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História The Heirs •° (G-Dragon) - Confissões


Escrita por: Park_LuhMin

Capítulo 14 - Confissões


Fanfic / Fanfiction The Heirs •° (G-Dragon) - Confissões

Depois de passar quase o dia todo na casa dos Park’s, eu estava exausta. A mãe de Jimin me apresentou a uma famosa colunista de uma revista, na qual ela estava responsável de cobrir e divulgar tudo sobre o casamento, a senhora Park fez questão que eu desse uma entrevista falando só sobre Jimin. Céus como isso é cansativo! 

 A doença da senhora Park me fez pensar em muitas coisas a respeito de Jimin. Estou confusa… Mas decidida a ir atrás de Ji-Yong, agora que estou tão perto, não posso desistir, eu tenho certeza de que ele irá me entender quando eu explicar a situação.


🎆


Chego em casa, vejo que não tenho muito tempo para o encontro com Ji-Yong. Tomo um banho rápido, escolho um vestido sem esquecer o colar que ganhei do mesmo. Dou uma última olhada no espelho, sorrindo de forma boba para o reflexo.


 -Está linda! (Jin diz me observando na porta)

 -De verdade? (Pergunto preocupada)

 -Eu já menti para você? (Ele diz) 

 -Não… Mas você é meu Pai, então é suspeito em falar… (eu digo indo abraçá-lo) 

 -Eu sou seu Pai, mas digo a verdade. Quer ver… Você não fica bonita quando está comendo macarrão com muito molho… Seu nariz e suas bochechas ficam sujas parece uma porquinha, você também não fica bonita quando acorda. Parece que alguém te deu uma surra durante a noite, e seu rosto fica todo ama… (eu o interrompo) 

 -Ah!!! Tá bom, já entendi. (Eu disse me afastando dele ouvindo suas risadas) 


 Pego minha bolsa, me despeço de Jin e logo entro no táxi em direção ao parque, estou tão nervosa, com medo, ansiosa…



 🎆



 Olho mais uma vez no relógio. 17h55min. O táxi para em frente ao parque, e eu vejo pessoas por toda parte. As luzes dos brinquedos estavam piscando, tudo era muito bonito. Respiro fundo e me infiltro em meio a multidão, vou em direção ao Hoseok que longe me vê e acena para mim.


 -Oi. (Ele diz me abraçando)

 -Oi Hope! (Eu digo com a voz trêmula)

 -Está pronta? (Ele sussurra em meu ouvido)


 Assinto com a cabeça concordando com ele. 


 -Então olhe para trás, e boa sorte! (Hope diz e me solta) 


 Lentamente eu me viro e meus olhos vão direto pra ele… Ji-Yong estava na entrada do parque, ele parecia procurar alguém. E devido as pessoas que passavam entre nós, ele não havia me visto ainda. Tudo ao meu redor parecia se mover em câmera lenta, em passos lentos e calmos fui ao seu encontro. Ele estava lindo. 


 -Procurando alguém? (Eu disse parando ao seu lado) 


 Pude notar sua expressão de surpresa,  pois ele demorou um tempo para responder. Seus olhos pousaram em meu pescoço onde estava o colar, imediatamente arregalou os mesmos e deixou sua boca entreaberta. 


 -Ha … Bin… (ele diz sussurrando) 


 Sorri amavelmente para ele, de forma que ele se sentisse mais confortável ao meu lado. 


 -O que faz aqui? (Ele diz desviando o olhar)

 -Precisamos conversar Ji-Yong. Eu quero muito e preciso disso. (Eu disse me aproximando dele)

 -Tem dedo do J-Hope nisso, não tem? (Ele pergunta colocando as mãos na cintura impaciente) 

 -Ji-Yong? Olha pra mim? (Eu peço e ele faz)


 Ele me encara  esperando que eu diga algo.


 -Me dê só um pouco do seu tempo, se mesmo depois de hoje você ainda me quiser longe de você. Eu irei e não voltarei mais… (eu disse na esperança de que ele aceitasse)

 -Promete? (Ele pergunta me encarando com seu olhar frio) 


 Seu tom de voz entra em meus ouvidos como se fossem mil agulhas. 


 -S-Sim, eu prometo. (Respondo nervosa) 

 -Certo, tome seu tempo então. (Ele diz entrando no parque) 


 Eu fiquei observando ele caminhar, senti uma ponta de desespero em meu peito. Imaginei de alguma forma, que naquele momento ele estava me abandonando, para sempre. Respiro fundo para tentar tirar essa paranóia da cabeça.

 Ele para de andar alguns passos depois de perceber que eu não o segui.


 -Você não vem? (Ele pergunta)


 Sorri fraco e logo me apresso em segui-lo. Nós estávamos caminhando lado a lado entre aquelas pessoas, algumas crianças apressadas passavam por mim e me empurravam. Mais uma vez eu fui deixada para trás… Olhei para os lados e não Ji-Yong, mas logo sinto alguém segurar minha mão em um aperto forte. Sorri fraco e respirei aliviada, ele estava ali ao meu lado novamente.


 -Daqui a pouco você se perde no meio dessas crianças… (ele diz sorrindo de lado)

 -Ya! O que está insinuando? (Pergunto fingindo estar brava) 

 -Eu não estou insinuando nada… Não tenho culpa se você é quase do tamanho daquelas crianças… (Ele diz e ouço sua risada em seguida) 


 Mesmo que seja para caçoar da minha altura, ouvir sorrir pra mim foi muito especial.


-Onde quer ir primeiro? (Ele pergunta)

 -Ahn… quero ir na montanha russa… (eu disse animada apontando para o brinquedo) 

 -Por que isso não me surpreende? (Ele disse de maneira fofa) 

 -Vamos logo! (Eu o puxo pela mão correndo até a fila) 


 Brincamos muito, tanto que quase me esqueci do motivo verdadeiro daquele encontro. Se a primeira vez que Ji-Yong me trouxe aqui foi perfeita, essa segunda vez nesse parque foi além da perfeição. Eu pude contemplar seu sorriso o tempo todo. Nem parecia que tínhamos nos afastados por cinco anos. 

 Assim que saímos de um dos brinquedos, nos sentamos na grama, cansados. Eu queria mais daquilo, aquela adrenalina louca de estar ao lado dele, de estar com ele. Ouvi a respiração descompassada dele e a minha não estava diferente.


 -Estou com sede. (Ele diz)

 -Eu também. (Respondo) 

 -Vamos beber algo, vem. Levanta! (Ele diz se levantando rápido) 

 -Não consigo… (eu me joguei deitando de vez na grama)

 -Vamos, levante. (Ele diz estendendo sua mão) 


 Me esforço para pegá-la, e quando pego o impulso para levantar, Ji-Yong se desequilibra, talvez por também estar muito cansado. Bati as costas novamente no gramado e gemi um pouco com a dor. Ji-Yong cai por cima de mim de olhos fechados.


 -Machucou? (Ele perguntou preocupado) 

 -Hum… Não. (Eu disse  voz baixa)


 Nos olhamos por alguns segundos, e sem parar muito para pensar nas consequências, fiz um movimento rápido colocando minha mão em sua nuca, puxando-o para um selar demorado. Eu precisava tanto daquilo, eu senti tanta saudade… 

 Por um momento eu pensei que ele iria se afastar, brigar comigo de alguma forma e ir embora. Mas logo esse pensamento foi embora quando senti sua mão dedilhar meu rosto, e sua língua discretamente me pedir passagem.

 Aprofundamos nosso beijo que antes era lento, agora era necessitado e cheio de sentimentos ocultos. Nos separamos para buscar um pouco de ar, mas logo iniciamos outro beijo, de muitos que trocaríamos nessa noite.



 🎆



 Ji-Yong deitou-se ao meu lado naquele gramado, e nós ficamos encarando aquele céu estrelado de mãos dadas. 

 Depois daqueles beijos, não dissemos nem uma palavra, simplesmente aproveitamos nosso silêncio. Sabíamos que se falássemos algo, aquele momento bom iria acabar. 


 -Eu senti sua falta! (Eu disse sussurrando) 


 Após dizer isso uma lágrima  solitária caiu sobre meu rosto. 


 -Me perdoe por não voltar. Me perdoe por te deixar sem notícias. Por prometer algo que não posso cumprir. (Ele disse com a voz serena)

 -Eu já te perdoei há muito tempo. (Respondi me virando para encará-lo)


 Ele continua olhando o céu fixamente sem piscar. 


 -Eu amo você! Sempre amei, e vou continuar amando. (Eu disse sussurrando) 

 -Nós não podemos… (Ele ia dizendo mas o impedi colocando meu dedo indicador em seus lábios) 

 -Nós podemos. Eu quero muito isso, eu quero muito viver ao seu lado pra sempre. (Eu disse me aconchegando em seu peito)


Senti ele sorrir e deixar um beijo nos meus cabelos, logo em seguida me apertando mais ainda em seus braços.


 -Eu … Eu também amo muito você… (Ele diz um pouco apreensivo) 


 Me sento rapidamente olhando em seus olhos surpresa.


 -Que? … Diz de novo. (Eu disse empolgada) 

 -Para com isso. Não vou dizer, você já ouviu… (ele disse me puxando para deitar seu peito novamente) 

 -Ahhh!!! (Eu disse emburrada fingindo estar brava)


 Em um movimento rápido ele me vira e fica novamente por cima de mim, deixando vários selares em meu rosto. Sussurrando “Eu … Te… Amo…” pausadamente entre os beijos. 


 -Chega! Vamos beber algo. (Ele diz se levantando e me puxando em seguida)

 -Ji-Yong? (Chamei) 

 -Hum? (Ele resmunga) 

 -Me carrega em suas costas…? (Pergunto)

 -Aish… Só se você me pedir de novo me chamando de “Oppa”... (Ele diz malicioso)

 -Que??? Nunca… (eu disse cruzando meus braços) 

 -Então use suas pernas… (ele diz pegando em minha mão)

 -Malvado… (resmungo fazendo bico)


 Ji-Yong rapidamente rouba um beijo e sai correndo. 


 -Volta aqui… Oppa… (Eu disse correndo atrás dele)


 E no momento seguinte, lá estava eu sendo carregada por ele, em suas costas. Chegamos a lanchonete e pedimos dois sucos de laranja. 


 -Você me cansou hoje, há tempos eu não fazia tanto exercício assim. (Ele dizia sorrindo)

 -Eu amei, tudo que aconteceu. (Eu disse lembrando do nosso beijo)



 🎆



 Após algum tempo, nós continuamos sentados na mesa da lanchonete, conversamos sobre o parque e sobre o Hoseok. Logo vejo sua expressão ficar séria novamente.


 -Foi  um tempo maravilhoso que estive com você, mas… É hora de cair na realidade, você tem sua vida, seu noivo. Volte pra ele. (Ele dizia sem emoção)

 -Não! Eu não vou me casar, Ji-Yong você ainda não entendeu que você é o amor da minha vida. (Eu disse desesperada) 

 -Se eu não tivesse voltado você iria se casar, então é só fingir que nada disso aconteceu e voltar para sua vida. (Ele diz desviando o olhar)

 -Eu não iria me casar por amor… É isso que estou tentando te falar, eu preciso te contar tudo… (eu disse segurando sua mão implorando para que ele me ouvisse)

 -Se não é amor, é o que então? (Ele pergunta) 


 Passei vários minutos contando tudo que aconteceu nesses cinco anos, desde o momento em que ele se despediu de mim, me prometendo que voltaria.

 Não sei por quanto tempo ficamos ali falando sobre o passado, mas tudo foi gratificante Ji-Yong entendeu tudo que aconteceu. Expliquei sobre a ameaça do pai de Jimin, e sobre como eu não poderia dizer a ninguém. Depois de desabafar, senti os braços de Ji-Yong me puxar para um abraço. 


 -Me perdoe por deixar você sofrer tudo isso, eu quis tanto proteger você que acabei te entregando para o lobo.(ele disse) 

 -Só por você estar aqui, já vale meu esforço. (Eu disse sorrindo)


 Saímos da lanchonete e olhamos os brinquedos em volta. 


 -Vamos embora? (Ele pergunta)

 -Não! Antes quero ir ali com você. (Aponto para a roda gigante)

 -Ah! Não… (ele diz fazendo caretas)

 -Oppa… Por favor… (Eu disse manhosa tentando fazer aegyo)


 Ele ri daquele meu comportamento e logo pega em minha mão, indo até a fila para ir na roda gigante. Quando estávamos na fila sinto meu celular tocar em meu bolso.


 -Ah, só um minuto. (Eu disse soltando sua mão) 


 Ele assente com a cabeça, e nós dois olhamos o nome brilhar no ecrã do celular, “Casa dos Park’s”. Ji-Yong fica sério e desvia o olhar, não penso duas vezes antes de rejeitar a ligação.


 “ Hoje vocês não vão me tirar daqui.


 Guardo o celular novamente, e quando seguro novamente a mão de Ji-Yong, ele bufou impaciente. Logo ouço meu nome ser chamado na fila.


 -Ha Bin-ah? Kim Ha Bin??? (Uma mulher dizia) 


 Ji-Yong solta minha mão, e sai andando em passos duros pelo parque. Eu corro atrás dele e seguro sua mão, ele volta e me empurra de leve.


 -Ji-Yong volta aqui. (Eu grito em meio a multidão) 


 Tento procurar por todos os lados, mas já não há nem um sinal dele. Sinto uma mão segurar meu ombro, me viro rapidamente na esperança de ser Ji-Yong.


 -Ha Bin! Que bom te encontrar aqui. Está sozinha? (A mulher pergunta)


 Eu a encaro confusa, mas concordo com a cabeça ainda procurando por Ji-Yong.


 -Ah! Que bom, se lembra de mim não é? (Ela pergunta)

 -Ah! Desculpe. Como é seu nome? (Eu digo impaciente) 

 -Sou a colunista da revista que vai cobrir seu casamento nos conhecemos hoje mais cedo, me chame de Sook. (Ela diz com uma alegria excessiva) 

 -Ah, sim… (eu disse sem interesse) 

 -Vamos aproveitar e tirar uma selfie deste momento. (Ela diz e tira uma foto nossa com seu celular) 

 -Que? (Antes de questionar, ela já havia tirado) 

 -Ótimo, vamos na roda gigante? Você não estava indo lá? (Ela pergunta me puxando pela mão)


 Quando chegamos na fila, tinha outras pessoas que trabalhavam na revista junto com ela. Eles não paravam de tagarelar, e eu para fingir “socializar” com eles, somente sorria forçadamente.


 -Com licença! (Eu disse saindo de perto deles) 


 Ouço Sook gritando meu nome, e apressadamente entro em meio a multidão de forma que ela não me encontre mais. Pensando melhor agora, se ela tivesse visto eu e Ji-Yong, com certeza isso estaria estampado na revista amanhã. 

 Caminho mais um pouco procurando por todos os lados possíveis, sinais de Ji-Yong. Quando eu estava desistindo me sentei em um banco próximo ao carrossel e observo atentamente o movimento das pessoas. Ouço uns gemidos atrás do banco onde estou sentada, logo me virando. 

Desejei mil vezes não ver aquela cena. Ji-Yong estava sentando no chão, seu corpo estava suado, sua pele pálida. 

Nos seus braços estava um garrote amarrado e marcas de agulha em cima de sua veia. Ao seu lado tinha algumas seringas.


 -Não, não, não… Mil vezes não! Por que Ji-Yong? Porque? (Pergunto desesperada segurando seu rosto) 


 Percebo que ele parece não estar consciente, então ligo rapidamente para a ambulância. Fico ao seu lado tentando acordá-lo o tempo todo, sem sucesso. 

 Assim que ouço as sirenes chegando ao parque, eu abraço Ji-Yong deixo um selar rápido em seus lábios e vou em direção aos enfermeiros indicando o local onde ele estava desmaiado. 

 Me afasto um pouco e observo tudo de longe. Quando a ambulância estava saindo, o enfermeiro olha em volta.


 -Algum parente ou conhecido irá com ele? (Ele diz) 


 Olho para os lados e Sook tirava fotos de tudo que acontecia, então fecho os olhos e  dou o primeiro passo para ir até a ambulância, sinto uma mão em meu ombro. 


 -É melhor você ir para casa, eu te darei notícias. (Hoseok diz o até a ambulância)


 Sinto que minha alma saiu do corpo por alguns instantes acompanhando a ambulância partir…


 “O que você tá fazendo Ji-Yong?”  



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