História The Girlfriend Of My Friend - Capitulo 16

 

POV CAMILA

 

 

 

- Eu confesso que fiquei bastante impressionado quando os meus clientes começaram a procurar pelo o... – Senti o celular vibrando em minha mão e ele rapidamente tomou toda a minha atenção.

 

 

 

A minha mãe estava lá na cozinha em uma conversa um tanto animada com a mãe de Lucy, e falando em Lucy, ela estava sentada no chão da sala brincando com a minha irmã e eu só queria entrar no meu quarto deitar e dormir, a cada segundo eu desejava para que esse povo fosse embora logo.

 

Já jantamos faz um bom tempo, e meu pai veio para a sala com o tio Carlos e me arrastou para sentar com eles, confesso que eles estavam conversando a horas e se me perguntarem sobre o que eu não sei de absolutamente nada, já que eu nem ao menos estou ouvindo, o meu corpo está aqui mas a minha mente está viajando da roupa que eu vou colocar para dormir, até a hora que eu vou acordar amanhã, que eu espero que seja bem tarde.

 

 

Discretamente desbloqueei a tela de meu celular e abri a mensagem que havia chegado, meu coração acelerou quando eu vi que era a Lauren.

 

 

Lauren J :

 

Posso ir ai?

 

 

 

Ao ler a mensagem e eu olhei para Lucy, apenas para ter certeza que ela estava distraída o suficiente com a minha irmã e que não iria aparecer do nada ao meu lado. E então respondi.

 

 

 

Eu :

 

Agr?

 

 

 

Lauren J :

 

Sim :)

 

 

 

Olhei para Lucy novamente e ela ajudava a minha irmã colocar uma roupa em sua boneca, olhei para o Carlos e ele falava sem parar sobre os olhares atentos de meu pai.

 

 

 

Eu :

 

Eu acho melhor não, tem visita aqui em casa e está com cara de que não vão embora tão cedo.

 

 

 

Lauren J :

 

Eu só quero conversar....

 

 

 

Quando eu fui responder Lauren, meu pai me olhou atravessado e arqueou as sobrancelhas me repreendendo silenciosamente, eu conhecia o meu pai o suficiente para saber que ele não estava feliz comigo no celular.

 

 

 

Eu :

 

Depois a gente conversa ok? Eu preciso ir, o meu pai está me encarando torto aq pq estou no celular.

 

 

 

Lauren J :

 

Eu vou te esperar no seu quarto.

 

 

 

Soltei um suspiro longo quando li a resposta de Lauren, essa desgraçada não tinha jeito, eu optei por não a responder, sabia que nada do que eu dissesse iria fazer ela mudar de ideia e que quando eu entrasse no quarto iria surpreendida pela a presença dela lá, ela é teimosa. Eu só espero que minha mãe não tenha fechado a minha janela, se não a Lauren vai ficar pendurada lá até eu abrir.

 

 

 

- Incrível – Falei sorrindo em uma tentativa de mostrar que eu estava ligada no assunto de Carlos e meu pai.

 

 

 

Carlos me olhou sorrindo.

 

 

- E não é? Isso com certeza.... – E mais uma vez me perdi em meus próprios pensamentos, eu via Carlos falar, mas não escutava uma sequer palavra do que ele dizia, eu apenas sorria e assentia conforme ele ia falando e eu ia vendo o meu pai sorrir.

 

 

 

Já fazia mais de meia hora que Carlos falava sem parar, se a Lauren estivesse em meu quarto ela com certeza estava bem impaciente lá. Lucy e Sofia já haviam parado de brincar, as duas estavam sentadas no chão e encarava o Tio Carlos e o meu pai com a maior cara de tédio. Eu estava quase dormindo de olhos abertos, quando a Tia Herlinda resolveu aparecer dos céus para me salvar desse assunto chatice.

 

 

 

- Bom, eu acho que já está tarde, vamos indo Carlos, vocês têm tempo para conversar ainda – Ela apareceu na sala acompanhada por minha mãe.

 

 

 

Tio Carlos olhou o relógio em seu pulso e arregalou os olhos pulando do sofá.

 

 

 

- O céus, eu nem vi a hora passar – Falou sorrindo. Eu vi seu Carlos, eu vi, e ela passou se arrastando.

 

 

- A conversa estava tão boa – Meu pai falou e eu me controlei para não gargalhar da falsidade. Eu sabia que ele queria que eles fossem embora assim como eu, como a minha mãe, como a minha irmã, como todos dessa casa. Uma hora dessa, já estavam todos dormindo.

 

 

 

Eles começaram a se despedir e eu sorri abraçando a Tia Herlinda e o Tio Carlos e em seguida foi até Lucy.

 

 

- Eu preciso falar com você, uma coisa que aconteceu hoje a tarde – Lucy disse e eu senti o meu coração acelerar.

 

 

Será que ela viu alguma coisa?

 

 

 

- O que? – Perguntei e ela sorriu negando com a cabeça.

 

 

 

- Depois eu te falo, não da para falar agora – Olhou para os lados e eu arquei as sobrancelhas – Tem a ver com a Vero – Falou e eu suspirei aliviada – Eu te mando mensagem – Avisou e eu assenti – Tchau Tia Sinu – Foi até a minha mãe abraçando ela e eu sorri acenando para os pais da Lucy novamente.

 

 

E na hora que a minha mãe fechou a porta o sorriso do rosto dela sumiu no mesmo instante, e eu suspirei me escorando no sofá e tirando aqueles sapatos horríveis.

 

 

- Ai Graças a Deus – Bufei e prendi o meu cabelo em um coque frouxo.

 

 

- Deu tudo certo graças a Deus – Meu pai disse sorrindo, o sorriso dele estava de rasgar o rosto.

 

 

- Fico feliz por você papa – Falei sem muito animo e já fui indo para a escada.

 

 

 

- Esses sapatos jogados aqui na sala Camila? – Mamãe perguntou e eu suspirei.

 

 

 

- Depois eu pego – Falei, eu estava com preguiça de voltar para pegar, eu já estava na metade da escada.

 

 

Terminei de subir e fui quase me arrastando pelo os corredores até chegar na porta do meu quarto, e quando eu tentei abrir, bufei ao perceber que a porta estava trancada.

 

 

 

- Abre aqui, idiota – Resmunguei e demorou alguns segundos para eu ouvir o barulho da chave girando, mas a porta não se abriu. Bufei e e abri a porta encontrando Lauren jogada em minha cama com o celular em suas mãos – Por que trancou? – Perguntei entrando no quarto e fechando a porta atrás de mim, trancando a mesma.

 

 

 

- Porque sim, vai que alguém entrasse e me vesse aqui – Falou e me olhou arqueando as sobrancelhas – Que roupa é essa? – Perguntou rindo e eu revirei os meus olhos.

 

 

- Coisa de minha mãe – Respondi entediada e fui até o criado mudo deixando o meu celular lá.

 

 

- Parece aquelas irmãs de igreja, sabe? – Falou rindo e eu entrei no closet.

- Eu sei – Respondi emburrada e abri a gaveta de roupas intimas e peguei de lá o meu conjunto de baby doll, e vesti primeiro o shortinho e tirei o vestido e o sutiã e coloquei a blusinha. Joguei o vestido no cesto de roupa suja pensando seriamente em jogar no lixo. E sai do Closet.

 

 

 

- Bem melhor assim – Lauren falou sorrindo e jogando o celular em minha cama – Aquele vestido escondia muita coisa que não deve ser escondido – Piscou e eu revirei os meus olhos ao mesmo tempo em que sorria.

 

 

 

- Ah é? O que? – Perguntei com quem não quer nada, e Lauren sorriu abrindo os seus braços.

 

 

 

Caminhei até ela e me joguei em cima dela.

 

 

- Nossa Camila – Resmungou com uma careta e eu ri.

 

 

- O que foi? – Perguntei rindo.

 

 

- O que foi? Você bateu o joelho no meu pa... – Parou de falar quando batidas na porta soou pelo o quarto. Ela arregalou os olhos e eu rapidamente sai de cima dela apontando para o closet.

 

 

- “Filha” – A voz grossa do meu pai aumentou ainda mais o meu desespero e Lauren praticamente voou para dentro do closet, eu me segurei para não rir, a pessoa quando tem medo...

 

 

 

Respirei fundo e fui até a porta e abri a mesma, dando de cara com o meu pai me encarando sorrindo.

 

 

 

- Já vai dormir? – Perguntou e eu assenti – Não vai sair com as suas amigas hoje? – Neguei com a cabeça – Eu queria falar com você – Confessou e eu sai da frente da porta dando espaço para que ele entrasse, mas no mesmo segundo eu me arrependi quando percebi os coturnos de Lauren jogados no chão, próximo a minha cama.

 

 

Caminhei até lá e discretamente chutei aqueles sapatos para debaixo da cama.

 

 

- Pode falar papa – Falei quebrando o silencio, ele estava parado todo sem graça na porta, aquilo era estranho...

 

 

 

Ele me olhou e suspirou e finalmente entrou no quarto, caminhou até a minha cama se sentando na beirada da mesma e bateu ali ao seu lado para que eu me sentasse também.

 

 

 

- Eu vim te agradecer – Falou assim que eu me sentei e arquei as sobrancelhas – Por hoje a noite, por você ter se comportado, eu mesmo quase acreditei que você estava interessada naqueles assuntos – Soltou uma risadinha e eu sorri fraco. Depois disso ficou um silencio constrangedor naquele quarto, e eu não sei porque mais um bolo se formou em minha garganta e me deu uma vontade de chorar, tudo piorou quando o meu pai resolveu continuar falando – Olha, eu sei que não sou um bom pai que você e a Sofia merece, mas sabe? Tudo o que eu faço é pensando no bem de vocês, no futuro de vocês – Me olhou e uma lagrima solitária escapou de meus olhos – Você sabe que o seu avô criou tudo isso com muita garra desde o começo, e agora que eu estou finalmente conseguindo que tudo seja conhecido da maneira que ele sonhou – Disse com um sorriso emocionado no rosto e deu uma pequena pausa antes de continuar -  É logico que eu queria que você seguisse o legado da família e assumisse tudo isso algum dia, mas eu entendo que você tem os seus sonhos e eu não vou te obrigar a nada, eu nunca te falei isso mas... – Me olhou sorrindo e passou os braços em minha volta me abraçou me aconchegando em seu peito e beijou o topo de minha cabeça – Eu sinto orgulho de você minha hija – Suspirei tentando engolir o choro.

 

 

 

- Papa...  – Tentei falar mais nada saiu. Meu pai beijou o topo de minha cabeça mais uma vez e me soltou.

 

 

 

- Eu só queria te falar isso – Falou sorrindo e eu juro que eu vi os seus olhos lacrimejados – Eu te amo, meu amor – Beijou a minha testa – Boa noite – Sorriu se levantando da cama e eu me levantei logo atrás dele – Ah, eu estava pensando em passarmos o dia na casa de praia amanhã, o que você acha? Acho que a Sofi vai gostar – Perguntou sorrindo, parado na porta.

 

 

 

E lá se foram os meus planos de acordar tarde.

 

 

 

- Ela vai amar – Respondi sorrindo e ele sorriu assentindo.

 

 

 

- Vou falar com a sua mãe sobre isso, mas já vai se preparando – Falou e eu assenti – Boa noite filha. – Sorriu uma última vez e se virou se afastando.

 

 

 

- Boa noite papa – Respondi e fechei a porta trancando a mesma. Quando eu me virei, Lauren estava saindo do closet e eu arquei as sobrancelhas surpresas quando vi que ela estava com os olhos vermelhos – Está chorando? – Perguntei surpresa e Lauren rapidamente passou a mão em seus olhos e negou com a cabeça.

 

 

 

- Esta coçando, eu acho que caiu algum bichinho – Falou coçando os olhos e eu sorri, sabia que ela estava mentindo.

 

 

 

- Deixa eu ver? – Me fiz a preocupada e me aproximei dela, segurei o seu rosto e encarei os seus olhos fingindo analisar e por fim sorri, dando um beijo em cima de cada um deles, ela abraçou a minha cintura – O que foi? – Perguntei baixo e beijei o seu rosto.

 

 

 

- Nada, só o bicho – Falou e eu olhei para ela com as sobrancelhas arqueadas e Lauren bufou me soltando – A minha mãe – Foi até a minha cama e se sentou apoiando as costas na cabeceira da cama. – Eu queria que ela fosse igual o seu pai – Falou e eu soltei uma risadinha baixa negando com a cabeça.

 

 

 

- Não queira – Falei rindo e Lauren negou com a cabeça.

 

 

 

- Ele pelo menos se importa com você, ou ao menos parece se importar – Falou cabisbaixa e eu suspirei me sentando no cantinho da cama de frente para ela – Agora, ela deu para colocar a culpa em mim pela as coisas que acontece lá na porcaria daquele hotel – Desabafou e eu fiquei quieta esperando que ela continuasse – Parece que o pai da Lucy que investir em uma outra rede de hotel porque os hospedes do hotel do meu pai está caindo e ela acha que tudo isso é culpa minha, e quer que eu vá me desculpar com a Lucy, me desculpar com o que se eu não fiz porra nenhuma? Foi a Lucy que foi a maior escrota sem coração e falou daquele jeito da minha filha, porra é a minha filha sabe? A neta dela, e ela só se importa com a porcaria de dinheiro – Despejava cada palavra com raiva – Eu acho que ela se esquece que viemos para cá por dois motivos, pelo o trabalho esforçado do meu pai, segundo porque o Carlos é amigo do meu pai e propôs essa coisa deles ai, não foi porque eu sou namorada da Lucy, isso não muda nada, você acha que ele iria desfazer os negócios por causa da porra de um namoro idiota como esse? Eu acho que ela pensa que eu devo ficar lá na porta do hotel “ ei não se hospeda aqui não, vai para outro hotel”, ela devia ver o que estão fazendo de errado lá ao invés de colocar a culpa em mim – A cada palavra que ela dizia, uma revolta crescia dentro de mim que não sabia explicar.

 

 

- Isso é ridículo – Foi o que eu consegui falar. Na verdade, eu nunca fui boa em concelhos.

 

 

- Sim, as vezes eu tenho vontade de arrumar as minhas coisas e voltar para Nova York para morar com os meus irmãos, a sorte a deles que ficaram lá, livres dela. Engraçado que eu estava falando com a minha irmã agora a pouco, e as coisas no hotel de lá está a mil maravilhas, o negócio é aqui, mas é a minha mãe, tudo que ela mexe da errado. – Bufou.

 

 

- Mas você não vai para lugar nenhum – Falei seria e Lauren sorriu.

 

 

- Nem se eu quisesse, do jeito que a minha mãe é, bem capaz dela sabotar o avião para eu cair no meio do caminho e não chegar lá viva – Falou e eu arregalei os meus olhos.

 

 

- Credo Lauren – Falei assustada e ela riu e segurou o meu braço me puxando para mais perto dela.

 

 

- Eu estou falando sério – Falou me abraçando por trás e eu me encostei em seus seios. Fechei os meus olhos quando senti seus lábios tocando o meu ombro e ela subiu dando beijos até o meu pescoço.

 

 

- Você está cheirosa agora – Murmurei com a voz baixa e ela riu contra o meu pescoço.

 

- Tomei banho para encontrar umas novinhas ai, mas não encontrei então só me restou você mesmo – Provocou e eu rapidamente tentei me soltar dela, mas ela me apertou – Estou brincando – Falou rindo e eu bufei. – Eu vou com a Ally fazer uma tatuagem amanhã, quer ir? – Chamou e eu neguei.

 

- Você não ouviu meu pai? Acho que vou ficar fora da cidade – Respondi me lembrando do meu pai falando sobre a casa de praia.

 

 

- A é... – Sorriu – Eu vou escrever Angélica aqui – Mostrou o seu pulso – Em homenagem a Angel e a minha vó – Falou sorrindo e eu sorri, segurei o seu pulso analisando.

 

 

- Falando em Angel, você está aqui e sua filha está com quem? – Perguntei preocupada.

 

 

- O meu pai disse que olharia ela, eu precisava respirar um pouco, depois do show que minha mãe fez lá em casa – Falou e eu assenti respirando aliviada.

 

 

- Você vai domir aqui? – Perguntei e ela negou.

 

 

- Eu vou ficar aqui até você dormir, posso? – Perguntou e eu assenti.

 

 

- Uhum – Murmurei e ela enfiou a mão por baixo de minha blusa começando acariciar a minha barriga, fechei os meus olhos encostando a minha cabeça em seu ombro aproveitando do carinho, ficamos ali em silencio por um bom tempo.

 

 

 

- Posso te falar uma coisa bem seria agora? – Lauren perguntou quebrando o silencio e ainda com os olhos fechados eu respondi apenas com um som nasal. – Essa sua bunda assim tão perto do meu pau, está me deixando excitada para caralho – Falou e eu soltei uma risadinha baixa.

 

Forcei o meu corpo um pouco para trás apenas para provoca-la e eu realmente senti um volume em suas calças.

 

 

 

- Se controla – Falei baixo e rindo e Lauren suspirou

 

 

 

- Estou tentando...