo, como que no meio de um "estou apaixonado por você" coube um "transei com BaekHyun". Até aquele momento, acreditara piamente em que todas as suas escolhas direcionavam até ela. O beijo, a entrega, o brilho nos olhos dela. Aquilo tudo não dava para ser de mentira; não para decidir que agora iria fazer seu corpo agir como apaixonado.

Suspirou.

— Olha – começou o outro depois de um grande silêncio entre eles, – se quer mesmo saber a minha opinião, assim foi melhor. Aí essa história termina já e você não fica se iludindo mais, ok? Mas_

— Você realmente é um ótimo amigo, Soo – comentou, irônico.

— Não me interrompa. – O rapper se encolheu na coberta afofada. – Mas – enfatizou, – para quê ela diria isso para você? Para te afastar? Acho que não. Ela nem olhou na nossa cara quando o show terminou. Claramente ela estava ali por você, Channie. Claramente só importava você naquele instante.

– Você vai concluir essa linha de raciocínio em algum momento?!

— Queria que você concluísse por si só, Channie. Ela não precisava te contar, concorda? Vocês dariam uns beijos, quem sabe transariam também – o maior resmungou, – e amanhã você embarca, a gente embarca, e vida que segue. Não estou falando que isso possa ter acontecido e nem quero levantar falsas esperanças, mas – enfatizou de novo, – pode ser que ela tenha se importado num tanto com você que não conseguiria dar nenhum passo adiante sem revelar o maior pecado dela para com você.

— Isso não diminui a minha raiva e a culpa deles.

— Nem quero tentar fazer diminuir nada e não acho que você deva correr atrás dela. Mas acho que deva correr atrás do seu melhor amigo, porque se tem uma relação que vale a pena investir é nessa, Channie. Você e Baek valem a pena serem salvos.

— Baek me traiu.

— Eu sei.

— Não posso perdoá-lo.

— Não pode agora. Mas quando começar a pensar direito de novo, vai perceber que pode e que compensa. Essa garota, ChanYeol – disse Do, levantando-se da cama e alisando as pernas das calças do pijama com as mãos, – não pode ser maior que o BaekHyun.

KyungSoo se despediu do amigo, pedindo para que dormisse e que se quisesse conversariam melhor no voo. Quando abriu a porta, alegando ser um ótimo amigo uma vez que possivelmente teria de dormir no divã por causa da demora em voltar para o namorado, a figura de BaekHyun apareceu, mas Chanyeol fingiu não ver e virou para o outro lado da cama.

— Agora não é hora, Baek.

— Mas eu preciso falar com ele, Soo. Preciso mostrar tudo – e deslizou de forma rápida o dedão pela tela do celular para tentar mostrar uma conversa. – Preciso mostrar para ele que eu tô arrependido.

— Então dá espaço. Amanhã ou outro dia vocês conversam.

— Soo...

— Não força a barra, Baek. Você traiu a confiança dele. – E pôs os pés em direção ao seu quarto.

— Ela me negou – ele gritou, sabendo que assim ChanYeol poderia escutá-lo, quem sabe. – Assim em que ela soube que queria ele, ela não quis mais conversa comigo. Se eles tivessem saído antes, se eles tivessem passado mais cinco minutos um do lado do outro, ela não falaria comigo. Foi um erro de espaço e tempo...

Do respirou fundo e recuou os passos, colocando a destra no ombro do amigo.

— Então deixa o tempo e o espaço corrigirem isso, BeakHyun. E vá dormir. Nosso voo é amanhã de manhã.


Notas Finais


Antes de qualquer coisa, vamos apreciar KaiSoo que apareceu de forma tão tímida porque eu amo eles.

Bom, queridinhos,
estamos chegando ao fim dessa jornada.
Eu queria falar que eu gosto muito de plots que tratam sobre amizade, e mesmo que essa história seja meio que um triângulo amoroso rápido, é mais sobre ChanYeol e BaekHyun - e meio que para aliviar algumas ideias malucas que correm pela minha cabeça. Mas mesmo que seja sobre os 2, não necessariamente o final está concluído.
Será que ChanYeol vai perdoar BaekHyun?
Será que ele vai voltar a ver a Liam antes de partir?
Será que ela foi só mais uma pessoa entre tantas que cruzam o caminho dele nas ação-consequência de suas escolhas?

Vergonha de comentar aqui? Tenta aqui então: https://curiouscat.me/NoahBlack

Quero também agradecer pelos favoritos e pelos comentários. Vocês são sensacionais e sou grata por embarcarem nessa jornada.


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