1. Spirit Fanfics >
  2. The Girl who went to the Purgatory >
  3. Dia de folga (parte I)

História The Girl who went to the Purgatory - Dia de folga (parte I)


Escrita por: StarlightBunny

Capítulo 4 - Dia de folga (parte I)


Fanfic / Fanfiction The Girl who went to the Purgatory - Dia de folga (parte I)

The girl who went to the purgatory – Capítulo 4

(…)

-Eu fiz chá para você beber, também estou fazendo uma sopa- Disse, mostrando a xícara com o líquido fervente.- Melhor você deitar, eu irei ao meu quarto e pegarei meu kit de primeiros socorros, acho que lá deve ter um remédio para resfriado e um termômetro. Eu preciso checar sua temperatura.- Ele sentou em uma das camas, lhe entreguei o chá.

-Obrigado- Disse ele rouco de maneira formal.

-Não há de quê.- Respondi, abrindo um pequeno sorriso.

Saí do cômodo, segui pelo corredor escuro e entrei em meu quarto, segui para o banheiro. Ao entrar acendi as luzes, abri a porta do armário e lá tinha uma caixa branca com uma cruz vermelha, era meu kit de primeiros socorros. Retirei-a de dentro do armário e a pus sobre a pia, abri e logo procurei adesivos mentolados para colocar na testa de Leo, também peguei comprimidos antitérmicos para a febre baixar junto com anti-inflamatórios para sua garganta.

Com tudo em mãos, saí do banheiro, desliguei as luzes, saí do meu quarto e me encontrava novamente no corredor. Cheguei em frente ao quarto em que Leo estava, a porta estava semi aberta e eu podia vê-lo sentado na cama, já debaixo dos cobertores lutando para se manter ereto e não cair pelos lados.

Dei dois toques na porta para avisar que estava entrando.

-Trouxe remédios para você tomar, também trouxe isso. - Mostrei o adesivo mentolado para colocar em sua testa. Depositei os remédios em cima do criado-mudo do lado da cama, onde a xicara, que tinha levado anteriormente o chá, estava vazia. “Ainda bem que ele foi capaz de tomar tudo, isso é um bom sinal”. Leo somente me fitava quieto, com a mesma expressão facial que sempre faz indecifrável. Aproximando-me dele, disse – Me permite?- Segurando com as duas mãos agora o adesivo, indicando se não podia coloca-lo em sua testa. Ele assentiu com a cabeça. Inclinei meu corpo, chegando um pouco mais próxima, retirei o papel da parte mentolada do adesivo e o coloquei sobre sua testa. Ele estava quente, menos quente que antes, mas a febre ainda era alta. Alisei o adesivo sobre a testa de Leo, me certificando que ele estava grudado, foi quando me toquei o quanto nossos rostos estavam perto, e ele me encarava de uma maneira que podia ver através dos meus olhos. Conforme nossos olhares se cruzaram, ele não desviou o olhar, me fazendo corar. Para sair daquela situação um tanto constrangedora, me afastei.- Eu vou checar a sopa, acho que ela deve estar quase pronta e ... hum... vou buscar um copo de água para você tomar os remédios.- Disse, dando um sorriso sem graça. Meu coração estava palpitando e eu tinha que disfarçar meu nervosismo.

Peguei a xícara vazia, saí do quarto, desci as escadas rumo à cozinha.

“Recomponha-se Aphrodite, ele é muito gato, mas não é pra tanto, respira.”

De volta aos meus sensos, já na cozinha, fui checar a sopa e ela estava praticamente pronta. Lavei a xícara a qual Leo tinha usado, abri um dos armários da cozinha, peguei um vasilhame para colocar a sopa para Leo comer. Segundos depois, desliguei o fogão, peguei uma concha e despejei a sopa no vasilhame, estava bem quente.

Eu nunca fui uma pessoa com boa coordenação motora, somente pra dançar, e com meu comportamento desastrado eu acabei deixando derramar em minha mão um pouco daquele líquido fervente.

-AI AI AI!- A dor da queimadura na minha mão esquerda era bem forte. Fui à pia, abri bem a torneira e deixei a água gelada escorrer sobre minha pele para aliviar a queimadura, entretanto, minha pela estava bem vermelha e sensível, provavelmente uma bolha ia surgir no mesmo lugar.

Após a dor ter diminuído um pouco, peguei uma colher, um copo de água e o vasilhame com a sopa, coloquei-os sobre uma bandeja. Saí da cozinha, segui para as escadas, subindo para o segundo andar fui até o quarto que agora estava com a luz acesa.

Como estava com as duas mãos ocupadas e a porta encostada, empurrei-a com a lateral do meu corpo e entrei no quarto.

Me deparo com Leo de costas, mexendo nas coisas de Ken com sua parte superior completamente despida. Ele tinha tirado a blusa que estava antes, com isso, eu podia ver suas costas largas com músculos definidos e pálidas. Era uma vista e tanto, mas logo desviei o olhar.

-Des-Desculpe-me, entrei sem bater porque minhas mãos estavam ocupadas. Deveria ter avisado que estava entrando.- Eu disse, tentando não olhar em sua direção.- Eu trouxe a sopa e o copo de água. – Completei.

Ele levantou-se, talvez muito rápido e ele perdeu o equilíbrio. Nisso ele já tinha vestido uma blusa mais grossa, agora um moletom azul marinho.

-Eu estava com frio, achei melhor colocar algo mais pesado.- Disse ele em um tom baixo. O adesivo ainda estava em sua testa.

Segui em sua direção, ele já estava novamente sentado na cama e estava se cobrindo.

-Essa sensação de frio deve ser por causa da febre. Com licença- Deixando a bandeja ao lado da cama sobre o criado-mudo, aproximei-me mais e coloquei minha mão sobre sua testa para checar sua temperatura. Com minha outra mão, a puis sobre minha testa para comparar nossas temperaturas.- Você ainda está bem quente, a febre não quer baixar.- Com isso peguei as caixas dos remédios, peguei um comprimido de cada uma e peguei o copo d’água.- Tome isso, logo logo a febre irá baixar.- Lhe entreguei as coisas que estavam em minhas mãos. Ele pegou os dois comprimidos e colocou-os a mesmo tempo na boca e após tomou a água do copo de uma vez só. – Agora tome a sopa, seu corpo precisa estar nutrido para combater o resfriado.- Disse, já colocando a bandeja com a sopa e a colher em seu colo.

-Obrigado, novamente. - Disse ele timidamente, evitando me olhar.

-Não há de quê- Respondi. - Agora tome a sopa logo, para você poder dormir e se recuperar. - Sorri.

-Você pode ir para o seu quarto dormir agora, já é bem tarde e você tem de acordar cedo. - Ele disse sério.

-Tudo bem, não estou com muito sono – Eu estava sim com sono, mas não iria conseguir dormir se o deixasse sozinho ali sem me certificar que estava tudo bem – Eu vou ficar por aqui até você terminar de comer e deitar-se para dormir. Seu estado ainda não está completamente estável. – Então me sentei no chão, do lado de sua cama e sorri.

Ele pegou a colher, pegou um pouco da sopa e elevou até a sua boca, engoliu com facilidade.

-Está gostoso. - Leo disse.

-Que bom! Não sabia o que fazer então pesquisei na internet algo bom para resfriados. Ainda bem que tinha todos os ingredientes na geladeira.- Falei.

Com isso, ele continuou comendo silenciosamente e eu ao observá-lo reparava em seus trejeitos. Diferentemente de Ravi, Leo parecia ter uma figura mais angelical, não gritantemente máscula como o outro, mas suas mãos eram igualmente grandes e muito bonitas. Leo tinha um perfil bonito e sua boca era também pequena, mas os lábios eram mais generosos em comparação a Ravi. Ah, os dois eram lindos, cada um de sua maneira.

Mais aliviada, vendo Leo comer, o sono foi batendo mais forte e sem perceber caí no sono ali mesmo, sentado no chão.

No dia seguinte, acordei com a luz do Sol entrando pela janela. De repente me lembro que perdi a hora para ir para a empresa e levantei-me rapidamente. A cama estava tão confortável, acabei dormindo mais do que devia.

Espera.

Cama?

Como eu vim parar aqui?

Olhei ao redor, era o quarto de Ken e N, a cama a qual estava era a cama de N.

“Espera, de novo. Eu lembro de estar no chão... Leo? Leo me trouxe aqui? AAAAH, Aphrodite, ele estava fraco do resfriado e ainda te levou pra cama. Eu não faço nada direito!”

Olhei pra cama de Ken, que era o lugar onde Leo dormira. Ela estava arrumada, como se ninguém tivesse estado ali.

Conforme saí debaixo das cobertas, olhei para minha mão esquerda onde tinha derramado a sopa e onde deveria ter uma bolha tinha um curativo.

“Não me diga que ele fez isso também?”

Arrumei a cama de N, ainda estava de pijama e rapidamente fui ao meu quarto me trocar. Peguei o celular para ver que horas eram e... 11 FUCKING HORAS DA MANHÃ.

Eu estava SUPER atrasada.

Coloquei uma calça jeans, a primeira blusa que vi na gaveta. Peguei meu moletom, coloquei meu casaco por cima dele e peguei minha bolsa. Puis minhas meias e saí correndo, desci as escadas rapidamente e  fui diretamente em direção à porta da frente.

Quando estava para sair, escuto uma voz vindo da sala, me assustando.  

-Você vai aonde?- Era Leo, ele estava em um dos sofás, tomando algo quente (provavelmente um chá) vendo TV.

-Aonde mais poderia estar indo?! Pra empresa é logico, eu estou MUITO atrasada.- Respondi afobada com pressa.

Estava pra sair, de novo, ele diz:

-Você não precisa ir hoje.

Parei bruscamente, surpresa.

-Não preciso?- Me voltei em sua direção, agora olhando diretamente para ele.

-Liguei para JongGi, disse que você não estava bem e não poderia ir treinar hoje.- Ele respondeu, dando um gole no chá logo depois.

Eu fechei a porta ao ouvir aquilo, não sabia o que pensar. Fui até a sala, Leo mantinha seus olhos fixos no noticiário que se iniciava. Sentei em um sofá diferente e disse:

-Então eu vou ter ficar o dia todo aqui para dar um ar de veracidade nessa historia que você inventou não é? Tudo bem, agradeço. Se não fosse por você eu não saberia o que fazer.

-Não sei por que esse seu agradecimento não foi tão convincente. Não entenda mal, eu só quero retribuir o que você fez por mim – Ele disse. Talvez essa história dele não gostar de mim era invenção da minha cabeça... - Não gosto de ter dívidas com os outros. - Ou talvez não. Argh.

-Ah, claro – Falei com um tom meio irônico. - Acho que você melhorou, não é? Você parece saudável...

-Melhorei. - Leo disse, seco e direto.

-Tá bom então... -Um silêncio constrangedor tomou o lugar, somente o som da TV ecoava. - Você está de folga hoje?- Diz que não, por favor, se não vai ser somente nós dois aqui o dia todo.

-Estou, exceto N e Ken que ainda não voltaram de viagem, todos estamos...- Menos mal, quer dizer que Hyuk, HongBin e Ravi estariam aqui.- Mas o HongBin e o Hyuk resolveram ir visitar a praia hoje, Ravi saiu para algum lugar e não voltou ainda, não sei que horas ele chega.- Completou ele.

“Tomara que o Ravi não demore a voltar”, pensei comigo.

Não era somente porque achava que o Leo não gostava de mim que eu não queria ficar às sós com ele, mas sim porque toda vez que eu olhava pra ele a imagem dele me carregando em seu colo enquanto eu dormia brotava em minha mente, isso me deixava muito inquieta e dava palpitações em meu coração. Também havia o fato de eu não saber o que ele estava pensando, todo tempo ele sempre mantêm as mesmas expressões faciais perto de mim... Espero que com o tempo isso mude.

Fiquei sentada no sofá durante uma meia hora, enquanto eu e Leo assistíamos a TV. Não prestava atenção nas noticias que passavam, vagava mentalmente para outros lugares, como a minha casa no Brasil, pensava na minha família e como todos iam sem mim. A saudades eram muito fortes.

Antes que eu pudesse ficar mais depressiva ao pensar em casa, ouvimos alguém digitando a senha à porta. Essa se abriu, e a figura alta e máscula, com o cabelo, que agora estava preto, armado com um topete (como de usual), entrou Ravi.

 

 

 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...