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História The Girlfriend Of My Friend - Capitulo Especial


Escrita por: chickensgirl

Notas do Autor


Oi amores, como estão?

Esse capitulo, é um capitulo especial, com um Pov especial, e é muito importante que vocês leiam, para entender muita coisa e o mais importante o porque eu não vou colocar "Cabello" no nome de Angel.

Capítulo 62 - Capitulo Especial


Fanfic / Fanfiction The Girlfriend Of My Friend - Capitulo Especial

 

POV ALYCIA

 

Lembro de quando eu era criança e meu pai me perguntava o que eu queria ser quando crescer, e eu respondia que queria ser medica, que iria salvar a vida das pessoas, eu achava aquilo um máximo. E então eu cresci e adivinha? O meu sonho continuou sendo o mesmo. Lembro-me da alegria que senti, quando cheguei em casa e minha mãe me entregou a carta, a carta Stanford, a universidade de meus sonhos, havia me aceitado.

 

 Eu vi o orgulho estampado nos olhos de meus pais, e eles enchiam o peito para falar que a filha deles Alycia Jasmin Debnam-Carey se tornaria medica, a melhor doutora de Miami.

 

Eu fui para California e passei por quase dois anos me dedicando a isso, a cada aula, a cada palestra a cada experiência que passava ali, eu tinha a mais certeza que aquilo era o que eu queria para minha vida, e eu tinha certeza que me tornaria sim a melhor medica de Miami.

 

Mas o destino às vezes colocam coisas em nossas vidas que muda completamente o rumo da nossa história. Eu me imaginei voltando para Miami como a Dra Alycia Carey, mas não foi exatamente isso que aconteceu.

 

Em um dos poucos fins de semanas que vim para Miami passar com a minha família, decidi sair com os meus amigos do ensino médio, e como o irmão de uma de nossas amigas estava dando uma festa na casa deles, foi para lá que fomos. Eu só não sabia que aquela festa mudaria a minha vida para sempre.

 

A garota de olhos verdes.

 

Ela tinha um jeito cafajeste, e ao mesmo tempo um sorriso encantador que era capaz de hipnotizar qualquer pessoa ali naquela festa, eu tentei fugir, afinal era só uma adolescente querendo pegar alguém em uma festa cheia de bebidas, mas me encantou o fato de ela não desistir de ficar comigo naquela noite, mesmo que eu tenha a visto ela aos beijos com outras durante aquela festa, ela ainda continuava em meu pé, e eu não podia me enganar, aquela garota era o que poderíamos chamar de deusa, a própria filha de Afrodite de tão linda que ela era.

 

Eu já não me relacionava com alguém a um bom tempo, minha vida era estudar, estudar e estudar, então eu simplesmente eu me permiti, me permiti a curtir aquela noite e confesso que aquele foi a noite mais incrível que já tive em toda a minha vida sexual. Um mês depois, eu descobri que estava gravida. Foi ai que tudo começou.

 

O meu pai quando descobriu me humilhou de todas as formas possíveis e cortou toda a renda que ele me mandava para me sustentar e parou de pagar a minha faculdade, eu tentei me manter lá, mas eu já não estava conseguindo mais ficar ali sozinha, em uma cidade que eu não conhecia ninguém capaz de me ajudar, então eu juntei todas as minhas economias e voltei para Miami, ao chegar em casa o meu mundo desabou. Meus pais tinham decidido que o melhor seria que eu tirasse a criança que eu carregava dentro de mim, a criança que eu já amava com toda a minha alma. Eu lutei, eu não iria deixar que tirassem o meu anjinho. E então o pior aconteceu.

 

- Ou você tira essa criança, ou você esquece que somos os seus pais – Foram essas palavras que meu pai direcionou a mim. E toda aquela imagem que criei daquelas duas pessoas que tanto amei na minha vida caíram, aqueles não eram os meus pais, não era os meus heróis.

 

Eu não pensei duas vezes em fazer aquela escolha. Eu não iria tirar o meu bebê, mas também não iria esquecer que eles eram os meus pais, eu iria me lembrar deles todos os dias para poder ser uma mãe diferente para a minha filha.

 

Eu me vi perdida no mundo naquele instante. Você deve estar pensando... Uai Alycia, porque não foi procurar a tal menina de olhos verdes?

 

Lauren Jauregui.

 

Aquela era a única coisa que eu sabia sobre ela, e sabia também que ela era apenas uma adolescente que estava cursando o ensino médio. Eu olhei para tudo o que passei, com os meus pais, tudo que tive de deixar para trás, eu não queria que ela passasse por isso também. Ela nem ao menos se lembraria de mim, eu não me sentia no direito de atrapalhar a vida e os sonhos dela por causa de meus problemas.

 

Depois de uma semana andando pela a rua sem saber para quem pedir ajuda, eu encontrei uma luz no fim do túnel, um barzinho no centro de Miami, de todos aqueles prédios luxosos rodeado em sua volta, aquele barzinho me deu a esperança. Dava para ver que aquele lugar era antigo, mas ao mesmo tempo havia um aconchego familiar, e foi ali que pedi ajuda. A senhora que estava no balcão disse que não teria um bom salário para me oferecer, mas teria um quartinho no fundo com o colchão que poderia me oferecer em troca de ajudar a filha dela a cuidar do barzinho já que ela tinha um trabalho para fora e apesar do barzinho ter pouco movimento, ela não gostava de deixar a filha lá sozinha, eu não pensei duas vezes em aceitar. A filha dela me doou algumas roupas já que eu tinha apenas a roupa do corpo e meus documentos comigo, e foi ali que eu fiquei, eu tinha conhecido uma família, e foi ali que a minha filha nasceu, naquele quartinho com a ajuda delas, enquanto Agatha (a filha) segurava a minha mão, Dona Rosa  ( a senhora) puxava a minha filha.

 

- É uma menina, é uma grande menina – A voz de Dona Rosa soou se misturando com o choro infantil que invadiu aquele quartinho. Aquele choro que fez todo o meu corpo se arrepiar e meu coração disparar.

 

Os meus olhos banhados em lagrimas e com um sorriso capaz de rasgar o meu rosto de tão grande que estava, eu acompanhei todo o movimento de dona Rosa ao enrolar aquela pequena chorona em um pano a limpando da maneira que pode e então se aproximar me deixando finalmente enxergar o rosto da minha pequena.

 

- Perfeita – Sussurrei em meio as lagrimas, com um sorriso abobado contemplando a beleza de minha filha.

 

Quando dona Rosa a colocou em meus braços pela primeira vez foi como se meu coração tivesse parado, os seus olhinhos claros me encarou de forma curiosa e o seu choro foi cessando, o seus dedinhos apertando o meu dedo, um sentimento único me atingiu e foi ali que eu tive a certeza que tudo o que eu passei valeu a pena, e eu passaria por tudo novamente apenas por tê-la em meus braços.

 

- A mamãe está aqui – Sussurrei enquanto abaixava o meu rosto para beijar os seus cabelinhos. Naquele momento eu ignorei toda a dor, tudo o que eu senti, eu só queria gravar cada pedacinho do seu corpo, seu cheiro. – A mamãe está aqui meu anjinho – Repeti em meio as lagrimas que teimavam em cair em meu rosto. Ela me encarava atenta e eu estava completamente hipnotizada por aquele ser pequeno e lindo – Eu te amo, minha menina linda.... – Olhei para dona Rosa e Agatha – Ela é tão linda – Falei abobada e voltei a observar a minha filha.

 

- Eu vou chamar o taxi – Agatha se levantou com lagrimas nos olhos e saiu do quarto me deixando sozinha com meu anjinho e dona Rosa.

 

- Angélica – Falei olhando para a minha filha – O nome dela será Angélica – Falei para dona Rosa que sorriu – O meu anjo, Angel – Completei voltando a encarar a minha filha.

 

Eu não queria ir ao hospital, eu não queria me separar de minha filha, mas eu sabia que aquilo era preciso e então fomos, e graças a Deus a minha filha nasceu saudável e não passamos mais que dois dias naquele hospital e logo estávamos de volta a nossa casa.

 

Os meses foram passando, a minha pequena foi crescendo cada vez mais esperta, e nesses meses algumas dores fortes de cabeça me atingiram, tontura, mas eu ignorei, ignorei até o último segundo, até que eu desmaiei e o pior aconteceu.

 

Eu descobri um tumor avançado em meu cérebro, e não tinha mais o que tratar, tinha pouco tempo de vida. Meio irônico, não é? A futura medica ver a sua vida acabar por algo assim, eu tinha um sonho de salvar vidas, mas não fui capaz de salvar a minha própria vida.

 

Eu me desesperei, me desesperei porque não queria deixar a minha filha sozinha no mundo, eu fiz a maior burrada da minha vida, eu tentei pedir ajuda aos meus pais, não por mim, mas por minha filha e eles não me deixaram nem ao menos passar pela a porta, eles esfregaram na minha cara que a vida deles estava muito melhor sem mim.

 

- Vai ficar tudo bem meu anjo – Murmurei enquanto abraçava a minha filha dormindo no colchão ao meu lado – A mamãe não vai te deixar sozinha, vai ficar tudo bem – Repetia em meio a lagrimas.

 

- Você sabe que não estão sozinhas nessa – Dona Rosa entrou no quarto e eu suspirei.

 

- Você vai cuidar dela, não vai? – Perguntei com a voz embargada enquanto me sentava no colchão para encarar a senhora.

 

- Nós vamos cuidar dela – Ela falou puxando a cadeira e se sentando em minha frente, neguei com a cabeça.

 

Ela tinha uma certeza absoluta que eu iria vencer essa doença, mas eu tinha estudado o suficiente para saber que poucas pessoas conseguiam vencer isso.

 

- Você promete para mim que vai cuidar da minha menina? – Perguntei e Dona Rosa assentiu com um sorriso fraco no rosto.

 

- Mas é claro que eu vou cuidar da minha netinha – Ela respondeu com lagrimas nos olhos e eu me levantei e a abracei.

 

- Obrigada – Murmurei enquanto a abraçava da maneira mais forte que conseguia – Eu quero te entregar uma coisa – Falei ao me soltar dela e fui até o colchão e peguei o envelope que estava em baixo do travesseiro e olhei para dona Rosa – Se eu não conseguir passar por isso, você procurar e entrega isso para a outra mãe de Angel – Falei entregando o envelope para dona Rosa que encarou o envelope e depois me olhou.

 

- Jauregui? – Ela perguntou e voltou a encarar o envelope em suas mãos – Eu trabalho no hotel Jauregui – Ela me olhou com uma expressão assustada e eu sorri.

 

E mais uma vez o destino gosta de nos surpreender. A mulher que me ajudou, que me deu apoio, que me deu amor estava ali o tempo todo convivendo com a família da minha filha.

 

Eu iria embora, eu não iria ver a minha filha dar os seus primeiros passinhos, eu não iria ver a minha filha dizer a sua primeira palavra, eu não iria levar a minha filha para o seu primeiro dia na escolinha, eu não iria estar lá para ver a sua primeira apresentação na escola, eu não iria receber o seu abraço no dia das mães, eu não iria ver ela crescer, e nem brigar quando fosse preciso, mas eu tinha certeza que mesmo que eu não estivesse lá para viver tudo junto com ela, ela viveria tudo isso com um sorriso no rosto, a minha filha seria feliz. E foi com essa certeza, só por essa certeza que eu me permiti fechar os olhos e deixar que Deus me levasse, mas eu ainda pude ver a minha filha engatinhar pela a primeira vez.

 

E mesmo longe, eu nunca vou deixar Angel sozinha. Como prometi ao olhar os seus olhinhos pela primeira vez.

 

Eu estou aqui minha filha, eu estou aqui e estarei pra sempre!


Notas Finais


Por mais que a Camila tenha sido uma mãe e tanto para Angel. Alycia foi uma mãe INCRIVEL e eu só queria que vocês soubessem disso. Camila já é mãe da Angel, e não precisa do sobrenome dela em Angel para provar isso.


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