História The Hills - Suga BTS - Empresa

            Quando chegamos na tal festa de comemoração pelo progresso da empresa de Yoongi, seus amigos já estavam lá, Sana e Hani se encontravam lá também. Era uma festa muito... elegante. Eu não era acostumada com isso, então pra não fazer cheio, fiquei apenas quieta, na minha.

- Tudo isso aqui é tão estranho... – Sana diz, e me apoio na parede, sentindo minhas pernas latejarem e uma leve pontada na coluna, eu sabia que vir de salto não era uma boa idéia.

- É tudo muito fino, muito elegante. – Hani diz e rimos.

- Isso é totalmente estranho mesmo... ver Yoongi e seus amigos se comportando como pessoas de negócios, é uma coisa bizarra. Não vamos ver todo dia. – rimos. Um garçom passou servindo champanhe, as duas pegaram, mas preferi me reservar, aquele salto estava me matando.

- O progresso deles foi rápido né? – Sana diz, bebendo um gole de seu champanhe. – Esses dias ouvi Jungkook falando no telefone que a empresa não estava indo bem, por causa de alguns funcionários.

- Eu ouvi o mesmo... – digo. – Mas sei lá, eles são estranhos... muito estranhos. – digo olhando em direção à eles, tentando decifrar algo.

- Bom, vamos lá pra frente? Acho que já já começa o tal discurso deles... – Hani diz.

- Não. – digo rapidamente, e elas me olham assustadas. – Quer dizer, podem ir... eu vou ficar aqui. – eu não iria me desencostar dessa parede por nada, se não, eu iria cair, minhas pernas estão totalmente fracas, e minha coluna doía.

- Você ta bem? – Sana pergunta.

- Tô sim! – respondo. – Só quero ficar aqui. – elas assentem e saem.

            Fiquei encostada na parede, rezando para que tudo isso acabasse logo, eu queria deitar, e dormir até ficar tudo bem. Yoongi me convenceu a vir pra cá, com salto alto ainda... o quê tinha acontecido? Confesso que... só vim por sua causa... e também, porque de qualquer maneira eu seria obrigada.

- Você ta bem? – escuto sua voz, enquanto eu estava com a cabeça baixa, numa pose nada confortável.

- Não. – respondo ainda com a cabeça baixa. – Vai demorar muito ainda? Minha coluna está ardendo demais. – digo.

- Eu ainda tenho o discurso... mas... logo depois, dou uma leve desculpa e vamos embora, tudo bem? – ele diz e assinto. – Não consegue ficar de pé?

- Já fiquei tempo demais... minhas pernas estão fracas demais. Isso é tão horrível. – digo prendendo o choro.

- Calma! – ele diz, e ficamos em silêncio por breves segundos. – Aish, vem aqui! – ele me puxa para encostar nele. – Vou pedir para que saiam dos sofás que estão ali, pra você sentar.

- Tudo bem. – digo, e ele me leva até o local, fui andando o mais normal que pude, para que ninguém percebesse nada.

- Com licença, vocês poderiam dar licença? Minha mulher está passando mal. – quando ele diz “minha mulher”, o olho com uma cara sugestiva, e prendo o riso.

- Ah sim! Toda! Vamos, querido. – a mulher que estava sentada no sofá com uma criança, sai, e me sento, e logo, ele senta ao meu lado, em seguida.

- Porque você disse que eu era sua mulher? – digo rindo.

- Fala baixo... – ele me repreende. – Todos aqui devem pensar que somos um casal, ok? – ele diz, e o olho de cima abaixo. – Mas, você é minha mulher mesmo... – ele se aproxima do meu ouvido. – Eu te comprei. – rimos, e o empurro, de maneira leve.

- Idiota. – digo entre risos.

- Estou mentindo? – ele diz, e me sinto um pouco balançada com aquilo. Aish, que porra está acontecendo com meus sentimentos? Saco.

- Não... eu só quero me recuperar logo. – digo, parando de rir. – Minhas pernas estão muito fracas, é como se eu não pudesse sentir elas... é estranho. – ele me puxa, me fazendo encostar em seu peito, faço uma expressão assustada, mas me sinto confortável diante aquilo.

- Me desculpe, ok? Eu não sabia de nada. – ele diz.

- Eu que errei, não devia ter entrado lá. Eu sou meio problemática mesmo. – falo, soltando um leve riso, olhando algumas pessoas que estavam longe, conversando.

- Você não é problemática. Você é esperta... muito esperta. – ele diz, e fico em silêncio.

- Porque acha isso? – pergunto.

- Yuno, você entrou lá sem que ninguém percebesse, como... eu não sei.

- Eu moldei uma chave com um arame que achei na área de serviço. – digo, e ele ri, me apertando, logo me entrego aos risos também.

- Tá vendo? E ainda por cima, não deixou um rastro sequer que entrou lá, e se você não tivesse batido algo naquela estante, você sairia de lá depois normalmente. – ele diz. – Ninguém me enrola desse jeito... e você quase conseguiu. Afinal, o quê você bateu?

- Eu bati a cabeça. – ele ri novamente. – É que eu me assustei quando Jimin disse, “qualquer erro pode ser fatal”. – imitei sua voz, e Yoongi começou a passar as mãos em meus cabelos.

- Jimin não soube o quê disse naquela hora. Tenho certeza, que você sabe se cuidar muito bem, certo? – ele diz.

- Certo. – respondo convicta.

- E eu também estou aqui pra te proteger, não irá acontecer nada. – ele responde, ainda passando as mãos em meus cabelos. Fiquei quieta por alguns segundos.

- Estamos à alguns minutos literalmente parecendo um casal. – digo, e ele ri.

- Esse é o objetivo. – ele diz, e rio sem graça.

                        Aquilo pra mim de certa forma estava sendo significativo... o quê eu estou pensando?

            O celular dele vibra, e então ele começa a checar o mesmo. Passei minha mão, até chegar em sua cintura, e fiquei acariciando a mesma, da mesma forma como ele estava ainda, fazendo em meus cabelos.

            Alguns minutos se passaram, e Yoongi subiu para fazer seu discurso. Aquele momento de mais ou menos dez minutos que tivemos, foi tão... especial. Eu não queria que pra ele fosse apenas uma “atuação”... eu me senti tão bem com ele... como um porto seguro.

AISH! O quê estou pensando, sentindo e fazendo?

- É com muito orgulho que anunciamos que nossa empresa teve um sucesso repentino nos últimos dias! – escutava atentamente seu discurso. – Juntamente com meus sócios, e também amigos, conseguimos reerguer a empresa em pouquíssimo tempo. – todos começam a aplaudir, e eu aplaudo também.

- Desde muito cedo demos nosso sangue por essa empresa... – Namjoon começou a falar.

            Ainda prestando atenção em cada palavra do discurso, eu ainda achava muito estranho tudo isso. Eles não aparentavam ser dono de empresa, e nem de negócio... aquilo era um bolo enorme em minha mente.

- Toda empresa passa por seus problemas, e conosco não foi diferente! Mas nos unimos, e hoje a empresa voltou ao seu auge. – Taehyung completa a fala dita antes, por Namjoon.

            Eles conseguiram se reerguer tão rápido... e pelo visto era um problema sério... como? Como eram tão ricos assim? O dinheiro que todos tem, não vem só da empresa... tem algo muito sujo por trás de tudo isso, e eu sei! Aquela conversa no escritório, apenas me entrega tudo isso. Nada entrava em minha mente, que eles conseguiram tudo vindo de empresas... Tudo bem que, as vezes que eles usavam o termo “carga”, poderia servir para as cargas mandadas pela empresa deles... mas... aparentemente a empresa deles não funciona assim. O quê vocês tanto escondem? E porque, eles, como donos de empresas, queriam ajuda de três garotas para algo que, Yoongi já me disse não ser coisa boa? Eu não entendo!

                        [...]

            Sai do banho, coloquei um short e uma regata, estava fazendo um calor tremendo! Botei uma meia soquete, para não andar descalça, peguei uma de minhas muletas, bengalas... tanto faz, e fui caminhando pelo corredor.

            Eu ainda caminhava com dificuldade, aquela minha briga com Yoongi fez as dores voltarem, e ontem passei a noite inteira com um salto... ou seja, colunas doíam intensamente e pernas completamente moles! Mas, não demoraria muito para passar, eu estava tomando um remédio para fazer com que eu melhore, e sinto que logo logo, estarei “boa” novamente... já que, voltar minha coluna ao normal, é impossível.

            Ia descendo as escadas com dificuldade, até que Jungkook aparece.

- Yuno? Quer ajuda? – ele pergunta, e noto sua presença. O quê ele estava fazendo ali tão cedo?

- Ah... por favor. – digo, e ele me ajuda a descer, quase me pegando no colo. – Muito obrigada! – agradeço, quando chegamos na sala.

- O quê houve? – ele pergunta.

- Ah, nada... só um problema que eu tenho na coluna, nada demais. – digo.

- Problema na coluna? – Hani que se encontrava ao lado direito da sala, se questiona. Sana estava junto à ela. Eu não estava entendendo nada.

- Ah sim... ela tem desde que nasceu! Nunca chegamos a conversar sobre isso na boate, né? – Sana responde, com a versão que eu havia lhe contado. Apenas Yoongi sabia a real versão. – Mas o quê aconteceu pra estar desse jeito?

- É que ontem eu fiquei o dia inteiro no salto, esqueceu? – digo, falando apenas um dos motivos.

- Nossa, mas você ficou ruim desse jeito? – ela diz.

- Pois é... é mais grave do que pensam. Vou tomar meu remédio. – digo, indo em direção à cozinha, pego o remédio na cartela, um copo d’água, e tomo.

            Quando me viro, vejo Yoongi falando ao telefone. Ele me faz um sinal para ficar parada... acho que ele queria falar algo comigo.

- Ah sim... – ele falava no telefone. – Então tudo o quê aquele filho da puta tirou, já foi substituído?... Demorou... Sim, eu sei que é uma carga difícil, por isso aquele retardado fez aquilo! Mas precisamos ser mais ágeis, você sabe que ele não vai parar... Tudo bem... Pelo menos já está tudo em ordem, e logo vai ser mandado pra localização... Certo!... Tudo nos acordes então, Jin?... Ótimo! Até mais tarde... – ele desligou o telefone, fiquei o tempo todo escutando a conversa com uma cara sugestiva, ele me olhava às vezes, e olhava para os lados.

- O quê aconteceu? – pergunto.

- Nada... precisamos conversar. – ele diz, e faço uma cara sugestiva.

- Sobre o quê? – pergunto.

- O quê tanto você e suas amigas queriam saber Yuno... a verdade! Sem mais mistérios. – ele diz e estremeço um pouco. – Vamos pro meu escritório? – ele me estende a mão.