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História The Hills - Suga BTS - Protetor


Escrita por: lwtisia

Notas do Autor


Esse capítulo é meu mais novo xodó! <3
OTP da fanfic em um momento raríssimo, preparem os kokoro.

Boa leitura! *-*

Capítulo 9 - Protetor


Guardei tudo rapidamente de volta em seus lugares, peguei a “chave” que fiz com o arame, e corri em direção à algumas estantes que haviam ali, arrastei rapidamente uma delas, me encaixei ali dentro, e depois a trouxe de volta para o lugar.

                        Se Yoongi me visse aqui, eu estava perdida.

            O nervoso estava tomando conta de mim, tinha se passado aproximadamente dois minutos, e nada de ninguém aparecer! Talvez eu deveria ter tentado sair sem que ninguém percebesse... talvez daria tempo... mas, já era tarde demais.

- Aquele filho da puta desgraçado vai me pegar! – Yoongi disse entrando, e logo em seguida, Hoseok e Jimin.

                        Me encolhi, e apenas observava e ouvia tudo, atentamente.

- Ele não vai sossegar até desgraçar a minha vida! – Yoongi disse irritado, se sentando em sua cadeira.

- Precisamos fazer algo rápido. Mas, o quê? – Hoseok pergunta.

- Já tenho tudo arquitetado em minha mente. Mas ainda precisamos estudar... se aquele filho da puta acha que conseguirá me destruir, está muito enganado! – mas que raios tinha acontecido?

- E ainda precisamos resolver o problema com os funcionários da empresa. – Jimin alerta.

- Não quero pensar na empresa agora! Chega de problemas. Eu quero a cabeça de Chansung, e eu terei! – Yoongi diz irritado. – Agora mais do que nunca, precisamos contar tudo para Yuno e suas amigas. – congelei por um momento. – Elas irão nos ajudar!

- Tem certeza disso? – Hoseok pergunta.

- De qualquer jeito, elas deverão ir! – Yoongi responde frio, estremeço um pouco.

- O plano inteiro, praticamente depende delas... – arqueei a sobrancelha. – Se elas falharem, ou não aceitarem, acabou tudo!

- Elas irão aceitar, eu já disse. De qualquer forma, irão. E elas não vão falhar, podem ter certeza disso. Dará tudo certo! – Yoongi diz confiante.

- Quantas cargas foram perdidas? – Hoseok pergunta. Cargas? Quê?

- Pedi para que Taehyung verificasse tudo no depósito, logo ele deve entrar em contato. – Yoongi responde.

- E quando pretende botar todo o plano em prática? – Jimin questiona.

- Assim que falarmos com as garotas. E de certa forma, treinar elas. – confesso que eu fiquei mais assustada que o normal. Que diabos estava acontecendo?

- Temos que treinar bem essas moças... qualquer erro pode ser fatal. – quando Jimin disse a palavra “fatal”, eu estremeci de uma forma, que acabei batendo minha cabeça na estante, soltando um eco enorme. Droga!

            Olhei novamente, e os três estavam com os olhares direcionados para a estante onde eu me encontrava. Recuei, mas percebi que eles notaram minha presença. Inferno!

- Quem está aí? – Yoongi pergunta, fiquei em total silêncio, e pude ouvir seus passos se aproximando. – Yuno, é você, não é? – inferno.

            Me mantive estática o tempo todo, evitando o máximo fazer barulhos com minha respiração.

- Saiam do escritório. – Yoongi pediu. – Yuno está aqui, e preciso conversar com ela. – logo ouvi o barulho da porta ser aberta e fechada. – Saia daí! Eu sei que está aí. – ele diz, e ainda inconformada, arrasto a estante e saio de onde estava, e olho para Yoongi. – O quê pensa que estava fazendo? – ele questiona, e fico quieta. – O quê pensa? – ele pegou meus braços com força.

- Eu só... queria saber o quê tanto escondia. – falei, em tom baixo e fraco.

- E que direito você tinha de fazer isso? – ele me joga contra a parede, pude sentir minha coluna arder. Não respondi. – Responde! – ele grita.

- Me desculpa Yoongi... por favor. Eu não sabia que fazer isso te deixaria tão irritado. – falo.

- Claro que sabia! Você não é estúpida. – ele cospe suas palavras em minha direção.

- Mas diga, o quê tanto quer de mim? Já que pude ouvir... – sou interrompida com um tapa estalado em meu rosto. Covarde.

- Você irá saber na hora certa! Eu já estou tendo problemas demais, você não vai ser mais um, me ouviu? – ele me segurava forte pelo pescoço.

- Você é um covarde. – digo, e ele me joga no chão, com força, me fazendo bater as costas no chão, sinto um ardor horrível, e sinto elas travarem. Grito de dor.

- Yoongi, me ajuda. – grito, de dor. – Minhas costas...

                        [...]

            Três dias se passaram, desde aquela discussão com Yoongi no escritório, onde ele me arremessou tão forte no chão, que minha coluna travou. Naquele momento, onde eu gritava de dor... eu me lembrei de tudo o quê enfrentei no passado, inclusive naquele dia em que... não quero falar sobre isso!

            Depois de minha coluna travar, pedi ajuda para Yoongi, e ele acabou me levando numa emergência. Levei alguns remédios para aliviar a dor na veia, e uma massagem nas costas, até elas voltarem ao normal. Mas ainda sim, eu ainda andava travada, então, eles me deram uma “bengala” de apoio, pois minhas costas ainda doíam muito. E até hoje estão doendo. Eu apenas saía da cama para tomar banho, e uma funcionária, vinha me trazer alimento. Yoongi só passou aqui um dia depois do ocorrido, perguntar se estava tudo bem, depois, nem vi sequer sua sombra.

            Fiquei deitada, lendo um dos livros que havia naquele quarto onde eu ficava. Estava me dando fome, mas eu não iria descer para pedir nada. Logo menos, me trariam algo. Logo, vejo a porta ser aberta, e vejo Yoongi na porta, com algumas sacolas.

- Está tudo bem? – ele diz entrando no quarto, fechando a porta. Não o respondo, e ele bufa. – Trouxe algumas roupas pra você... hoje vamos sair, vamos na comemoração do progresso da minha empresa. Resolvi tudo e... – o interrompo.

- Eu não vou. – digo.

- Você sabe que não tem escolha. Os empresários me verem com uma mulher do lado, será uma ótima imagem, sabia? – ele diz e dou risada.

- Uma mulher do lado... – repito a forma como ele disse. – Seria ótimo eles saberem o quê você faz com essa mulher. – o provoco.

- Yuno... apenas colabore, que eu não volto a te machucar. – ele diz, e por algum motivo, meus olhos se encheram de lágrimas. – Comprei algumas roupas formais pra você... vestidos, colares, anéis, saltos...

- Yoongi... – me levantei da cama, ficando sentada. – Eu não posso usar salto alto. – falo, sem graça.

- Essa é mais uma das desculpas pra não ir? – ele pergunta irritado.

- Eu falo sério... eu realmente não posso. – digo.

- E porquê? O salto alto que escolhi pra você calçar hoje é incrível, combina com você.

- Posso ver? – pergunto, e ele tira a caixa de dentro da sacola, e logo retira o salto. Era realmente, muito bonito. – É lindo... mas não posso usar, infelizmente.

- Yuno, pare! Você vai usar de qualquer jeito.

- Você não entende... eu tenho um problema na coluna. – digo, e ele arqueia a sobrancelha.

- Mas tudo isso... foi por causa do quê aconteceu? Já não foi tudo resolvido? – ele pergunta.

- Não, não... – abaixo a cabeça. – É de uma coisa que aconteceu anos atrás e... – ainda de cabeça baixa, minhas lágrimas começaram a cair, e minha voz fraquejar.

- Você está chorando? – Yoongi se aproxima, e senta do meu lado. – Yuno, o quê houve?

- Eu queria poder usar salto... como todas as meninas usam em festas chiques, sabe? – o olho, chorando. – Mas tudo isso, foi tirado de mim quando eu tinha quinze anos. Eu quase fiquei sem andar Yoongi. – digo, soltando um choro abafado e ele me olha arqueado.

- O quê aconteceu? – ele questiona.

- Meu padrasto... aquele... – não conseguia falar, de tanto chorar. – Uma vez, estava irritado comigo, por eu ter falado com minha mãe que ele era um cafajeste, que não prestava pra nada... e, ele entrou no meu quarto e... começou a me agredir. – chorava mais ainda, contando. – Ele me agrediu de uma forma que... eu não sei dizer. Ele me acertou diversas vezes na coluna, e acabou me arrastando pelos cabelos, e me empurrou da escada. Ele queria me matar. – dizia entre soluços, e peguei em seus ombros. Uma de suas mãos, pegou uma das minhas. – Eu sentia um ardor enorme na coluna, e sentia pouco minhas pernas. Minha mãe chegou gritando, e fomos pro hospital. Lá, eles fizeram um procedimento em mim, para que eu não ficasse paraplégica, e dias depois, eles colocaram pinos em minha coluna, para que ela se mantivesse estática, o tempo inteiro, para que enquanto eu andasse, eu não perdesse a força, e acabasse caindo. Por alguns dias eu fiz sessões de fisioterapia, e andava de bengalas... como estou hoje.

- E a sua mãe Yuno? Não fez nada? – ele pergunta, nervoso, como se estivesse com ódio de minha mãe.

- Não... – choro abafado. – Ela não fez nada, e depois de tudo, ainda me disse que era tudo culpa minha. – choro, apertando suas mãos, e ele retribui. – Eu não posso ficar por muito tempo no salto alto... naquela boate... eu ficava forçada, e diversas vezes eu sentia minhas pernas amolecerem, então eu sempre buscava um local pra me apoiar. Eu não posso fazer exercícios físicos sem alguém por perto, e eu não posso passar horas em pé. Tudo isso, por culpa dele. – eu chorava, sem chão. – E toda vez que... – engoli o seco, antes de falar, e o olho no fundo dos olhos. – Você me agride, eu lembro daquele dia... e fico com medo de acontecer a mesma coisa... então por vezes, eu sempre acabo te agredindo de volta... mas é por medo, eu juro. – ele muda seu olhar... e me olhava com... pena?

- Yuno... – ele diz com um tom triste. – Me perdoa, eu não sabia disso... – Yoongi realmente ficou sentido com algo? – Eu prometo que não irei mais encostar um dedo em você. – ele diz, e solto um sorriso involuntário.

- Falar sobre isso me acaba Yoongi... me perdoa por ter desabafado, mas... eu precisava. Nem Sana, sabe sobre isso. – digo, e ele se assusta um pouco.

- E porque não conta?

- Medo... aquele homem Yoongi... – volto a chorar, ao lembrar dele.

- Ei, ei, ei! – ele me puxa para um abraço. Yoongi realmente mudou da água pro vinho naquele momento. – Eu estou aqui! Não existe mais ninguém que irá te fazer mal. – eu o abraço forte, e ele retribui. Mas logo, acho que recuperou os sentidos e me soltou.

- Eu queria muito poder ir nessa festa, te acompanhar... mas, eu não vou conseguir ficar com salto. – digo.

- Você vai sim! E com salto. Você vai mostrar para si mesma, que pode ficar com salto por longas horas, sem problema algum... e se não conseguir, eu vou estar lá, e saberei o quê fazer. Ok? – ele diz, de maneira... fofa? Yoongi, o quê houve?

- Eu não vou conseguir... mas irei tentar. – digo, e ele sorri involuntariamente, e se levanta.

- Irei sair agora, mais tarde eu volto! Descanse bem. E não pense em tocar nisso aqui. – ele diz apontando para a bengala que ali havia. – Você não vai precisar dela hoje. – ele abre a porta do quarto, e ia saindo.

- Yoongi. – o chamo, e ele se vira, rapidamente. – Obrigada! – digo sorrindo, ele sorri de volta sem mostrar os dentes, e fecha a porta.

                                   Min Yoongi foi gentil comigo? Min Yoongi foi fofo comigo? Min Yoongi me escutou? O quê tinha acontecido?

                        [...]

            Respirei fundo, e caminhei, com pouquíssima dificuldade, até o salto. O coloquei, e me senti uma primeira dama. Imbecil, eu sei. Mas eu sempre quis estar em cima de um salto, apesar do meu estilo ser um pouco inconveniente. Caminho com dificuldade até o espelho, e me olho. Me sinto mais forte, e por um momento, esqueço de tudo, e me sinto única. Ouço a porta ser aberta.

- Como se sente em cima de um salto? – Yoongi pergunta, se aproximando.

- Eu me sinto mais forte e única. Idiota, eu sei. – falo, ainda me olhando no espelho.

- Não é idiota... não pelo o quê você teve que passar. – Yoongi me olha através do espelho, e dou um sorriso.

- Você acha que estou bonita? – pergunto.

- Sim... muito, muito bonita. – ele responde, me analisando. Solto um riso fraco. Meu Deus, realmente era Min Yoongi?

- Vamos? – pergunto me virando para ele.

- Vamos. Lembre-se que se você precisar de ajuda, eu estarei lá, tudo bem? – ele diz, e me estremeço um pouco, seu olhar era sincero, e eu nunca tinha visto aquilo antes.

- Tudo bem... – digo um pouco tremula, pois senti algo que nunca havia sentido antes, olhando para Yoongi... era uma sensação boa, que estranho.

            Ele me ajudou a descer das escadas, e também a me guiar até seu carro. Ele não soltava minha cintura e minha mão um segundo sequer. Aquilo estava mexendo comigo de uma forma estranha... aquilo era tão fofo... tão... protetor.


Notas Finais


Não esqueçam de comentar o quê estão achando, e até o próximo capítulo! Beijos. *-*


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