Julie não sabia o que fazer, então sem pensar, mergulhou na piscina, encontrando Dylan no fundo da mesma, com um enorme destroço da casa o mantendo submerso. A garota age rapidamente, puxando ele para a superfície, o jogando para a borda e subindo.
- Socorro!!!- Ela grita desesperada, diante do corpo do amigo, e começa a balançá-lo.
- Dylan, por favor, acorda- Implora e começa o procedimento de respiração boca a boca, sem nenhum sucesso.
- Ai meu Deus- Mari murmura, levando a mão até a cabeça.
Ela e Noah estavam jogados na grama, com sorte, conseguiram se afastar a tempo, e ao escutar os gritos da Julie, correm em direção a piscina.
- Droga Dylan- Noah corre até o amigo e usa tudo o que aprendeu sobre primeiros socorros para uma vítima de afogamento.
- Hey Julie, presta atenção, eu preciso que faça respiração boca a boca toda a vez que eu bater contra o peito dele, pode fazer isso?- Ele pergunta acalmando a amiga, que já estava em prantos, e então ela assente, se recompondo, e quando ele dá o primeiro golpe contra o peito de Carter, ela faz o que ele pediu, e depois de um tempo fazendo esse processo, o garoto desperta, tossindo toda a água que engoliu.
- Graças a Deus- A pequena murmura aliviada e ele franze o cenho, confuso.
- Puta que pariu Dylan, você quase nos matou- Mari exclama se levantando, pois tinha se ajoelhado diante do corpo do garoto.
- Eu que quase morri- Ele ri fraco, e leva seu olhar até a Julie, admirado de vê-la chorando.
- Espera... Julie Anderson está chorando? Eu pensei que teria que morrer para ver isso, ah não pera- Ele brinca.
Dylan nunca se tocou de quando era a hora de parar com as brincadeiras, pra ele não existia situações tensas, bom, pelo menos ele as evitava do seu jeito.
- Poderia não brincar com isso? Você quase morreu seu retardado!- Ela se levanta secando as lágrimas com a manga da blusa e sai em passos rápidos, caminhando em direção ao carro, sendo seguida por Mari.
Noah ajuda o amigo a levantar, e eles fazem o mesmo caminho que Julie e Mari fizeram.
- Essa explosão só nos comprova duas coisas... Primeira, tinha algo naquela casa que o assassino não queria que encontrassemos, e segunda, ele é rico, com certeza o filha da puta é muito rico, afinal, ninguém explode uma casa enorme do nada, ou seja, estamos lidando com um psicopata louco, que tem fetiches por explosões e gargantas cortadas e é rico pra cacete, estamos fudidos- Dylan responde adentrando o carro, assim como os outros.
- Estamos muito fudidos mesmo, e a essa altura, estão indo prender você e Julie lá em Gainesville, eu sugiro que nos deixem em algum ponto aonde possamos pegar um taxi, e fiquem fora da cidade até termos informações suficientes para comprovar a inocência de vocês- Noah responde e Mari concorda com ele.
- De jeito nenhum! Não vou deixar meus amigos lidando com um psicopata enquanto viajo pra outra cidade com o chato do Dylan- Julie se manifesta, expressando sua opinião.
- E o que você quer? Acha que vai mudar alguma coisa se estiver na cadeia? Julie não estamos em condições de escolher, o cara nos deixou sem escolhas, ou fugimos, ou vou ser estuprado por homens em uma cela- Dylan a responde e ela balança a cabeça em negação mas fica em silêncio.
Quando eles param o carro em um ponto da estrada aonde Noah e Mari poderiam andar um pouco e estariam em Gainesville, Julie, que passou a viagem toda pensativa, voltou a expôr sua opinião.
- Não deveríamos fugir... Talvez seja isso que ele queira, e eu não quero ser aquela que foge e abandona os amigos quando a situação fica ruim- Ela responde e Dylan respira fundo enquanto Noah e Mari descem do carro e começam a andar, sumindo rapidamente de vista, sabendo que aquilo acabaria em uma discussão.
- E então? Podemos voltar para Gainesville, e dar um jeito... se formos pegos, provavelmente, nossos pais darão um jeito de nos libertar- Ela responde em um tom meigo e o garoto continua em silêncio por um tempo, antes de disparar a falar.
- Sabe qual é o seu problema Julie? Você não pensa como alguém que sofrerá consequências se agir por impulso, você pensa como uma filhinha do papai que se age por impulso e se ferra, vai ter ele para acobertar o que faz!- Ele responde em um tom alto e ela o encara incrédula, antes de abrir a porta do carro e descer do mesmo, andando rapidamente para tentar alcançar os amigos.
- droga... Julie entra no carro!- Ele pede, e a garota o ignora e continua andando.
Ele então desce do carro, e começa a correr para pegá-la, e ela ao vê-lo correr em sua direção, faz o mesmo.
- Julie! Para de agir como uma criança! Fala sério!- Dylan grita enquanto continua correndo.
- Não! Eu não vou sair de Gainesville! Se quiser fugir, fuja, mas não ache que por eu ter um metro e meio de altura, vou deixar que me obrigue a fazer isso também!- Ela grita em resposta e ele a alcança.
- Estou fazendo isso por nós sua maluca! Nós dois estamos ferrados!- Ele a pega, erguendo a mesma e a colocando em seu ombro.
- Me coloca no chão! Dylan!- Ela começa a esmurrá-lo para que ele a solte, e é a vez dele de ignorá-la, enquanto volta para o carro.
- Noah, como vamos fazer para chegar até em casa? Aqui é muito deserto e podem nos assaltar- Mari responde olhando pra todos os lados.
- Relaxa Mari, está comigo, está com Deus- Ele murmura confiante e um carro passa por ali, fazendo o garoto tremer.
- Acho melhor pegarmos um taxi ali na frente...- ele murmura pigarrando, meio que disfarçando.
- É... É uma ideia incrível... Que eu tive já faz um tempinho e contei pra você- Ela responde cruzando os braços e os dois riem, indo para o ponto.
- Me coloca no chão!!!- Julie se esperneava e Dylan ria, e quando chegou no carro ele a soltou, e o saquinho com o pen drive caiu do bolso da mesma.
- Ai meu Deus! O pen drive! É isso! Não vamos precisar fugir! É só vermos o que tem aí dentro e mostrar pra polícia- Ela responde animada e ele pega o saquinho.
- Mas e se não tiver nada demais além de filmes pornôs aí? Nosso tempo vai ficar curto- Dylan, sempre pessimista responde.
- Ai fujo com você, nem que seja em uma bicicleta... Mas por favor, pelo menos vamos tentar, não quero fazer algo sem antes tentar de outra forma...- Ela responde se rendendo e ele concorda, respirando fundo.
- Então vamos, talvez a Mari e o Noah estejam por perto...- Ele murmura entrando no carro e ela faz o mesmo, sorrindo satisfeita.
- Você é idiota- Ela resmunga quando ele volta a ligar o rádio.
- Que tal uma carona?- Buzina para Mari e Noah, quando os encontram no ponto do taxi e os dois entram no carro confusos.
No caminho, eles explicam tudo pros dois e ao chegar na casa de Julie, vão direto para o computador, enquanto os outros chegam, contando o que houve na loja.
Matt começa a tentar abrir os arquivos do pen drive, quando a campainha toca.
- Deixa que eu abro- Karol se disponibiliza e vai até a porta, abrindo a mesma e dando de cara com o xerife, acompanhado de um outro policial.
- Sabe Julie, você é bem pesada, deveria emagrecer um pouco, estou até com dor nas costas- Dylan dramatiza e Julie, que estava abraçada com Mari cantava para ignorá-lo.
- Não adianta me ignorar, eu posso falar sobre isso o resto do dia todo...- Ele responde incomodado.
- Julie Anderson?- O xerife invade a casa, indo até a garota, que se solta de Mari, confusa.
- O que houve?- Pergunta e o xerife coloca a algemas em seus pulsos.
- Hey espera aí...- Dylan se manifesta e o policial que acompanhava o xerife o barra.
- Você está presa como principal suspeita pelo assassinato de sua colega de classe- Ele avisa e Julie olha para os amigos, enquanto é levada por ele.
- Você não pode fazer isso!- Mari vai pra cima do xerife, e ele a empurra.
- Hey! Não toca nela ou eu vou ser presa por um assassinato que eu mesma cometi!- Julie o ameaça.
- Está me ameaçando senhorita Anderson?- o homem debocha.
- Encare como quiser, mas se acredita que eu matei a Joyce, deveria ter medo de mim- Ela responde e Dylan se solta do policial.
Um tumulto começa, e o xerife, sem saber como acabar com aquilo, acaba por agir na base da ameaça.
- Se não pararem de intervir no trabalho da polícia, a pena da amiga de vocês será triplicada!- ele grita e todos imediatamente param.
- Ela não fez nada! Vamos provar isso, só espera um pouco!- Peter grita e o xerife volta a carregar a menina, ignorando os jovens, que ficam sem saber o que fazer ao ver Julie ser levada pelos policiais.
"Isso não teria acontecido se eu tivesse a forçado a ir comigo... Eu tenho que fazer alguma coisa, Julie não pode ficar na cadeia..."
Perdido em seus pensamentos, Dylan é despertado pela voz aflita de Nanda.
- O que vamos fazer?- ela pergunta.
- Vocês vão ficar aqui, e tentar abrir esses arquivos a todo custo, e eu vou falar com o saco de bosta Anderson- ele responde totalmente sem rumo e sai pela porta, deixando todos ali.
- Como você pode fazer aquilo? Ficou maluca? Essa é a terceira mensagem que deixo pra você, e caso as ignore, se despeça da sua língua, porque se não a está usando para fazer o que eu quero que ela faça, que é falar, então ela não irá mais ser necessária, você não sabe com quem está lidando, e eu estou furioso- Die gritava no telefone, estava aparentemente fora de si por algo que sua parceira fez sem sua permissão, e isso com certeza teria consequências, começando pelo capanga que ele mata em seguida ao termino da mensagem de voz, ao jogar uma faca em sua garganta simplesmente porque ele invadiu a cozinha sem avisar.
- Vamos ver como estão as coisas por si mesmo...- Ele murmura sozinho e passa por cima do cadáver caído ali no piso da sala, enquanto arruma o terno.
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