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História The hurting,the healing,the loving - I can keep a secret, can you?


Escrita por: whoiscabello

Notas do Autor


Hey, nenas! Obrigada pelas leituras, comentários e favoritos!

Capítulo 5 - I can keep a secret, can you?


Fanfic / Fanfiction The hurting,the healing,the loving - I can keep a secret, can you?

Camila Cabello's point of view

Duas semanas se passaram desde minha consulta com Lucy, e desde então, Taylor me mandava mensagens de hora em hora para se certificar de que eu estava bem. Além de minha cunhada, Dinah sempre me visitava entre um ensaio fotográfico e outro; Normani me telefonava pelo menos duas vezes por semana, e Ally costumava me levar para pequenos passeios pelo bairro vez ou outra.

   -Ally, já disse que café tem me deixado enjoada - bufei, enjoando com o simples cheiro de cafeína. -Vou te esperar aqui fora.

Sentei no pequeno banco de madeira do lado de fora da cafeteria, respirando fundo algumas vezes. Um, dois, três, quatro, cinco. Nada. O enjoo parecia ficar ainda mais intenso, e àquela altura eu não tinha certeza se era pelo aroma carregado do café ou se era o cheiro do cigarro que um homem tragava a alguns metros dali - o mesmo tipo de cigarro que Lauren costumava fumar escondida.

   -Mila, não vou te deixar sozinha aqui, vamos - Ally segurou minha cintura e me guiou até a entrada da cafeteria, abrindo a porta com um chute. -Vou te levar até o banheiro, e depois prometo que te levo de volta para casa.

Assenti, incapaz de formular uma frase sem vomitar no chão recém encerado do estabelecimento. Mantive minha cabeça baixa enquanto minha amiga me guiava por entre os confortáveis sofás que acomodavam diversos clientes compenetrados em seus celulares e notebooks. Quando estávamos a poucos metros da porta do banheiro, senti uma mão tocar o lado direito da minha cintura, obrigando-me a parar.

   -Venha, sente-se. Mantenha a cabeça para cima, ou sentirá tontura - era Lucy; ainda segurando minha cintura, a latina me sentou em um dos vários sofás, enquanto Ally desatou a falar sobre como eu costumava enjoar cada vez. Mantive meus olhos fechados por alguns minutos, respirando fundo enquanto Lucia segurava meu pulso, provavelmente checando meus batimentos. -Está taquicárdica, Camila. Algo te estressou, ou te deixou ansiosa?

Nos últimos meses, era mais fácil dizer o que não me deixava estressada ou ansiosa. Com o turbilhão de acontecimentos desde antes de minha gravidez, se tornara extremamente difícil levar uma vida tranquila, livre de nervosismo e ansiedade.

   -Digamos que muitas coisas me estressam ultimamente, dra. Vives - murmurei, finalmente abrindo os olhos, e encontrando uma Lucy perigosamente perto, agachada a minha frente, ainda com a mão envolvendo meu pulso.

Olhamo-nos por longos segundos, até que ela pareceu notar que ainda segurava meu pulso, pondo-se de pé e, em seguida, sentando-se ao meu lado. Eu já havia reparado em seus olhos chocolate, mas aquela era a primeira vez que a via sem seus óculos de secretária de filme pornô, o que me permitiu prestar atenção em como eles tinham um brilho único.

   -Deixe que eu assumo daqui, Ally, não se preocupe - Lucy disse, sem desviar seus olhos dos meus.

Pela primeira vez em pouco mais de duas semanas, deixei escapar uma risada, tapando a boca logo em seguida; era extremamente embaraçoso, embora apaixonante, ter minha obstetra tão próxima - ainda mais considerando o fato de que ela era simplesmente maravilhosa. Como eu não havia me dado conta antes?

   -Tem certeza, Lucy? - Ally perguntou, sua voz carregada de preocupação, assim como seu semblante. Lucy apenas assentiu. -Tudo bem... Mas, por favor, me avise caso algo aconteça! Cuide bem dela, Lucy. E da minha sobrinha também - disse, dando um beijo no topo da minha testa, ao mesmo tempo que afagava meu ventre gentilmente.

   -Cuidarei das duas princesas, não se preocupe.

Antes que eu pudesse esboçar ainda mais meu choque após sua sentença, Lucy me guiou até seu carro, com a ajuda de Ally, que logo depois se despediu e me lembrou mais uma vez de telefonar assim que estivesse em casa.

 

O caminho era familiar, mas então Lucy tomou a esquerda, onde ela deveria ter virado à direita, na avenida principal. Parecendo perceber minha confusão, ela deu mais um daqueles sorrisos arrebatadores, parando em frente a um prédio antigo, a poucas ruas do meu apartamento.

Sem dizer uma palavra, ela me ajudou a sair do carro e me guiou pelo hall de entrada, até o elevador, apertando o número treze. O silêncio começava a ficar constrangedor quando o ding estridente da caixa metálica avisou que estávamos no andar desejado; assim como o hall de entrada, o pequeno espaço entre o elevador e os dois apartamentos daquele andar era decorado com um papel de parede claro, coberto por desenhos de flores delicadas e coloridas; o piso era tão branco e limpo que refletia a luz do lustre vitoriano.

Enquanto eu observava os detalhes do lustre, Lucy destrancou a porta, logo enlaçando minha cintura com seus braços firmes novamente. Eu começava a ficar tonta mais uma vez, mas dessa vez por conta de seu toque.

Ela nos sentou no espaçoso sofá cinza, acomodando-me confortavelmente no mesmo, com os pés apoiados em uma almofada. Em seguida, levantou-se, vindo em direção a meu rosto.

   -O que eu faço com você, senhorita Cabello? - murmurou, tão próxima que pude sentir sua respiração pesada fazer cócegas em meu rosto. Sorri, sem jeito, enquanto ela usava seus dedos finos para acariciar minha bochecha, carinhosamente. -Parece ter dificuldade em seguir ordens médicas, não é mesmo?

Ou ordens, no geral, pensei.

   -A única dificuldade que estou enfrentando agora é a de não te beijar, dra. Vives - sussurrei, os olhos fixos em seus lábios.

Com delicadeza, a latina colocou nossos lábios, iniciando um beijo calmo, porém cheio de desejo; minhas mãos foram parar em seu pescoço, enquanto as dela desceram para minha cintura à medida que o beijo se aprofundou. Sua língua invadiu minha boca e eu gemi, involuntariamente, fazendo-a sorrir contra meus lábios.

Quando me dei conta, meu corpo estava inclinado sobre o dela, e estávamos quase caindo para fora do sofá. Antes que pudéssemos quebrar o beijo em busca de ar, um movimento brusco seguido de uma pontada de dor me fez pular de susto. Tão surpresa quanto eu, Lucy ajeitou-se ao meu lado, recuperando o fôlego.

   -Acho que alguém sente ciúmes quando a mamãe é tocada - rindo, Lucy se aproximou, dando-me um selinho demorado. -Ela ainda é pequena para chutar, mas diria que é extremamente forte para alguém tão novo.

Minha cabeça girava, eu estava confusa.

   -Não foi um chute, ainda, foi apenas um movimento, Camila - explicou, espalmando meu ventre gentilmente. -Como eu disse, ela está bem.

Posicionei minha mão sobre a sua, deixando escapar um suspiro de alívio - minha garotinha estava bem. Por meses, esperei que ela se mexesse. Qualquer movimento que fosse, por mais imperceptível que pudesse parecer. Qualquer coisa que me provasse que ela realmente estava ali, dentro de mim. Mesmo após tantos exames, e até mesmo depois de vê-la pelo borrão escuro do ultrassom, sempre sentia uma pontada de dúvida sobre sua real existência - ela realmente estava ali, dentro de mim? Naquele breve momento, com Lucy, obtive minha resposta.

   -Ora, princesa, você não deve sentir ciúmes. É Lucy que cuida de nós duas - expliquei, como se ela pudesse me entender, ainda afagando a pequena protuberância que começava a se formar ali. De repente, me dei conta de que eu havia acabado de beijar minha obstetra. Lucy via centenas de vaginas todos os dias, mas eu não sabia se ela costumava beijar as donas das vaginas. Droga, aquilo era tão estranho. Será que ela imaginava minhas partes íntimas cada vez que me encontrava? Ok, não pense nisso, Camila, concentre-se. -Desculpe por isso... Eu realmente não sabia que minha filha era uma empata-foda. - sem perceber, soltei, amaldiçoando-me em seguida.

Rindo, a latina subiu as mãos para meu rosto, selando nossos lábios.

   -Só desculpo se continuarmos o que a mocinha aí interrompeu...

Concordei, avançando contra seus lábios, continuando exatamente de onde paramos.

Profissionalmente falando, eu não tinha certeza se era ético transar com uma paciente, mas eu podia manter aquilo em segredo


Notas Finais


E aí? Comentem e me digam o que acham!
p.s.: Lauren tá chegando.


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