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História The heart wants what It wants - Nova amiga


Escrita por: MariiaDestiny

Capítulo 23 - Nova amiga


Olhava para Candice do outro lado da rua, ela parecia não sentir minha falta, ela ria de algo que José contava, levantei da calçada que eu estava e decidir ir embora, não podia ir para casa, pois meus pais iam desconfiar de algo, olhei o relógio do meu celular e estava quase na hora de ir para aula.

Caminhava pelas ruas sozinha,  com meu tênis na mão, a maquiagem borrada, e a roupa suja, não sabia direito onde estava, perdi meu celular, não tinha ninguém com que eu pudesse falar e nem telefona, apenas continuava andando sem rumo; Avistei uma parada de ônibus, andei até ela, e sentei, não tinha dinheiro  para pega ônibus, estava cansada de andar, queria apenas deitar ali, e ficar para sempre, não tinha como eu chegar assim na escola, sem que começasse as perguntas, como explicaria para minhas amigas sobre isso? e porque diabos estou pensando nisso agora?

Olhava para o céu, enquanto as horas passavam, as pessoas me encaravam como se eu fosse uma mendiga, confesso que estava com medo de alguém me reconhecer, e contar para os meus pais sobre meu estado, eles iam ficar tão decepcionados comigo, eu mesmo estava, uma moça me deu algumas moedas, acho que ela deve esta pensando que eu sou algum tipo de mendiga, não recusei, peguei as moedas de sua mão e agradeci.

Fechei meus olhos, ia descansar um pouco até conseguir andar novamente, assim que eu o fiz, ouvir uma buzina de carro, apitando sem parar, abrir os olhos, e olhei para frente com raiva, uma menina de cabelo cacheado, um pouco morena abaixa os vidros, e sorria em minha direção

—  Você – falei assim que a reconheci

— Eu – ela continuava sorrindo

—  O que você faz aqui?

— Apenas passando, e você, por que não esta com a Candice?

Apenas dei de ombros e a ignorei, pegando meus sapatos e voltando a andar, observava com canto de olho que ela dirigia o carro devagar me seguindo

— Ok o que você quer? –parei de andar e perguntei furiosa

— Apenas pensei que você estava precisando de ajuda

— Eu não estou, já pode ir - não sei porque mentir, mas agora não tinha como voltar atrás, continue andando

— Certeza que você não esta precisando de nada? – ela insistia — uma carona talvez?

—  Não – respondi grosseiramente

— Se você diz, a gente se esbarra de novo, tchau Selena

Ela acelerou um pouco, por um impulso gritei, pedindo para ela esperar, não era hora de ser orgulhosa, eu estava sozinha em uma rua desconhecida, não sabia como chegar na escola, ela era a única pessoa que podia me ajudar naquele momento, a vi dando a ré no carro, e voltar a sorrir para mim abrindo a porta do carro, eu entrei em seguida

Não falamos nada por um período, eu queria lhe fazer milhões de perguntas, como ela me conhecia, o que ela sabia sobre a Candice, como ela sabia que eu estava naquele ponto de ônibus, mas a única coisa que eu conseguir dizer naquele momento foi

— Obrigada

— De nada, alias, estou dirigindo mas não te perguntei, para onde você esta indo?

— Para escola católica do norte

— você vai nesse estado?

Por um momento tinha esquecido de como eu estava vestida, olhei minhas roupas, não era o melhor jeito de aparecer lá, mas não tinha nada que eu pudesse fazer, apenas acenei com a cabeça afirmando

Ela me olhou de cima a baixo, mas não comentou mais nada, o resto do caminho, conversamos coisas sem sentido, não tinha coragem de perguntar o que eu realmente queria; Parei para observar a janela e percebi que não era o caminho da escola, olhei para ela assustada

— Você disse que sabia onde ficava minha escola – indaguei ainda assustada

— E eu sei, mas não estamos indo para lá agora – continuava olhando para ela assustada — não se preocupe, não estou de raptando. – ela sorria.

Tentei não demostrar o quanto estava com medo, não conhecia aquela menina, e meus pais sempre me falavam sobre pegar carona com estranhos, já estava esperando ela me levar para um mato, e me matar, meus pais levariam anos para saber onde meu corpo estava, e talvez nunca descobrissem e isso tudo porque eu não ouvir eles e peguei carona com uma desconhecida, rezei pedindo ajuda para Deus, para que ela não me matasse.

Por fim ela estacionou o carro em frente a uma casa,  ‘’ é agora que eu sou morta’’ pensei, ela desceu do carro e eu continue lá dentro, imóvel, não conseguia me mover, apenas estava pensando freneticamente ‘’ por favor não me mate’’, ela abriu a porta do meu lado, se deitou sobre meu corpo, naquele momento minha respiração parou ‘’ é agora que ela vai enfiar uma faca no meu corpo’’ apertei bem meus olhos, e aceitei meu fim, ia morrer ali.

— Já pode levantar e sair Selena – ouvir ela dizer

Abrir meus olhos devagar, eu não tinha morrido? Ou aquilo era o céu e eu estava vendo tudo ali de cima? Olhei para o lado e ela me olhava com uma cara sem entender nada, com os braços cruzados, eu estava viva, toquei em todas as partes do meu corpo e sentir que ela havia apenas tirado meu sinto de segurança , me sentir muito feliz naquele momento, por esta viva, relutei em descer do carro

— Essa é minha casa, e se eu fosse fazer alguma coisa ruim com você, eu tinha te deixado naquela casa pra ser presa, agora desce – a menina desconhecida falava impaciente.

Ainda não confiava nela, mas o que ela falou fazia sentido, ela já tinha tido chances de me matar e não tinha feito.

Fui seguido ela até dentro da sua casa, não era muito grande, passamos por um corredor que dava para a sala de estar, a casa dela lembrava um pouco a da Candice, a diferença é que a dela não tinha andar de cima como a da Candice, tinha uma televisão antiga na sala, e um sofá, ela me chamou para continuar seguindo ela, eu fui, entramos em um quarto, como só tinha um deduzir que ela morava só, e que aquele era o dela, ela abriu o guarda roupa, jogou uma toalha em mim, e uma calça e blusa.

—  Não sei se vai servir, mas é melhor do que nada.

Peguei as roupas e agradeci sincera, ela me mostrou o banheiro, entrei, tranquei a porta e pela primeira vez pude ver meu estado real, eu parecia acabada, meu rímel tinha escorrido pelo meu rosto, e meus olhos estavam todos pretos e borrados, meu rosto estava com uma expressão cansada, não acreditei no reflexo que eu via, o que tinha acontecido comigo?

Durante o banho apenas tentava  encontrar mil motivos que tenha feito a Candice me deixar largada assim em um lugar, eu confiava tanto nela, por que ela faria uma coisa dessas comigo? Por que ela parecia não se importa se eu estava bem ou não? Sentir lagrimas  escorrendo pelo meu rosto, não conseguia conter elas, sentei no chão do banheiro, e então chorei.

As roupas da menina tinham ficado boas no meu corpo, ela era mais baixinha do que eu, mas suas roupas eram largas, e grandes então serviram perfeitamente, fui até a sala, e ela estava lá com um copo de café na mão, eu peguei agradecendo; olhei em volta da sala, e pude perceber que ela era uma pessoa bem simples, não tinha muito luxo, mas era reconfortante, olhei seus estantes de CD e não acreditei quando vi que ela também ouvia Taylor Swift, confesso que não pude conter meu lado fangirl, e pulei do sofá pegando o cd e pulando animado com ele na mão

-— VOCÊ TAMBÉM GOSTA DELA? – gritava animada

A menina, apenas sorriu afirmando com a cabeça, sorrir em volta animada, eu já gostava dela mesmo sem nem saber nada a seu respeito, conversamos sobre musica e percebi que ela  tinha os mesmos gostos musicais do que eu, mas também era um pouco rockeira como a Candice, a curiosidade de perguntar da onde ela me conhecia voltava, mas eu decidi apenas deixar como esta.

Terminei de toma café, e me sentia bem melhor, pedi para que ela me levasse para a escola, apesar de querer continuar lá, mas tinha coisas a resolver com a Candice,  ela entendeu , e me deixou lá

— Ah antes que eu me esqueça – falei assim que desci do carro – qual é seu nome?

— Alessia Thorne 

anotei seu numero, me despedi e ela foi embora

Estava atrasada, então corri para a minha sala, por sorte ( ou azar) não teria aula com a Candice hoje, então apenas a veria no intervalo.

O sinal bateu, eu e Amanda saimos da sala juntas, fomos até a Cantina, preparamos nosso lanche e nos caminhos para nossa mesa de sempre, como eu esperava a Candice estava lá, eu estava chateada com ela, com o que ela tinha feito na noite passada, e não deixaria isso barato, eu sou Selena Teefey e ninguém me faz de otaria, respirei fundo, tirei do meu interior a pessoa mais antipática que habita no meu corpo, chegamos na  mesa, Amanda sentou  e eu continue em pé

—  Por que essa garota ta sentada aqui? – todas me olharam sem entender — Querida – me apoei sobre a mesa, olhando bem nos seus olhos — O lugar de perdedores, é logo ali – e apontei para arvore que ela costumava ficar



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