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História The Hybrid - Jealous


Escrita por: EstrabaoJwregui

Notas do Autor


Lembrando que o que está em itálico é lembranças ou sonhos delas ok

Capítulo 16 - Jealous


Fanfic / Fanfiction The Hybrid - Jealous

Camila Pov

 

— Lauren, eu quero mais. — sussurrei próxima ao seu ouvido, e mesmo surpresa com minha ação repentina, Lauren me abraçou de volta.

 

Ela passou o braço em volta da minha cintura, o calor de seus dedos transpassando o tecido da minha blusa, a firmeza do seu toque em meu corpo, fez meu corpo reagir de uma forma que me deixou sem pensar. Lauren me puxou mais para perto, mais perto do que imaginaria, e prendi a respiração.

 

— Como se sente? — ela falou.

— Bem, eu acho. — eu ainda me sentia em puro êxtase, e sentia uma força correr por minhas veias. Uma sensação indescritível. — Quando vou poder tomar de novo? — perguntei manhosa, eu não estava agindo como normalmente era. Adrenalina, Lauren e seu cheiro. Seus braços me segurando firme me deixaram fraca.

— Vamos com calma. Prometa para mim que quando sentir uma vontade incapaz de controlar você vai me procurar? — Lauren parecia preocupada; seus olhos verdes revelavam que ela realmente se importava e ao constatar isso eu senti-me um pouco tonta.

 

Lauren mexia comigo de uma forma diferente. Queria mantê-la longe, mas ao mesmo tempo perto de mim. Ainda estávamos muito perto, senti-a mais rígida quando notei que ainda me segurava pela cintura. Estava conhecendo um lado diferente da Lauren arrogante e prepotente, essa à minha frente era doce, amável e gentil. Havia algo em Lauren que me fazia ficar extremamente atraída por ela. Óbvio que Lauren era bonita, sexy, o rosto era perfeito, a boca sensual. Quem não ficaria fascinada por Lauren Jauregui?

Afastei-me um pouco sem jeito. Ajeitei minha postura e saí da sala fingindo que ela não me afetava.

 

[...]

Meus agressores estavam de volta, e me perseguiam pelo beco. Uma rua sem saída estava a minha frente, um enorme muro, mas corri de qualquer jeito, direto naquela direção. Conforme eu corria, ganhava velocidade, um velocidade impossível, e os prédios passaram como um borrão. Conseguia sentir o vento em meu cabelo.

Quando cheguei mais perto, eu pulei, em um único salto, estava no topo do muro, a nove metros de altura. Dei mais um salto, e voei pelo ar novamente, nove metros, seis metros, caindo no concreto sem perder o equilíbrio. Sentia-me poderosa, invencível. Minha velocidade aumentava ainda mais e senti que poderia voar.

De repente, eu estava caindo.

Uma grande porta talhada se abriu, e eu entrei. Caminhei pelo corredor pouco iluminado, tochas queimando em ambos os lados. Na frente de uma lareira, estava um homem, ajoelhado atiçando a madeira. Quando cheguei mais perto ele se levantou e se virou.

Era Michael, ele olhou para mim, e seu rosto se encheu de medo. Senti meu sangue correndo em minhas veias, e aproximei-me dele, sem poder parar o impulso. Lancei-me sobre ele. Senti meus dentes ficarem longos, longos demais, e assisti enquanto eles perfuravam o pescoço dele.

Ele gritou, mas eu não me importei. Senti o sangue dele correr pelos meus dentes e para dentro de minhas veias, e aquela sensação foi a mais incrível da minha vida.

 

Sentei-me na cama, ofegante. Olhei ao meu redor, desorientada. A forte luz do sol entrava pela janela aberta. Finalmente, percebi estar sonhando. Sequei o suor frio da minha testa e sentei na beira da cama.

Silêncio. Julgando pela luz do sol, Lauren e os outros devem estar dormindo, ou saíram. Olhei para o relógio e percebi que já era tarde. 8h15am. Iria me atrasar para o trabalho.

Perfeito. Já não bastava as minhas ausências que começavam a ficar sem desculpas.

Estava voltando à realidade quando a luz do sol se refletiu em alguma coisa brilhante no piso ao lado da porta. Um marcador de prata se projetando de um livro. Um volume fino.

Aquilo não estava ali quando me deitei. Devem ter passado por baixo da porta.

Afastei as cobertas de seda, peguei o livro e virei-o para ler o título: Um guia para vampiros novatos sobre namoro, saúde e emoções. A parte de cima estava gravada com um LJ, em letras grossas.

Ah, meu Deus, não. Desabei no chão, olhando o livro sem entender. Meus olhos ainda ficavam incomodados com a luz.

Então, mesmo contra minha vontade abri nas páginas marcadas. Havia um capítulo inteiro dedicado as “Mudanças no seu corpo”. Havia um trecho sublinhado em tinha vermelha. “As jovens da espécie tendem a se sentir confusas com as mudanças no corpo. Desenvolver curvas é parte natural em se tornar uma vampira adulta.”

Fala sério! Antes que eu jogasse aquela coisa no lixo, dei uma olhadinha rápida procurando o nome da editora. Mas o que encontrei foi um bilhete escrito à mão.

 

Hayley achou conveniente colocar alguns tópicos no papel. Para sempre se lembrar. Mesmo com nosso treinamento sinto que você ainda está insegura com esse novo mundo. Aproveite, e me consulte se tiver dúvidas. Menos no tópico sobre “emoções”.

L.M.J

P.S: sabia que você ronca? Acho que tem sonhos agradáveis!

 

— Idiota. — sussurrei jogando o livro embaixo da cama.

Tomei um banho frio e desci para o café na grande sala, no mesmo lugar que Richard me encarou da primeira vez. Torci para todos já terem deixado a mesa. Abri a grande porta e desejei voltar de fininho antes que notassem minha presença.

— Camila! — tarde demais, Hayley pulou de seu assento e puxou-me para me sentar. — Dormiu bem? Fiquei sabendo do seu feito ontem à noite.

— Bom dia Hayley... sim eu dormi muito bem. Obrigada. — ainda não estava acostumada a ser servida, uma mulher de meia idade aproximou-se oferecendo café, chá, leite; e eu fiquei perdida com tantas opções. — Será que você tem canela? — perguntei a senhora. Ela abriu um largo sorriso.

— Está com a Srta. Jauregui. Deseja mais alguma coisa? — neguei com a cabeça e me virei, notando Lauren na ponta da mesa lendo um jornal e na outra mão o frasco com canela jogando em sua xícara. Esperei até que terminasse.

— Lauren, pode me passar a canela? — pedi relutante, falar com ela depois de ontem ainda me fazia lembrar de como ela me segurou.

 

Antes que eu pudesse falar novamente, ela estava ao meu lado, com o frasco na mão. Sem falar nada ela salpicou duas vezes sobre meu leite quente.

— Seu namorado deixou um presente para você. — falou por fim. E franzi o cenho. Lauren apontou para o centro da mesa e havia um buque de flores vermelhas que eu não havia notado antes.

— Namorado? — questionei pegando um bilhete preso ao buque.

— Quem é o bonitão Mila? — Hayley perguntou animada. Ouvi Lauren bufar e sair da sala. — Acho que tem alguém com ciúmes. — Hay provocou.

— Ciúmes? Lauren teria ciúmes se alguém chegasse perto daquela moto. Não de mim.

— Mas... vocês fariam um casal lindo. — falou com um risinho e me deixou a sós.

 

Abri o envelope perfumado, li com cuidado as palavras de carinho e desejo de melhoras por “estar doente”. Meu queixo caiu ao ler a assinatura.

Lawrence Walker.

Eu já havia esquecido de como ele foi gentil comigo quando tomamos café juntos. Lawrence era um homem bondoso e mostrava interesse em mim. Não sou tola e cínica para não perceber. Ele daria um namorado e possivelmente um marido perfeito, mas não para mim. Não com a vida que levo agora.

Quase ri lembrando-me da atitude de Lauren, será que ela sentiu ciúme assim como Hayley disse? Balancei a cabeça afastando o pensamento. É óbvio que não, estou falando de Lauren Jauregui. Ela me vê somente como um fardo, uma criança que foi obrigada a cuidar.

Mas Lauren era mesmo misteriosa, um dia estava toda preocupada, no outro soltando fogo pelas ventas. Era difícil saber quando ela estava sendo legal, ou apenas suportando as coisas. Era mais interessante quando ela se portava como ontem à noite. Seus olhos verdes tinham um brilho único, uma preocupação evidente; ela me deu suporte quando precisei e isso vindo de Lauren significava muito.

 

Lauren Pov.

 

Acordei de mal humor tendo que ouvir Michael reclamando que fui irresponsável pelo meu sumiço e por ter levado Camila comigo. Ele soube por Dinah os mínimos detalhes, desde a indisciplina de Trevor e os últimos acontecimentos. Não demoraria para Richard saber da mais nova integrante do clã. E como tudo pode piorar. Um buque de flores endereçado a Camila estava no centro da mesa do café da manhã. Eu não devia, mas isso me incomodou. Camila não poderia se privar em se relacionar com alguém, mas ela poderia perder o controle e tornar o parceiro em um lanchinho.

Lembrei da primeira vez que perdi o controle, eu tive uma discussão com Hayley a alguns tempo atrás. Eu me enfureci quando ela citou o nome que havia a proibido de falar em minha presença.

 

— Qual o seu problema? — Gritou Hayley mais uma vez quando voltei de uma noitada que durou alguns dias. — Pare de agir como uma coitada! Você está no fundo do poço, de novo Lauren! Por causa das lembranças daquela vadia da Demi!

— Cale-se... não diga esse nome outra vez.

— Oh! Cadê sua máscara de durona Lauren? Não consegue ouvir, ou falar o nome dela? Vamos Lauren! Fale o nome dela! Demi!

— Para! —gritei sentindo a raiva invadir meu corpo.

— Alô Demi! Seja onde estiver ai no inferno, olha o que você fez! Conseguiu derrubar a egocêntrica e poderosa Jauregui... meus parabéns Demi, você foi uma bela de uma vadia. — Hayley gritava e fazia gestos no ar.

 

Ela tinha os olhos negros, ambas com raiva e Hayley extravasava em palavras.

A raiva invadiu-me, e dessa vez, não pude pará-la. Senti um calor familiar e pinicante subindo pelos dedos dos pés, chegando até os meus braços e ombros. Hayley deve ter visto minha transformação começar porque me olhou com medo. Estiquei a mão e a empurrei com tanta força, fazendo-a voar para trás que atravessou a parede, a quebrando em um estrondo, alcançando a outra sala.

Hayley bateu em outra parede até cair, inconsciente.

Respirei fundo olhando em volta tentando me concentrar, mas não conseguia pensar direito. Assim que o corpo de Hayley não se moveu eu tremi pensando tê-la matado. Passei pelos destroços, passando por ela.

Hayley gemeu e começava a se sentar.

Continuei a andar para fora da mansão dos Jauregui. Aquela era a última vez, que veria esse lugar novamente.

 

Sete anos depois, cá estou eu. De novo entre estas paredes frias, sentada tomando café fingido ter uma família normal; mas tudo mudou desde que Camila tinha chegado em minha vida. Me praguejei baixinho enquanto servia canela para Camila.

Se Demi me visse riria da minha cara. “Eu nunca te amei Lauren, e ninguém irá amar”. Foram suas últimas palavras para mim naquele dia fatídico em que fiz a burrice de declarar meus sentimentos para ela.

Jurei nunca mais entregar meu coração a alguém. Mas o destino é mesmo engraçado.

Saí do salão deixando Hayley e Camila com seu buque, preciso ocupar minha mente com outros assuntos. Dentre eles, manter Richard ocupado. O que lembra de ter que fazer uma viagem para resolver algum desafeto dele.

 

— Elliot, pode preparar o carro para noite? — perguntei chegando onde guardavam os carros. Elliot agora fazia parte da segurança dos arredores da mansão.

— Sim senhorita. Conde Richard já me deixou a par de tudo. — agradeci e fui andar pelo jardim.

 

Suspirei frustrada. Talvez Camila não fosse a mulher que imaginava. Não era chata, nem convencida. Era um pouco impulsiva, mas era interessante e inteligente.

Relembrei a noite anterior, ela nos meus braços e tive que resistir à vontade de beijá-la.

“Ela me detesta” pensei.

 

Passei o restante do dia no meu quarto, recuperando minhas energias para a viagem mais a noite. Gostava de dirigir a noite porque não havia trânsito ou pessoas nervosas xingando uns aos outros pela janela. Somente eu e meus demônios.

Peguei minha bolsa com algumas coisas, adicionei mais um suéter de cashmere azul, uma calça comprida preta, uma camiseta listrada e uma touca. Caminhei até o guarda roupas para me vestir, não me importava de andar pelada no meu próprio quarto. Claro, até uma desavisada invadir o meu quarto como se a casa estivesse pegando fogo.

Por um longo instante, nos fitamos intensamente. Sem querer eu estremeci diante de Camila. Os sentimentos que brotavam toda vez que a via não faziam sentido. Eu não podia me apaixonar por Camila Cabello.

 

— Me desculpa! — disse virando rapidamente. Terminei de vestir a calça jeans calmamente.

— Sua mãe não te ensinou a bater na porta antes de entrar? Eu poderia estar na cama fazendo algo mais interessante. — falei, eu não podia deixar de provoca-la.

— Elliot está nos esperando, vamos! — falou bastante animada. O que estranhei.

— Hayley! — chamei, ela tinha alguma coisa a ver com isso.

— Nossa, o que está rolando aqui? Não perde tempo hein Lauren. — piscou com malícia.

— O que você deu a ela?

— Nada de mais, só um licorzinho. Aliás ela adorou. — estava explicado o rubor na face de Camila. Peguei minha bolsa e passei por elas. Claro sendo seguida por uma Camila animada.

— Para onde vamos? — falou.

— Eu vou. Você vai ficar. — respondi descendo as escadas.

— Eu posso ajudar. Duas cabeças pensam melhor do que uma. — falou sentando no corrimão e escorregando até o final.

 

Tentei ignorar o ser falante atrás de mim e joguei a bolsa no banco de trás. Quanto mais eu tentava me afastar de Camila ela me puxava de volta.

 

— Você disse que ia me proteger. — e lá vamos nós, sua voz soou trêmula. Ser babá de uma bêbada não estava nos meus planos.

— Camila, você está segura aqui. Tem seu mini exército lembra. — dei a volta no carro parando em frente a porta do motorista. — Porque não vai dar uma volta com o seu namorado? — falei em deboche.

— Idiota! Eu não tenho namorado. — empurrou meus ombros. — E Richard deve estar bolando algo para mim, eu sinto. Ele não me passa segurança.

 

Seus olhos começaram a encher de lágrimas. Coloquei a mão na têmpora que começava a doer. Richard, me mandando para longe, Cassandra mostrando interesse em Camila. Michael sumiu. Nem todos seus seguranças seriam páreos para Richard se ele tentasse algo. Se ela ficasse, ficaria exposta demais.

Respirei fundo não acreditando no que iria dizer.

 

— Entre no carro. 


Notas Finais


Nada a declarar. nos vemos na próxima ;D


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