História The Hills - Suga BTS - Comprada

POV Yuno

            Estava conversando com as meninas no quarto, por incrível que pareça, todas nós estávamos soltando boas risadas. Nunca paramos para, todas que dormiam no mesmo quarto, conversarem, mas finalmente, hoje isso ocorreu.

            Enquanto ríamos, logo ouvimos o trinco da porta. Deveria ser Eun, para mandarmos fazermos nossas obrigações. Então, logo ela aparece no quarto, com um sorriso no rosto, ela deveria estar bem feliz, porque seu sorriso era de canto a canto.

- Vem comigo, Yuno, Hani e Sana. – nos entreolhamos totalmente esquisitas, e nos levantamos.

- E nós? – uma garota perguntou.

- Fiquem aí. Bem quietas. – Eun disse sendo estúpida.

            Seguimos Eun, ainda nos entreolhando, sem entender nada do que estava acontecendo. Ela nunca tinha nos chamado assim... ah meu Deus! Será que fizemos algo de errado?

            Eun nos guiou até o hall da boate, e lá pude ver Yoongi, com mais dois homens ao seu lado. Não estava entendendo nada.

- Vamos embora, querida. – Yoongi diz e pega em minha mão. Arqueio as sobrancelha.

- O quê? – digo assustada, porém, com um rosto enorme em minha boca.

- Isso mesmo. As três vão embora. – Eun disse, encostando no bar do hall. – Ganhei na loteria. – ela diz rindo. – Vocês fizeram um bom trabalho. – ela nos olha e dá uma piscadinha.

- Vamos. – Yoongi me puxa para a saída, e finalmente pude ver o clarão do dia, respirar o ar de fora daquela boate... eu estava tão feliz. Ainda ali fora, vi os outros garotos levando Hani e Sana, enquanto elas olhavam para trás. Um parou em frente à um carro.

- Irei para minha casa. Depois conversamos. – o quê estava com Sana diz.

- Tudo bem. – Yoongi diz e abre a porta do lado do passageiro. – Entre.

- Mas e Sana e Hani? – pergunto.

- Entre. – ele diz com certa raiva, e praticamente me empurra para dentro.

            Cruzes, fiquei assustada com tamanha agressividade. Ele não tinha esse temperamento apenas na cama, acabo de perceber. Ele entra no carro, e então dá a partida.

- Yoongi, obrigada. – falo, enquanto ele saia com o carro de onde estava estacionado.

- De nada. – ele diz meio ríspido. Olho torto, e coloco o cinto de segurança.

- Você disse que eu não podia... – sem me esperar terminar, ele já responde.

- Eu pensei melhor. – ele diz.

- Sendo assim, tudo bem! Não sabe o quão serei grata, pra sempre. – digo sorrindo, e ele apenas assente. Ele estava muito estúpido pro meu gosto.

            Seguimos o caminho em silêncio, e eu apenas apreciava as ruas da Coréia pela janela. Nem vi o tempo passar, e quando Yoongi parou o carro, era diante à uma enorme mansão, cheia de seguranças. Ali era a casa dele? Era uma casa ou o exército coreano inteiro?

            Abri a porta do carro, sai e fechei a porta. Yoongi seguiu em frente, e eu segui logo atrás. A porta da casa foi aberta. Era tudo muito bonito e revestido a gesso, eu era apaixonada por casas nesse estilo.

- Seu novo lar. – ele diz se virando pra mim, aquilo me soou estranho.

- Tem uma coisa que esqueci de te falar, quando te pedi a ajuda. – dou uma risada sem graça. – Que, eu queria voltar para o Brasil. – digo e ele ri.

- Isso não vai acontecer. – ele responde, sendo um tanto quanto estúpido.

- Você vai... vai me ajudar! Não vai? – digo me aproximando.

- Yuno, olhe bem para meu rosto. – ele diz. – Não vou te ajudar. Eu disse que você não me conhecia, e você insistiu mesmo assim... – ele se aproximou. – Além do mais, você não me pediu pra voltar pra lá, apenas para te tirar da boate.

- Mas, estou pedindo agora. – digo e ele novamente ri.

- Você foi comprada por mim, Yuno. E vai permanecer aqui. Não vou te deixar ir embora, tudo bem? – ele diz e me estremeço.

- E porque? Vai me manter presa? – digo, o afrontando. Ele me manda um olhar furioso.

- Tipo... eu tenho interesses em você... – ele diz, começando a caminhar em minha volta. – Muitos interesses... e você, Yuno... – ele para em minha frente, ficando bem próximo de meu rosto. – Vai me obedecer em tudo.

- E quem te garante? – me aproximo, fazendo nossos narizes se encostarem. Ele me olhava com raiva, e eu devolvia esse olhar. Se ele pensa que comigo vai ser assim, está enganado.

- Eu. – ele diz rindo. – E não ouse em sequer, tentar me contestar. Está me ouvindo? – analiso seu rosto inteiro, e solto uma risada irônica.

- Você só pode estar de brincadeira. – digo. – E quais são seus interesses comigo? – pergunto.

- Muitos Yuno... muitos. – ele diz, e pega em minha cintura.

- É sexo? – pergunto rindo.

- Quem sabe. Ter sexo sem precisar sair de casa, é uma maravilha, sabia disso? – ele estava me tratando como uma vadia. – Além do mais, você é maravilhosa enquanto geme meu nome. – ele diz e o empurro.

- Escuta aqui... – ele agarra meus braços com raiva e se aproxima de meu rosto.

- Escuta aqui você, você irá fazer tudo o quê eu mandar, sem hesitar e questionar nada? Está me entendendo? Ou será pior pra você. – ele diz cuspindo as palavras em meu rosto. Quando ele diz aquilo, apenas estremeço, e sinto um frio subir em meu corpo.

- Tudo bem. – digo assentindo, confesso que fiquei com um pouco de medo. Ele me venceu... desta vez.

- Boa garota. – ele diz como se eu fosse uma cachorra. – Agora suba, entre no último quarto do corredor. Aquele é seu quarto, fique lá, está me entendendo? – ele ainda apertava meu braço, e estava começando a doer.

- Tudo bem, eu subo... mas, eu poderia tomar um banho, pelo menos? – ele solta meus braços, e olho, ainda com raiva.

- No mesmo quarto, tem uma porta e lá é o banheiro, deve ter alguma toalha. Fique lá, que depois te levo alguma roupa. – assinto, o olhando torto. Passo entre ele, o olhando de cima a baixo, com desprezo. Ouço ele rir. Idiota.

            Subi as escadas, e fui em direção ao último quarto. O corredor era longo. Adentrei no quarto, e ele era muito bonito. Fiquei o analisando por alguns instantes, ainda com a mão na maçaneta da porta. Voltando à realidade, achei melhor fechar a porta. Me olhei no espelho, e ainda me sentia suja... ao saber que mesmo saindo daquela boate nojenta, continuaria sendo tratada que nem uma cadela por Yoongi... mas não, eu não podia aceitar isso. Se ele está pensando, que está me botando medo, quando cospe palavras à mim daquele jeito... dá medo mesmo, mas nada que eu não possa rebater, que logo esse medo sumia. Eu apenas queria entender, porque Yoongi me comprou, para me tratar que nem uma vadia, ou não ter a intenção de me ajudar.

            Segui para o banheiro, e ele também era lindo. Quase tudo era feito à vidro, uma coisa linda de se ver. Vi que tinha uma toalha em um suporte. Então tirei aquela nojenta roupa da boate, que ainda trajava. E entrando no box e abrindo o chuveiro, deixo aquela maravilhosa água quente tocar meu corpo. Como eu precisava de um banho quente, eu estava com tanta saudade de me sentir relaxa após um banho longo e quente... coisa que eu não sentia à algum tempo.

            Demorei bastante debaixo do chuveiro, logo me sequei, e passei um pouco a toalha sob meu cabelo que ainda estava molhado. Enrolei a toalha sob meu corpo, e sai do banheiro. Levei um susto, quando vi Yoongi deitado na cama do quarto.

- Demorou bastante... olha a conta d’água. – ele diz sendo irônico.

- Olha a casa que você tem, realmente dinheiro é problema? – digo sendo mais irônica ainda, e pude ele ficar meio incrédulo, pelo fato de eu ter rebatido ele.

- O certo, era você ter me pedido desculpas, sabia? – ele diz, e dou risada.

- Não espere isso de mim. – falei.

- É bom você passar a ter esse costume então... quando fizer algo que seu dono achar ruim, é melhor pedir desculpas. – ele diz.

- Dono? É sério isso? – digo ainda rindo.

- Você está me provocando... – ele diz fechando os olhos lentamente e fechando os punhos.

- Tudo bem, cadê a roupa que disse que me ia trazer? – pergunto.

- Aqui. – ele joga uma blusa em mim. A blusa era totalmente curta, não taparia totalmente minha bunda, e talvez minha parte intima também aparecesse.

- O quê é isso? É muito curto, tem uma calcinha, pelo menos? – pergunto e ele ri.

- Eu moro sozinho. – ele responde, e logo vi que aquilo era um não.

- Isso é muito curto Yoongi... não vai tapar metade da minha bunda. Não vou vestir. – digo.

- Bom, se quiser ficar pelada... eu não vou me importar, nem um pouco. – ele diz dando um sorriso malicioso, filho da puta.

- Yoongi, estou falando sério.

- Eu também Yuno... aguarde até amanhã, lhe tratei roupas novas. – ele diz, e olho desconfiada.

- Tudo bem. – respondo, e fica tudo quieto, por alguns segundos. – Yoongi, dá pra ter respeito pelo menos? Fecha os olhos, ou sai daqui. – digo, querendo por a blusa.

- Não existe nada aí, que eu não tenha visto, ou tocado. – ele me irritou. – Se veste logo. – bufei, e não questionei. Me virei para o espelho, tirei a toalha e coloquei a blusa. Como disse, não tapou metade da minha bunda, e minha parte intima, aparecia pouco.

- Me sinto desconfortável, mas, tudo bem. – digo, e me sento na cama.

- E nem que não estivesse tudo bem, você ficaria com essa blusa, ou simplesmente nua. – sua rispidez me deixava irritada.

- Não vá achando você, que é o único que tem respostas na ponta da língua, ok? – digo, e ele se levanta, ficando sentado na cama, e se aproxima de mim.

- A diferença, é que eu posso te dar respostas, e você, não. – ele diz, rindo irônico.

- E se eu te der respostas, o quê irá fazer? Me bater? – digo, rindo.

- Talvez... não me subestime Yuno, como eu disse, você não me conhece. – ele diz e dou uma leve risada.

- Você parece um pouco comigo, sabia? – digo. – Eu só não manteria ninguém preso, ameaçaria o tempo inteiro e muito menos compraria por uma fortuna.

- Será mesmo? Se sua personalidade se parecer um pouco com a minha, talvez, você faria isso...

- Nunca. – respondo rápido.

- Não me importo com o quê pensa. – ele diz sendo estúpido novamente. Reviro os olhos.

- Os homens que estão com Sana e Hani... você os conhece? – pergunto, preocupada com minhas amigas.

- Conheço. Elas estão bem e seguras, te garanto. – ele diz.

- Menos mal. – digo, e olho para baixo, um total silêncio contagia aquele quarto. Ficamos quietos por longos minutos, e na mesma posição. – Yoongi... – quebro o silêncio.

- Sim? – ele responde e me olha.

- Quanto pagou em mim? – pergunto.

- Isso não importa. – ele diz e dá de ombros.

- Yoongi, me responde, por favor. – peço.

- Já disse Yuno. – ele diz e reviro os olhos, e volto a ficar quieta.

- Porque me comprou? Você pode achar sexo fora de casa, sabia? – falo.

- Eu sei. Mas dentro de casa é melhor, você não precisa se locomover.

- Você é muito estúpido, sabia? – solto irritada.

- Respondo você, da maneira que eu achar melhor. – reviro os olhos.

- Você não é agressivo apenas enquanto está transando, né? – pergunto, e ele puxa meu cabelo com força. Aquilo doeu.

- Não. – responde e solta meus cabelos.

- Isso doeu. – digo, e sem pensar, dou-lhe um tapa no rosto. Logo depois, me arrependo do que fiz. – Yoongi, me desculpe, eu não... – ele me olhava com raiva, se levanta da cama, e me lança um forte tapa no rosto. Foi tão agressivo, que chego a cair para o lado em que recebi o tapa. Ele pega meus braços agressivamente, me fazendo olhar para ele.

- Nunca mais, faça isso. Entendeu? Nunca mais. – ele me olhava com raiva, e logo depois do tapa que recebi, sinto uma corrente elétrica passar sob meu corpo. O lanço um olhar mortal.

- Minha mãe nunca me ousou a bater desse jeito, e não vai ser você, que vai fazer isso. – cuspo em seu rosto, e em seguida, levanto minha perna direita com força, e chuto suas partes baixas.

            Ele se afasta, gemendo de dor, levanto, olhando aquela cena, com um olhar de desdém. Não demorou muito para que ele avançasse em cima de mim. Me defendo, e logo, começamos uma luta corporal. Acerto alguns tapas em seu rosto, mas ele era mais forte, não havia como questionar. Ele me lançou vários socos no rosto, me fazendo sangrar pelo canto da boca. Diversas vezes, ele também me acertou nos olhos, e eu revidei, como pude, ele realmente era bem mais forte. Logo, ele me domina, e me joga contra a parede, me fazendo arfar de dor, e logo, com o impacto, minhas costas rastejam a parede, e caio no chão. Yoongi dá passos fundos até uma gaveta do guarda roupa do quarto, retira uma chave, e abre a porta.

- VADIA! – ele grita, sai a passo fundo, e bate a porta com tamanha agressividade, e ouço barulho de trinco na porta. Ele havia me trancando. Respirava com certa dificuldade, e não pude conter as molhadas lágrimas que caiam sob meu rosto.