(Esse é um conto de ficção, então alguns fatos aqui estão distorcidos. Tudo o que eu fiz foi imaginar se a história real tivesse sido diferente.)
Descobri que podia voltar no tempo. Não era exatamente quando eu queria ou quando precisava. Não sabia exatamente o porquê daquilo,apenas voltava.
Quando era criança, uma vez cai no sono e não lembrava de ter dormido no lugar o qual eu estava antes. Quando acordei, estava em um lugar desconhecido, enevoado, quase como se fosse uma visão. Vi pessoas desconhecidas quase como em um filme antigo, mas elas se foram no momento em que pisquei os olhos. No início pensei que tudo tinha sido um sonho, até acontecer outras vezes.
Era meu grande segredo. Não sentia vontade de dividir aquilo com ninguém. Pensando melhor, quem iria acreditar em mim? Iriam fazer um grande espetáculo ao meu redor, iriam pedir pra que eu mudasse o mundo inteiro. Eu poderia? A questão: eu iria querer mudar o mundo inteiro?
Em minhas "viagens", eu sempre conhecia muita gente. Pessoas interessantes que eu nunca teria oportunidade de conhecer pessoalmente na vida real. Tantas histórias, tantos sonhos, tantas vidas. Mas quando caía no sono, elas sumiam e só restavam lembranças muito vagas. Era sempre assim, eu dormia, acordava, e ao dormir de novo, tudo era lembrança.
Certa noite estava em meu quarto, quando de repente senti aquele sono repentino, tudo durou uma fração de segundo até que adormeci.
Quando acordei, demorou muito tempo pra perceber onde eu estava. Em algum lugar muito movimentado e a três décadas atrás, a julgar pelas roupas das pessoas. No meio de uma rua com algumas lojas e televisões enormes, um repórter anunciava que esse era o verão mais quente de 1993 e você não poderia deixar de aproveitar as ofertas. Não fazia ideia de onde estava, mas registrei o ano mentalmente enquanto andava em direção ao cruzamento de duas avenidas até avistar algumas crianças fantasiadas saindo de algumas casas rindo e carregando sacolas de doces. Com certeza hoje era dia das bruxas, um Halloween de muitos anos atrás.
Algumas pessoas passaram por mim e riam. Também achei engraçado ao pensar que se elas soubessem que eu vim do futuro, qual seria a cara que fariam, até parar diante de uma vitrine e inevitavelmente ver que eu estava de pijamas e pantufas, a mesma roupa que eu usava no meu quarto. Comecei a rir sozinha.
-Tá rindo sozinha, moça? - perguntou um mendigo sentado em um latão de lixo separava alguns objetos recolhidos junto com alguns pedaços de papelão ao lado de um cachorro tristonho que tentava conseguir alguma coisa dentro do lixo.
-Ah, não é nada não, moço! É só que.. - percebi que eu parecia bem idiota andando com aquelas pantufas de coelho. Não sabia quanto tempo iria durar aquele passeio, mas achei melhor me misturar melhor com o ambiente. Havia uma loja de trocas adiante, troquei as pantufas por tênis, um pequeno relógio de ouro que estava no bolso do pijama por um vestido e um casaco. Que engraçado! um relógio trocado no tempo...
Vestida de acordo com ambiente, perambulei por aquelas ruas antigas,recordando como era viver nos anos 90 e como aquilo era fascinante e assustador ao mesmo tempo. A cidade em que deveria estar era muito agitada, pessoas passavam em carros ouvindo música alta, os bares estavam lotados, era verão e todos viviam suas vidas ao máximo, sem se preocupar com nada. Não sou de agitos.
Já era noite, porém não fazia ideia de que horas eram quando cheguei em um quarteirão repleto de bares e casas noturnas, mas uma chamava atenção de longe. Era pequena, mas suas paredes negras contrastando com o letreiro branco me fizeram parar pra observá-la. Parecia uma casa de vampiros. Uma inscrição no toldo circular da entrada lia-se "The Viper Room".
Curiosidade foi o me a moveu naquele momento mais do que tudo. Na entrada, alguns seguranças de terno preto e óculos escuros estavam postados em frente a uma grande fila querendo entrar.
- Querendo entrar na Viper sem identidade, lindinha? - Uma moça caçoou - já está difícil até pra quem está na fila!
- Não, foi mais curiosidade mesmo, achei o visual bem exótico – falei parando pra observar a garota ruiva. Ela usava minissaia xadrez, uma blusa e botas de cano alto pretas, visual tipicamente da época.
- É, eu sei.. parece o inferno mesmo! Me chamo Cadence – estendeu a mão
- Prazer, me chamo... Elle - inventou esse nome na hora.
-Estas são Sophie e Mila – duas garotas que estavam atrás dela na fila apertada vieram para frente quando ela chamou.
- Muito prazer – apertei a mão das duas, elas pareciam estar muito empolgadas conversando rapidamente – por que toda essa agitação?
-Sério? Você não faz ideia de quem vai tocar aqui hoje a noite?
-Não, quem? - perguntei despreocupadamente
As três pareciam rir de alguma piada que eu não entendi.
-Johnny Depp!!! a banda dele está aqui! Meu deus mal posso esperar pra ver eles tocarem – disse Cadence
-Sim, tô esperando esse show a uma semana, meu Deus não acredito que eu vou ver o Johnny! Vamos nos dar muito bem hoje a noite! - disse Milla entre gargalhadas
-Sem falar nos gatinhos! – disse Sophie e as três concordaram.
-Nossa, que legal – Eu estava meio perplexa com o que acabara de ouvir tentando registrar a situação, talvez com os olhos meio arregalados ou o queixo caído.
-Hum.. que foi? - perguntou Cadence
-Ah.. nada, nada não! - tentei disfarçar um pouco a surpresa com empolgação.
-Vem com a gente Elle! Vai ser divertido! - as outras concordaram
-Mas eu.. - tentei alertar para o fato de que eu não estava na fila e não estava com a minha identidade, a que diria que eu tinha nascido 23 anos depois daquele ano!
- Olha, vem aqui... - Sophie fez um gesto para que eu me aproximasse mais, chegou mais perto e ela olhou para os lados vendo se alguém estava olhando, puxou a corda do disciplinador e eu estava dentro da fila – foi fácil!
-Mas eu não.. - comecei.
-Relaxa, eu dou um jeito de de colocar pra dentro, eu conheço o Joe, aquele da esquerda – apontou para um sujeito forte que estava checando uma lista em uma prancheta.
O tempo passou e eu apenas ouvia as meninas conversando, respondendo com "hums" e "ohs" educadamente, tentando parecer animada como elas estavam, na verdade nem sabia direito o que eu estava fazendo em uma fila para entrar em uma boate toda pintada de preto.Por fim, depois de quase uma hora na fila, chegou a hora de a gente entrar, enquanto as meninas passavam por Joe, Sophie deu apenas uma piscadela pra ele que entendeu o recado e me deixou passar.
Como eu pensava, a casa era toda pintada de preto por dentro também,com um pequeno palco ao fundo com algum espaço ao redor, um bar com vários bartenders manipulando garrafas de drinks e atrás de vários letreiros de neon. Havia alguns reservados com estofados verdes cheios de grupinhos de pessoas, todas falando muito alto, rindo,fazendo algazarra.
-Não quer me dar o seu casaco, querida? - Cadence pegou os casacos e fomos para um desses reservados perto do palco.
-Sim, obrigada – que tal uma bebida? - sugeri
-Tá legal, vou pegar pra gente.
Enquanto ela ia ao bar, fiquei observando os músicos montarem os equipamentos no palco. Achei engraçado as roupas antigas, os jeans de cintura alta e os cabelos longos e bagunçados. O estilo grunge dominava naquela época. Fiquei assim, perdida em pensamentos até achegada de um rapaz com uma guitarra nos ombros, ele parecia radiante e as pessoas ao redor o cumprimentavam bastante. Ele chegou acompanhado de um grupo de pessoas que ocuparam o reservado na direção oposta. Ao passar pela escada, ele falou brevemente com um cara de cabelos amarelos e pareceu se oferecer pra ajudar a montar o restante dos equipamentos, a bateria e os amplificadores. Ao vir mais pra perto de um refletor na parte direita, pude ver direito o seu rosto. Era bem novo, deveria ter uns vinte anos, cabelos curtos e pretos, que pareciam ter sido tingidos. Mas o mais impressionante eram os olhos azuis, muito vivos e a expressão séria e elegante.Ele olhou de relance na direção onde estávamos, deve ter reparado nas garotas e sorriu, senti meu rosto corar.
-Quem é ele? - perguntei para as meninas tentando soar o mais despreocupada possível.
-Ele quem?
-O garoto que acabou de chegar, ele parece muito popular não é? - perguntei
-Ah, não sei não, você sabe, Milla?
-Não, nunca vi ele por aqui.. se souber me apresenta tá? - disparou
Enquanto o show não começava, as meninas me fizeram mais perguntas,de onde eu era se estava gostando de LA, várias outras entre alguns drinks e cervejas. Disse que eu tinha me mudado pra cá pra tentar ser atriz ou uma outra história bem previsível, elas me acharam legal e que tinham ficado felizes em me conhecer, quando eu ia pegar mais cerveja no bar, um pequeno alvoroço começou na entrada e eu ouvi algumas pessoas dizendo que o Johnny Depp tinha acabado de chegar e junto com ele tinha trazido algumas celebridades. Voltei rápido e contei a novidade às meninas, que davam gritinhos de ansiedade, algumas pessoas tinham câmeras fotográficas e tiravam fotos.
O show começou e o garoto voltou para seus amigos no reservado do outro lado, ele bebia cerveja e parecia muito animado de braços dados com uma garota loura, senti uma pontadinha de ciúmes, mas a alegria deles parecia tão boa que nem me senti mal. A primeira banda tocou uma música animada e a plateia cantava e batia palmas. Eu adoro rock antigo, principalmente dessa década e ver bandas tocando exatamente desse jeito na minha frente me deixou arrepiada, tinha valido à pena embarcar naquela aventura, só esperava que dessa vez durasse.
A noite correu de forma animada, a casa estava quase lotada e as meninas conversavam sobre muitas coisas mas não prestei atenção direito por preferir aproveitar a música. Parecia que havia muitas bandas ainda pra tocar, e o tão aguardado Johnny Depp iria tocar no final, como o host da casa anunciava.
Por volta da quarta banda a se apresentar, o homem de cabelos amarelos se encontrou com o rapaz que eu estava observando, ele o levou para um canto e os dois tentavam conversar na barulheira do show, não pude ouvir o que eles diziam ou tentar entender porque um novo alvoroço surgiu e a modelo sensação Kate Moss foi apontada pelas meninas que gritavam eufóricas.
Lamentei não ter ouvido o que o loiro – eu podia chamar aquilo de loiro? - disse a ele, porque pude perceber que seu rosto já não era mais elegante e tranquilo, mas carregava uma nota de decepção e tristeza. Ele jogou sua guitarra no chão e passou correndo sem ser visto pelos seus amigos. Senti um aperto sinistro no meu peito.
Ele foi para os fundos da boate, do lado de fora havia uma porta por onde dava para uma ruela escura. Fiquei espiando entre as frestas de uma velha janela. Demorou uns cinco minutos depois de ele ter ficado lá fora, um homem de aparência suja com um casaco puído apareceu,tinha cicatrizes assustadoras em seu rosto acabado. Não consegui registrar o que diziam, porém ouvi o rapaz dizer "o máximo que você puder me conseguir". Quando o homem passou pra ele um envelope plástico. Ele havia comprado drogas, e queria uma grande quantidade.
Eu poderia ter deixado pra lá e ter lamentado um cara que parecia ser tão legal ser viciado e voltado para o show, mas algo dentro de mim provocou um arrepio gelado. Uma tragédia ia acontecer.
Ele correu de volta para dentro da boate, e eu tentei ir atrás dele.A essa hora a boate já estava cheia e as pessoas se acotovelavam para ver mais de perto o principal show que estava quase começando,tentei cortar caminho com dificuldade por entre o mar de gente que se formava, e depois de muito tempo ao passar por mais da metade não o vi mais, tinha o perdido de vista. Não desisti e continuei tentando avançar até que eu parei e pensei, sabia para onde exatamente ele estava indo.
Ao passar por dois garçons que serviam bebidas em bandejas, os banheiros ficavam em direção oposta, estavam todos tão entretidos no show que foi fácil passar nas portinhas que dividiam "homens"e "mulheres". O banheiro masculino tinha uma luz verde feia e um espelho meio rachado. Haviam três reservados e no último eu podia ouvir alguns fungados e barulhos de alguém lá dentro, a pessoa parecia estar chorando.
"Meu Deus, o que eu faço agora?" pensei, mas agora não tinha mais volta, hesitei um pouco antes de suspirar e dar um chute com toda a força na porta do reservado. A porta se abriu com um estrépido. Lá dentro estava o rapaz ajoelhado no chão encolhido num canto. Ele estava muito transtornado e gritava tentando abater inutilmente minha ajuda com os braços.
-Me deixa em paz, porra! Me deixa em paz! - ele berrava de um jeito horrível me empurrando com força.
-Por favor, fica calmo, me deixa eu te ajudar! Por favor, calma! - eu tentava inutilmente agarrar os braços dele e fazê-lo parar de me empurrar, mas tava difícil. Ele começou a dizer coisas meio initeligíveis pelo choro e pela voz trôpega
-Ele... dizia que eu podia tocar... todos ele... fui muito idiota... todos eles... inútil...
-Calma, por favor, deixa eu te ajudar, por favor... você vai ficar bem, por favor....
-Eu só queria... eu... inútil mesmo... morrer... - ele soluçava e tentava se esquivar, mas suas forças iam acabando até ir parando. Depois de um esforço enorme e de usar todas as palavras tranquilizadoras que eu conhecia, ele parou e eu o abracei. Ficamos ali no chão daquele banheiro. Dois desconhecidos com três décadas de diferença. O mundo é mesmo um lugar bem estranho.
Depois de alguns instantes, notei que ele resfolegou e fechou os olhos um pouco, notei um plástico no chão. Uma embalagem cheia de um pó esquisito, porém, estava aberta e faltava alguma quantidade. A sorte sem duvida estava comigo, ele não tinha usado toda a droga.
Afrouxei suas roupas para que ele respirasse melhor, rezava por tudo quanto era mais sagrado que a quantidade que ele tinha usada não causasse algo pior, mas ele parecia apenas estar dormindo apesar de estar tremendo. Observava atentamente seu peito subir e descer.
Minutos depois, os efeitos iniciais pareciam ter cedido um pouco, nós não podíamos ficar caídos no chão daquele banheiro, eu precisava fazer alguma coisa. Sem ele perceber eu joguei o conteúdo do plástico inteiro no vaso sanitário e dei descarga.
-Ei, ei.. você está bem? - perguntei cautelosamente. Depois do que pareceu ser uma eternidade ele respondeu – Si.. sim.
-Você quer que eu chame alguém? Qual o seu nome? - mas antes que eu pudesse ir chamar alguém, ele agarrou minha mão no trinco da porta com as poucas forças que reuniu – Não.. por favor não...
-Mas você precisa de ajuda, por favor deixe-me..
-Meu nome é River.. River Phoenix – disse por fim.
Acho que ele esperou alguma reação de minha parte, mas eu não esbocei nenhuma. Ele parecia não querer ajuda das pessoas que vieram com ele.
-Há algum problema? - Perguntei – posso tentar chamar outra pessoa e..
-Não quero atenção – Respondeu categoricamente.
Pensei um pouco e talvez houvesse como ajudá-lo a sair dali sem ser visto. Ao fundo, dava pra ouvir muitos gritos e palmas. Johnny Depp havia entrado no palco.
Saí até a entrada do banheiro e localizei uma garçonete, pedi para que ela falasse com Joe. O homem apareceu no bar e ficou me procurando. Fui falar com ele e disse que era uma amiga de Sophie,ele surpreendentemente foi muito gentil e disse que podia contar com ele. Pelo que parece, ele conhecia o River pelos shows da banda, pelo que eu pude escutar. Ele o pegou e o levou nos braços pro carro e de lá ia deixá-lo no hotel onde estava hospedado. Ajudei a acomodá-lo no banco. Antes que eu fosse embora, ele mais uma vez pegou na minha mão.
-Como você se chama? - perguntou com a voz ainda arrastada.
-Meu nome é Elle – já se sente melhor?
-Sim, só estou zonzo. Me desculpa por tudo o que você viu, eu estou envergonhado.
-Não tem problema – eu também estava envergonhada de tê-lo seguido.
Fez-se um longo silêncio entre nós, até que eu sentisse necessidade de rompê-lo com o peso de mil palavras que estavam presas na minha garganta
-Como pode fazer uma coisa tão estúpida como aquela? Heim? Como pode não pensar em nada e querer dar sumiço na própria vida daquele jeito? - as lágrimas iam caindo do meu rosto – Você podia ter morrido! Morrido! Como você acha que eu me sentiria, como você acha que.. - eu não podia acreditar em mim mesma chorando ali com o nervosismo de horas atrás se transformando em choro compulsivo. Eu não podia entender porque estava chorando por alguém que não conhecia, mas que parecia alguém bom demais pra entregar a vida por um punhado de drogas.
-Me Desculpa! eu sinto muito! – Dessa vez foi ele quem me puxou para um abraço, com as mãos frias e os braços ainda meio moles – eu não pensei em nada.. eu... só queria me livrar de tudo. Você me salvou, eu te devo minha vida!
Choramos juntos, eu e ele, no meio daquela rua escura dentro do carro de Joe. Quando nos viu abraçados, Joe resolveu esperar um pouco do lado de fora, nos dando privacidade.
-Eu tenho que ir agora – Ele me soltou
- Tudo bem, tenta descansar um pouco, tente melhorar, está bem?
-Ok.
Quando eu já ia embora, deixando ele no banco de trás sozinho,resolvi voltar
-Me promete uma coisa? Jura por Deus?
- O que é?
-Nunca mais vai usar drogas, nunca, nunca mais?
-Não, nunca mais
-Promete mesmo?
-Prometo
-Olha, eu juro que eu volto de onde eu estiver só pra saber
-Espera.. o que?
-Nada, nada...
Saí do carro, enquanto Joe me desejava uma boa noite, as primeiras tonturas começaram a me atingir. Pude observar o carro começar a partir pela agitada avenida, ele ainda abriu a janela e perguntou
- Elle, não sei o seu telefone!
-Não se preocupa, a gente se vê por aí! - Meus olhos iam ficando cada vez mais pesados – Foi um prazer te conhecer, River Phoenix!
Tudo ficou escuro outra vez.
Acordei na minha cama, tudo estava exatamente como eu havia deixado.As lembranças começavam a se transformar em borrões outra vez. Me levantei e pude notar que, no lugar onde deveriam haver pantufas,havia um par de tênis. Achei muito engraçado até por a mão dentro do pijama e perceber que meu pequeno relógio não estava mais lá.Havia um objeto meio pontiagudo. Ao olhar no claro, vi que era uma palheta de guitarra. De um lado tinha uma marca escrito "Aleka'sAttic", do outro apenas "obrigado, River, P."
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