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História The Heart Wants What It Wants - Project


Escrita por: Str4dlin

Capítulo 24 - Project


America não tinha notícias de Marlee desde aquele fatídico dia.

Tentava negar, mas sentia uma grande falta de sua amiga. Mesmo que não se vissem com tanta frequência, as duas viviam trocando correspondências, e isso já bastava pra uma sentir que a outra sempre estaria ali para o que precisasse, porém, isso já não existia mais.

E America nem se arrependia de ter feito o que fora praticamente obrigada a fazer. Marlee tinha sido extremamente preconceituosa, não tinha total culpa por sê-lo, era culpa dessa maldita sociedade, mas a mesma poderia muito bem deixar pelo menos um pouco de lado essa intolerância para apoiá-la nesse relacionamento, principalmente levando em conta que havia notado o quão animada ela estava com isso, chegando ao ponto de conseguir fazê-la superar todos os infelizes acontecimentos que a cercaram. Esse fato já não era o suficiente para deixá-la feliz pela amiga?

Era triste acabar uma amizade de tantos anos assim, mas não havia outro saída. Era necessário.

Além disso, America estava tentando ocupar sua mente de todas as formas possíveis. Suas aulas já haviam praticamente sido anuladas, ela tinha pouquíssimas por semana, passara a ajudar seu pai com alguns planejamentos do reino. Apesar de não estar ajudando em tanta coisa e não ser tão influente assim, ela se sentia feliz por começar a ser útil para o povo.

Graças a essa sua nova posição, tinha pouco tempo livre, mas sempre que podia, ia até o haras conversar um pouco com Maxon. Não tiveram nenhum momento tão intenso quanto o do dia em que se declararam, mas era sempre bom estar próximo a ele. Era como se suas energias se renovassem a cada minuto que ficasse com ele, então sempre se esforçava o máximo para vê-lo, mesmo que por apenas alguns míseros minutos. Isso quando Aspen não aparecia no palácio para tomar seu já escasso tempo livre.

Felizmente ele não aparecia tantas vezes, porém, a irritava da mesma forma. Irritava mais ainda pensar que um dia teria que casar com esse ser detestável, entretanto, tudo em seu tempo. Era melhor curtir o que ainda restava, e, de qualquer forma, no futuro ela seria a rainha, ele não poderia fazer nada contra ela, não teria poder para tanto, portanto ela poderia manter amantes ou o que quer fosse, afinal, seria a soberana.

Numa certa tarde, America estava no escritório de seu pai, ajudando-o com algumas coisas. Guardas entravam e saiam da sala regularmente, trazendo algumas notícias ou estatísticas. Naquele momento, não tinha muita coisa pela qual ela poderia ajudar, mas como o rei ainda não havia a liberado, teria de esperar para sair. Entretanto, ao olhar a janela vira que não poderia sair nem se quisesse.

O céu delineava cores bastante pesadas pelas quais cercavam todo a parte próxima do castelo, e, muito provavelmente, o reino inteiro. Uma tempestade estava por vir, e claramente não seria curta. America bufou baixinho, revirando os olhos, desanimada por ver que não poderia fazer uma pequena visita a Maxon naquele dia.

Essa era uma das únicas coisas que animavam seus dias, ter a esperança de vê-lo no final da tarde, mas a cada dia estava ficando mais difícil consegui-lo.

– Querida? – America ouviu a voz de seu pai e após alguns instantes perdida em pensamentos, ela notara que ele estava falando diretamente com ela.

Ao virar-se, a mesma percebeu que naquele momento não havia mais nenhum guarda por ali, era apenas ela e seu pai naquela ampla sala sofisticada e luxuosa que um dia seria dela.

– Sim, papai? – ela perguntou após sair de seus devaneios e endireitar rapidamente sua postura.

– Você está bem? Pareceu-me estar desconexa enquanto olhava para a janela...

– Sim, apenas estava pensativa... O que quer comigo? – ela se aproximou, disposta a ajudar. – Precisa de minha ajuda para algo mais?

– Não, não. Preciso ter uma conversa com você. Sente-se, filha, por favor.

America ficou desconfiada e relutante de início, refletindo o que poderia vir dessa conversa. De todas as outras vezes anteriores em que seu pai a chamara para conversar, era porque algo errado acontecera ou estava para acontecer. Nos últimos tempos não estava esperando boas experiências advindas das conversas que seu pai solicitava, mas ao mesmo tempo que não queria, não podia negar. 

Então, demonstrando relutância em seus passos, ela caminhou até uma cadeira que se posicionava na frente da mesa dele e o esperou começar a falar.

– Você sabe como está sendo difícil lidar com o reino depois da morte de sua mãe e de seu irmão, certo? – America viu os olhos de seus pais perderem um pouco o brilho depois de falar da morte prematura e injusta de seu filho e de sua mulher, era claro seu amargo sofrimento sob esses assuntos, ela soltou um suspiro, também sentindo uma leve dor ao lembrar, concordando com a cabeça. – Está sendo difícil para todos nós, ficamos muito tempo de luto e nos escondendo, mas mesmo que ainda doa bastante essas perdas que nos cercaram, precisamos nos manter de pé. E precisamos mostrar para o povo que apesar de termos ficado abalados durante tanto tempo, nós ainda estamos aqui e ainda somos a família real. Existem muitos comentários pelas cidades falando que estamos frágeis, e até boatos de que queremos largar nosso título. Porém, nós vamos mostrar ao contrário, mostrar que ainda estamos no poder e não pretendemos largá-lo. – America sentiu um leve arrepio subir por suas costas. Seu pai era um homem imensamente dócil e amável, mas quando precisava ser rígido e defender seu trono e ideais, conseguia ser uma pessoa totalmente diferente, ambiciosa e calculista.

Ela se perguntava se quando virasse rainha seria assim também.

– Entendo... – ela concordou. – E como pretende fazer isso? – adicionou, ansiosa para poder ajudar.

Ele lhe lançou um pequeno sorriso enquanto seu olhar demonstrava animo.

– Nós vamos fazer um baile.

America se segurou para não soltar um grande sorriso. Um baile? Mesmo que pudesse parecer uma coisa fútil, todas as garotas adoravam bailes, e para ela não era diferente. Crescera na família real, então sempre estava em todos os bailes possíveis e ela amava. Adorava a diversidade de vestidos, adorava as danças, apesar de não ser uma boa dançarina, adorava os comes e bebes que eram especialmente feitos para essa ocasião, enfim, adorava tudo. Era sempre um dos raros momentos em que ela percebia que valia a pena ser princesa.

– Um baile? – ela se deixou abrir um sorriso. – Faz quanto tempo que não fazemos um baile aqui no palácio? Meu Deus, sim! Sim!

O rei sorriu vendo a animação da filha.

– Sim, nós iremos fazê-lo, mas... – ele puxou alguns papéis de sua gaveta e colocou no centro da mesa. – Temos alguns problemas. Sua mãe era quem organizava todos os bailes, agora como não temos ela... Você é o mais próximo de rainha que temos, portanto essa tarefa ficará em sua responsabilidade. – ele estendeu aquela papelada para que ela pegasse. – Aqui estão algumas informações que podem lhe ser úteis, são algumas anotações de sua mãe, a maioria das coisas que pode precisar estarão registradas nessas folhas. Além disso, como já deve saber, você terá de fazer uma lista de convidados, e, mesmo que o melhor e tradicional fosse convidar todos da capital, não podemos correr o risco de trazer um infiltrado ou rebelde para dentro de nossa casa, isso nos deixaria vulnerável e propícios a ataques. Então apenas coloque famílias de confiança nessa lista.

America concordava com a cabeça, fazendo anotações mentais para que não se esquecesse posteriormente. Mesmo que não parecesse tão interessante organizar um baile, ela sempre ficara curiosa para ver como seria. Sua mãe nunca lhes mostrava, mas o bailes organizados por ela eram sempre inovadores, além de comentados e imitados por todos os outros bailes de outras famílias nobres que resolvessem fazer.

Mal podia esperar para começar, já tinha até uma ideia da decoração que mandaria fazer.

– Tudo bem, esforçar-me-ei para deixar tudo perfeito. Não se preocupe, papai. Tomarei todas as precauções necessárias.

– Certo. Caso precise de alguma ajuda, creio que a madame Wright estará disposta a ajudá-la. – o rei se referiu a antiga dama de companhia de sua mãe. Ela assentiu, ficando a cada instante mais agitada para deixar sua criatividade fluir e começar a organizar o evento. – Bom, se não precisar de mais nada, já está liberada por enquanto. Aliás, está liberada nos próximos dias, tem até sábado que vem para finalizar a organização. Dê o melhor de si.

– Sim, pai. Obrigada. – ela falou, levantando-se animada para iniciar o processo o quanto antes. – Prometo que farei o melhor que puder. – após isso ela saiu da sala se segurando para não saltitar de excitação.


Notas Finais


Oii gente! 🙃
Sumi por um tempo, mas já reapareci. Não era pra ter ficado tanto tempo assim longe, mas eu estava tendo uma prova atras da outra, quase sem descanso, então ficou meio difícil, mas consegui escrever ontem e aí está!!
Sobre esse baile: vai rolar umas coisas que olha 🌚 Acho que vcs vão gostar. Só acho 🌞
Vou voltar a dar uma sumida agora, mores 😔 Minhas provas do 4º bimestre começam amanhã, e tô realmente querendo me dedicar. Provavelmente em umas 3 semanas estarei de volta (pelo menos é o que eu planejo)
Veremos como isso vai ficar!! Bjs 😘


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