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História The Hell In Life - Vomitando quem devorou.


Escrita por: Gika_Canjica

Notas do Autor


Oie gostosos da minha vida!
Leiam esse capítulo como se estivessem comendo uma coxinha enorme e me contem como foi a experiência nas notas finais :3
Até lá :*

Capítulo 29 - Vomitando quem devorou.


Fanfic / Fanfiction The Hell In Life - Vomitando quem devorou.

                  JULIE ON

- Trouxemos café para todo mundo- Dylan ergue os copos do Starbucks como se fossem troféus de algum evento a qual eles ganharam.

Todos prestavam muita atenção no vídeo de um gato que dançava na tv e acabam por ignorá-lo, e ele se senta ao meu lado frustrado colocando a sacola em cima da mesinha de centro da sala.

- Eu aceito- Digo sorrindo enquanto pego um dos copos, não um aleatório e sim o que continha meu apelido dado por Dylan na quinta série escrito em letra maiúscula. Esse garoto é uma peste.

Isso que dá querer ser gentil com Dylan Carter, estava um pouco arrependida de ter aceitado e lhe lanço um sorriso de deboche para tentar sair vitoriosa da situação.

O que estamos fazendo em plena segunda na casa dos Carter? É uma boa pergunta, mas o noticiário que interrompe o vídeo do gatinho, responde.

“ Por conta da neve as aulas de hoje em todos os colégios de Gainesville foram canceladas”


Meu palpite é de que o repórter que deu essa notícia não era muito feliz no ensino médio, porque ele diz com uma felicidade tão grande que foi impossível para ele esconder o sorriso enorme que se abriu em sua boca, bom, isso quer dizer que ele é uma boa pessoa, fica feliz pelos jovens que não terão que enfrentar dez aulas e um diretor rabugento.

- Eai? O que vamos fazer hoje? Quer dizer, temos um dia inteiro livre- Mari fez um movimento que me pareceu como um parto, ela era o bebê recém nascido e os cobertores eram a vagina. Ok, esse meu pensamento foi desnecessário.

- Isso me dá medo, assim como estamos desocupados graças a neve, Sam também está- Selly sempre foi pessimista, as vezes eu queria dar na cara dela por isso, mas sempre desistia ao olhar para seu rosto angelical e perceber que amava aquela vaca de asas.

Na verdade não estava nevando horrores! Bastava um floco de neve entrar em contato com o chão que a população já encontrava um motivo para fugir do trabalho e deveres, Dylan e Noah conseguiram voltar inteiros, exceto pela falta do cérebro, mas isso eles já não tinham antes mesmo de irem.

- Eu sugiro que fiquemos aqui debaixo das cobertas maratonando Friends e How I Met Your Mother- Dylan pigarra quebrando o silêncio.

- Isso é rotina de gente velha! Vamos fazer alguma coisa mais emocionante.-

Dylan assume uma expressão de alguém que acabou de ouvir uma notícia ruim.

- Não é coisa de velho! E se alguém brigar querendo dizer que uma das séries é melhor que a outra, resolvemos na porrada, porque as duas são ótimas. Por acaso velhos fariam isso?- Ele estava claramente ofendido, era como se Naty tivesse falado mal de seu pai ou de seu violão a qual ele chama de Katniss- Ele é apaixonado por ela, também, quem não é?

- Eu acho uma boa, é bem capaz que se sairmos lá fora, Die tenha feitos bonecos de neve com nossos rostos e coberto eles de sangue- Thomas responde e todos dão risada.

- Se ele não tinha pensado nisso, agora ele pensou! E vai acabar querendo te contratar para ajudá-lo com os planos- Nanda diz e todos continuam rindo.

- Beleza, eu preparo a pipoca- Me levanto em um pulo e Dylan dá um pulo maior.

- Não!- Ele grita como se eu tivesse falado que iria matar alguém e eu ergo os braços assustada vendo Léo entrar na casa, e tirar o casaco.

- O que Dylan quis dizer com esse grito ridiculamente masculino, é que ninguém gosta da sua pipoca- Léo diz se sentando no sofá calmamente, como se tivesse acabado de dizer que iria chover.

- Não gostam da minha pipoca?- Pergunto incrédula.

- É que... Você sempre deixa ela começar a queimar e ela fica dura... Nem no micro-ondas você consegue fazer sem queimar- Selly diz da maneira mais gentil que pode e eu me sinto ofendida, mesmo que concorde com o que ela disse.

- Mas amamos seu refrigerante- Peter diz tentando me reconfortar.

- O que eu só pego da geladeira e sirvo nos copos?- Digo erguendo uma de minhas sobrancelhas.

- Esse mesmo!- Matt diz rindo.

- Odeio vocês- Digo me jogando no sofá novamente e Mari me olha com um olhar solidário. Ela também não sabia fazer uma boa pipoca.

- Por que está aqui? Não tinha o caso do cachorro desaparecido para solucionar?- Matt brinca com Léo que força uma risada.

- Nem me fala nesse cão, está me dando um puta de um trabalho, acho que foi abduzido, suas teoria sobre ets são mais válidas do que nunca Julie- Ele olha para mim- A delegacia foi fechada para minha sorte, então fui olhar meu celular e vi a mensagem do Dylan falando sobre a maratona, na verdade ele até postou isso no Facebook, e eu não podia perder, acho que isso não é muito profissional da minha parte, eu deveria estar cheirando a ração do cachorro agora- Ele explica rindo.

Todos nos ajeitamos e Dylan veio me encher o saco só porque eu estava deitada em um sofá inteiro, segurando minhas pernas e se enfiando por baixo dela, colocando-as em seu colo e Mari solta How i met your mother.

Foi então que percebi que o inferno em vida é mais fácil de se viver se dividido para onze.

Depois de alguns episódios e muitas risadas, a campainha toca.

- Deixa que eu abro- Dylan joga minhas pernas para cima e se levanta rapidamente, indo até a porta, abrindo a mesma.

- Oie! O Peter está aí?- Era Sam, mas dessa vez sem o sorriso de deboche.

- O que você está fazendo aqui?- Peter pergunta se levantando e indo até a porta ao ver o ex melhor amigo.

- Que pergunta é essa? Fui até sua casa e sua mãe disse que você estava aqui... Lembra que combinamos de jogar left 4 dead 2 já que acabou de lançar?- Sam pergunta franzino o cenho e parecia incomodado com o fato de todos nós estarmos encarando ele.

- Isso foi há mais de um ano atrás- Ele diz confuso e Sam o olha como se ele fosse o louco.

- Não quer entrar? Estamos assistindo séries- O convido.

Eu tinha uma ideia, mas o pessoal parecia não ter entendido isso.

- Acho melhor não...- Ele diz constrangido e todos então se tocam, aquele não era Die como no dia que matou a Rose, nem metade Die metade Sam como na festa, era apenas Sam, o melhor amigo de Peter apaixonado por mim desde nem sei quando.

Dylan entra na jogada e insiste que ele se junte a nós.

Sam se senta ao meu lado nem um pouco a vontade com a situação.

- Eai Sam? O que tem feito?- Léo pergunta.

- Quem é você?- Sam sempre foi de falar sem pensar.

- Sou um amigo de seus amigos- O garoto finge entender e sorri sem jeito.

- Bom, tenho ajudado minha mãe todos os dias na empresa, está sendo tão corrido que acordei hoje e não a vi-Todos se entre olham e por um segundo sentimos dó dele.

Aquele garoto foi engolido por um monstro, e parece que esse monstro o vomitou agora.

- Sam... eu preciso falar contigo- Me levanto.

-Vem comigo?- O chamo e Léo se levanta.

- Não acho que...- Dylan balança a cabeça para Léo que fica quieto.

Subo as escadas e ele me segue, eu só tinha ido ao quarto de Dylan poucas vezes, era uma bagunça, mas era a bagunça dele, e isso o tornava bonito.

- Sam... você tem certeza que sua mãe está na empresa?- 

Eu estava confusa, se ele realmente sofria de alter ego, Die assumiu seu corpo logo após a morte de sua mãe, por conta do trauma, mas ele falava como se sua mãe estivesse viva enquanto ele ainda era ele, como se Die tivesse assumido seu corpo antes mesmo que sua mãe morresse.

- Não sei do que está falando- Ele diz batendo os dedos da mão na coxa quando nos sentamos na cama.

- Tem certeza?- Insisto.

- Eu vou embora- Ele se levanta e eu vou atrás dele.

- Você sabe que sua mãe morreu...- Digo com a voz trêmula e ele para de costas para mim.

- Para- Ele murmura.

- Quem é Die?- Pergunto e ele respira fundo.

- Para- Ele volta a falar.

- Você conhece Die?- Assim que termino de falar, ele se vira e vem para cima de mim, me empurrando até a parede.

- Para! Para! Para!- Ele grita socando a parede do meu lado, enquanto me encolho toda, mordendo o lábio para abafar o grito.

- Hey! Solta ela!- Dylan e Léo entram no quarto e ele me solta, indo para o banheiro.

              SAM ON

Ela não deveria ter falado nisso, eu estava bem, estava muito bem.

Die! Como ela sabe de Die? É um personagem que eu criei para minha história, não sei como isso pode ter escapado e chegado aos ouvidos dela.

Minha mãe... eu perdi minha mãe ontem! Como ela pode falar disso comigo como se fosse um acontecimento de anos atrás? 

Encaro meu reflexo no espelho e abro a torneira, molhando meu rosto. Eu estava sentindo algo me sufocando, algo apertando minha garganta, e quando levanto o olhar novamente para o espelho meu reflexo sorria para mim, um olha perverso, um sorriso maldoso, era eu, mas ao mesmo tempo não era eu. 

Sem mais pensar, soco o espelho o quebrando em pedaços, cortando minha mão.

Solto um grito ao ver o sangue em minhas mãos e tudo muda, eu me sinto como se caísse em um sono profundo, mas meu corpo continua acordado.

                DIE ON

Maldito! Maldito! Como ele conseguiu uma brecha? Como EU dei essa brecha? 

Dylan abre a porta e olha para o espelho quebrado e o sangue no chão.

- Ah! Qual é cara!- Ele revira os olhos e bufa em seguida.

Respiro fundo e saio do banheiro sorrindo, sem nem me importar com o corte em minha mão.

- Tive problemas técnicos, mas estou de volta- 

- Devo soltar fogos?- Julie diz me encarando e sorrio para ela.

- Faça o que quiser querida, você sempre faz isso, sem se importar com quem pode machucar- Digo isso e saio do quarto, descendo as escadas.

- Hey Sam! Uma pergunta... Foi você que roubou minha caneta na segunda série?- Noah pergunta e eu suponho que ele pense que ainda é o Sam comandando esse corpo.

Isso chega a ser confuso.

- Esse não é mais o Sam- Mari diz o puxando.

- Escute ela... Vem cá, também tenho uma pergunta! Ela é sua namorada ou sua mãe? As vezes eu não sei identificar- Os provoco e saio andando.

- Parece que meus amiguinhos arranjaram um detetive como amigo... Cuidado, eles vão te desviar do caminho certo até mim- Digo para Léo e abro a porta saindo da casa.

               MARI ON

- Mother Mari?- Noah brinca e eu reviro os olhos.

- Acho que você pode ser as duas... Estilo Bates Motel- Ele continua e o empurro, sem conseguir segurar a risada.

- O que está fazendo?- Escuto Julie perguntando a Dylan, que estava concentrado em algo que fazia no celular.

- É sério Dylan?- Ela diz rindo e ele esconde o celular reclamando.

- O que?- Pergunto curiosa.

- Ele está pesquisando quem é que tem 7 anos de azar... Quem quebrou o espelho ou quem é o dono do espelho- Ela diz entre os intervalos da risada.

- Você vai pro inferno garota- Ele resmunga empurrando ela e a garota cai com as pernas pra cima no chão.

- Naty?- Nanda se aproxima da amiga que está no telefone.

- Aconteceu alguma coisa?- Matt pergunta também, percebendo o jeito estranho da amiga.

- Meu pai...Meu pai teve um infarto- Ela diz pegando suas coisas para sair da casa.

Julie se levanta em um pulo e corre, seguindo a amiga.

- Eu vou com você!- Ela grita e todos saimos desesperados atrás delas.




Notas Finais


Espero que tenham engordado dois Kg :3
Gente, eu fui assistir um filme no cinema chamado "fragmentado", super recomendo! Ele fala sobre transtorno dissociativo de Identidade e eu fiquei super inspirada para falar um pouco mais sobre esse problema psicológico que o Sam tem.
Resolvi escrever a partir do ponto de vista deles porque me parece bem mais intenso...
Preciso que me digam qual modo vocês preferem... Um narrador que não faz parte da história, ou os personagens?
Por favor, me digam aí nos comentários, vou procurar sempre escrever para agradá-los!
Até o próximo capítulo corujinhas :*


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