História The house of Kannenberg family - Sungjoo?

02 de fevereiro, 2016 – Kim Sungjoo

 Fiquei mega feliz sabendo que ela era da minha sala, realmente, sou um cara de sorte!

– Vamos!! – Falo até que bem alto... Sim, me arrependi disso. – Quer dizer, vamos... É bem ali. – Por impulso, pego em sua mão novamente e lhe levo correndo até nossa sala.

– Nossa pessoal! Me parece que o japinha arrumou uma namorada nova! – Uma garota grita no meio da sala. Todos começam á rir, inclusive o professor. Não dou a mínima, até por que não existia nada entre nós. Mesmo assim, ainda continuo de cabeça erguida e levo-a até um lugar atrás do meu, me sento e ela também se senta. Éramos os últimos da fileira do canto da sala, onde estava uma grande janela que conseguia ver a vista de toda a escola.

– Vista bonita, não? – Me viro para trás, ainda encarando a paisagem na janela. Ela sorri e fica um pouco vermelha novamente, sem motivo algum.

– Isso eu não posso negar... – Ela também olha pela janela e seus olhos brilham.

– Por que está vermelha? – Faço mais uma pergunta.

– Por que faz tantas perguntas? – Ela ri, colocando a mão sobre seu rosto e o virando de lado. – Aliás, você também está vermelho...

– Eu?! Não! – Viro o rosto, também rindo, me ajeito na cadeira e pego uma caneta no meu bolso.

 O professor seguinte chega, era o professor de história, Jordan. Logo em seguida, Jonas, professor de Filosofia.

 Um tempo depois, finalmente, o sinal do intervalo bate, todos com muita fome, esses foram os primeiros á sair da sala, correndo até a sacada da escola, onde passamos todo o intervalo.

 Em baixo da sacada, temos uma quadra de tênis, e uma de basquete, ambas bem largas. Na frente das quadras, temos uma área verde, onde se passam a maioria das pessoas. Lá é um lugar calmo, cheio de plantas, árvores, e flores. Também tem um lago, que é cristalino de tão limpo.

 Vou com Hazel ver a vista da sacada, eram várias pessoas fazendo piqueniques, jogando bola, conversando na grama, e o resto comendo aqui mesmo na sacada. A comida parecia ótima, estava com um cheiro bem agradável.

 Convenço Hazel de irmos até o jardim, onde sentamos na grama para conversar. Estávamos longe de todos, isso era bom, mas me dava também um pouco de medo.

– Então... Está bem Hazel? – Ela sorri, também se sentando na grama de pernas cruzadas. Chego mais perto dela, ela coloca sua perna por cima da minha.

– Não muito. – Ela suspira, acho que não estava tão confortável com esse assunto. Ponho minha mão em seu ombro tentando acalmá-la.

– Vem cá... – A abraço de lado, acariciando seu ombro. Não queria ver ela triste, muito menos hoje, me sinto mal quando as pessoas estão tristes. – O que aconteceu?

– Estão acontecendo coisas lá em casa, digamos q..que, talvez... – Ela para de falar, já com os olhos vermelhos.

– Diga, não precisa ter medo. – Sussurro.

– Estão acontecendo coisas estranhas ultimamente... Digamos que coisas “paranormais”. – Ela demora um pouco para falar, mas consegue.

– Sério? Está ouvindo vozes também? Finalmente... – Fico ansioso, também ouço vozes assim às vezes, que ainda me assustam, lembro de meu primo, Suga, ele desapareceu, e ultimamente estou ouvindo ele falando em minha cabeça, coisas acontecem quando ele está dizendo, “eles estão vindo”, ou até as vezes “se esconda, eles são perigosos”.

– Co..como sabe? – Ela sussurra, tapando minha boca. Isso me deixa um pouco... com um pouco de vergonha (claro...).

– É que... Uma vez, meu primo, Suga, foi jogar um jogo na casa de uma “amiga”. Depois daquele dia, não o vejo há tempos, e também ultimamente estou escutando ele falar coisas em minha mente. – Respiro fundo, quase chorando. Arrumo meu cabelo, que bagunçou por causa do vento.

– Não acredito... O Suga... Eu era a garota... – Ela se desespera e começa a chorar, também se deita o meu ombro. Tento acalmá-la acariciando sua cabeça, logo depois seu pescoço e ombros.

– Calma, calma... – Percebo que ela estava mesmo muito triste, começo a chorar baixo também, não agüento pensar em meu primo.

– O Suga era seu primo... – Ela soluça mais em meu ombro e volto a acariciar sua cabeça.

– Não tem problema, Hazel – Sorrio, mesmo chorando um pouco. – Se acalme, é passado.

– Obrigada – Ela diz com aquela voz... Aquela voz que até arrepia sabe? Então. Ainda pra complementar, ela me abraça quase me jogando no chão. Meu deus, mesmo tendo á conhecido hoje, isso ta me deixando louco. – Agora, finalmente, achei alguma pessoa que me entende. – Ela se senta em minha frente, depois do longo abraço.

– Sou seu amigo, não? Pode contar comigo. – Tento ser amigável, mas isso não é pra mim... – Eh...e isso fica só entre nós ok? – Me ajoelho e limpo sua bochecha que estava cheia de lágrimas, depois me levanto e puxo-a também.

 Quando o intervalo acabou, voltamos até a sala de aula e tivemos mais duas aulas. Quando a aula acabou, saímos eu e Hazel até o portão da escola e esperamos Lee (Apelido carinhoso do Sungjoo pro ChunLe), que se despedia de sua nova amiga.

– Acho que Lee está apaixonado... – Aponto para ele, que voltava pra cá, ainda acenando para a garota e começo a rir.

 Lee chega e começamos á conversar coisas aleatórias, quando percebo, o carro de Hazel estava na porta da escola.

– Minha carona chegou pessoal... Tchau! - Hazel acena para nós e se vira, andando até o carro.

– Ei! Espera! – Puxo Hazel de volta e á abraço, depois beijo sua testa. – Tchau Hazel.

 Ela vai andando meio corada até o carro, á observo até ela entrar no carro, depois continuo a conversar com Lee.

 Quando chego em casa, exausto, tomo um banho quente e deito em minha cama, só de bermuda por causa do calor. Fico fuçando meu Facebook quando, na minha sugestão de amigos, aparece Hazel, com uma foto linda de perfil. Logo, á adiciono e fico toda a noite vendo sua timeline. 

Um tempo depois, ela me chama no chat, e conversamos sobre coisas aleatórias por um bom tempo. Ela me convence de fazer uma chamada de vídeo, claro que aceito, me esquecendo que quase estava sem roupa.

– Olá Sungjoo-ya! Erh... – Ela olha atentamente para a câmera, de boca aberta. – Acho que... Nossa...

 Depois que me toco que estava quase nu em frente a câmera. Levo um susto e desligo a ligação, ficando muito envergonhado. Tento dormir e esquecer isso tudo.