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História The hell of love - Mirrors and cannibals


Escrita por: Alkemya

Notas do Autor


Acho que demorei um pouquinho pra postar, mas me perdoem <3
Eu espero de verdade que apreciem a leitura ~yay, até porque esses capítulos que estou postando não estou com tempo de revisar, então fico meio apreensiva. Ficou menorzinho do que a maioria, mas a gente releva né non ~

Capítulo 14 - Mirrors and cannibals


A temperatura parecia subir a cada passo que dava, e, consequentemente, podia jurar que desmaiaria se não viesse um animal que estivesse acostumado com climas quentes em sua mente, ele podia ter todos os instintos de qualquer um deles em sua mente, mas ainda não conseguia pensar com clareza naquela situação, ainda mais quando ainda haviam tantas cenas de Raven quando ela apareceu de repente a sua frente vagando pela sua mente.

Garfield abraçou o próprio corpo, finalmente percebendo a falta que as festas e a bebida alcoólica estavam fazendo, ele podia até dizer que estava passando por uma reabilitação, e com certeza havia ficado pelo menos dois dias sem alimentar seu vício. O pior era que não sentia que teria como adequar seu jeito de ser ao submundo, não queria de maneira alguma “chegar” nas garotas que encontrasse por lá, fosse o quão desesperador fosse sua situação, ele preferia evitar qualquer opção que se encaixasse em necrofilia.

Engoliu em seco, ainda com sede e uma vontade honesta de encontrar os amigos. Havia sido um idiota em se separar deles, e também em achar que os escutariam, sendo que a maioria queria proteger Roth com todas as suas forças, e tinha um medo sincero que Garth também estivesse envolvido nisso, embora toda ajuda fosse bem-vinda quando o assunto era um colega de equipe – mesmo ela não sendo mais – não conseguia aceitar que Aqualad fazia realmente parte do plano. O herói era um grande incômodo para todos, se incomodava com ordens, era provocativo, apenas tinha como ter poderes em águas e não tinha habilidade de força natural.

Bufou com seus pensamentos, insatisfeito demais para sua raiva diminuir, sempre teve problemas com aceitação, e a empata era uma das que mais sabiam disso. Quando parou de andar, a memória que veio em sua mente foi Earth, e ele pode sentir como se um soco tivesse acabado de o acertar. A traidora e esquecida Earth, que se tornou Tara e foi viver uma vida normal de uma hora para outra. As primeiras paixões sempre são as mais complicadas.

Fez uma careta quando encontrou um espelho pendurado em uma parede, que pegou seu corpo inteiro, e sem hesitar, encarou seu reflexo, decidiu testar se havia algo de mágico no devido, e imitando uma cena digna de filme, pronunciou:

- Espelho, espelho meu, – concentrou-se – existe alguém que a Raven odeie mais do que eu?

E com suas palavras, a imagem de Trigon substituiu a sua, fazendo-o cair para trás com a simples confirmação de sua dúvida. Era obvio que o ódio que a ex-titã tinha pelo pai era maior do que a que tinha por ele, mas mesmo assim, ele continuou inconformado por ter tido resposta. Por que demônios iriam colocar justo um espelho mágico em um corredor gigante que aparentava estar no meio do nada?

- Você é mágico? – Indagou, esperando uma resposta.

- Eu sou simpático, - e então dois olhos azulados aparecerem – sou um teste de um dos subordinados da sua ex-colega.

- Como sabe as respostas das perguntas?

- Vai devagar, moço verde, – arqueou as sobrancelhas – primeiro pergunte meu nome, cadê os seus modos?

- Espelho tem nome?

- Claro que tem.

- É... Qual o seu?

- O meu é Max.

Logan torceu o rosto, tentando entender o que estava acontecendo, se perguntando se estava caindo em alguma armadilha ou se algum doido realmente tinha perdido o seu tempo para fazer uma invenção daquelas.

- Certo...

- Eu sei para onde você quer ir, mas para eu te dizer o caminho e guardar seu segredo do que veio fazer aqui, preciso que você me diga uma verdade que nunca admitiu para si mesmo.

Seu coração praticamente parou quando ouviu isso vindo de Max, olhou ao redor, infeliz mais uma vez.  Se nem ele admitiu, como ia ter o que responder? Mordeu o lábio inferior quando a imagem de Raven veio em mente, e balançou a cabeça, disposto a dizer algo ainda mais sentimental. A situação era desesperadora demais para negar contar algo agora.

- Estou morto por dentro há um tempo. – Soltou, sem querer dar satisfações.

- Defina a situação, - o espelho fez um rosto preocupado – parece algo difícil.

- Estou fazendo vícios de consolo para o que me deixa triste em demasia, e tentando ignorar que preciso de ajuda, porque, de alguma forma, isso ajuda.

- Então você não gosta do que faz?

- Gosto, mas... – Bufou – É complicado, a forma como começou tira totalmente o prazer de fazer.

- Hum, - Max tentou não fazer uma face de pena, e prosseguiu – você precisa andar até o fim desse corredor, em seguida virar à direita, haverá alguns obstáculos por lá, mas creio que você consegue passar, a casa de quem procura é um tanto invisível, então se trombar em algo, já suspeite que chegou ao seu destino. Se encontrar uma garota chamada Áustria estará bem, mas qualquer outra presença é motivo de preocupação, moço verde.

- Best Boy, - corrigiu, revirando os olhos – prefiro esse nome.

- Ok, Garfield.

- Você tá... – Bufou, dando um sorriso em seguida, Max tinha um humor e tanto.

Stellar nunca apertou a mão de Night Wing ao andar com tanta força e apoio, não era de hoje que sentia uma falta e tanta do namorado, e mesmo ele estando cansado demais agora, precisava, e muito, do apoio do mesmo. Estava totalmente em meio a gratidão pelo rapaz não desistir quando a viu disposta a salvar a amiga de qualquer jeito. Se Logan era a favor ou não, isso definitivamente não importava, não agora.

Por outro lado, Cyborg e Aqualad permaneciam em desconfiança, Victor em relação a Áustria, e Garth em relação ao próprio inferno. Eles estavam andando pelos corredores da casa bem decorada do servente principal da senhorita do inferno, e não havia exatamente nada acontecendo, estava tudo muito calmo, e a última vez que isso aconteceu foram literalmente jogados em uma jaula.

Koriand’r deu um pequeno grito de alegria quando encontrou uma porta, e pediu ajuda de seus amigos para abrir a mesma, já que a devida aparentava estar lacrada. A mesma foi retirada por meio de um contorno da energia de Cyborg, o que os fez se arrependerem completamente com a imagem desagradável que havia do lado de fora.

Alguns garotos e garotas se alimentavam da carne humana pálida, que estava aberta na mesa. Havia sangue respingado por todo o rosto de cada um deles, e os olhos sanguinários pareciam bem satisfeitos com a imagem de medo que conseguiam passar com isso. A animação de Stellar simplesmente despencou. Era como um intervalo da hora do lanche dos canibais, e mesmo sabendo que todos ali estavam mortos e acabariam vivendo outra vez, aquilo a deixava abismada.

Ao invés de saírem correndo permaneceram, quietos, paralisados, o que chamou atenção de uma garota de cabelos arco-íris, que passou a mão pela boca escarlate e se levantou com um lenço em mãos, indo até os titãs. Fazendo com que o coração de Garth pulasse de medo e agonia.

- Incomoda um pouco ver vocês aí parados, - ela cuspiu – não gostamos muito de sermos vistos nos alimentando. O que querem?

E os quatro titãs se entreolharam, sem resposta, fortalecendo uma visão desconfortável da parte da canibal a frente. A única coisa que eles conseguiam se perguntar era se deviam falar com ela ou se seriam mortos caso fizessem isso, afinal, ela não havia parecido nada simpática.

A garota de cabelos coloridos fechou os olhos, e cruzou os braços e fechou os olhos, impaciente para ter sua resposta, só faltou ela bater o pé pra mostrar o quão chata havia ficado a situação por terem aberto a porta.

- Nós queremos sair daqui, - soltou Cyborg, sem jeito – não fazemos ideia de como viermos parar aqui dentro.

A mentira era tanto que o herói quase nem conseguia disfarçar, estava suando frio com a presença da garota que os observava tão fixamente, com a certeza que estava próximo de ser devorado.

- Meu nome é Brooke, - e estendeu a mão, com a cara fechada, sendo correspondida apenas por Night Wing, que ainda sim, estava hesitante – e vocês?

Se apresentaram um a um, fazendo-a olhá-los com um sorriso inquieto por determinado tempo, e finalmente voltar a fazer pronuncias:

- Cadê o Beast Boy?

Os titãs se entreolharam, notando que a sua fama havia afetado até mesmo o submundo. Embora Brooke aparentasse não reconhecê-los apenas pelo rosto, ela continuava os conhecendo, não era mesmo?!

Então a garota fixou seus olhos em Garth, torceu o rosto, apontou para o indivíduo, e tornou a dizer:

- E quem é esse aí?

Aqualad revirou os olhos, ansiando para que tivesse como dar um fim nas falas inconvenientes de Brooke, que continuava curiosa sobre Garfield. Os titãs queriam respondê-la, mas permaneciam perdidos e acabavam deixando-a em um vácuo eterno.

- Eu não tenho todo o tempo do mundo, - cuspiu – e vocês também não.

Dick assentiu, finalmente conseguindo a encarar. Se ele podia olhar o rosto de uma alma que estava prestes a matá-lo, por que não uma canibal também? Era o inferno, eles deveriam estar prontos para isso tudo.

- Nos conhece?

- Eu morava em Jump City, - deu de ombros – todo mundo conhece. Fiquei meio pasma quando a Raven veio para cá.

- Então... Todo mundo daqui nos conhece? – Indagou Kori.

- Não, - falou, pensativa – assuntos que envolvem heróis são totalmente evitados aqui dentro. Então na verdade, eu não sei muito bem, mas sei que vocês já estariam sendo bem abominados por todos os espíritos que devem ter visto vocês se conhecessem.

- Então está do nosso lado?

- Não.

- O que?

- Não.

Night Wing e os outros titãs andaram para trás, vendo os olhos sanguinários de Brooke confirmarem que eles estavam totalmente jogados ao seu medo. Ela bufou, olhou para os dois lados do corredor, e apontou o lado que os levariam para fora da casa de Karl.

- Sumam daqui.



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