História The Heirs •° (G-Dragon) - *Bônus* - Especial Jimin.

Jimin Onn

Depois de sair do hospital e deixar Ha Bin em paz. Fiz o que prometi a ela, cancelei meus compromissos do dia e fui para casa.

Meu Pai estava trancafiado em seu escritório desde quando sai para o trabalho hoje pela manhã.

- Olá, onde está a senhora Park? - questiono a empregada que me recebe na entrada da sala.

-Bom dia Senhor Jimin, chegou cedo hoje. A senhora Park está em seu quarto. - Ela responde.

- Ainda? Mas já passa das 10 horas da manhã. Ela tomou o café?  - Pergunto.

-Ela não quis senhor. Disse que estava sem fome e não quer ser perturbada, mas acredito que se talvez o senhor fosse lá. Ela poderia comer um pouco. - A empregada diz envergonhada.

- Entendo, vou subir então. - Disse indo até a escada - Mas me diga, a quanto tempo ela está assim? - Pergunto encarando-a.

-Faz muitos dias senhor. - Ela responde de cabeça baixa.

Será que ela está doente? E como Ha Bin sabia disso?

Me questiono enquanto caminho em direção ao seu quarto. Ao chegar, dou leves batidas na porta, e não obtendo respostas abri a porta.

O quarto estava completamente escuro, então caminhei rumo a sua cama.

-Senhora Park? - Disse com a voz firme.

Eu nunca a chamo de “Mãe”, talvez eu tenha me acostumado a isso. Ela também nunca me cobrou tal coisa, então sempre pensei que estava tudo bem.

Mas de repente senti vontade de chamá-la de mãe.

-Mãe? - Chamei tocando em seu ombro.

-Me deixe em paz Susana,  eu disse que não quero ser incomodada. - diz pensando ser a empregada.

-Mãe sou eu Jimin. O que você tem? - Pergunto preocupado.

Minha Mãe não é do tipo que fica doente, ela sempre foi o pilar dessa família. Talvez eu me arrisco dizer que se ela não estivesse aqui, eu e meu Pai viveríamos em guerra. Sempre quando brigamos ela está ali para entrar no meio. Me recordo de algumas “surras” que levei, onde ela sempre interferiu e me tirava de perto do meu Pai.

Não pra me dar carinho, e sim para que ele não me machucasse mais. Era muito raro os momentos em que recebi carinho dela, meu Pai dizia que se ela me tratasse com carinho eu viveria dependente dela. Então ela preferia obedecer a ele.

-Filho o que faz aqui? - Perguntou surpresa.

-Tirei o dia de folga pra ficar com você. Já que amanhã estarei de partida para os EUA. - Respondi sorrindo ligando o abajur ao lado de sua cama.

Me surpreendi ao ver sua expressão cansada, ela parecia estar mais magra também. Será que ela está mesmo doente?

-Oh! Que bom, não precisava se incomodar por minha causa Jimin. Seu Pai pode se chatear. - Ela diz se sentando na cama.

-Não me importo, quero que se arrume bem bonita. Vamos dar uma volta. - Disse animado.

-Hum… - ela diz pensativa. - Me alguns minutos então.  - responde depois de alguns segundos.

-Ok, vou te esperar na sala.

...

Passado algum tempo, minha mãe desceu as escadas toda produzida como de costume. Maquiagem bem feita, a roupa mais cara de seu guarda roupas, e um largo sorriso no rosto,  era realmente minha mãe de todos os dias.

Fomos ao museu, ela adora obras de artes e objetos antigos. Ficamos olhando horas para aquelas peças e conversando sobre o quanto todas eram muito velhas.

Após horas.de museu, levei para almoçar,  de alguma forma ela não me parecia bem. Só que não me dizia nada, e eu também não quis invadir sua privacidade e perguntar. Até ela pedir para ir ao banheiro e demorar para voltar.

-Você está bem Mãe?  - perguntei quando ela se sentou novamente.

-Sim, só estou muito velha e o passeio me cansou.  - Ela diz forçando um sorrindo.

Deve ser isso mesmo, ela já não tem a disposição de antes.

-Sabe filho, você tem correr atrás de sua felicidade. Não importa com quem seja, não se prenda a seu Pai. Ele já viveu a vida dele, viva a sua. - Ela disse sorrindo.

-Obrigado Mãe. - Respondi devolvendo o seu sorriso.

O dia passou depressa, voltamos para a casa e ficamos a tarde toda assistindo filmes infantis. De repente me deu vontade de ser criança de novo, só para aproveitar mais de seu cafuné, de suas palavras doces e sua companhia.

Não demorou para a noite chegar.

-Mãe? - a chamo e vejo ela de olhos fechados - Posso dormir com você? - Pergunto sussurrando.

-Só se você me deixar dormir em seus braços. - Ela responde sorrindo.

-Claro, vem cá. - abri os braços em sua direção.

-Ah! Isso é tão bom, faz tanto tempo que não durmo nos braços de um homem. - Ela diz se aconchegando.

-Aigo!  E meu Pai? O que faz a noite? - Pergunto confuso.

- Ele dorme no escritório,  ou no quarto de hóspedes. Você sabe que não somos um casal faz muito tempo né. - Ela diz entristecida.

-Eu entendo Mãe,  me arrependo de ter me afastado de você todo esse tempo. Queria ter dormido mais vezes assim com você. - Disse pensativo.

-Não se preocupe filho, você fez o que tinha te que fazer. Eu estou muito orgulhosa de você. - Ela diz sorrindo e acariciando meu rosto.

-Eu amo você,  e te prometo que eu vou voltar pra te levar para os EUA comigo. Você vem? - Pergunto.

-Eu ficaria muito feliz com isso, mas mesmo que eu não vá com você. Sempre estarei ao seu lado, mesmo que seja em espírito. - Ela disse me assustando .

-O que quer dizer com isso? - Pergunto.

-Vai dizer que não sabia? Esse é o poder secreto das mães. Sempre estarem ao lados dos filhos, mesmo quando eles não estão juntos de verdade. - Ela explica.

-Ah, tá. Mas não quero saber disso, vou voltar pra te buscar então deixe sempre sua mala arrumada. - Disse sussurrando fazendo ela sorrir.

-Eu sempre estarei pronta meu filho. Agora vamos dormir que amanhã você viaja cedo. - Ela diz beijando meu rosto.

-Eu te amo. - Sussurrei enquanto beijei sua cabeça.

Logo nós dois dormimos profundamente. Realmente  aquele havia sido o dia mais feliz da minha vida.

Pela manhã levantei sem fazer muito barulho para não acordá-la.  Minha Mãe dormia serenamente com uma expressão alegre em seu rosto aproveitei e deixei um beijo rápido em seus cabelos.

-Espero que não brigue comigo quando acordar e ver que eu já fui embora, você sabe que odeio despedidas. Então eu voltarei pra te buscar Mãe. - Sussurrei e logo saindo do quarto.

…

Muitas horas mais tarde… (Los Angeles - EUA).

Eu estava ao lado de meu Pai, reunido com os acionistas da empresa na qual eu seria o novo presidente. Tudo ali estava tedioso, já não aguentava mais ser obrigado a ser simpático com aqueles homens. Eu estava cansado, chegamos no aeroporto e viemos direto para cá. 

Mas sou obrigado a isso, desde que meu Pai me propôs que eu fizesse tudo que ele queria, para deixar Ha Bin em paz. E em uma dessas coisas que ele queria, estava incluído morar nos EUA.

-Filho? - Meu pai me chama.

-Sim? - Respondi sério.

-Quero que conheça alguém importante. -Ele  disse me conduzindo no escritório.

Concordo e logo sigo por onde ele indica. Logo ele abre a porta de uma sala, nela havia duas pessoas. Um senhor de mais ou menos a idade do meu Pai. E um jovem,  poderia arriscar que ele seria mais novo do que eu.

-Jimin, esses são o Senhor Jeon Mino e seu filho Jeon Jungkook. Eles são os donos das empresas Jeon’s. - Meu Pai apresenta.

-Olá,  prazer… - apertei a mão dos homens a minha frente e logo me sento próximo a eles.

Sem entender muito, olhei confuso para meu Pai.

-Muito bem Jimin, finalmente nos conhecemos. - Senhor Jeon sorri me encarando.

Não entendi muita coisa, mas somente concordei com o que eles diziam. Os mais velhos desenvolveram uma conversa estranha sobre a fusão das empresas, Jeon’s com a Park’s. E pelo o que eu entendi, eu administraria as duas empresas. Tendo Jungkook como meu braço direito.

-Por mim está fechado. - Meu Pai diz sorridente.

-Por mim também. Jungkook já pode começar a trabalhar ao lado de Jimin a partir de amanhã. - O senhor Jeon diz, e eu percebo a expressão de tédio no rosto do garoto em minha frente.

Os mais velhos estavam se despedindo, deixando eu e o garoto de lado.

-Jimin? - O senhor Jeon me chama e eu o olho. - Por que não vai dar uma volta com Jungkook e já se aproximam-se, afinal, vocês ficaram um bom tempo junto. - diz sorrindo e eu concordo fazendo uma reverência.

Olhei para o garoto ao meu lado que parecia um pouco tímido,  então me endireitei e desviei meu olhar.

-Acho que somos obrigados a isso, fico feliz que eu não seja o único no planeta. - Disse para quebrar o clima.

-Digo o mesmo. - Ele diz envergonhado.

- O que acha de beber algo? - Pergunto afrouxando minha gravada e abrindo dois botões da camisa.

-Acho perfeito. - O garoto sorri amavelmente me acompanhando.

“Parece que tudo está se encaixando, mas a minha história será assunto para uma outra hora. Quem sabe.”