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História The History of Pana - Precisamos conversar


Escrita por: WellDarling

Notas do Autor


Opa linda voltou rapidinho!! Viu q eu n sou tão, má??! Cap pra comemorar os 20k da fic aqui no Spirit e pra estrear a capa e a sinopse descente dessa fic! Cap dedicado a todos vocês por estarem sempre me incentivando com esses comentários lindos e pelo carinho que vocês tem com The History, amo todos vocês mesmo fazendo vcs sofrerem um pouquinho! Boa leitura!

Capítulo 24 - Precisamos conversar


Fanfic / Fanfiction The History of Pana - Precisamos conversar

Paola’s POV



 

A dor que senti ao ver a Ana Paula beijando outra não se compara com nenhuma dor que senti na vida e olha que eu já senti muitas. Meu peito doía tanto que cheguei a sentir falta de ar. Eu não queria, eu não podia acreditar que ela estava me traindo, mas estava logo ali, bem na minha frente, aquela famosa frase “uma imagem vale mais que mil palavras nunca fizera tanto sentido. Como ela pode fazer isso comigo? Com a Fran? Principalmente com a família que estávamos construindo?!

 

Após suas palavras e sua saída abrupta de minha casa eu já não sabia mais o que pensar. E se não fosse o que eu tava pensando? Mas eu vi, eu fiquei parada ali vendo-a ser beijada, se não fosse o que eu tava pensando por que raios ela não a afastou?! Eram tantas perguntas sem resposta, tantas dores, por que a gente não pode simplesmente ficar juntas? O que o universo tinha contra nós?


 

Chegou uma hora que eu não podia lidar com isso sozinha então peguei meu carro aproveitando as ruas livres da madrugada de São Paulo fui rapidamente em direção a cada de Nina. Eu acho que durante o caminho eu passei de lamentação e questionamentos para raiva. Apertava tão forte o volante que a ponta dos meus dedos ficava amarelada e a medida que apertava o volante meu pé afundava no acelerador, não sei quantas multas tomei, mas sei que cheguei a casa de Nina em menos da metade do tempo que gastaria em uma velocidade permitida.  Assim que parei no grande portão negro o porteiro que estava na cabine ao lado do mesmo assustou-se com minha presença ali provavelmente pela hora, o senhor robusto pegou o interfone falou algo provavelmente anunciando minha chegada e logo se abriram os grandes portões de ferro que naquela madrugada escura estavam mais assustadores.

 

Só a Perla mesmo. – Penso negando com a cabeça enquanto faço o caminho para a porta de sua casa que logo se abre revelando uma Nina incrédula.


 

– Posso saber o motivo de você estar aqui essa hora e não aproveitando a ausência da Fran pra transar loucamente? - Questiona arqueando uma sobrancelha após eu descer do carro e me aproximar.


 

– Ela me traiu. - Digo simplesmente olhando-a intensamente em um pedido mudo de socorro.


 

– Opa, volta a fita e conta do começo!

 

– Podemos entrar primeiro? To morrendo de frio. - Respondo abraçando meu corpo ainda vestido com aquele lindo vestido daquela fatídica festa.


 

– Você vai subir, tomar um banho quente, pegar uma roupa minha, enquanto eu faço chá para você se acalmar ai sim você me conta tudo desde o começo. - Diz quase que em uma intimidação mesmo estando com a voz branda, apenas assenti e fiz o caminho para seu quarto. Vejo Fran dormindo esparramada na cama de Nina fazendo-me sorrir triste com um aperto no coração.


 

Por que você fez isso com a gente, Ana Paula?”


 

***


 

– E foi isso, está acabado e pelo visto não tem mais volta. - Termino de contar limpando algumas lágrimas rebeldes que insistiram em cair.


 

– Okay, vamos lá, pelo que eu entendi ela não retribuiu o beijo ou ao menos fechou o olho, ou seja, foi pega de surpresa então ela estava estática não tinha como ela afastar.


 

– Eu não acredito nisso, ela mesma tinha falado “se você não quer, tem quem queira”.


 

– Mas ela tava bêbada! - Fala como se fosse a coisa mais obvia do mundo, por fim ela suspira e quando eu vi Nina estava me beijando, fiquei sem reação na hora eu não estava esperando achei que ela tinha superado. - Pronto, feliz? Você não conseguiu me empurrar, pois foi pega de surpresa, agora deu pra entender o que eu queria falar?!


 

– Te odeio. - Suspiro deitando a cabeça em seu colo. - Mas elas estavam dançando juntas e depois aquilo, doeu tanto.


 

– Não to querendo provar que ela tá certa e sim que as duas estão erradas, agindo de forma imatura! Ela por claramente estar passando por algo e não compartilhar com você para depois afogar as mágoas na bebida, e o que falou com a mulher que foi apaixonada por você e não se entregou pra ninguém por 3 fucking anos além do mais praticamente adotou sua filha!

 

– Quando foi que você começou a defender ela?


 

– Quando eu vi o quão bem ela faz pra você e para Francesca, eu vi o que ela passou quando você estava em cirurgia, Paola pensa, você é tão inteligente então usa a cabeça! A Ana Paula não iria ficar com ninguém por 3 anos pra quando finalmente firmar com você jogar tudo pro ar!


 

– Tá, ok, eu to errada, ela tá errada, nós fomos imaturas e agora acabou.


 

– Por hora. Você vai aquietar o cpu, usar esse tempo separadas para colocar as ideias no lugar e ver o que quer do futuro, e se ele inclui ou não Ana Paula Padrão.


 

***


 

Os dias se passaram arrastando desde minha conversa com Nina, nesse meio tempo cada vez eu tinha mais certeza que eu e Ana precisávamos conversar, mas ainda tinha que pensar em algumas coisas. Fran sempre perguntava por ela e eu nunca sabia o que responder, falava que ela tava ocupada com o trabalho e lógico que minha filha ficava sentida por não ter a outra mãe por perto. Mesmo que não seja pra eu e Ana ficarmos juntas eu não podia negar que ela agora era a outra mãe da minha filha, as duas sempre tiveram uma ligação muito forte e a Fran a ama demais. Eu cheguei ao ponto de chorar toda vez que colocava minha filha pra dormir imaginando que um futuro em que eu, ela e Ana éramos uma linda família estava cada vez mais distante.  


 

Dormir já não era mais uma opção, no máximo eu cochilava por uma hora e depois acordava sentindo falta do corpo macio de Ana na cama.


 

Quando foi que eu me tornei tão dependente de Ana Paula Padrão??


 

Ouço o barulho dos pequenos passos de Fran e finjo que estou dormindo, com o olho meio aberto vejo minha filha pegando meu celular e voltando correndo para seu quarto, levanto-me sem fazer barulho e caminho lentamente até a porta de seu quarto. Ouço a mesma no telefone e logo identifico quem era. Ana Paula. Meu coração dói a cada fala de minha filha, quando a conversa acaba percebo que Fran dormiu com o telefone no ouvido e vou lá tirar. Vejo que a ligação ainda não foi encerrada e coloco no ouvido.


 

– Se eu roubei, se eu roubei teu coração É porque, é porque te quero bem.. Te amo, minha filha, a mamãe promete consertar tudo porque ela ama muito você e sua mãe. – Fala com a voz completamente embargada fazendo meu coração doer e meus olhos lacrimejarem, um soluço alto e a ligação foi encerrada.  


 

Eu sei que não deveria estar sentindo a culpa que estou sentindo agora, pois eu sei que ambas estamos erradas, mas eu deveria ter ouvido ela, não deveria ter duvidado do amor dela, eu sempre soube quem ela era e que nunca faria isso com ninguém, mas eu duvidei, eu falei coisas horríveis agora estamos ambas sofrendo e levando Fran a sofrer também, a gente precisava resolver isso de uma vez por todas.


 

Voltei para meu quarto e liguei meu notebook, já não conseguiria dormir que pelo menos eu tivesse uma madrugada produtiva. Por ironia do destino assim que abri a área de trabalho do computador a foto de Ana Paula com Francesca se fez presente no meu papel de parede. Fiquei alguns longos minutos admirando minhas meninas sorridentes e uma lágrima solitária caiu, respirei fundo e abri o navegador, não tinha coragem de tirar aquela foto, mas ficar sofrendo por ela estava fora de cogitação.  


 

***


 

Os dias iam passando arrastados e quando eu havia descoberto que Ana Paula estava no Rio de Janeiro a trabalho pela Fran que agora conversa com ela diariamente pelo celular da Maria, pelo visto ela não tinha coragem de me ligar para falar com Francesca, mas não posso fazer nada, uma hora outra ela vai ter que me encarar.


 

A alguns dias atrás recebi uma mensagem de Jason avisando que estava vindo para o Brasil fotografar os turistas nas Olimpíadas e queria ver Fran, como não tivemos nenhuma desavença no término concordei na hora de ele vir aqui em casa, marcamos para assistirmos a abertura juntos e eu prepararia um jantar.


 

Fran não havia mencionado em o que Ana Paula estava trabalhando no Rio, provavelmente nem a pequena sabia, pois ela ficou tão surpresa quanto eu quando ligamos a televisão para ver a abertura e vimos Ana Paula na tela. Ela estava tão linda com o terninho da Band que me aqueceu o coração de tanta fofura, e lógico que ela era a menor ali, uma bebê, minha bebê, ou costumava ser minha..


 

Estava sentada ao lado de Jason no sofá prestando atenção e colocando a conversa em dia, como não estava conseguindo esperar a janta estava comendo iogurte com doce de leite (ninguém é perfeito). A cada vez que a voz de Ana soava pela televisão eu suspirava forte até que Jason se aproximou de mim.


 

– Todos esses suspiros são porque você está sentindo falta dela? - Questiona baixo.


 

– Longa história, Lowe. - Respondo fingindo concentrar na tv, vejo o mesmo puxando o cobertor que estava em volta de mim tapando metade do rosto e quando ia me virar para ver o que era um flash vem em meu rosto. - Me pegou desprevenida minha fotografia! Deixe-me ver. - Peço e minha filha se aproxima. Vejo a foto e decidi postar no Twitter aproveitando para responder um pouco meus fãs.


 

A noite foi ótima e quando Fran foi dormir fiquei conversando com Jason, ele realmente é um ótimo amigo, me desejou tudo de melhor com a Ana e quase me intimou a não perder ela, pois segundo ele com seu “olhar de fotógrafo” dava para ver de longe o quanto nos amávamos e que era amor verdadeiro. Queria me apegar a isso, mas cada vez que pensava na nossa última conversa parecia mais remota a possibilidade de voltarmos.


 

***


 

Alguns dias depois da abertura estava me afundando no trabalho para superar a falta que Ana Paula estava fazendo, percebi que Fran estava sentindo meu afastamento e decidi tirar o dia de folga para ficar com ela deixando-a faltar a aula, a pequena já estava morrendo de saudades da outra mãe e eu não a faria sentir a minha também. Havia passado rapidamente no Arturito para avisar da minha folga e ver se estava tudo certo, quando voltei para casa ouvi a vozinha animada de Fran como não ouvia a muito tempo, vou em direção a sala para ver qual o motivo de tanta felicidade e vejo a mesma no telefone de Maria que estava sentada no sofá vendo televisão.Lógico, Ana Paula.


 

– Eu quero uma boneca da Elsa, mamãe! … Verdade, então eu quero um vestido da Frozen! … Eu não gosto dela … Tá bom, prometo. - Escutava a conversa escorada no batente da porta quando minha filha me avista. - A mamá chegou! - Fala animada.


 

– Fran deixa a mamá falar com sua mamãe um minutinho? - Pergunto e a pequena assenti animada, pois ela sempre ficava triste quando perguntava para uma de nós duas se queria falar com a outra e negavamos.


 

– Oi, Ana Paula. - Falo já com o telefone em mãos me afastando da sala.


 

– Paola. Tudo bem com você? – Pergunta meio incerta.


 

– Estou indo, e você?

 

– Na medida do possível. – E foi aí que a conversa literalmente morreu, ficamos alguns incontáveis minutos em silêncio até que eu decido quebrá-lo.


 

– Precisamos conversar.


 

– Certamente, mas essa conversa não deve acontecer por telefone. Eu volto para São Paulo ao fim das Olimpíadas e prometi a Fran passar aí para vê-la então conversamos.


 

– Só para vê-la? - Pergunto quase que em um sussurro.


 

– Eu preciso ir, a Patrícia irá me lavar no Pão de Açúcar.


 

– Até. - Consigo dizer antes de a ligação ser encerrada. - Eu te amo.


Notas Finais


Deem uma olhadinha na capa e me falem o que acharam! Beijinhos


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