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História The hurting,the healing,the loving - I wanna get back


Escrita por: whoiscabello

Notas do Autor


Ok, não me batam. Sei que não gostaram da aproximação da Lucy, mas quis mostrar um momento de confusão e fragilidade da Camila. Enfim, espero compensar vocês com mais um capítulo.

Capítulo 6 - I wanna get back


Fanfic / Fanfiction The hurting,the healing,the loving - I wanna get back

Lauren Jauregui's point of view

 

 

Havia exatamente duas semanas desde que voltei a Miami, logo após saber sobre o estado de saúde de Camila.

 

Mesmo depois de meses fora, voltar a Miami era, em parte, como estar em casa. Eu até gostava da loucura que era NY, mas nunca me acostumei à falta que minha esposa fazia. Estar de volta representava a esperança de tê-la de volta, por mais impossível que parecesse.

 

Durante duas semanas, usei Taylor para obter informações sobre Camila, enquanto eu cuidava de todos os relatórios atrasados de casos que já deveriam ter sido resolvidos pela filial de Miami.

 

Naquela tarde, porém, depois de conseguir finalmente resolver grande parte dos problemas da empresa, decidi que era a hora de encontrar Camila. Pedi para minha irmã localizá-la, em vão, já que ela não atendia ao celular ou respondia às mensagens, o que me deixou preocupada. Por fim, decidi que o melhor seria ir até nosso apartamento checar se estava tudo bem.

 

Eu ainda tinha uma cópia da chave, então não foi difícil chegar até o apartamento. Me surpreendi, porém, ao encontrá-lo vazio.

 

Procurei pelos cômodos, encontrando a porta do terceiro quarto entreaberta; aquele quarto costumava ser meu escritório, então decidi dar uma olhada: as paredes, antes escuras, deram lugar a um papel de parede azul, adornado por pequenos pássaros e arco-íris; a janela estava parcialmente coberta por uma cortina branca, e havia um pequeno berço de madeira pintado de branco no canto do quarto, junto a algumas caixas de papelão e latas de tinta. Me aproximei, analisando o conteúdo de umas das caixas, encontrando alguns bichinhos de pelúcia, uma caixinha de música, e um abajur cor de rosa.

 

Era uma menina. Camila esperava uma menina.

 

   -O que está fazendo aqui? Quem te deixou entrar? - sua voz me fez pular, afastando-me da caixa, assustada.

 

Depois de três meses, lá estava ela, parada à soleira da porta, encarando-me de braços cruzados, bufando de raiva. Seus cabelos estavam ainda mais cumpridos, caindo em ondas escuras sob seus seios, agora avantajados. Sob seu casaco fino, pude notar a protuberância que se formava em seu ventre. Ela estava linda. Ainda mais do que antes.

 

   -Eu tenho uma cópia da chave, foi assim que entrei - mostrei a ela a chave, vendo-a revirar os olhos. -Taylor te ligou várias vezes e você não retornou às ligações, então vim ver se algo havia acontecido. Antes que pergunte, sim, ela me contou sobre a consulta e eu resolvi voltar para... Ver como você está. Aliás, onde estava?

 

Antes que ela pudesse responder, uma mulher surgiu no corredor, se posicionando ao lado de Camila, tão silenciosa que assustou a nós duas ao aparecer.

 

   -Está tudo bem aqui? - perguntou, me encarando com o olhar fixo, como se me ameaçasse.

 

Camila assentiu, voltando-se para a latina, de olhos arregalados.

 

   -Desculpe, Lucy, preciso ficar a sós com Lauren - a mulher assentiu, passando os braços em volta da cintura de Camila e beijando o topo de sua testa. Mas que porra?!

 

Assim que a porta da sala foi fechada, me aproximei de Camila, que agora estava encostada na parede do quarto, parecendo extremamente desconfortável.

 

   -Vai me dizer quem é essa mulher, ou vai me deixar deduzir? - cuspi, sem me importar em soar ríspida demais.

 

   -Mesmo se eu não deixasse, você deduziria da mesma forma, como fez com Shawn - àquela altura, Camila adentrara o quarto, parando ao lado do berço. -Ela é minha obstetra, Lauren, e nós ficamos, nada além disso.

 

   -Vocês o quê?! - gritei. -Devo te lembrar que somos casadas?

 

   -Você não pareceu se lembrar disso quando foi embora.

 

Suas palavras me atingiram imediatamente. De repente, toda a dor que eu senti meses atrás voltou a me atingir, deixando-me imóvel. Ela tinha razão.

 

   -Se está aqui para verificar como anda minha saúde, pode ir embora. Como viu, estou sendo acompanhada de perto.

 

Por impulso, avancei alguns passos em sua direção, até ficarmos a poucos centímetros uma da outra - eu podia sentir sua respiração pesada bater contra meu pescoço, causando arrepios em minha pele sensível. Sua barriga tocava a minha, me dando uma pequena noção do quão avançada sua gravidez estava.

 

   -Tem razão, fui eu que te deixei. Imagino que não esperava me ter de volta tão cedo, e posso até entender que tenha cedido aos encantos de sua adorável obstetra, mas você não vai voltar a deixar que ela te toque, entendeu?

 

Seu riso alto e forçado inundou o ambiente; ela fez questão de pontuar o quão sarcástica havia sido.

 

   -Está falando sério? Acha mesmo que depois de me dar as costas, depois de duvidar de mim, depois de sumir sem dar notícias e me deixar pensando o pior, se não fosse por Taylor, você vai controlar com quem me relaciono? - sua voz ríspida era carregada de raiva, e a cada palavra sua respiração se tornava mais pesada. -Eu não te dou este direito, Jauregui! Posso ser sua esposa legalmente, mas sabe que nosso casamento​ acabou no segundo em que você passou por aquela porta!

 

Sem pensar, agarrei sua cintura, puxando-a para mim. Seu corpo frágil parecia se desfazer em meus braços, o que me fez segurá-la ainda mais forte.

 

   -Posso não ter direito sobre você mais, mas não vou deixar que ela ou qualquer outra pessoa te toque com o meu filho aí!

 

Tão logo terminei a sentença, me assustei com minhas próprias palavras. Camila estava estática, sua respiração ainda mais irregular.

 

Depois de meses me torturando, depois de tantas dúvidas e desconfianças, naquele momento eu finalmente encaixei a última peça do quebra cabeça. Minha esposa jamais me traíra e, no fundo, eu sempre soube disso. O ciúmes, maldito ciúmes, me fez perder a cabeça mais de uma vez, me impedindo de enxergar a verdade.

 

Agora, contudo, a verdade estava bem ali, clara e indiscutível.

 

   -Eu errei, Camila. Estou diante de você, assumindo meu erro, e te pedindo perdão - murmurei com a voz entrecortada, tentando reprimir o nó em minha garganta. -E não importa quanto tempo leve, eu vou merecer o seu amor novamente. E serei uma boa mãe para nossa filha, se você ainda me quiser aqui.

 

 

 

 

 

Naquele momento, ainda segurando sua cintura, me dei conta do quanto senti falta de tocar sua pele macia, e desejei, com todas as minhas forças, que ela aceitasse ao menos me ter por perto.


Notas Finais


Me digam o que acharam!


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