História The guy next door - É complicado...

Youngjae olhava para Jinyoung que estava jogado no sofá até ouvir alguém bater na porta e no curto caminho ele olhava para o amigo que nem se mexia.

            -Finalmente abriu a porta você sabe  o quanto isso está pesado?-  Yugyeom estava segurando uma panela  com pegadores com desenho de gatos em volta. – Eu fiz muito e trouxe um pouco para vocês, uma pena a garota aqui do lado não atender, eu tinha uma porção para ela também. – Nessa hora Youngjae começou a passar a mão no pescoço balançando a cabeça negativamente mas era tarde demais, Jinyoung estava ali atrás dele.

            -Entra aí, o que tem na panela. – Ele diz sem alterar o tom de voz.

            -Por que ele está com essa cara de velório? – Yugyeom sussurrou para Youngjae quando o mais velho voltava para o sofá.

            -Ele está assim...- Youngjae não pôde terminar a frase, Jinyoung tinha ouvido o garoto.

            -Porque a garota que mora ao lado saiu com aquele imbecil e não voltaram de noite, ele deve ter matado ela e a si próprio já que não sabe dirigir. – Diz desarrumando o cabelo e jogando o corpo no sofá ficando deitado.

            -Mas se tivesse acontecido nós saberíamos, não é? O noticiário cobriria algo assim! – Yugyeom diz enquanto coloca a panela na pequena mesa que tinha próximo ao computador.

            -Não é esse o problema dele cara - Youngjae sussurrou. – O problema é o amor pela nossa pequena heroína do celular.

            -Heroína do celular? – Yugyeom resmungou sem entender.

           -O problema é que eles podem ter tido uma noite de amor enquanto ele tá aqui jogado igual bosta. – Diz rindo mas logo para quando uma das almofadas atinge sua cabeça.

            -Não é bem assim, só que ela não tem força pra se defender de um homem e ele é o tipo de pervertido que. – Ele faz alguns barulhos com a boca e depois bagunça o cabelo caindo então vencido pela ideia que o amigo tinha falado.

            -Eu não conheço ela muito bem mas não acho que ela seja esse tipo de garota, além do mais, se você gosta dela porque não diz logo? – Yugyeom fez uma pausa ponderando o que falaria em seguida – Até porque se o que você diz é verdade então seu rival está na sua frente.

            -Eu sei disso. – A voz de Jinyoung saiu abafada pelas almofadas.

            -Então reage mano, quando ela chegar vai lá e da um beijo nela, igual naquelas histórias que a gente lê.

            -Isso só funciona em ficção Youngjae, não viaja.

            -Como você sabe se nunca tentou? Não é isso que esses quadrinhos ensinam? A não desistir antes de tentar? – Diz com convicção.

            -Isso mesmo! Os quadrinhos dizem porque só acontece no universo deles. – Jinyoung bufa irritado.

            -Mas como você sabe que eles – Yugyeom faz uma pausa – Você sabe... estão saindo desse jeito? – Yugyeom diz coçando a parte de trás da cabeça.

            -Qualquer imbecil consegue notar que ele gosta dela. – Jinyoung diz irritado.- Até porque ele não teria feito aquela cena pra ir morar com ela e tudo mais. – Diz com o rosto emburrado.

            -Ah, que estranho, pelo que eu ouvi da nossa vizinha ela teve que aceitar ele na casa porque ela tem que escrever um livro da vida dele e ele meio que forçou a barra fazendo isso. – Yugyeom dizia se sentando no braço do sofá enquanto via  as bochechas de Jinyoung mudar de rosa para quase vinho de tão vermelho que estava.

            -Aquele verme de pulga, cabeça oca, ridículo, sem senso de moda nenhum apenas se aproveitando do seu status. – Jinyoung vociferava enquanto socava uma almofada.

            -Calma ai  Romeu. – Youngjae diz tirando a almofada – Desconta no seu rival e não nas coisas de casa para quebrar tudo.

            -Eu vou mesmo, vou acabar com aquele imbecil!

            -Vamos nos acalmar, venham – Yugyeom tentava acalmar o moreno – Vamos comer um pouco antes que esfrie.

            -E depois vamos num pub aqui perto o que nosso amigo Junior precisa é de um bom incentivo para se declarar- Youngjae ri e dando um tapinha nas costas de Jinyoung.

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            O caminho de volta para a Seoul foi silencioso, parecia que o percurso era três vezes maior do que realmente era, os dois estavam constrangidosr e a atmosfera era quase palpável de tanta tensão.

            -Me passa a água por favor. – Jaebum diz de forma envergonhada, a garota entrega a mesma sem a tampa tentando ter o mínimo de contato visual, mas suas mãos acabam se encostando o que faz Hiromi esfregar a mão como se tivesse se machucado ou tomado um choque.

            -Por que você está assim? – Jaebum após algum tempo explode – Foi só um beijo e totalmente sem querer, eu não.... eu nunca. – Ele bufou olhando vez por outra para a garota que estava com as bochechas vermelhas e fitando seus sapatos.

            O silêncio novamente tomou conta do carro, Jaebum fazia algumas caretas enquanto tentava pensar em algo para falar.

            -Me desculpa – Ele disse por fim – Você sabe, eu não sou a melhor pessoa para pensar no que falar e tudo mais – Suspirou tomando coragem para continuar -  E como eu ia saber que você estava ali parada, eu nunca tentaria te beijar e estava escuro e você gritou e eu achei que tinha algum inseto e..- Ele  falava e gesticular com uma das mãos se enrolando com as palavras.

            -Tudo bem. – Ela diz em voz baixa.

            -Não, não está – Ele explodiu novamente quase gritando. – Ah, o que eu vou fazer? Eu estava guardando isso por um longo tempo e agora... – Ele bagunça o cabelo com uma das mãos.

            Hiromi abriu a boca para falar mas o carro parou de forma brusca, quando tirou o cabelo da frente do seu rosto pode ver o caminhão que acabara de fechar o carro, quando olhou para baixo viu a braço de Jaebum esticado para ela, sendo rapidamente retirado.

            -Esses motoristas deviam aprender a dirigir de forma segura antes de ir para a estrada. – O moreno se queixou.

            O resto do percurso foi em  completo silêncio somente sendo quebrado pelo rádio, a garota sentia seus olhos pesados  pela noite mal dormida  e estava lutando para não cair no sono;  Acordando somente quando sentiu seu cinto de segurança ser desafivelado quando abriu os olhos pôde ver JB que ia leva-la para casa sem acorda-la mas ele parou quando percebe que Hiromi está acordada, os dois se encaram por  alguns segundos que mais parecem horas e ambos sentindo o rosto queimando de vergonha.

            -Ah, eu não queria te acordar – Jaebum riu nervoso  ficando do lado do carro. – Eu ia.. você sabe – Ele ri mais uma vez passando a mão no cabelo nervosamente.

            -Tudo bem. – Ela diz em voz baixa saindo do carro pegando sua mala da mão do moreno que suspira com uma feição triste.

            -Eu vou guardar o carro e te ajudo com as malas. – Ela balança a cabeça positivamente mas quando ele entrou na garagem do prédio de Mark ela pegou as duas malas  correndo para seu apartamento.

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Jinyoung tinha voltado para casa um pouco alto por conta da bebida, caindo no sofá quando escutou na casa vizinha uma barulheira de arrastar de moveis e coisas  caindo, quando escutou a porta ser aberta e mais barulhos de coisas sendo jogadas.

Jaebum subiu as escadas rapidamente ouvindo o barulho que vinha de um dos andares, pensando que poderia ser algum invasor ou coisa do tipo, mas quando chegou no corredor de onde Hiromi morava podia ver todas as suas caixas de livros de referências e as malas para fora, ele sentiu o coração disparar como se tivesse corrido vários quilômetros, indo até a porta virando a maçaneta algumas vezes até ver que estava trancado para fora.

-Abre a porta! – Jaebum diz após tocar a campainha. – Sou eu – Completou, mas sem qualquer resposta do lado de dentro  forçou a maçaneta alguma vezes.

-Ei, que barulheira é essa?- Jinyoung saiu de forma carrancuda de seu apartamento com uma caneca de café na mão.

-Não é nada demais eu só fiquei trancado para o lado de fora. – JB respondeu seguido por uma risada sem graça.

-Se ela jogou toda sua tralha no corredor, não acho que foi sem querer – Jinyoung ironizou tomando um gole de seu café se deliciando com a cena.

-Você deve estar mal humorado por estar fazendo barulho logo de manhã, mas pode voltar para casa eu resolvo isso aqui – Jaebum diz de forma dura mas com um sorriso no rosto, o que faz a feição de Jinyoung se retorcer de raiva.

-Você acha mesmo que ela vai querer ficar perto de um cara que precisa usar sua influência no trabalho para se dar bem na vida? – Ele riu fazendo uma cara de deboche para o outro.

-Do quê você está falando?

-Você só precisa tirar sua tralha daqui e ficar no seu apartamento legal e para de encher o saco da Hiromi, você realmente não se toca não é? Você é ridículo, difícil de digerir, nunca deve ter notado que está forçando ela ficar perto de você por você ser seu chefe ? – Ele para passando a mão nos lábios e sorrindo de forma zombeteira-  Ela nunca faria nada com você por vontade própria, caia na real e arrume alguém como você!

            -Eu não sei do que você está falando mas – Ele é interrompido por Jinyoung que jogou o café morno no seu rosto e volta para seu apartamento com um sorriso de orelha a orelha.

Jaebum tentou se limpar da melhor forma possível do café, cabisbaixo tentando uma ultima vez bater na porta, mas sem resposta, ele então começa a pegar suas malas indo em direção da escada, de forma lenta até se dar completamente por vencido e se sentindo humilhado, tendo que fazer algumas viagens para tirar todos seus pertences.

Ele já estava suado quando conseguiu chegar na casa de Mark, pôde ver a casa da frente com todas as cortinas fechadas, ele ficou ali por um tempo mas sem sinal de movimento pela casa, ele se jogou no sofá ligando a televisão pensando em como poderia falar com a garota, esclarecer toda a situação, e se fosse verdade o que Jinyoung tinha dito, pedir desculpas por aquilo.

Ele pensava enquanto comia um pacote de salgadinhos deitado no sofá, quando viu a propaganda de uma edição limitada de tocas, o que lhe dei uma brilhante ideia, pegando seu celular que estava caído no chão junto com algumas roupas que tirara da mala mais cedo e se tivesse muito azar demoraria algumas horas para ser entregue, enquanto comprava ele ria com uma careta de alguém que estava pronto para aprontar.

No apartamento da frente Jinyoung ria sozinho lembrando da cena que tinha feito, o café parecia ter um sabor muito doce agora e ele tomaria em pequenas porções para saborear melhor.

            - O Youngjae deveria estar aqui agora, ele não iria acreditar. – Ria enquanto tomava uma lata de cerveja que comprou no caminho de volta do bar. – Não tem como o dia dar errado – Ele suspirou colocando ambas as mãos no rosto avermelhado com o pensamento do iria fazer – Finalmente poderei tirar aquele otário de sua vida. – Ele dizia indo em direção a parede do quarto enquanto cambaleava um pouco, por fim suspira  se jogando na sua cama pegando no sono logo em seguida.

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A campainha estava tocando fazendo Jaebum dar um pulo do sofá e correr para a porta com um sorriso de orelha a orelha, era sua encomenda e por sorte não demorou muito, era uma praticidade que nem quando morava ne Nova York tinha, ele assinou o papel da entrega recebendo por fim uma caixa não muito grande.

-Finalmente poderei por meu plano em prática. – Ele ri tentando parecer malvado, mas logo em seguida corre para cozinha como uma criança abrindo a caixa com uma faca e jogando no chão todo o plástico bolha de dentro.

            Ele colocou seu casaco e nos bolsos tudo que tinha dentro da caixa, somente por um item que ele amarrou no pescoço por não caber, ele abriu a porta e foi em disparada para o prédio a frente chegando um pouco ofegante até a porta da garota, colocando as mãos nas pernas respirando fundo e tocando a campainha enquanto colocava uma mascara que cobria a boca e o nariz.

            A garota que estava em seu computador foi até porta com receio, olhando pelo olho mágico pôde ver Jaebum com uma mascara que lembrava a boca do gato que Chesire, ele bateu na porta a assustando.

            -Eu sei que você está aí – Ele tossiu um pouco encostando na porta. – Eu estou muito doente, acho que é um resfriado forte, me ajude! – Seus olhos pareciam de um filhote implorando, a garota colocou a mão na chave da porta mas parou.

            -Se ele está doente porque não vai para um hospital? – Ela sussurrou para si mesma, continuando a olhar pelo olho mágico, ele então suspira e vai em direção as escadas, ela fica ali mais um pouco mas acabou voltando para seu computador, em poucos minutos a campainha estava tocando novamente, fazendo com que ela parasse de traduzir e fosse até a porta.

            -Hiromi, abra a porta eu esqueci minha toca favorita.  – Jaebum estava ali novamente com uma toca de panda igualzinho a que ela tinha.

            -Me entregue logo, abra a porta e me entregue .

            -Como se eu fosse cair nessa. – Ela voltou para seu computador bufando enquanto tentava legendar o ultimo episódio do dia, por sorte ele não insistiu muito e logo a deixou em paz,  só para começar tudo de novo.

            -Por que você está assim,  me deixa entrar. – Dessa vez não demorou mais que 5 minutos para ele voltar, ela nem fez questão de ir até porta dessa vez. – Me deixe entrar, vamos conversar. – Ele soltou um suspiro alto o suficiente para ela ouvir e então um silêncio no corredor.

            Jaebum estava sentando na escadaria onde dava para o primeiro andar, ele suspirava enquanto mexia no celular, pensando em desistir e acaba bagunçando o cabelo com as duas mãos.

            -Por que ela não atende a porta? – Ele olhava para o celular trocando mensagem com  Myoungi de como fazer a garota voltar a falar com ele, então seu celular vibrou, era mais uma mensagem e essa dizia para ele não desistir de tentar falar com ela, então ele respirou fundo se espreguiçando antes de levantar e voltar para o segundo andar

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A campainha estava novamente tocando, Hiromi agora estava no sofá com a coberta até o nariz, ela tinha pensado que Jaebum já tinha parado de tentar voltar para seu apartamento quando ouviu uma voz.

-Oi, sou eu Jinyoung, - ele fez uma pausa- Seu vizinho – completou.

            Ela vai até a porta a abrindo de forma desconfiada, até ver somente o moreno ali parado, ele tinha um cheiro de álcool mas não muito forte.

            -Eu precisava falar com você. – Ele se segurou no batente fazendo ela abrir  a porta completamente, fitando o mais alto.

            -E o que seria? – Ela diz com seu tom normalmente baixo.

            -É que, é que eu... – Ele tirou a mão do batente perdendo o equilíbrio, fazendo a garota segurar em seu braço tentando ajudar para o mesmo não cair. – Eu..- Ele voltou a falar mas com a aproximação dos dois por ela não ter tanta força para segura-lo, ele passou uma de suas mãos nas costas de Hiromi a beijando, seus lábios são pressionados contra o dela, que fica sem qualquer reação e com  seus olhos arregalados.

            Ao perceber a reação da garota seu rosto  fica vermelho e ela ficou congelada com uma das mãos no lábios, quando ouviram um barulho nas escadas, era Jaebum que estava ali, assistindo toda aquela cena, seus rosto estava vermelho, sua expressão era uma mistura de raiva e surpresa, ele pegou seu celular do chão, descendo as escadas sem olhar para trás.

            -Eu... me desculpe – Jinyoung tentou falar com Hiromi que estava ainda com seu olhar na direção das escadas, quando voltou seu olhar  para ele sentiu o rosto pegando fogo e num impulso deu um tapa no rosto de Jiyoung que estava se aproximando novamente dela e entrando  em casa batendo a porta com força.

            -Eu sou um imbecil. – Diz para si mesmo colocando a mão na bochecha que estava vermelha pelo tapa, voltando cabisbaixo. – Eu tinha que ouvir aquele Youngjae, quando ele teve uma boa ideia na vida? – Ele suspirou fechando a porta de sua casa e se jogando no sofá com o rosto virado para baixo e sentindo os olhos ardendo por conta das lágrimas.

            Hiromi estava sentada em seu sofá com uma das mãos em seu cabelo e a outra nos seus lábios.

            -Como isso poderia acontecer com alguém como eu? – Ela bagunça seu cabelo encostando rosto nos seus joelhos, tentando entender o que acabara de acontecer e por que ver o JB ali foi pior que ter sido beijada, seu coração parecia que era apertado por uma mão invisível toda vez que lembrava da feição dele.