História The house of Kannenberg family - Pilot

12 de março, 2014 – Hazel

 Meus pais foram viajar e me deixaram aqui em casa sozinha, vou aproveitar ao máximo esse tempo aqui. Hoje depois da aula combinei com meus amigos de virem aqui em casa para jogarmos um jogo, nem sei qual é, mas parece uma boa ideia.

 Quando chegou a noite, estava tudo já organizado. Depois de um tempo esperando, o pessoal chega, eles estavam alegres, como sempre, mandei-nos entrar e fui conferindo se alguém iria chegar ainda. Todos já tinham chegado, Louis, que é o nerd do pessoal trouxe o jogo, que na caixa estava escrito algo como OUIJA, não sabia o que era aquele jogo, nem como jogava, só esperei todos se acalmarem para jogar.

– Vamos jogar? – Disse Suga, se sentando no sofá.

Suga é o mais fofo da turma, todos falam que ele forma um belo casal de doidos comigo. Ele tem cabelo ruivo, meio rosa e seus olhos são pretos, ele tem sardas nas bochechas, e se veste como um garotinho da 5° série. Às vezes na escola ele é zoado de “maknae” por vir da Coréia do Sul. Também tem um sotaque coreano por ainda estar aprendendo inglês. Ele já teve uma leve queda por mim, não sei se ele já me esqueceu mas acho que está superando.

– Espera um pouco, ainda estou bebendo meu copo de Rum, não quero perder nada... - Sem perceber, Jenny pegou um vidro de Rum na geladeira.

 Jenny é a garota “diferentona” do grupo, ela é rockeira e odeia quando os outros a julga por isso. Tem um longo cabelo anelado, louro com vermelho nas pontas. Às vezes ela fica isolada num canto ouvindo suas músicas e desenhando, o que ela adora fazer. Fico meio assustada com ela ás vezes pelo quanto ela bebe, é tão acostumada que bebe como se fosse suco.

Acho melhor perguntar Louis como jogava aquele jogo estranho, então chego perto dele e o cumprimento.

– Oi Louis, que jogo é esse? – Aponto para a caixinha.

 Acho que me esqueci de falar de Louis... Como disse antes, Louis é o mais nerd de todos, ele nasceu em New Orleans e se mudou para cá ano passado. Ele tem cabelo preto e cacheado, pele clara e olhos cor-de-mel. Ele também tem aquele estilo vintage, e adora mangás e livros. Sua matéria preferida é Física.

– É o OUIJA, ele é um tabuleiro que nos “permite” conversar com espíritos. –Me arrepio. Como ele pode falar disso tão calmamente? – Creio que isso não é verdade, por isso vamos testar hoje!

– Tem certeza que não vai acontecer nada?

– Se acalme, tenho 86% de certeza de que isso é falso. – Ele afirma com tanta certeza que fico com medo dele, me afasto e também vou pegar um copo de Rum para mim.

 – Gente!? Vamos logo com isso! – Calebe grita do outro lado da sala, chegando mais perto. 

 Calebe é o mais engraçado do grupo, ele tem cabelo loiro e liso com uma franja até em baixo da sobrancelha, olhos castanhos e pele clara. Ele adora usar roupas comuns e frescas em todos os lugares. Também odeia quando mechemos em seu cabelo.

– Boa ideia, cara! – Suga faz Calebe também sentar no meu sofá. – Todos de acordo? – Ele grita. Todos dizem que sim em coro, Calebe começa a rir por causa disso.

– Então tudo bem... Vamos jogar! – Louis abre a caixa, colocando o tabuleiro sobre a mesa, com duas velas e uma seta de madeira.

– Pra que servem as velas? – Suga pergunta. Já percebi que ele estava com medo, mesmo antes de começar a brincadeira.

– Não sei, só li nas regras na internet. – Louis pega uma caixa de fósforos em seu bolso, acende as duas velas e as posiciona em cada lado do tabuleiro. Ele também pega a seta e posiciona no meio do tabuleiro.

Jenny, Calebe, Suga (mesmo se cagando de medo), e eu fizemos o que Louis pediu, ficamos em volta do tabuleiro e colocamos, cada um, dois dedos na seta. 

Quando começamos a jogar, fico com um pouco de medo de acontecer algo, mas começamos bem. Perguntamos se “havia algum espírito ali”, e a seta moveu para onde estava escrito sim. Suga começou a soluçar, não querendo jogar mais. Louis diz que agora não podemos mais parar. Então, logo perguntamos algo para testar. Louis, com muita calma, pergunta qual era a cor de seu tênis, que era preto. Para a nossa surpresa, a seta soletra ”p-r-e-t-o”, se arrastando pelo tabuleiro. Ninguém estava mexendo ali naquela seta, ela se movia sozinha, e realmente respondia as perguntas corretamente. Calebe logo desfez o seu sorriso quando o tabuleiro revelou que seu amigo estava morto, ele se desesperou e começou a chorar, ainda não tirando os dedos da seta. Fizemos mais algumas perguntas e logo Louis deu “tchau” para o espírito que conversávamos. Todos estavam cansados, então Louis apagou as velas e fomos dormir ali na sala mesmo. Fico meio aliviada de não ter dado nada errado, pelo menos foi uma conversa casual com um espírito...

 Aproveitei que o quarto da minha mãe estava vazio e fui dormir lá, subi as escadas até lá e Suga me para no meio da escada. Acho que ele ainda não se desapegou de mim... Na verdade, até que isso é uma coisa boa, éramos amigos muito colados, como irmãos, Quando fiquei sabendo que ele gostava de mim, por Calebe, isso estragou tudo.

– Hazel... Posso dormir lá em cima também? – Ele sussurra, ainda segurando meu braço com cuidado, depois ele solta.

– Fique á vontade Suga, se quiser dormir na cama da minha mãe, tem espaço.

 Acabamos dormindo juntos na cama da minha mãe, já que lá era a única cama boa da casa. Calebe, Jenny, e Louis dormiram lá em baixo, nos sofás.