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História The Guardian - Á segredos que devemos enterrar conosco.


Escrita por: oursbiebus

Notas do Autor


RECADO:

Gente o hot da Angel com o Christian foi uma tremenda polemica no capitulo passado, não nego que adorei os comentários e opiniões e que adorei o hot deles também, só quero que entendam que a Angel é uma personagem que na maioria das vezes é bastante adulta, mas que ela não deixa de ter 15 anos na fanfic, coloquem-se no lugar delas já que a maioria aqui tem 15/16 anos e tem uma fase em que fazemos coisas só pelo momento, coisas que nos faz aprender, crescer e oque quero mostrar é isso, o crescimento dela desde o inicio da fanfic até o final e as coisas que fazem com que qualquer adolescente cresça e aprenda.

Capítulo 27 - Á segredos que devemos enterrar conosco.


Casa de Christian Beadles – 09:30AM

 Algo irritantemente tocava em meu ouvido, abri os olhos e eles rapidamente se acostumaram com a escuridão do quarto, a única fresta de luz que vi foi a que entrava por entre as cortinas grossas que não deixavam o sol ultrapassa-las. Senti um braço leve sobre minha cintura e respirei fundo lembrando-me da madrugada.

— Chris não para. – Gemi horrivelmente alto, ele pareceu gostar daquilo –

Havíamos acabado de entrar na casa de Christian, se quer pude reparar como tudo estava desde a ultima vez em que estive aqui, ele já estava me jogando sobre a porta e atacando meus lábios, prontamente eu retribui e enlacei com sua ajuda minhas pernas em sua cintura foi então que percebi que sua calça já estava no chão e seu membro invadiu-me rapidamente sem cerimonias, algumas estocadas fortes e de tirar o folego ele saiu de dentro de mim, escondeu o membro na cueca e levou-me em direção ao sofá lá se debruçou sobre mim e beijou toda extensão de meu pescoço até finalmente chegar em meu decote, puxou meu vestido para cima e eu o ajudei a tira-lo, ele logo ficou largado no chão da sala, senti quando os lábios de Christian atacaram as partes nuas de meu seio e desbotoou meu sutiã jogando-o junto do vestido também. Quando seus lábios tocaram meus mamilos eu arqueei as costas e gemi alto, suas mãos apertaram minha cintura e colaram-me de volta ao sofá abaixo de mim, o formigamento torturante fazia meu baixo ventre se alarmar, molhando-se mais do que já estava naquela altura.

Mal esperei e seus lábios já estavam indo de encontro a minha calcinha rendada e pequena, puxou-a com tal brutalidade que a rasgou, não me importei com aquilo pois oque veio a seguir me tirou o folego. Seus lábios atacaram minha intimidade e sugaram habilidosamente meu clitóris, lambeu-o e mordiscou-o de uma maneira nada dolorosa enquanto dois dedos invadiram minha entrada exposta para ele, prendi minha coxa ao redor de sua cabeça e gemi alto, eu o queria novamente, dentro mas ele parecia estar se divertindo com o meu sofrimento...

— Christian. – Empurrei a mão de Christian de cima de mim e o balancei, ele dormia tranquilamente bem e feito um bebe –

— Hum.. – Murmurou algo indecifrável –

— Christian, pelo amor de Deus, acorde. – O balancei mais forte e ele abriu os olhos assustado –

— Angel! – Ele murmurou com os olhos pequenos me olhando, então tudo pareceu clarear em sua mente – Porra, Angel! – Ele gritou se sentando na cama –

Ficamos calados, tampando os corpos com a coberta macia branca que estava jogada sobre nós ao acordarmos, aquilo era vergonhoso, estávamos nus e completamente embaraçados, que merda havíamos feito?. Christian puxou o celular que ainda tocava irritantemente de cima da mesa ao lado da cama e o vi ficar pálido ao olhar algo ali na tela, quis perguntar oque era mas eu estava tão envergonhada que nem isso saia de minha boca no momento.

— Puta que pariu!  - Ele xingou e se levantou de uma vez só, sem se importar com estar completamente nu –

— O-oque houve? – Perguntei quase pra mim mesma –

— Angel, são 9:30AM. – Meus olhos se arregalaram e eu engoli seco, havia perdido a escola, teria que dar uma explicação para tio Jeremy, como eu diria que estava trepando a noite toda e não havia conseguido acordar no horário? –

— Christian, como vou explicar isso? pelo amor de Deus. Tio Jeremy vai me matar.

— Calma, Anna já deve estar nos ajudando. – Ele disse visivelmente tentando me tranquilizar – Só precisamos ir para a Central logo, essa hora Jeremy nunca esta lá então podemos dizer que você foi com Anna.

— Ok. – Assenti –

Me levantei sem me lembrar que estava nua e assim que Christian olhou-me ele corou, vi seu membro crescer ali na minha frente e ele simplesmente não sabia oque fazer, não consegui deixar de olha-lo de cima abaixo, ele tinha chupões horríveis que vinham de seu pescoço e paravam seu peito musculoso, corei violentamente lembrando de tudo que havíamos feito durante a madrugada e cheguei a conclusão que não saberia como olhar para a cara de Mindy, de Justin ou até mesmo das pessoas que nos conheciam.

— Me desculpa. – Ele murmurou tentando focar em meu rosto e então caminhou rapidamente para o banheiro –

Assim que ele sumiu voltei a respirar novamente, aquilo havia sido a pior merda da minha vida, eu não acreditava que tinha feito isso e o pior não acreditava que havia gostado de fazer isso. Corri pelada pela casa, orando para que não tivesse ninguém, catei minha roupa do chão e descobri que iria ter que ficar sem calcinha, até quando voltasse parar casa, a minha estava destruída, corri para o banheiro da casa e tomei um banho demorado, descobri que minha bunda estava arranhada e em meu seio tinha um enorme chupão, eu não sabia se deveria agradecer por ter só aquilo ou se deveria chorar por ter aquilo, aquilo que me faria lembrar dessa noite por dias. Quando sai do banheiro já penteada e vestida, encontrei Christian na cozinha, estava de jeans, uma blusa comum e um casaco por cima, casual para quem trabalhava em um local tão grande como aquele. Sentei-me ao seu lado na mesa e ambos comemos calados.

— Chris. – O chamei e ele me olhou – Não sei como vou olhar na cara de Justin nem de Mindy depois disso. – Ele pareceu pensativo sobre isso também –

— Eu queria ter uma solução para isso, mas eu também não sei como vou fazer isso.

— Que merda! – Murmurei sentindo-me um lixo –

— Angel, nunca podemos contar isso para ninguém.

— Eu não sei mentir. – Falei sentindo meus olhos cheios de lágrimas –

— Eu não sei como vou fazer isso também, mas, meu pai diz que tem coisas que levamos para o tumulo conosco e essa será uma das coisas que precisamos guardar. Sei que não vai ser fácil, mas é para nosso bem. – Ele falou tão cabisbaixo quanto eu e pegou minha mão por cima da mesa tentando tranquilizar-me –

— Tudo bem, prometo não contar para ninguém.

Foi nossa única conversa durante todo o percurso, ele não estava me tratando mal ou se quer de cara feia apenas parecia pensativo como eu e quando chegamos na CIA, ele se despediu dizendo que qualquer coisa poderia ligar para ele e eu fui para a sala de Justin, chorar.

[...]

Quase uma hora sentada ali sozinha, olhando para o enorme nada da sala e batidas na porta me assustaram, limpei meu rosto com a mão rapidamente e me senti idiota por tentar esconder que já havia chorado horrores, eu podia sentir meu rosto inchado. A porta foi empurrada e Anna entrou cautelosa como sempre, ao ver meu rosto inchado suspirou e sentou-se na cadeira em minha frente.

— Como você esta? – Forcei um sorriso –

— Bem. – Menti na cara de pau e ela revirou os olhos –

— Não tem como menti, seu rosto estava terrivelmente inchado.

— Eu não quero falar sobre isso, por favor. – Murmurei chateada –

— Tudo bem. – Ela visivelmente tinha vindo ali para falar algo especifico – Por Deus, onde você se meteu noite passada? Jeremy ligou para mim uma hora da manhã. – Arregalei os olhos em desespero – Calma, não precisa se preocupar, eu disse que você dormiria comigo e que seu celular estava descarregado, ele não estava furioso ou coisa do tipo. – Ela tentou tranquilizar-me e realmente aquilo me tirou um peso das costas –

— Obrigada. – Falei realmente agradecida –

— Não para por ai, oque houve entre você e Christian? – Ela perguntou especulativa e eu endireitei-me na cadeira -

— Nada, porque? – Falei tentando até mesmo convencer-me daquilo –

— Angel, você já viu o estado em que está o pescoço de Christian? Ele está com cara de quem teve uma noite curta de sono e você não voltou para casa na noite passada, eu não sou burra Angel. –Respirei fundo e duas batidas na porta alguém entrou –

— Christian. – Falei em desespero, ele poderia ter aparecido em qualquer hora, menos naquela, assim que ele olhou para Anna ele sabia que ela estava interrogando-me –

— Veio perturbar Angel com essa história Anna? – Ele perguntou-a tranquilamente –

— Qual é Christian, vocês sabem que eu não vou contar para ninguém, me digam a verdade. – Eu revirei os olhos e Christian pareceu entediado –

— Anna, já te expliquei a real história, Angel dormiu no carro, como você havia mentido sobre ela estar com você eu deixei que ela continuasse dormindo e a levei para minha casa.

— E de onde surgiram esses chupões e mordidas em seu pescoço? – Ela perguntou obviamente convencida de que nós havíamos tido algo –

— Já te falei também que tinha um encontro marcado com uma amiga, por Angel estar na minha casa decidi pedir para que ela fosse até lá, não podia deixar Angel sozinha. – Ele falou já irritado, Anna o olhou ainda desconfiada se deveria ou não acreditar – Anna, pelo amor de Deus, quer que eu te diga quais posições fizemos também?

— Poupe-me dos detalhes Christian. – Ela disse revirando os olhos –

A porta abriu novamente e Tio Jeremy entrou sorridente, eu precisava ficar sozinha mas naquele momento todos pareceram se lembrar o caminho da sala de Justin e se aglomerar ali. Ajeitei-me na cadeira e orei para que meu rosto estivesse melhor e ele não percebesse nada.

— Reunião? – Tio Jeremy perguntou sorridente –

— Apenas conversando. – Respondeu Christian –

— Como passaram a noite? – Perguntou olhando para mim e para Anna, ela sorriu –

— Bem. – Falei –

— Ótima, nos divertimos. – Anna disse –

— Aparentemente você também se divertiu né? – Tio Jeremy disse apontando para o pescoço de Christian e ele arregalou os olhos mas logo se recompôs. Eu corei –

— Uma longa noite. – Ele murmurou sorrindo envergonhadamente –

— Que isso garoto! – Tio Jeremy deu tapinhas desavergonhados em suas costas e ele corou –

Aquilo era extremamente constrangedor, todos ali que me olhavam pareciam saber oque eu e Christian havíamos feito noite passada, aquilo me deixava a ponto de chorar de tristeza a todo instante, a sensação de traição, a sensação de que se Justin ou Mindy descobrissem eles ficariam decepcionados comigo era a pior, aquilo acabava comigo por dentro, eu sabia que não deveria ficar me lamentando, já havia acontecido e lá estava a consequência, mas como não pensar, como não se achar a pessoa mais burra do mundo. Anna me olhava ainda especulativa, como se quisesse descobrir a verdade apenas olhando-me, ignorei meus pensamentos evitando voltar a chorar como uma criança grande.

— Angel. – Olhei em direção a voz que havia acabado de chamar minha atenção – Bom, a conversa esta boa mas eu vim buscar Angel, tenho uma surpresa para você. – Tio Jeremy falou e eu tentei sorrir –

— Surpresa?

— Sim, mas, precisamos ir agora. – Franzi o cenho levantando-me –

 Arregalei os olhos no instante em que levantei, merda, senti-me incomodada e quis sentar-me novamente, os olhos atentos em mim pareceram perceber meu incomodo mas eu disfarcei saindo de trás da mesa e pegando meu celular ainda desligado, o incomodo era somente por uma coisa, eu estava SEM CALCINHA, sentia-me como se meu vestido fosse voar a qualquer momento e todos fossem ver-me completamente nua por baixo.

O caminho estava sendo longo e tortuoso, eu estava visivelmente desligada, se quer imaginava para oque podia ser uma surpresa ou para onde estávamos indo pelo menos até tudo começar a ficar estranhamente conhecido aos meus olhos, as casas, a rua, o local era conhecido, estávamos indo para a casa de Justin, a minha casa. Minha respiração pareceu sumir naquele mesmo instante, tio Jeremy estacionou o carro e tudo que eu precisava fazer era descer e ir para dentro, mas minhas pernas pareciam travadas. Quando vi que já estava muito tempo parada e tio Jeremy me olhava confuso em apenas um impulso abri a porta e sai do carro, minhas pernas pareciam ter vida própria, andavam enquanto minha mente flutuava e meu coração bombeava fortemente. Tio Jeremy abriu a porta e entrou em minha frente parou segurando a porta dando espaço para que eu passasse, ele sorria largamente, nesse momento minha mente voltou para o exato momento e oque estava acontecendo mas ainda sim deixei que meu corpo entrasse na casa.

 Eu parei imediatamente ao ver Justin sentado no sofá, Stella estava sentada em sua coxa sorrindo tão largamente que era impossível não notar o quão feliz ela estava, Justin também sorria e os dois conversavam algo entre cocegas e risadas, ambos olharam-me, Stella alargou mais ainda o sorriso como se fosse possível e Justin estampou a expressão indecifrável em seu rosto, fiquei decepcionada ao não saber como não deixar transparecer meus sentimentos ali assim como ele e apenas forcei um sorriso para Stella. Minha ficha caia aos poucos, ele estava de volta e eu estava parcialmente tão feliz por aquilo que sentia o imenso desejo de pular em cima dele e enche-lo de beijos, mas por outro lado estava triste e chorando por dentro e com muito esforço não estava chorando por fora também, lembrar que ele não era meu e que tudo oque os últimos dias havia trazido para mim havia ido embora em alguns minutos com a pequena frase “Sou Noiva de Justin” era dolorosamente deprimente demais e pensar que logo em seguida eu era preenchida pelo sentimento de culpa era quase insuportavel.

— Bom, está entregue. – Tio Jeremy falou sorrindo agora fraco, ele havia percebido o clima –

— Obrigado. – Justin murmurou ainda com aquele olhar indecifrável –

Tio Jeremy saiu e bateu a porta, senti que a casa ia cair em cima de mim e que eu queria correr para o meu quarto e afundar-me na cama chorando pelo resto do dia.  Justin murmurou algo para Stella que apenas assentiu sorrindo e correu pelas escadas, ela parecia ainda lembrar o caminho de cada lugar naquela casa, enquanto eu só conseguia pensar que se eu desse alguns passos para frente podia abraçar Justin.

— Angel... – Escutei Justin falar –

Seu semblante mudou instantaneamente e eu pude ver o quão mal ele também estava, corri em direção a ele que prontamente me recebeu deixando que eu recostasse meu rosto em seu peito e chorasse como uma criança, eu não sabia exatamente o porque estava chorando, eram muitas coisas ao mesmo tempo, emoção por ele estar de volta, tristeza por saber que eu estava indo direto para o poço ao estar apaixonada por um homem como ele, culpa por saber que eu havia o traído, mesmo quando eu logicamente não havia o traído de verdade.

— Não chora, por favor. – Ele pediu calmamente enquanto seu rosto estava apoiado em minha cabeça por eu ser menor, meus braços apertavam sua cintura como se ele fosse fugir a qualquer momento e sua blusa estava já molhada -

Afastei-me dele sentindo-me envergonhada por ter desabado daquela maneira e limpei as lágrimas que escorriam ainda com as mãos, cruzei os braços junto ao corpo e não encarei seu rosto, eu nem sei se poderia naquele momento, eu estava com raiva por ter sido enganada durante todo esse tempo enquanto ele sempre dizia que casamente era algo honroso e sem amor ele não se casaria, aquilo me fazia deduzir que ele a amava.

— Me deixa explicar, não é exatamente oque esta pensando. – Ele falou sério –

— Justin, você sempre disse que não se casaria sem amor e se você esta noivo é porque você á ama, não tem oque me explicar.

— Eu estou, contra minha vontade. – Ele disse e suspirou tentando aparentemente achar um jeito de explicar-se –

— Como uma pessoa fica noiva contra a vontade? – Cruzei os braços –

— Angel, quando eu era mais novo eu comecei a ter um caso, tudo bem, melhorando, eu sempre transava com a filha de um amigo do meu pai, ela era uma moça inteligente, educada e amorosa e conforme o tempo foi passando sempre ficávamos. Um dia, pouco menos de um ano, o pai dela disse que estava na hora dela se casar e lhe arrumou um pretendente, se ela não lhe apresentasse um noivo antes, ela seria obrigada a firmar compromisso com o rapaz escolhido. – Ele falou tentando com empenho explicar-me da melhor maneira possível, a história estava me deixando receosa mas eu o escutava ainda sem tomar qualquer decisão – Ela gostava de mim e fez com que eu fosse em sua casa mas prometeu que enrolaria o pai de alguma maneira só que a verdade foi que ela grudou como um carrapato, simplesmente espalhou para todos que estávamos noivos e que iriamos nos casar, a pouco tempo ela marcou a data do casamento junto com a mãe e ambas estavam até mesmo procurando vestidos e locais para a festa. – Ela pareceu irritado ao falar aquilo – Quando descobri fui até lá, no dia do seu aniversário, tentei terminar tudo mas é quase impossível, eles são uma das famílias ricas e querem ter um vinculo com minha família, qualquer brecha que encontram para fugir quando eu quero conversar eles saem.

Ele parou de falar e minha mente não absorvia aquilo, ela parecia já esta cheia demais de tantas novidades, tantas histórias que quando eu estava na casa do meu pai, bom, meu pai Turner, eu se quer imaginava que acontecia no mundo lá fora, algumas histórias até mesmo envolvendo-me. Olhando pela janela a vida dos vizinhos, não parecia esconder tantas histórias, porém olhando pelo ângulo que estou agora todos tem história por debaixo do pano, coisas que como disse Christian para mim, levariam para o tumulo consigo mesmo.

— Diga algo – Escutei a voz de Justin e me sentei no sofá, minhas pernas estavam doloridas e eu sentia meu corpo cansado – Eu espero que realmente possa acreditar em minhas palavras, as vezes em que disse que casamento para mim é algo de honra eu não estava mentindo, não me casarei sem amor e eu nunca amei ninguém, acredito que estou descobrindo o amor mais puro agora, com você. – Ele se sentou ao meu lado calmamente e sua voz entrou como uma musica harmoniosa em meus ouvidos, ele parecia tão sincero –

— Justin – Tentei pensar em algo mas eu realmente estava abalada no momento – podemos conversar depois?

— Claro. – Dei um meio sorriso e ele retribuiu –

Corri para o segundo andar, meu quarto me aguardava, eu havia sentido falta da harmonia e do cheiro que só a nossa própria casa tem. Após escutar a explicação de Justin automaticamente meu coração havia aquietado, agora ele dava lugar para que minha mente pensasse. Vi minha mochila no chão do quarto e as roupas que havia levado para a casa de tio Jeremy estavam ali, coloquei-as no closet e peguei algo para vestir depois do banho e então fui para o banheiro. Deixei a água escorrer por meu corpo tranquilamente, eu estava mesmo precisando tomar um banho demorado e relaxante como aquele, mesmo que não tenha sido completamente relaxante, afinal, eu não parava de pensar nas possibilidade de Justin estar falando-me a verdade, algo em mim acreditava nele e mandava que eu saísse do quarto e fosse atrás dele onde quer que ele estivesse na casa, mas o algo bem lá no fundo me impedia de fazer aquilo, dizia que eu precisava de tempo para mim e eu concordava com aquilo, eu precisava simplesmente de um dia daqueles em que você quer ficar na cama por horas, apenas assistir desenho e mexer em algo no celular, sem pessoas, sem conversas, sem precisar absorver mais nada, talvez eu tivesse medo de sair do quarto e descobrir mais alguma novidade.

O dia passou quase que em um pulo, tudo que eu havia feito fora do quarto foi, colocar Stella no banho, arruma-la e pentear seus cabelos já longos para sua pequena idade e então coloca-la para dormir no seu sono da tarde, oque não demorou muito já que ela chupava a chupeta com detalhes rosa e logo adormeceu. Nesse momento pude escutar a voz de Justin vindo de seu quarto com a porta entreaberta, obviamente ele já havia voltado a ativa com o trabalho mesmo estando em casa, tentei não dar muito importância e consegui entrar em meu quarto sem se quer olhar para lá, deitei-me na cama e deixei que o sono tomasse conta de mim.

[...]

— Anjo. – Meu corpo foi sacolejado e uma voz bem lá no fundo era ouvida – Anjo, acorde. – De novo aquela voz entrou em meus ouvidos –

Eu sabia que precisava abrir os olhos mas eles estavam pesados, eu estava cansada, perder uma noite de sono era horrível, mesmo que o motivo de certa forma tenha sido prazeroso. Abri os olhos cheia de manha, eu queria dormir novamente mas logo vi Justin sorrir, afundei o rosto no travesseiro e senti o espaço ao meu lado afundar, ele havia se sentado.

— Já são sete da noite, precisa ir comer. – Sua voz estava calma e serena, senti seus dedos pegarem os meus que estavam para fora da coberta e eu tirei minha mão rapidamente, de certa forma aquilo havia me assustado, eu não o queria me tocando, eu ainda estava chateada  –

— Estou com sono. – murmurei de certa forma chateada pela minha ação rapida anteriormente, eu o queria me tocando, mas era tão conplicado –

— Mas precisa acordar, Angel. – Ele falou agora firme e eu suspirei – Vocês parecem que não dormem a dias. – Ele levantou-se e eu me sentei com um bico enorme, meus cabelos deveriam estar horríveis, mas ele olhou-me e apenas cruzou os braços em reprovação –

— Stella esta dormindo? – Foi a única coisa que me veio em mente –

— Levantou-se agora mesmo. Quero-a lá em baixo em vinte minutos. – Ele falou autoritário como sempre e saiu do quarto sem que eu respondesse –

— Justin! – Gritei, ele voltou a aparecer na porta rapidamente – Deixa!

— Algum problema?

— Nenhum! –  culpa. Pensei e apenas suspirei vendo-o ir. –

Ao mesmo tempo em que estava chateada por ter que me levantar, estava feliz por te-lo de volta, essa era minha verdadeira rotina, minha verdadeira casa e eu havia sentido falta de tê-lo para me acordar e sair do quarto deixando-me babando por ele. Levantei-me e fui direto para o banho, pensei em jogar uma água gelada no corpo mas o tempo já gelado não me deixava fazer isso então tomei meu banho quente de sempre e coloquei uma calça de moletom e uma blusa de manga,  deixei os cabelos soltos porém agora mais baixos do que antes, sai do quarto, o corredor estava vazio mas as risadas lá embaixo me chamaram atenção. Desci cautelosamente e as vozes cada vez se aproximavam mais, elas não eram estranhas para mim.

 Senti meu corpo inteiro congelar assim que dei de cara com um grupo de pessoas na sala e entre elas Christian e Anna, minha mente logo imaginou-me correndo de volta para cima e me escondendo em meu quarto mas a verdade era que eu ainda estava parada ali e todos pararam para olhar-me. Assim que foquei nos rostos ali pude ver que eram quase todos conhecidos, lá estava Anna e ao seu lado uma menina aparentemente um pouco mais alta que eu, cabelos negros e pele branca, á seguir Christian, Chaz, Ryan e sentada no tapete do chão uma menina, alta, mas bonita e sorridente. Eu deveria estar parecendo uma das pilastras da casa, em pé durante longos minutos, todos me olhavam e pude ver Ryan sorrir largamente, Christian arregalar os olhos também olhando-me, Anna sorriru largamente e eu desviei meus olhos de Christian para Anna algumas vezes.

— Angel, tudo bem? – Perguntou Justin e então percebi que ele estava sentado no sofá e Stella estava sentada em sua perna –

— Ah, Oi. – Murmurei aproximando-me –

— Quanto tempo. – Chaz falou e eu sorri envergonhada –

Eu estava completamente largada para dar de cara com todas aquelas pessoas, sentei-me no sofá assim que Ryan abriu espaço entre ele e Christian para que eu sentasse, me acomodei ali vendo Ryan olhar-me de cima abaixo, Justin o olhou feio no mesmo instante, mas manteve-se calado, já bastava a ultima vez em que havia feito escândalos. Christian estava bem proximo, eu tinha duas opções, ou ficar bem próxima de Chris ou de Ryan que se atreveria mesmo na frente de Justin a alguma gracinha, de certa forma, mesmo inconscientemente meu corpo correu para perto de quem já havia tido mais intimidade.

— Bom, deve ser uma surpresa para você todas as pessoas aqui – Justin falou sorrindo levemente – mas essa é Caitlin, irmã mais velha de Christian.

— Olá, já escutei falar muito de você. – Ela levantou-se e beijou minhas duas bochechas alegremente, ela era bonita –

— E essa é Alline – Ele apontou para a menina ao lado de Anna que acenou corando assim como eu – o restante você já conhece.

— Nós brotamos aqui, tínhamos que dar boas vindas ao nosso amigo, como antigamente. – Chaz disse cheio de sorrisos e gracejos, Justin revirou os olhos mas ele estava confortavel –

— Eu fiquei um mês fora e ele já tem uma filha, estou tão velha. – A menina cujo nome era Caitlin murmurou fingindo estar emocionada e eu ri –

— Você é tão fingida Caitlin. – Ryan murmurou revirando os olhos ao meu lado –

— Ryan, vai se foder. – De primeira, meus olhos perceberam o imperceptivel, ambos se olhavam de uma forma estranha, ou raiva ou um sentimento guardado – Eu estou realmente emocionada, é a primeira vez que vejo Justin com mais pessoa dentro dessa casa.

— Não é para tanto Caitlin. – Justin se pronunciou –

— Gente, sabe do que eu estava lembrando. – Todos se voltaram para Chaz –

— Lá vem bomba. – Anna falou e todos riram –

— De quando nós brincávamos de Verdade ou Desafio. – Todos se entreolharam e começaram a rir, Justin apenas revirou os olhos e sorriu –

Todos ali pareciam se conhecer bem demais e a lembrança da brincadeira que faziam pareceu divertir a todos naquele momento, até mesmo Anna que parecia tê-los conhecido ainda nessa época, as únicas que estavam visivelmente perdidas ali eram eu e a menina que se chamava Alline e que aparentemente era “amiga” de Anna pois estava bem grudada nela inclusive em algum momento jurei ter visto-a apertar sua cocha mas fingi não ver, naquele momento realmente percebi que de certa forma era possessiva com algo que eu gostava, eu não amava Anna daquela maneira, mas senti um certo ciúmes daquilo e logo tentei voltar a focar no assunto para esquecer-me daquilo.

— E você ta propondo oque, que brinquemos de verdade ou desafio novamente? – Justin falava seriamente para Chaz que aparentemente era o mais infantil mentalmente entre eles –

— E porque não? Só temos nós aqui. – Ele falou animado –

A campainha tocou e chamou atenção de todos nós, levantei-me rapidamente, querendo fugir deles e fui abrir a porta mas logo atrás de mim veio Justin. Dei de cara com um entregador de pizzas, em sua mão tinham três caixas e na outra uma coca cola grande, quase gemi de desgosto ao lembrar que já havia comigo pizza na noite anterior e consequentemente de como a noite havia terminado, e quase gemi ao sentir Justin encostar em minhas costas, peguei as caixas que estavam em fileiras rapidamente, querendo inutilmente fugir dele e vi Justin pegar a coca cola e entregar o dinheiro já trocado para o homem. Coloquei as pizzas em cima da mesa de centro da sala e fui para a cozinha pegar copos, estava tentando arrumar uma maneira de levar todos os copos para a sala quando duas mãos agarram minha cintura por trás, pulei e afastei-me, meu coração acelerou e uma risada soou.

— Calma. – A voz de Anna soou e eu respirei aliviada –

— Desculpa, estava distraída. – Falei a verdade –

— Precisa de ajuda? – Ela perguntou sorridente –

— Não, pode ir da atenção para sua amiga. – Falei sem pensar e ela ergueu as sobrancelhas –

— Wow, oque foi isso?

— Nada. – Corei violentamente –

— Ciúmes, Angel?

— Não. – Falei rapidamente – Pode me ajudar a levar isso para lá? – mudei de assunto rapidamente –

— Não precisa mudar de assunto, gostei de você sentir ciúmes.

— Você é minha amiga Anna, normal, não é? – Recostei-me na mesa e ela se pôs em minha frente –

— Não somos crianças, Angel, sabemos que isso não é só uma amizade comum. – Ela estava próxima demais –

— É uma amizade.

— Uma amizade colorida. – Ela disse já pronta para me beijar, seus lábios vieram na direção dos meus e eu virei um pouco o rosto seus lábios beijaram o canto dos meus, fechei os olhos com aquilo –

— Meninas! – Uma voz reprovativa fez Anna se afastar – Estamos esperando. – Viramo-nos para a pessoa e lá estava Justin com os braços cruzados e um olhar sério –

Anna ainda meio injuriada pegou alguns copos e nos deixou a sós na cozinha, ignorei Justin envergonhada e fui para a geladeira, orando para que ele saísse logo dali, eu se quer sabia oque eu queria pegar lá dentro mas assim que me virei ele ainda estava lá observando cada movimento meu atentamente, fiquei envergonhada por não saber oque falar, não havíamos nos falado desde o ocorrido mais cedo e aquele não era o momento para falar daquilo, ou talvez de qualquer tipo de coisa que fosse daquela proporção.

— Angel. – Ele falou calmamente apesar de sua expressão seria – Você sabe que não precisa fugir de mim, não é?

— Sei! – Sorri corando –

— Venha, vou te ajudar.

Ele pegou o restante dos copos e eu peguei apenas o ketchup, ao voltar para a sala vi Stella dormindo no sofá, parecia até uma pedra mas logo acordou para comer. Os homens comeram uma pizza praticamente sozinhos e pela primeira vez vi Justin agir como um homem de sua idade sem qualquer responsabilidade sobre as costas. Tentei descobrir se eles estavam apostando quem comia mais, pois eles estavam praticamente na terceira pizza sozinhos, eu já havia acabado no meu segundo pedaço apenas estavam observando, as meninas comeram no máximo três pedaços cada uma e então os meninos estavam comendo a terceira pizza sozinhos.

— Porra! Se eu como tudo isso de pizza eu engordo dez quilos, vocês parecem que não mudam nada. – Caitlin disse frustrada –

— Isso se chama Academia a todo instante. – Anna respondeu –

— Sou gostoso ao natural. – Chaz comentou ao finalizarem a pizza –

— Bom, eu gosto de malhar. – Justin deu de ombros pegando as caixas das pizzas e levando para a cozinha –

— É agora que vamos brincar de verdade ou Desafio? – Perguntou Ryan e então olhou-me sorridente, não entendi bem o porque mas desviei o olhar –

— Já disse para não começar com essa história. – Christian murmurou irritado e bufou  –

— Anjo. – Escutei a vozinha de Stella ao meu lado – Essa brincadeira é legal? Porque não podemos brincar? – Ela perguntou animada para brincar –

— Porque você ainda é muito nova para isso. – Justin chegou bem na hora –

— Mas porque? Não é blincadeila? – Ela o olhou chateada –

— Porque esta muito tarde e você precisa ir para seu quarto assistir desenho.

— Mas papai... – Ela choramingou e ele a pegou no colo –

— De boa noite a todos.

— Boa noite titios. – Ela murmurou ainda chorosa – Boa noite anjo - Ela estendeu os braços para mim e eu me levantei abraçando-a e beijando-lhe a bochecha -

Justin foi logo para cima com ela e todos comentaram como aquilo era fofo, eu apenas sorri, eu amava ver Justin com Stella, eles eram as melhores pessoas em minha vida, ela chegou de uma maneira estranha, me deixou receosa e ele, acredito que a maneira como ele chegou eu se quer podia imaginar que aquilo um dia aconteceria.

Pouco menos de quinze minutos Justin voltou já sem Stella, ele se juntou a nós com uma garrafa media em mãos, olhei para aquilo nervosa pela maneira como Ryan sorriu ao ver Justin se sentar perto de nós, imaginei que se realmente brincássemos daquilo, tudo pegaria fogo.



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