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História The Green Eyes - Thirty Eight


Escrita por: camren-in-love

Capítulo 38 - Thirty Eight


- Chris, você tem que entender que por mais que isso tudo seja difícil, foi o melhor que o papai conseguiu fazer. Vamos dar uma chance a ele. Não é realmente culpa dele. São duas horas de carro ou seis de avião. Ele escolheu o que é melhor para a gente. Tente não ficar tão bravo e dê um desconto. - Lauren disse a Chris que não queria ouvir mais a ninguém. Ela nem ao certo sabia se ele estava prestando atenção em algo que ela estava falando fazia dez minutos.

- Tanto faz. Eu não tenho como discutir isso, não é mesmo? - Chris olhou para ela pela primeira vez desde que ela havia começado a conversa.

- Certo. Eu também teria que me adaptar a isso. Não é como se eu quisesse ter que deixar a Camila aqui. 

- Tanto faz. Eu vou indo. Você diz à mamãe que eu volto às 16h. Te cuida, Lauren. - Chris a abraçou rapidamente e sumiu pela porta do quarto. Lauren o seguiu e voltou para o próprio quarto depois.

Tinha passado dois dias tentando falar com Camila. No começo as chamadas caiam na caixa de mensagem, mas agora o celular da namorada já estava desligado. Ela pensou que talvez Camila estivesse muito ocupada com tudo e que não estivesse encontrando tempo para falar com ela.

Talvez ela estivesse tentando entender, mas quando nem Dinah havia conseguido falar com Camila, por ela estar sempre fora com o pai, Lauren se sentiu chateada pela falta de atenção que estava tendo. Passou o resto da semana bem mais mal humorado do que antes. Ally tinha saindo com ela algumas vezes. Mas Lauren estava sempre reclamando de algo.

- Você tem que parar com isso e deixar que ela volte e te explique porque ela não te ligou durante uma semana. - Ally disse para Lauren. Elas estavam na praça de alimentação do shopping. Ally havia pedido um hambúrguer e refrigerante e Lauren um suco de laranja, que ela mal havia bebido.

- Tudo bem. Eu vou ter que voltar daqui a pouco, Ally. Tenho alguns trabalhos para terminar. 

Depois que Ally terminou de comer, as duas voltaram para casa. Lauren deixou Ally na casa da Dinah e seguiu de volta para casa para terminar seus trabalhos. Ela estava quase terminando de fazer um exercício da aula de historia quando o celular dela começou a tocar. Depois de jogar tudo que tinha dentro da mochila sobre a cama, ela finalmente o achou, mas assim que o pegou ele parou de tocar.

Verificou de quem era a chamada perdida e um sorriso automático abriu em seu rosto. Era Camila. Ela não perdeu tempo em retornar a chamada. Não demorou muito e a garota atendeu.

- Camz! Meu Deus! Eu estava preocupada com você. - Lauren falou antes de Camila dizer qualquer coisa.

- Hey Laur!! Eu estou bem. - Ela soltou uma gargalhada e pareceu falar com alguém do outro lado. - Como você está? 

- Eu estou bem. Você está ocupada ou pode conversar? - A de olhos verdes se jogou na cama e continuou sorrindo. Era incrivelmente bom poder ouvir a voz de Camila e saber que ela estava bem. 

- Eu posso... - Camila parou de falar no meio da frase e Lauren ouviu alguém falar com ela do outro lado. Era um homem, mas ela não conseguiu entender o que ele dizia. - Tudo bem, eu estou indo... Ta bom! Eu vou agora. - Camila respirou fundo.

- Está tudo bem? - Lauren perguntou. Seu sorriso desaparecendo rapidamente. 

- Sim. Eu vou ter que sair agora. Meu pai está me chamando. Vamos jantar com um amigo dele. - Camila disse desanimada. - Sofia, solte o cabelo do Austin. - Ela gargalhou.

- Ahhh... O Austin está na sua casa? - Lauren pareceu ficar triste. 

- Sim. Ele está com o pai dele aqui. ... Lauren, eu vou ter que ir agora. Desculpa! Tchau. 

- Você pode me ligar quando você voltar? Eu te amo muito, Camz! Beijos! - Lauren sorriu fraco.

- Ta certo, pai! Eu já desliguei. - Foi tudo o que Camila disse do outro lado. Lauren verificou e viu que a chamada havia sido encerrada. Camila nem ao menos tinha se despedido direito dela.

Lauren ficou um tempo deitada na cama olhando para o teto. Ela pensou sobre como havia sido a semana da namorada. E Camila não parecia infeliz com a presença de Austin em sua casa, na verdade ela parecia estar se divertindo bastante. 

Camila havia saindo com seu pai, o pai de Austin e próprio garoto. O motorista os levando para algum lugar que Camila não sabia muito bem onde seria. Alejandro e Austin em uma conversa animada. Ela não via o pai sorrindo muitas vezes, mas ele fazia bastante isso quando conversava com o garoto. Eles pararam em algum lugar, enquanto todos desciam, Alejandro segurou a mão de Camila.

- Eu quero que você conheça alguém. Se comporte, por favor. - Ele disse logo também saindo do carro. Camila atrás dele.

Eles entraram em um restaurante extremamente caro do centro da cidade. Camila olhou para todas as pessoas lá dentro e se preocupou se estava realmente bem vestida para entrar em um lugar como aqueles. O vestido que Dinah tinha desenhado foi perfeito para sua reunião com os produtores. Ela ainda os encontraria mais duas vezes. Pensou que talvez fosse essa a primeira vez. Alejandro disse o nome de algumas pessoas e logo eles passaram a seguir um dos funcionários do restaurante até uma mesa na parte reservada do restaurante. Outra coisa que deveria ter custado um pouco mais caro. 

Depois que todos se cumprimentaram, Alejandro apresentou um jovem um pouco mais velho que Camila. Ele devia estar na casa dos 20 anos, o cabelo bem penteado, usava um terno que parecia ter sido feito especialmente para ele. Seu nome era Brant. O garoto era extremamente bonito. Olhos azuis, o nariz perfeitamente desenhado e masculino, lábios finos e sobrancelhas grossas. Porem nada muito exagerado. 

Ela se sentou ao lado do rapaz, assim como seu pai tinha dito antes de se juntarem ao grupo na mesa. O olhar do garoto era profundo, ele não havia sorrido muito para os outros homens a mesa, mas lançou um breve e pequeno sorriso para Camila quando ele a olhou antes que todos começassem uma conversa

- Brant está procurando alguém novo, com uma voz e imagem boa. Será um jovem produtor musical. Falamos sobre você, Camila. Ele estaria... - Um dos homens com quem Camila havia conversado durante sua reunião estava falando quando foi cortado pelo rapaz.

- Eu ficaria muito feliz em ouvir mais sobre você e ver o que temos aqui. Ficaria honrado se aceitasse uma nova reunião amanhã no meu estúdio. - Ele olhou para Camila e no fim deu um sorriso novamente. Logo voltando a ficar sério.

- Camila ficaria muito feliz em fazer isso. - Alejandro disse colocando mais vinho em sua taça. 

- Eu gostaria de ouvir o que a moça tem a dizer. Com todo respeito Sr. Cabello, mas meu trabalho aqui será com sua filha, e não com o senhor. - Brant olhou para Alejandro, que engoliu o vinho com dificuldade e se sentiu desconfortável com o rapaz ao seu lado. - O que me diz, Camila? 

- Ahh... Seria legal. - Ela sorriu meio sem jeito.

- Muito bem. No fim do jantar eu lhe passo mais algumas informações e meu motorista irá lhe pegar em casa para levá-la ao estúdio. - O rapaz olhou para todos a mesa. - Já escolheram seus pedidos, senhores? 

- O meu motorista pode ir me deixar lá se você me passar o endereço. - Camila disse enquanto todos escolhiam seus pedidos.

- Não será preciso. Insisto que meu motorista a leve. - Novamente Brant sorriu. Era um sorriso lindo. Camila se perguntou por que ele não fazia isso mais vezes, não seria tão ruim ficar o olhando sorrir por um tempo.

Brant não falou muito mais durante o resto do jantar. Enquanto todos bebiam vinho tinto, o rapaz escolheu ficar apenas em suco e água, acompanhando Camila, que também não bebia vinho. Os homens conversavam algo bastante alto, talvez fosse efeito do vinho. Alejandro havia gargalhado algumas vezes durante o jantar e Camila riu por estar achando estranho ver seu pai de uma forma que não tinha visto antes. Ela esperava que ele fosse assim em jantares de família, e não apenas em reuniões e jantares com amigos.

- Estive me perguntando quantos anos você poderia ter. Não me deram muitas informações. - Brant perguntou a Camila. Ela deixou o copo sobre a mesa e o olhou nos olhos. 

- Eu fiz 18 há pouco tempo. - Ela sorriu e ele continuou sério. - Estive me perguntando o mesmo sobre você. 

- Quantos anos daria a um homem como eu? - Ele disse e Camila quis rir. Ela não o via assim como homem. Ele não parecia ser tão mais velho que Austin.

- Não sei. - Ela riu.

- 22. Eu tenho 22. - Ele pegou uma taça com água na mesa e se levantou. - Gostaria de me acompanhar e tomar um pouco de ar fresco? 

- Tudo bem. - Camila segurou a mão que ele a ofereceu e se levantou. O rapaz parou por um momento e olhou para todos que mantinham sua conversa animada. - Não precisa.

- Certamente sim. Com licença, senhores. - Ele a guiou até um espaço aberto no restaurante. Era como uma varanda, haviam algumas outras pessoas conversando ali. 

Ele não disse nada por um tempo, apenas manteve seus olhos focados em Camila. Ela estava começando a se sentir desconfortável com aquele olhar profundo que ele tinha sobre ela. Ela coçou a garganta e ele deu outro sorriso e um gole em sua água. 

- Então Camila, como é tentar ser dominada pelo seu pai? - Ele não desviou os olhos dela e o azul dos seus olhos ficaram mais escuros. Camila não podia permanecer olhando para ele assim.

- Não sei do que está falando. - Ela olhou para fora da varanda. As pessoas do outro lado da rua, os carros que passavam buzinando e a fumaça que saia de alguns lugares do chão em algum momento.

- Você sabe sim. Você não gosta muito do seu pai, não o olha de um jeito bom. Deve ser uma garota chateada sobre ter de obedecer todas as vontades dele. Me impressionou saber que ele a apóia com o estudo da música. Alejandro me parece o tipo de homem que quer algo mais rentável para a filha. Estou errado? - Ela o olhou tentando procurar algo nos seus olhos, talvez porque ele havia falado do modo com que ela olhava para seu pai. Tinha sido assim que ele descobriu tudo isso?

- Não, não está errado. Mas eu não o odeio. - Camila cruzou os braços abaixo dos seios. Parecia com frio.

- Eu não disse que o odeia. Está com frio, Camila? - Ele sorriu novamente. 

- Não. Estou um pouco cansada. - Ela tirou os olhos dele e os levou para a rua novamente. 

- Me parece com frio e desconfortável. Não se sinta assim sobre mim, não será preciso. Eu apenas comentei o que consegui ler em você. Não vamos falar sobre isso novamente se não o quiser. Não é exatamente o que quero saber sobre você. 

- E o que quer saber sobre mim? - Camila jogou algumas mechas soltas do cabelo que voaram para seu rosto para trás. 

- Eu quero saber o que você tem para mim. Quais são os seus talentos. Se é realmente boa para que eu coloque minhas cartas na mesa por você. Não é fácil entrar no ramo da música com tantos cantores bons por aí. Fazer sucesso é algo difícil. Eu não procuro alguém que tenha fama por quatro meses, ganhe cinco prêmios e seja esquecida. Eu procuro alguém que seja lembrada e ainda esteja subindo daqui a cinco ou dez anos. Se você estiver procurando uma carreira tão longa quanto eu espero que esteja, então aceite o meu convite para a reunião amanhã. - Brant disse com um meio sorriso no canto da boca. Camila imaginou que se ele fosse uma pintura, então seria a Mona Lisa. Ele costumava ter esse sorriso misterioso no canto nos lábios. 

- Eu pensei que já tivesse aceitado. - Camila sorriu.

- Eu quero saber agora, depois de saber o que estou procurando e o que espero de você. Ainda aceita? - Ele se aproximou mais dela.

- S-sim. - Ela engoliu a saliva com dificuldade e gaguejou. Mas que droga estava acontecendo com ela? 

- Muito bem. Amanhã às 15h meu motorista irá a buscar em sua casa. Não se preocupe com roupa, se sinta a vontade e vista o que achar necessário. Vamos ouvir o que você tem para o mundo e ver se é o suficiente para mim. Está ficando um pouco tarde. Preciso voltar ao hotel e realizar algumas ligações. Se não se importa, eu estou indo. Tenha uma ótima noite e não vá dormir tarde. Eu quero ouvir sua voz impecável amanhã. - Ele falou piscando rapidamente para ela. - Irei lhe acompanhar de volta a mesa.

- Não precisa. Eu vou ficar mais um tempo aqui. Boa noite! - Camila sorriu fraco.

- Certo. Vemos-nos amanhã, Camila. - Ele disse o nome dela pausadamente e de um jeito estranho, talvez sexy. O nome dela nunca havia sido pronunciado daquela forma. Ele a olhou uma ultima vez nos olhos e pareceu que ela prendeu a respiração enquanto os olhos dele permaneceram nos dela. Ele piscou e se virou arrumando o terno, logo desaparecendo de volta para dentro do restaurante. 

- Deus! - Camila respirou fundo e soltou o ar lentamente. O perfume dele ainda estava no ar. 

Ela voltou para dentro um tempo depois. Se juntou novamente ao pai e seus amigos. Eles continuaram bebendo por mais algum tempo. Camila chegou em casa com o pai depois de dez minutos. Sofia já tinha ido para a cama. Sinu estava conversando com uma amiga no telefone. Ela deu um abraço e um beijo rápido em Camila que disse sussurrando que iria para seu quarto.

Tomou um banho quente e relaxante. O olhar de Brant ainda em sua cabeça. Ela tentou pensar em outras coisas, mas quase tudo voltava ao olhar dele. Até mesmo pensando em Lauren. O olhar que Lauren mantinha em Camila quando elas se conheceram não era muito diferente do que ele tinha em Camila, era como se estivesse tentando ler sua mente.

Depois do banho, Camila vestiu uma roupa confortável e foi para a cama. Pensou rapidamente em ligar para Lauren, mas ela deveria estar dormindo. Era sempre o que Camila pensava quando voltava pra casa e decidia ligar para a namorada. A semana tinha sido tão movimentada que Camila apagava na cama algum tempo depois de se deitar. 








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