História The Girlfriend Of My Friend - Capitulo 25

 

POV LAUREN

 

- Ela é a coisa mais fofa do mundo – Minha irmã disse abobada enquanto brincava com a minha filha em seu colo.

 

- Quando tivermos o nosso, vai ser mais linda ainda. – O engomadinho ao lado de minha irmã cujo o nome é Tyler falou sorrindo e minha irmã sorriu mais boba ainda.

 

- Impossível – Falei de imediato e minha irmã me olhou na mesma hora.

 

Sorri para minha irmã, mas por dentro eu queria morrer. Eu nunca pensei que fosse dizer isso um dia, mas o meu sonho era estar na escola agora.

 

Não que eu não gostasse de estar com a minha irmã e tal, mas ela chegou aqui com esse cara todo engomadinho alegando ser namorado dela, e porra! Deus realmente não gosta de mim, eu fui expulsa de casa e para mim isso já era um castigo terrível, mas não, o terrível estava por vim e ele veio, de mãos dadas com a minha irmã lá de Nova York.

 

- Vocês namoram a quanto tempo? – Perguntei sem consegui me controlar e o garoto me olhou sorrindo.

 

- Hoje faz exatamente três meses e quatro dias. – Ele respondeu sorrindo parecendo orgulhoso de si mesmo com aquela resposta, revirei os meus olhos.

 

- Três meses.... – Repeti e encarei a minha irmã – Três meses... – Repeti mais uma vez, e agora eu encarava a minha irmã fixamente. Eu não podia acreditar que Taylor estava namorando a três meses e eu só fiquei sabendo esses dias porque o Chris deixou escapar. – Três meses... – Repeti agora mais baixo

 

- E quatro dias. – Tyler completou e o encarei, me controlando para não xingar.

 

- É.. Ty, porque você não sobe lá para o quarto e descanse um pouco, a viagem foi longa – Minha irmã interviu antes que eu falasse qualquer coisa, ela me conhecia bem pra saber que eu não me controlaria por muito tempo.

 

- Com licença – Falou educado e se levantou – Tchau princesinha – Falou com a minha filha e ela nem pareceu ligar, ele se inclinou para beijar a minha irmã que na mesma rapidamente virou o rosto fazendo com que ele beijasse a sua bochecha, ela me conhecia bem, mas mesmo assim aquilo me irritou – Foi um prazer Jauregui menor – Ele falou para mim e eu dei o sorriso mais falso de todos.

 

- Pena não poder dizer o mesmo – Murmurei quando ele se afastou em direção ao elevador.

 

- Lauren... – Minha irmã me repreendeu e eu olhei para ela e bufei

 

- Três meses – Repeti indignada, finalmente podendo mostrar a minha insatisfação com aquilo.

 

- Os três melhores meses da minha vida, eu trouxe ele até aqui, porque ele queria te conhecer. Por favor não estraga nada dessa vez – Minha irmã falou e eu revirei os meus olhos.

 

- Mas Tay.... – Tentei falar, mas ela me interrompeu.

 

- Faça isso por mim – Pediu e ao olhar para a carinha dela eu não resisti.

 

- Tudo bem – Suspirei rendida – Mas se ele falar ou fazer algo que eu não goste, você não vai namorar ele. – Avisei e minha irmã riu.

 

- Mas quando é que as coisas mudaram e eu não fiquei sabendo? Eu sou a sua irmã mais velha aqui pirralha. – Falou e eu sorri fraco – Está vendo meu anjinho, o que a titia passa? Você vai estar bem ferrada quando quiser arrumar namoradinhos – Minha irmã brincou com a minha filha e eu soltei uma risada debochada negando com a cabeça.

 

- Angel não vai namorar – Falei tranquilamente e minha irmã riu. – O que foi? – Perguntei com as sobrancelhas arqueadas.

 

- Nada – Falou sorrindo – Bom, agora que já tomamos café, que o Tyler já saiu e estamos só nos duas, que tal resolvemos o que viemos resolver? – Minha irmã perguntou séria e eu suspirei me encostando na cadeira.

 

- Eu ainda estou com fome – Menti e me estiquei para pegar a xicara de café.

 

Estávamos no restaurante do hotel, não fazia nem duas horas em que a minha irmã havia chegado, e eu tentei enrolar o máximo pra entrarmos no tal assunto, estava com medo, medo de minha irmã querer me levar com ela para Nova York, e eu acho que não teria como dizer não para ela, pelo menos não assim quando eu não tenho nem chance de escolha.

 

- Antes de ir te chamar, eu passei na sala do papai e conversei com ele por um bom tempo. – Minha irmã começou a falar séria e eu suspirei. Ok, lá vamos nós... – Você não pode ficar assim no hotel ou na casa de suas amigas, ainda mais com uma filha pequena. – Minha irmã falou e eu fechei meus olhos por breves segundos. Não, não, não.... – Eu vou te dar duas opções... – Falou e eu olhei para ela.

 

Espera! Eu tinha opções?

 

- A primeira, você volta comigo para Nova York e mora lá comigo e com o Chris.... – Falou.

 

- E a segunda? – Perguntei, a primeira estava fora de cogitação.

 

- A segunda, eu vou ligar para o corretor que eu tenho aqui na minha agenda e vamos sair daqui agora e procurar um apartamento para você e a Angel. – Minha irmã falou e eu arregalei os meus olhos.

 

- Um apartamento, tipo só meu? – Perguntei surpresa e minha irmã sorriu assentindo – Porra! Você está falando sério? – Perguntei animada e mais uma vez minha irmã assentiu. Caralho! Obrigada mãe. – A segunda opção, obvio. – Respondi imediato.

 

- Eu sabia que seria isso – Sorriu – Só que tem uma condição…. – Falou e meu sorriso morreu na mesma hora – Você vai ter que arrumar um emprego. – Completou e pronto, lá se vai toda a minha felicidade.

 

- Taylor... – Tentei protestar.

 

- Lauren, eu podia muito bem te sustentar, o papai podia muito bem te sustentar, mas agora você já tem uma filha e você precisa ter as suas responsabilidades porque não vamos estar sempre aqui, você não quer se envolver com o hotel, tudo bem, não vou te obrigar a isso, o papai não vai te obrigar, mas você precisa arrumar um jeito de ter o seu próprio dinheiro. – Falou e eu suspirei.

 

- Mas você falou que só iria cobrar essas coisas quando eu terminasse a faculdade e eu ainda nem terminei o ensino médio, e tem o futebol e.... – Minha irmã me interrompeu.

 

- Eu sei meu amor, mas quando eu falei isso você não tinha uma filha, eu sei o quanto você ama o seu futebol, mas agora Lauren você não tem que pensar em você, você tem que pensar nessa coisinha aqui – Falou e eu suspirei. Olhei para Angel que mordia a sua mão distraída e alheia a conversa em sua volta.

 

- Tudo bem – Digo rendida.

 

- Eu quero que a mamãe te olhe e veja o que você se tornou, eu não quero que ela te olhe e veja que tudo o que ela falou era verdade, eu quero que ela te olhe e perceba o quanto foi injusta, se você quer chamar a atenção dela, mostre para ela que você é diferente. – Minha irmã falou e eu bufei impaciente só de pensar em minha mãe.

 

- Eu não quero saber daquela mulher, eu vou fazer isso por você, pelo papai, pelo o Chris, pela a Angel e principalmente por mim. – Falei decidida e minha irmã sorriu largo.

 

- Essa é minha garota. – Falou com um ae de orgulho e eu acabei sorrindo também.

 

POV CAMILA

 

Eu olhava para aquela imagem em meu celular, eu queria correr e me jogar do prédio daquela escola, para as pessoas me encontrarem morta lá em baixo. Eu posso ser o que for, mas aquela foto era algo pessoal meu, e nunca que eu iria me expor daquela maneira.

 

- Pensa pelo o lado bom Mila, a foto não aparece o seu rosto – Vero falou me tirando do meu mundinho de desespero e eu olhei para ela.

 

- Vero, mas todo mundo sabe que sou eu – Murmurei chorosa e Vero suspirou.

 

- Por favor, não chora – Falou vindo até mim e me abraçou.

 

- Eu quero morrer – Choraminguei.

 

- Morrer por que? Olha isso – Puxou o celular da minha mão e me mostrou a foto – Que corpo maravilhoso, olha essas curvas, essa bunda, quem deveria estar querendo morrer foi o infeliz que fez isso com você, e você mais do que nunca deveria estar orgulhosa com esse corpo maravilhoso seu. – Falou me animando e eu acabei sorrindo fraco. – As recalcadas devem estar morrendo de inveja – Falou eufórica e eu ri fraco.

 

- Para de ser idiota – Repreendi e acertei um tapa de leve em seu ombro.

 

- Pelo menos fiz você rir – Falou sorrindo – Agora levante essa cabeça que você é a Camila Cabello, a abelha rainha desse colégio e abelha rainha não chora. – Falou secando as lagrimas de meu rosto.

 

- Quem você acha que fez isso? – Perguntei baixo.

 

- Eu não sei, quer dizer na aula da professora Demi eu vi a Lu... – Parou de falar e me olhou com os olhos arregalados.

 

- A Lucy – Falei o obvio.

 

- Ela não faria isso com você Camila, ela... – Eu não deixei ela terminar de falar, eu simplesmente dei as costas. – Mila, o que você vai fazer? – Vero perguntou ela estava correndo atrás de mim.

 

Eu não encontrei ninguém no corredor, segui para o único lugar onde eu tinha certeza que todos da escola estavam, quando eu cheguei na porta do refeitório e pensei em abrir Normani apareceu ao meu lado ofegante.

 

- Graças a Deus te encontrei – A morena falou e eu ignorei e abri a porta do refeitório com agressividade.

 

O falatório que estava naquele lugar foi morrendo aos poucos e ficou em um silencio absoluto assim que eles me viram. Era obvio que estavam falando de mim, eu era o assunto da escola no momento.

 

Passei os meus olhos pela as mesas e eu vi a Lucy lá sentada com o pessoal da turminha de teatro. Comecei a caminhar em direção a mesa de minhas amigas, conforme eu ia passando as pessoas iam me acompanhando com o olhar, o silencio naquele refeitório estava tão grande que era possível até ouvir o barulho de meus sapatos batendo no chão.

 

Aproveitei aquele silencio e subi em cima da mesa de minhas amigas, tendo a visão de todo o refeitório e então eu sorri, eu tinha a atenção de todos para mim.

 

- Gostaram da foto que receberam hoje? – Perguntei alto e foi o que bastou, o refeitório todo começou um alvoroço, eles gritavam e assoviavam, e gritavam elogios e até mesmo algumas palavras que não vale a pena repetir. – Sabem quem tirou ela? – Perguntei alto e o silencio se fez presente novamente, todos me encaravam curiosos pela a resposta – Foi a Jauregui – Respondi sorrindo e os murmurinhos começaram.

 

- Jauregui sortuda do caralho – Uma voz masculina soou alto pelo refeitório sobressaindo a voz de todos, e as pessoas riram, até mesmo eu ri. Ela realmente era sortuda, afinal, eu sou gostosa mesmo.

 

- Eu tenho uma pergunta a fazer – Falei pedindo silencio novamente - Quem aqui, já viu a Jauregui pegando, ou dando em cima de alguém nesses últimos quatro meses? – Perguntei e levantei a minha mão. As meninas do time de futebol foi uma das primeiras a levantarem as mãos também, não demorou muito e quase o refeitório todo estavam com as suas mãos levantadas, até mesmo as tias que preparam as nossas bandejas, poucas pessoas tinham as suas mãos abaixadas e isso inclui Lucy e suas amiguinhas do teatro. – Agora, levanta a mão quem aqui já ficou ou transou com a Jauregui pelo menos uma vez nesses últimos quatro meses – Perguntei novamente e permaneci com a minha mão levantada.

 

Algumas pessoas foram abaixando as mãos e percebi que algumas meninas tiveram receio se permaneciam com as mãos levantadas ou não.

 

Eu não me surpreendi quando constatei que a Lauren havia ficado com quase todas as meninas do líder de torcida.

 

- A última pergunta agora em? – Falei sorrindo – Quem aqui namorava com a Lauren nesses últimos quatros meses? – Perguntei e geral abaixou as mãos assim como eu. Todos os olhares foram voltados para a Lucy que se encolheu na sua cadeira. – Opa, parece que temos uma vencedora aqui amores – Me abaixei e puxei o canudo do copo de Dinah e dobrei fazendo uma espécie de coroa enquanto me descia de cima da mesa – E a coroa de maior corna que você respeita de hoje vai para... – Caminhei até a mesa de Lucy e suas amigas. – Lucy! – Gritei seu nome animada enquanto colocava o canudo em cima da cabeça dela, e então o refeitório todo explodiu em uma gargalhada. Olhei para Lucy por alguns segundos e sorri debochada e pisquei para ela antes de dar as costas e voltar para a mesa de minhas amigas. – Vamos lá gente, eu grito cona do ano e vocês gritam Lucy.... – Falei me preparando para subir na mesa novamente.

 

- Camila.... – Normani apareceu ao meu lado tentando me fazer sentar e parar, mas eu me esquivei e subi na mesa.

 

- Corna do ano – Gritei colocando as mãos em minha boca, fingindo uma corneta.

 

- “Lucy” – O coro saiu alto e aquilo me deixou ainda mais animada. Eu amava quando eles faziam o que eu pedia.

 

- Mais alto... – Pedi rindo.

 

- Camila, chega – Normani me repreendeu e tentou me puxar mais uma vez.

 

- CORNA DO ANO – Gritei novamente.

 

- “LUCY” – Eles gritaram mais alto. E tudo o que eu vi em seguida foi a Lucy passando pela porta de saído do refeitório correndo e mais uma vez explodimos em uma gargalhada.