História The Girlfriend Of My Friend - Capitulo 64

POV LAUREN

Eu estava quase parindo um filho de tanta fome que estava sentindo. A Camila não deixou nem ao menos eu relar na lasanha e no macarrão que ela havia feito, nem quando eu tentei usar a estratégia de que pegaria para a Angel, até porque Angel ja havia comido a muito tempo. Segundo ela, só iríamos comer depois que meu irmão chegasse, porque ele chegaria faminto e seria falta de educação deixar ele comer sozinho.

Então o que me restou foi me distrair com a minha filha. Ela estava apenas de fralda andando pra lá e pra cá no seu andador enquanto eu corria atrás dela. Ela já estava andando super bem no andador, e apesar de ela já ficar em pé sozinha, sem precisar de ajuda, eu ainda não me sinto segura de deixar ela sem o andador, eu tenho medo, medo de ela cair e se machucar e a pior coisa é ver sua filha se machucar. Camila e a Dona Rosa dizem que se ela não tentar, se ela não se machucar, ela não vai aprender nunca. E eu sei que elas estão certas, mas ainda assim o medo fala mais forte que eu, e se eu bem conheço aquelas duas, eu tenho certeza que elas ja saem pela casa tentando fazer a Angel andar, na minha ausência.

- Peguei, peguei, peguei - Eu falava rindo, enquanto andava em passos apressados atrás da minha filha que corria na minha frente com a ajuda do andador e gargalhava alto, aquela gargalhada que enchia o meu coração de alegria.

Camila que estava debruçada no balcão, distraída com o programa de culinária que dona Rosa assistia na TV, saltou assustada quando o andador da minha filha trombou em suas pernas e a pequena esticou os bracinhos pedindo colo.

- Ah não, assim não vale - Resmunguei emburrada para a minha filha.

- Vocês duas, são umas duas bagunceiras - Camila falou sorrindo enquanto pegava a minha traidorazinha no colo.

Me aproximei delas, apenas para pegar o andador e colocar no canto da sala junto com os outros brinquedos de Angel para não deixar espalhado pala a casa. Mas assim que eu me aproximei, Angel soltou um gritinho e praticamente escalou no corpo da minha namorada e escondeu o rosto na curva do pescoço de Camila.

- Sai Lauren - Camila falou rindo e se virou tentando protege-la de mim.

- Osh, eu em, não fiz nada - Falei inocente e peguei o andador levando até o seu devido lugar.

- Eu não sei qual das duas é mais criança, e eu não estou incluindo Angel nisso não - Dona Rosa comentou divertida, mas os seus olhos ainda atentos na TV.

- É ela - Eu e Camila falamos juntas apontando uma para a outra.

Dona Rosa soltou uma risadinha e voltou a atenção para o caderninho que ela tinha em mãos, anotando a receita que passava na tv. Olhei para a Camila e mostrei língua, e quando ela mandou de volta.

- Dona Rosa... – Chamei a baba da minha filha.

- Hum... – Ela respondeu sem ao menos me olhar.

- A Camila está mostrando língua para mim – Acusei apontando para a minha namorada.

- Mas você mostrou primeiro – Se defendeu.

- Você fica ensinando essas coisas para a minha filha – Falei e Camila riu negando com a cabeça.

- Você mostrou primeiro – Repetiu.

- Você não tem nem argumento – Rebati.

- Chega as duas – Dona Rosa falou alto e eu acabei dando um pulinho assustada – Eu vou colocar as duas de castigo se continuar. – Falou seria e apontou para mim e Camila que a encarávamos com os olhos arregalados, até mesmo a minha filha tinha os seus olhinhos arregalados – Droga eu perdi, o tanto de farinha que coloca na massa – Lamentou ao olhar para TV novamente. Eu olhei para a Camila e a Camila olhou para mim, aquela troca de olhares foi o suficiente para que caíssemos em uma crise de riso.

- Dona Rosa, meu amor – Falei me jogando no sofá, ao seu lado e abracei o seu corpo de lado – Existe internet – Falei divertida e deixei um beijo demorado em seu rosto, mas ela foi se esquivando, apenas por birra.

- Eu não sei mexer nessas tecnologias de vocês – Ela resmungou emburrada e eu ri achando ainda mais graça. Eu amava tanto aquela velhaa, e ela nem ao menos imagina isso. É como se eu estivesse com a minha vó novamente.

- A mama sabe fazer, não é exatamente como essa, mas a minha mama faz uma torta de frango maravilhosa – Camila falou se aproximando e colocou Angel no chão que saiu engatinhando até os seus brinquedos, e minha latina se sentou no braço do sofá, abraçando dona Rosa pelo os ombros.

- Então você fale para ela que eu quero a receita – Dona Rosa falou arrancando a folha do seu caderno e amassou – Eu preciso fazer alguma coisa no meu barzinho, o movimento está caindo tanto – Lamentou e eu sorri mais uma vez beijando o seu rosto.

- Eu já falei que eu posso te dar um aumento fora que qualquer ajuda que você precisar, é só falar comigo que você sabe que eu vou ajudar -. Ela nunca aceita as minhas ajudas.

- Não, claro que não. Eu já ganho muito mais do que eu ganhava quando trabalhava com o seu pai no hotel, e olha que lá eu trabalhava muito mais, nada disso de aumento, eu me demito se você me der aumento – Falou relutante e eu arquei as sobrancelhas.

- Você não faria isso – Camila falou como se tirasse as palavras da minha boca e eu apenas concordei. Ela realmente não faria isso.

Mas ao olhar para a cara de dona Rosa, uma dúvida me atingiu.

- Ou faria? – Perguntei ao olhar a sua cara séria. E um sentimento de desespero me atingiu, só de pensar num absurdo daquele.

- Paguem para ver – Ela falou se levantando do sofá e jogou seu caderninho encima do sofá – Eu vou aproveitar que vocês estão aqui, e vou lá na lavanderia levar umas roupas para lavar – Ela disse e já foi saindo da sala.

Camila se sentou onde Dona Rosa estava sentada e eu a abracei, trazendo o seu corpo para o meu. Ela deitou a cabeça em meu peito e eu beijei o topo de sua cabeça.

- Eu estava pensando aqui.... – Camila começou a falar e eu fiz um som nasal para que ela concordasse – Podíamos reformar aquele barzinho da Rosa, ajudar ela com funcionários, transformar aquilo em um pequeno restaurante, como ela sempre quis – Camila comentou e eu sorri beijando os seus cabelos mais uma vez.

- Ótima ideia meu amor – Falei animada.

- Você acha? – Ela levantou a cabeça e me encarou com um sorriso animado no rosto, e eu apenas assenti sorrindo – Eu vou falar com o papa, a Tay, eles podem nos ajudar – Ela continuou falando perdida em suas ideias e eu só sabia admira-la enquanto ela falava. Camila era a pessoa mais linda desse mundo, eu não me cansaria de a admirar – O que foi? – Ela perguntou com um sorrisinho envergonhado e eu sorri divertida.

Levei a minha mão até o seu rosto e acariciei, os meus olhos focados naquele mar de chocolate de seus olhos que eu tanto amo.

- Você é muito linda – Falei sorrindo, delicadamente coloquei uma mecha de seus cabelos por trás de sua orelha.

- Muto inda – A pequena voz infantil soou no canto da sala e eu sorri ainda mais largo desviando os meus olhos de minha namorada para olhar por cima dos ombros apenas para constatar que a minha filha estava ali, sentadinha no chão segurando o seu mordedor todo babado e os seus olhos pregados em mim e Camila, prestando a atenção em nossa conversa.

- Muito linda não é filha? – Perguntei sorrindo e Angel sorriu.

- Muto inda – Ela repetiu e senti um leve tapa em meu ombro.

- Ai – Reclamei sorrindo.

- Para – Camila pediu envergonhada, e eu sorri ainda mais. Se ela já é linda, envergonhada então fica ainda mais linda.

Eu ficaria admirando a sua beleza por horas se não fosse a campainha tocando, atrapalhando aquele momento.

- Graças a Deus – Falei e me levantei do sofá apressada, com a esperança de ser meu irmão e de que finalmente iríamos comer. Mas quando eu abri a porta, todas as minhas esperanças foram por água a baixo – Ah, qual é, esse prédio não tem porteiro não – Murmurei fingindo uma irritação enquanto me afastava da porta deixando a mesma aberta e voltei para o sofá me sentando ao lado da minha namorada.

- E alguém aqui precisa ser anunciada? Espero que tenhamos atrapalhado uma foda – Dinah entrou com um sorriso divertido – Gordinha – Gritou animada e correu até a minha filha.

Logo atrás de Dinah, Normani e Ally entraram ,Vero foi a última a entrar e fechou a porta.

- Vocês não atrapalharam nada – Camila falou com um sorriso fraco no rosto.

- É uma pena – Dinah falou, enquanto pegava a minha filha no colo.

- Porque não foram a escola hoje? Aconteceu alguma coisa? – Ally foi a primeira a perguntar, com a carinha preocupada de sempre.

Olhei para a Camila e depois para Ally e suspirei.

- Aconteceu, e é uma longa história – Falei em um suspiro longo.

- Hum... lasanha – Verônica falou e eu arregalei os meus olhos quando eu olhei ela e Normani no balcão mexendo nas travessas que estavam em cima do balcão.

Camila saltou do sofá apressada e correu até as meninas.

- A Lasanha não....