História The Girlfriend Of My Friend - Capitulo 60

POV CAMILA

Depois da noticia, Lauren pegou Angel e se trancou no quarto com a filha alegando que queria ficar sozinha.

Eu estava sem reação, sem saber o que fazer e ver a minha namorada lá toda frágil abraçada com a filha me deixou ainda pior, primeiro porque eu nunca vi Lauren daquela maneira,  frágil e vulnerável, e segundo porque eu sabia exatamente o porque de Clara estar fazendo aquilo, e isso me deixou com a sensação de culpa.

Mas depois de uma conversa com dona Rosa e com a minha mãe (quando liguei para ela desesperada contando o que aconteceu e pedindo ajuda) elas fizeram com que todo esse sentimento fosse embora, e me fizeram tomar uma decisão e por isso, só por isso que estou aqui estacionando o carro na frente da casa dos Jauregui’s.

Desci do carro e bati a porta com força, descontando um pouco da raiva que estava sentindo naquele momento. Em minha mão, eu segurava uma das folhas que Lauren havia recebido.

Caminhei em passos apressados e decididos até a porta e entrei na casa sem ao menos bater,  caminhei até a sala de jantar aonde eu tinha certeza que ela estaria naquela hora da manhã. E para minha surpresa Tio Mike ainda não havia saído da casa e estava lá sentado na mesa com a esposa. Ele foi o primeiro a me notar e abriu um sorriso simpático, aquilo me fez travar e quase desisti de fazer o que fui fazer ali, mas quando Clara me olhou, a coragem me consumiu novamente e antes que tio Mike falasse qualquer coisa eu caminhei até a Clara e joguei a intimação que Lauren recebeu na mesa e bati a mão em cima da mesma causando um barulho alto naquela sala, alguns talheres e xícaras caíram no chão, mas aquilo não me importou no momento, eu estava focada demais em encarar Clara.

- Essa foi a coisa mais deplorável que você já fez em toda a sua vida – A minha voz saiu tão firme, deixando mais do que claro a raiva que eu estava sentindo no momento, o meu olhar denunciava aquilo e eu juro que eu vi Clara se sentiu intimidada com aquilo, mas foi por alguns segundos, pois logo ela pegou o guardanapo e limpou a boca e me olhou com um sorriso irritantemente calmo no rosto.

- Vejo que receberam a minha cartinha – Disse sorrindo. E a minha vontade naquele momento era de voar em cima dela. Mas eu não iria fazer aquilo.

- Você realmente não ama a sua filha não é? – Constatei com um sorriso incrédulo no rosto – Eu vou te falar só uma coisa, sogrinha – Silabei o sogrinha com tom de ironia enquanto me aproximava dela, deixando os nossos rostos bastante próximos – Se essa foi a sua tentativa de fazer com que eu me afaste delas, eu sinto muito, mas você falhou miseravelmente – Falei encarando os seus olhos. Aquele olhar de superior dela estava me deixando ainda mais irritada – Eu vou estar ao lado de Lauren e Angel o tempo todo, e EU – Bati em meu peito – Eu não vou deixar ela perder a filha, porque ao contrário de você a Lauren ama a filha dela, e cuida e protege a filha por amor, e ninguém vai tirar isso dela, muito menos você, essa pessoa fútil, egocêntrica, que você é... – Ela me interrompeu se levantando da cadeira apressada.

- Mas era só o que me faltava, uma pirralha dessas invadir a minha casa atrapalhar o meu café da manhã, pra falar umas baboseiras dessa. Você nem ao menos me conhece garota – Ela falou exaltada e eu sorri debochada.

- Realmente eu não te conheço. E graças a Deus que eu não te conheço, porque você não iria acrescentar em nada na minha vida – Falei e peguei a intimação de Lauren e coloquei em meu bolso – Mas eu sei de você o suficiente para saber que você não passa de uma senhora fútil – Sorri para ela e olhei para tio Mike que me olhava confuso, mais perdido que cego em tiroteio – Me desculpa por isso tio, eu realmente não queria invadir a sua casa dessa maneira. – Me desculpei com ele.

- Mas.... mas o que está acontecendo? – Perguntou e eu suspirei, mas antes que eu respondesse Clara desabou a falar.

- O que está acontecendo? Você ainda não percebeu Michael, olha o tipo de garota que Lauren está? Esse é o tipo de garota que está perto da nossa neta.... uma... uma.... –Tio Mike olhou para ela e ela parou de falar na mesma hora.

- Eu não sou a pessoa pra te falar isso, eu acho melhor o senhor conversar com a sua esposa, ou com Lauren.... – Respondi e olhei para Clara – Só vim aqui avisar isso a ela... – Caminhei até a minha sogra e a encarei no fundo dos olhos – Você não vai conseguir! – Falei pausadamente e ela desviou o olhar. Olhei para o meu sogro e apenas acenei com a cabeça e do mesmo jeito que eu entrei naquela casa, eu sai.

Entrei no carro e sai de lá cantando pneu, eu nunca dirigi tão rápido em toda a minha vida, e em menos de dez minutos eu já estava estacionando o carro em frente a minha casa. Desci de lá apressada e entrei em casa dando de cara com a minha mãe na sala.

- Você foi lá? – Foi a primeira coisa que minha mãe disse ao me ver.

Assenti e fechei a porta atrás de mim.

- Sim, eu fui, eu falei tudo o que estava entalado em minha garganta – Falei, ainda irritada. Minha mãe sabia muito bem o que eu iria fazer, na verdade, foi ela que me incentivou a ir la jogar umas verdades na cara da dona Clara.

- Você bateu nela? – Minha mãe perguntou com um olhar ansioso para mim. Franzi o cenho.

- Mãe.... Não, claro que não – Respondi incrédula pela a pergunta que ela me fez.

- Nem um tapinha na cara? – Perguntou e fingiu estapear o ar. Não consegui controlar o meu riso ali, as vezes minha mãe conseguia ser mais adolescente que eu.

- Não – Respondi e minha mãe sorriu.

- Eu eduquei a minha menina muito bem – Mama disse sorrindo e veio até mim, me abraçando e eu rapidamente retribui. Ali eu pude finalmente relaxar, e todo o meu estresse foi embora. Eu me sentia segura nos braços da minha mãe. – Vem, seu pai está te esperando no escritório dele – Mama falou ao se afastar e eu suspirei.

Fomos de mãos dadas até o pequeno escritório do meu pai no andar de cima de casa e assim que entramos o meu pai que estava no telefone se despediu e me olhou com um sorriso no rosto.

- Onde está a Lauren? – Ele perguntou se levantando de sua cadeira e veio até mim e segurou o meu rosto deixando um beijo carinhoso em minha testa.

Fechei os meus olhos para aproveitar de seu carinho e soltei um suspiro assim que ele se afastou.

- Ela não veio, na verdade ela acha que eu estou na escola – Confessei e meu pai sorriu assentindo.

- Estava falando com Taylor – Ele disse indo até a sua cadeira e eu suspirei pesadamente.

- O senhor falou para ela? – Perguntei. Acho que certos tipos de coisas a Lauren que deveria que falar, se ela quisesse falar.

- Você pediu a minha ajuda, e na verdade, quando eu liguei ela já sabia, e já estava prestes a me ligar – Meu pai se sentou e minha mãe soltou um murmuro animado.

- Vocês vão fazer aquilo? – Ela perguntou eufórica e caminhou até o meu pai que assentiu sorrindo.

- Aquilo o que? – Perguntei confusa.

- Já faz um tempo que eu e Taylor e o Michael estamos tendo algumas reuniões – Meu pai murmurou e eu me sentei na cadeira em sua frente – A ideia de Taylor era que o nosso hotel e o hotel dos jauregui’s se tornasse um só hotel – Ele explicou e eu franzi o cenho.

- Tipo Cabello-Jauregui? – Perguntei confusa e meu pai assentiu animado.

- Isso, exatamente isso – Ele disse sorrindo –  Um hotel Cabello-Jauregui, cinquenta por cento nosso, e os outros cinquenta por cento deles, eu achei a ideia incrível, até porque vamos lucrar muito mais com isso, tanto é que já começamos a construir a pousada juntos em Nova York, o menino Christopher está cuidando de tudo lá e.... – Ele parou de falar e puxou uma pasta de sua mesa – Os cinquenta por cento dos Cabello’s está em seu nome.... – Ele abriu a pasta e eu olhei para ele com os olhos arregalados – Se você assinar aqui, você vai estar assumindo a presidência do hotel – Ele mostrou com o dedo indicando o lugar em que eu devia assinar. – Claro que eu como o seu responsável, vou te representar até que você tenha idade o suficiente para assumir a presidência realmente – Explicou.

- Pai.... – Neguei com a cabeça.

- Os 50% dos Jauregui’s está dividido entre vinte por cento da Taylor e quinze da Lauren e Christopher, se você assinar isso aqui filha, você... nós... seremos chefe da Clara.... – Ele falou e eu suspirei.

- Pai, isso não vai me ajudar em nada  – Falei revirando os olhos. – E além do mais, eu não sei se quero me envolver com essas coisas de hotel e tem a Sophi – Completei e meu pai sorriu.

- Como eu disse eu irei te representar até que você esteja pronta – Respondeu e eu suspirei – E isso vai te ajudar sim, você como companheira da Lauren, juntas vão ter a maior ação do hotel, e isso só prova que além do amor que vocês sentem pela a Angel, vocês também tem condições financeira de sobra para cuidar da filha de vocês.....

- Filha da Lauren - Corrigi

- E aposto que Clara não vai saber onde enfiar a cara quando souber que hotel esta em nossas mãos e que o dinheiro que ela tanto venera, só vai poder tirar com a nossa autorização, sua autorização.... – Ele completou e eu suspirei me encostando-se na cadeira e olhei para a minha mãe que assentiu com um sorriso no rosto.

Olhei para a pasta aberta em minha frente, e passei a mão em meu rosto soltando um suspiro pesado e estiquei a minha mão para pegar a caneta na mão e olhei para o meu pai.

- Onde que eu assino? – Perguntei e o sorriso de meu pai se alargou ao mesmo tempo em que minha mãe soltou um gritinho animado em comemoração.