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História The Hybrid - Memories


Escrita por: EstrabaoJwregui

Notas do Autor


Olá pessoinhas, aproveitem o cap.

erros arrumo depois.

Capítulo 12 - Memories


Camila Pov

 

Tudo foi tão estranho, em uma hora eu fui amarrada e amordaçada e estava prestes a ser mordida pelo mesmo homem que me sequestrou da primeira vez. Na outra hora eu estava sendo salva, novamente, por Lauren. Um ciclo vicioso e assombroso. Era sempre ela que ia atrás de mim.

Se as circunstâncias fossem outras eu diria que tudo não se passava de uma farsa para ela se tornar a mocinha e salvar a princesa em perigo. Mas como eu disse, se não fosse dado a circunstância dela não ir muito bem com a minha cara.

E falando em coisas estranhas, desde que passei a frequentar mais a mansão dos Jauregui, eu mal via Lauren por lá. Chata e rabugenta como ela é deve não ter gostado da minha presença. O meu único problema era que eu me sentia incomodada com isso; ela me evitando, não gostando de mim como se eu tivesse feito algo, pensei que poderíamos ter uma trégua depois que ela voltar… é, uma trégua soa bem.

Eu nunca me incomodei com investidas dos garotos na minha adolescência, eu sabia que era sexy e bonita; mas Trevor começava a ser um pé no saco. Onde eu ia ele estava lá, dispensei ele diversas vezes mas seu argumento era de ser para minha proteção. Ele sabia ser pior que Lauren nesse quesito, ela, pelo menos, não ficava um grude. Quando eu o via logo corria na direção oposta, até Elliot, um dos ex-homens de confiança de Marcus me procurou para dar fim nele, mas isso seria extremo.

Uma semana havia se passado e nada de lobos, vampiros, Richard ou Lauren. Ah Lauren, aqueles olhos intrigantes não saiam da minha mente, desde que passamos a conviver eu sentia algo, eu era curiosa e ela sempre tão fechada e misteriosa que aguçava minha deusa interior.

 

— Dra. Cabello! — fui traga a realidade quando fui chamada pelo novo, e charmoso, médico geral.

— Dr. Walker, algum problema? — perguntei colocando as mãos no jaleco.

— Nenhum, aliás meus parabéns pela cirurgia. — falou com um sorriso largo, suas covinhas aparecendo. Ele tinha lindos olhos, verdes claros, quase cristalinos.

— Não posso levar todo o crédito, eu só o auxiliei Doutor. Fez um ótimo trabalho. — falei realmente feliz, eu gostava do que fazia e um elogio de vez em quando caia bem.

— Então, vamos tomar um café? — o segui até o café do outro lado da rua. Lá eles serviam uma bela xícara de café, com bolinhos. Os meus favoritos.

 

Lawrence Walker era uma ótima companhia, sabia como conversar sem deixar o assunto morrer. Ele tinha os cabelos castanhos escuros, uma barba bem feita que deixava-o ainda mais charmoso, e aqueles olhos que me lembravam certo alguém. Um olhar que deixava qualquer mulher aos suspiros.

 

— Então Camila, como escolheu seguir a carreira de medicina? — perguntou pousando sua xícara.

— Eu era uma criança curiosa, e ainda sou, e tinha o sonho de ajudar as pessoas. Quando eu caí do balanço quando tinha meus oito anos, tive um corte feio que minha mãe ficou surtada; mas eu não, achei fascinante a cor do meu sangue. E cá estou eu. — desandei a falar, era bom compartilhar minhas histórias com alguém que estava interessado.

— Interessante, — ele riu, seu sorriso era encantador. Mas nada comparado com o raro sorriso da Laur… porque diabos eu pensei nela? — Você está saindo com alguém? — pisquei os olhos tirando a imagem do diabo da minha frente.

— Oh, não. Bem, é complicado… na verdade não. — não sei o motivo, mas eu hesitei em responder.

— Okay. — Lawrence respondeu desconfiado. Mas animado?!

 

Um relâmpago cortou o céu me pegando desprevenida e causando um risinho em Lawrence, o fuzilei com o olhar e desejei ter raio laser saindo deles. Ele era um grande galanteador, era só olhar para ele e notar seus comentários sutis, e era surpreendente com Lawrence era inteligente, bonito o sonho de qualquer mulher. Quando ele fez uma imitação de “O poderoso chefão” eu não pude deixar de sentir um arrepio, sua voz grossa porém rouca. Mas meu corpo não reagiu a ele, e todo o seu pacote completo; lembrei-me de Lauren sendo sarcástica e o tom único de sua voz.

Retornamos ao St. Michael e passei o restante do dia com um sorriso no rosto.

 

— Que sorriso idiota é esse? — ouvi uma voz atrás de mim, eu estava saindo do hospital. Olhei para trás encontrando Dinah junto de Ally que andava a passos rápidos para alcançar a maior.

— Olá meninas. E não tem sorriso nenhum Dinah. — revirei os olhos.

— Mas eu vi, depois que voltou do passeio com o bonitão ficou radiante. — Ally falou piscando o olho, e céus!

— O hospital inteiro já está sabendo. As enfermeiras estão babando nele, mas acho que você ganhou. — Dinah falou andando ao meu lado. — Me deve cinco pratas Ally.

— Não tem nada demais em sair para tomar um café com um colega de trabalho. — falei tranquila.

— É assim que começa, o café vai virando jantar e depois café da manhã na cama. — Ally riu alto com a suposição de Dinah.

— Dinah que tal usar essa boca para cantar… que tal um karaokê?

— Eu topo! — as duas gritaram animadas.

 

Noite no karaokê, poderia ser divertido. Lauren acharia um tédio mas pelo menos hoje eu queria ser normal. Dinah insistiu em me ver num vestidinho curto, ela estava louca para me arrumar alguém. Eu nunca tive problemas com isso, só não queria ninguém babando no meu travesseiro. Saí de casa e não achei necessário avisar Hayley, com Marcus agora fora de jogada eu estava segura, assim espero.

 

Lauren Pov

 

Estava em um bar bebendo meu whisky e apreciando as garotas. Uma loira realmente bonita se empoleirou ao meu lado desde que cheguei, sorri de canto. Hoje eu não dormiria sozinha. Eu poderia escolher a dedo, elas praticamente se jogaram no meu colo quando me sentei no sofá em um canto mais afastado. Mas nenhuma me agradava por completo, elas não tinham a pele bronzeada naturalmente, os cabelos pretos e longos e nem olhos castanhos profundos. E a única imagem que batia com essa descrição estava a quilômetros de mim.

Eu não sabia o porque me deixei pensar nela, era só mais uma mulher. Que aliás adora implicar comigo. Se Camila estivesse aqui me chamaria de depravada e idiota.

Afastei tais pensamentos quando a mesma loira sentou em meu colo e começou a beijar meu pescoço, ela sabia como deixar qualquer um louco, mas eu não estava no clima.

Desde que Camila passou a morar conosco, eu meio que fugia dela. Eu tentei ficar o mais longe possível já que Trevor a estava cortejando. Não que eu ligasse, mas Camila tinha um certo efeito que eu me recusava a admitir. E com apenas uma semana longe eu já sentia falta do seu cheiro doce, e principalmente de irritá-la.

A loira rebolava descaradamente no meu colo, e pelo menos naquela semana iria permitir a Lauren bad girl se divertir. Agarrei seu pescoço e ela logo se derreteu, as batidas da música estavam altas mas os meus ouvidos não deixaram de ouvir ela gemendo, dei uma última lambida no local e mordi-a gentilmente sentindo minha boca ser preenchida e minha mente voar para outro lugar que não tivesse olhos castanhos.

 

Acordei sentindo um peso sobre minha barriga; pela janela o vendo frio da manhã e eu me sentia exausta e com fome. Tirei a loira de cima de mim com cuidado; e quando me virei dei de cara com uma morena com um corpão de dar inveja. Cocei os olhos acostumando com a luz e aos tropeços entrei no banheiro para tirar aquela cheiro de suor e sexo de mim. Me sentia entediada repetindo a mesma ação todas as noites, acho que já está na hora de esquecer algumas rixas e voltar para casa. Hayley não parou de me ligar um dia sequer.

Depois do longo banho, acordei as duas mulheres que dormiam na cama. Sorri ao ver que aproveitei bem a noite, fiz elas esquecerem de mim e principalmente a parte em que tomei do sangue da loira.

Deixei o pequeno hotel e aquelas pessoas para trás ouvindo Guns N’ Roses. Memórias de um passado já esquecido vieram com a chuva que batia contra o para-brisa. Me senti nostálgica ao relembrar do tempo que eu era apenas uma garotinha…

 

Shed a tear 'cause I'm missing you

I'm still alright to smile

 

Brincávamos no jardim em frente a casa do meu avô, e era minha vez de procurá-la. Contei até dez rapidamente e comecei a correr por entre os labirintos do jardim. Cheguei a correr pela casa a procura dela, mas dentro da casa ela não estava.

Com um sorriso no rosto lembrei de onde seria um esconderijo perfeito. Corri até o bosque, pulando sobre pedras e desviando de galhos que puxavam meu casaco; o lago estava a poucos metros de mim e corri tão rápido quando um leopardo. Ela estava sentada na beira do lago jogando uma pedrinha, a vendo quicar três vezes antes de afundar. Para uma criança de apenas onze anos esses não seriam os pensamentos apropriados, mas ela era linda. A única pessoa do clã a gostar de mim pelo que eu sou, eu tinha acabado de descobrir ser mais do que uma lycan, e ela me aceitou mesmo assim. Demi tinha esse poder sobre mim, me fazer sentir eu mesma, uma criança normal.

 

And it'll work itself out fine

 

— Você demorou Lauren. — falou sem se virar.

— Eu procurei você por todos os lugares.

— Você sabe onde sempre me encontrar. — falou virando o rosto.

 

Deitei em baixo do grande carvalho sentindo a brisa no meu rosto, escutando a natureza e Demi agitando a água com as pedrinhas. Até que o som parou, e meus sentidos se alertaram; ainda aprendendo a me controlar eu foquei em só uma coisa, um som contínuo e baixo, era o pulsar do coração de Demi, ouvi-o ficar um tanto acelerado e antes de eu abrir os olhos e ver se ela estava bem, senti meus lábios serem preenchidos com os seus, um tímido selinho.

 

If I can't have you right now I'll wait, dear

 

O tempo se passou e continuávamos com nossa brincadeira de criança, com Demi sempre que possível me roubando beijos. Eu me sentia atraída por ela, meu coração disparava sempre que estávamos juntas.

No meu aniversário de dezoito anos decidi lhe contar meu sentimentos, me arrumei e usei o perfume que ela mais gostava, comprei chocolates e flores. E esperei a hora certa. Demi sumiu o dia inteiro, mas eu sabia onde podia encontrá-la, eu sempre saberia. Era fim de tarde o sol se punha no horizonte, meu passos leves no solo e eu repassava meu discurso de adolescente que acabara de descobrir o primeiro amor.

 

And things will be just fine

You and I'll just use a little patience

Said, sugar, take the time

'Cause the lights are shining bright

You and I've got what it takes to make it

 

Soquei o volante com força afastando tais lembranças, agora dolorosas para mim. Demi foi meu primeiro beijo, meu primeiro amor, e minha primeira decepção. Depois dela não permiti gostar de mais ninguém. Sozinha, eu era melhor assim. Me tornei fria, mais ainda, uma verdeira arrasadora de corações, e eu sou especialista em quebrá-los e fazê-los parar de bater.

 

Com a mente cheia, dirigi por quilômetros até chegar na grande casa onde vivi minha infância. Tinham ervas daninhas por todos os lugares, a casa desgastada pelo tempo e sem cuidado. O portão de ferro rangeu quando abri e respirei fundo antes de entrar. Olhei para a entrada do bosque que agora nada mais era que uma floresta densa; meus pés se moveram até lá. Escorreguei em algumas pedras por causa do musgo acumulado, anos sem vir nesse lugar e senti-me sentimental. Só um pouco. Ouvi água corrente por perto, o sinal que estava próxima ao lago, afastei um punhado de folhas e lá estava a grande árvore de carvalho, o símbolo milenar dos Jauregui; meu avô adorava falar sobre as histórias e das várias gerações que conheceram ela.

E ao seu lado, aquela pedra que anos antes Demi se sentava e jogava as pedinhas no lago. Senti algo quente escorrer pelo meu rosto, e travei a mandíbula para logo após limpar as lágrimas. Demi era passado agora, e nem suas memórias iriam me afetar, não agora. Não de novo.

Passei algumas horas sentada em uma pedra até que eu não pensasse mais em nada, estava quase cochilando debaixo da sombra do carvalho quando meu telefone vibrou insistentemente no meu bolso, com certeza Hayley novamente querendo me contar suas fofocas. Ela sempre desistia, mas o telefone passou a tocar várias vezes, irritada corri as mãos pelos bolsos a procura dele, achei no bolso interno da minha jaqueta.

 

— O que foi? — falei deixando transparecer minha irritação.

— Perdoe interromper seu descanso, Srta. Jauregui. — Não era Hayley, e sim Elliot; um dos ex-capangas de Marcus. E agora um dos “protetores” de Camila.

— Achei conveniente avisá-la que a princesa Camila saiu com algumas pessoas.

— E o que eu tenho a ver com isso? — levantei do chão limpando algumas folhagens.

— Trevor estava a seguindo. — assim que ele falou o nome meu corpo ficou tenso involuntariamente. Desde a história de Marcus eu não confiava nele.

— Vigie-o de perto, se ele tentar algo matem-no. — sai do bosque indo até meu carro estacionado na rua.

 

Eu estava relativamente perto da cidade, mas tinha que passar na mansão antes. Espero que o babaca do Trevor não esteja planejando nada, para o seu próprio bem.


Notas Finais


Lawrence.... esse nome é familiar não acham?

para terem uma ideia, esse é o Lawrence: https://www.picsofcelebrities.com/celebrity/matt-dallas/pictures/large/matt-dallas-pictures.jpg


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