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História The Hybrid - O Plano


Escrita por: EstrabaoJwregui

Notas do Autor


Voltei! tentando postar com mais frequência já que vocês adoraram a fic.
obg amores <3

Capítulo 29 - O Plano


Lauren Pov.

 

Somos o que somos, ou o que pensamos ser. Eu era alguém que não se importava com mais ninguém a não ser comigo mesma, vivia sozinha, aprontando de tudo, causando confusão. Um problema, como os outros diziam; eliminava quem entrasse em meu caminho.

Até que tudo foi jogado ao nada com a chegada dela. Eu não consegui odiá-la, por mais que eu tentasse no começo. Agora estou apaixonada por essa mulher que faz eu sentir meu coração bater novamente. Fui tola em achar que seria tão fácil, não por minha parte, ou dela. Mas as pessoas ao nosso redor queriam o nosso mal, e eu detestava quando se metiam nas minhas coisas.

 

— O que está pensando? — sua voz suave me despertou.

— Em como as coisas podiam ser fáceis. Essa droga de rixa da Cassandra comigo não faz sentido.

— Você já quis matar ela. — Camila falou e eu bufei.

— Deveria ter feito. — revirei os olhos. E fiquei brincando com a barra da blusa dela. — Eu não quero me esconder mais, a gente, quero dizer...

— Eu sei, por isso estou aqui. — pegou algo no bolso da calça e mostrou para mim, era um gravador pequeno. Franzi o cenho. — Ela quer ser a manda chuva de absolutamente tudo.

— Isso é impossível, com Richard e você na posição que está. Não importa o clã, todos devem te respeitar.

 

Ouvi passos se aproximando e me desloquei para o outro lado da cozinha. Felizmente era Hayley que já me olhou maliciosa.

 

— Atrapalho algo? — falou sorrindo.

— Chegou na hora certa, Hay. Lauren está preparando o café. — Camila disse disfarçando bem que minutos antes estávamos aos beijos.

— Hayley vamos colocar o plano em ação hoje. — falei e todas ficaram sérias.

— Quando ia me dizer sobre isso? — Camila perguntou cruzando os braços.

— Estou dizendo agora. Espero que saiba atuar, Camz.

Seria uma loucura das grandes. Cassandra surtaria e eu tenho certeza disso; hoje teríamos mais uma reunião e o clã Estrabao foi chamado. Vesti minha capa apenas para dar mais drama, eu não me continha e sorria toda hora, somente imaginando a cara de Cassandra.

Eu só precisava encontrar Camila e entregar o anel a ela.

 

Mais tarde naquele dia esperei o momento certo e com a ajuda de Dinah consegui dar o anel para ela. O espetáculo estava armado.

Richard estava em sua cadeira, falando o de sempre. União e toda aquela máscara de bom líder. Eu, literalmente, estava quase dormindo quando Cassandra tomou a frente para falar.

 

— Estávamos de acordo até, você sabe quem, se tornar uma ameaça. — disse lançando um olhar para mim. — Ela matou um do próprio clã, quem garante que não faça com qualquer um nessa sala?

 

Ela me difamava por coisas passadas, tão típico. Levantei-me calmamente e pedi permissão para falar, Richard assentiu, ele estava até sendo legal ultimamente.

 

— Devo ressaltar, Cassandra. Questões do clã Jauregui são resolvidas por nós mesmos, e devo lembrar que Trevor tentou matar sua atual Rainha. — falei dando ênfase em Rainha.

— Dito isso. — Camila se levantou e arfei de quão linda ela estava, pose superior. Ela andou para meu lado e lhe sorri. — Nós iremos nos unir e fazer esse tratado de paz durar.

— Eu não estou entendendo... — Cass nos olhou. — Pode se explicar Camila?

— É simples. Nós vamos nos casar.

 

Falei não contendo minha felicidade ao ver o rosto de Cassandra em ódio. Podia ver claramente sua respiração ofegante, ela estava se segurando para não explodir. Os presentes na sala ficaram espantados, nunca houve uma união do tipo entre duas grandes híbridas. Se eu sozinha causava medo, com Camila ao meu lado tudo era ampliado.

 

— Desde quando, assim do nada? Camila ela está usando você. — Cass falou nervosa. Camila riu.

— Eu nunca estive tão certa. Nos damos bem e ela já me salvou tantas vezes quanto eu poderia contar.

— Está certa disso? — a voz grave que até agora eu não ouvi falou. Era Michael.

 

Eu estava mentindo na frente de dois clãs. Se tudo fosse descoberto seria o meu fim, e o de Camila. Mas lá no fundo eu me sentia extasiada com a ideia, mesmo sendo um casamento de mentirinha. Era o mais perto da felicidade em que cheguei. Eu poderia ficar perto dela sem ser as escondidas, cuidar dela o máximo possível. Não que eu não confiasse em Elliot e sua segurança, mas homens são os mais fáceis de se corromper.

 

— Sim pai. Absoluta.

 

Camila Pov.

 

Eu estava nervosa mas não deixei transpassar isso, Lauren e Hayley tiveram a ideia de um casamento arranjado e como esperado Cassandra surtou após a reunião acabar ela quebrou metade dos quadros da mansão e foi hilário ver sua reação quando falei. Senti um frio na barriga quando Lauren confirmou para Michael, ela estava confiante e radiante. Era como se ela quisesse, mesmo sabendo que é encenação, aquilo não parecia. Ela não saberia fingir felicidade, eu conheço ela um pouco e no máximo que ela consegue ser é sarcástica o tempo todo.

 

— Queria ter gravado a cara dela. — Hayley se jogou na cama rindo.

— Agora é manter essa farsa. — falei preocupada.

— Não será difícil, é só olhar para vocês duas, são claramente um casal. — disse e corei.

— Se quiser pular fora, diga logo Camila. — Lauren falou calma. — Ou...

— Chegamos até aqui. Eu não vou recuar. — falei firme. Encarei seus olhos e eles desviaram para meus lábios. Hayley saiu de fininho do quarto e nos deixou a sós.

— Será um prazer casar-me com você, Srta. Estrabao. — falou galante.

— Eu sei. — desdenhei e a beijei.

 

[...]

Só que não ficou mais fácil, todos os olhares ficaram voltados para mim e Lauren. Pareciam querer achar uma brecha, se eu passasse muito tempo longe dela, já era questionada se estávamos bem. Lauren como sempre deu suas sumidas, algo com que acostumei; ela era livre para fazer o que quisesse, fiquei tranquila pois Hayley sempre estava com ela.

 

— Acha que isso vai durar? — Dinah sussurrou. Olhei para os lados, eu havia ido fazer uma visita ao hospital.

— Eu espero que sim. As coisas acalmaram, e pela primeira vez me sinto normal. — suspirei.

— E Lauren. O que ela acha disso? — lhe fitei desconfiada.

— A ideia foi dela, ela tem que estar de acordo.

— Algo me diz que isso não é só encenação, da parte dela. — Dinah falou séria e meu coração palpitou.

 

Antes de eu refutar tal hipótese, senti olhos sobre mim. Virei-me para encontrar aquelas esmeraldas vindo na minha direção. Lauren parecia calma e não deixei de notar o quão bonita ela estava.

 

— Achei você. — ela disse.

— Parabéns, quer uma estrelinha? — brinquei e pude ver seu sorriso. Ela se aproximou rapidamente fazendo-me prender a respiração.

— Estão me vigiando. Homens de Richard ou Cass, acho que devo agir mais como sua futura esposa. — se afastou minimamente. — Então, vim te buscar.

— Acha que desconfiam? — ela afirmou. — Droga!

— Relaxa, não é tão difícil. Pelo menos a gente não se odeia. — ela falou com tom brincalhão.

— Ok, então qual o primeiro passo? — perguntei.

— Morar juntas. — Lauren disse na maior naturalidade.

 

[...]

 

Elliot já havia levado minhas malas para o carro, faltava apenas algumas últimas coisas. E Cassandra no meu pé não ajudava em nada. Enquanto eu andava pelo quarto tendo certeza de que não esqueci de nada, Cass não parava de falar que era um erro.

 

— Isso está fora de controle. Morar juntas? Rápido demais Camila!

— Não vejo problema, já que iremos nos casar. — falei sem olhar para ela. Ouvi ela suspirar controlando a raiva. — Não há problema querer viver normalmente, é?

— Por mais que deseje, você não é normal. Você é uma rainha!

— Cass, agradeço a preocupação. Mas no mundo real isso não é relevante. E eu sei que o seu problema não é esse. — falei a deixando desconfortável.

 

A fim de não ter uma discussão mais acalorada, eu sai rapidamente sendo seguida por alguns seguranças. Um deles abriu a porta do carro para mim, e Elliot arrancou com o carro logo em seguida.

 

— Eu vi que vocês dariam certo desde a primeira vez que olhei para vocês duas. — a voz calma de Elliot falou.

— Nós só brigávamos, ela me detestava. Lauren era uma idiota. — ele riu. — Ainda é.

— Espero que ninguém impeça a felicidade das duas, ou eu vou ficar muito zangado. — sorri com sua gentileza. E por um momento quis contar-lhe toda a verdade.

 

Eu não deveria, mas estava nervosa quando cheguei a casa de Lauren; ela era mais modesta do que pensei. Não era uma mansão, como a de Michael, mas era grande o suficiente para abrigar muitas pessoas. Havia um carro vermelho, de luxo em frente a garagem e me perguntei mentalmente quantos carros Lauren tinha. A resposta veio quando sai do carro, Elliot me acompanhou até a porta e eu senti minhas pernas tremerem ao ser recebida por Lauren.

 

— Espero que goste da casa, podemos trocar se quiser. — falou pegando minha mala. Ela dispensou Elliot e me guiou a onde seria a suíte.

— Trocar? Lauren isso já é suficiente, mais que suficiente. — falei e podia apostar que ela estava sorrindo.

 

Era estranho estar com ela assim. Nós tínhamos um caso, mas ao meu ver era só isso, não éramos namoradas, e o noivado era de mentira. E agora teríamos mais intimidade, viver embaixo do mesmo teto, sozinhas. Porque estou assim? Nós já fomos para a cama, duas vezes e ainda me sinto como uma adolescente com um romance juvenil.

 

— Esse é o seu quarto. Tem um banheiro caso queira banhar-se antes do jantar. — falou calma. — O resto da casa você pode explorar depois.

— Obrigada. — olhei em volta e o quarto era grande, com uma cama de casal, cortinas brancas. Os armários estavam vazios o que me fez pensar que ela não dormiria aqui.

 

O que é esse sentimento? Decepção, alivio? Eu não sei. Mas eu não gostei.

 

— Espero que goste de lasanha. — Lauren disse antes de me deixar sozinha.

 

Tomei um banho um pouco demorado. Afinal eu tinha uma banheira e estava realmente bom lá dentro. Já era início de noite e minha barriga roncava de fome. Entrei na cozinha no momento que Lauren tirava a lasanha do forno, tinha um cheiro incrível.

 

— Não sabia que cozinhava. — falei rodeando a mesa.

— Há muitas coisas que não sabe sobre mim. — falou.

— Certo. Nos conhecemos a algum tempo mas eu não sei sua cor favorita. — falei pegando um garfo enquanto ela me servia.

— Azul. Odeio a cor laranja.

— Sabor favorito de pizza?

— Pepperoni

— Algo que te incomoda?

— Portas abertas, e pessoas rudes.

— Gato ou cachorro?

— Cachorros.

— O que tem contra os gatos? — perguntei sobre sua resposta. Ela parou de comer e me olhou.

— Nada, só prefiro cachorros. Pode continuar com as perguntas se quiser.

— Eu irei. Hmm... Estação favorita?

— Primavera.

— Tem talento secreto?

— Eu gosto de pintar e desenhar.

 

Eram perguntas bem objetivas, nada sobre o passado de Lauren pois sei que isso a incomodava. O clima entre nós estava bom, algumas sutis cantadas dela não deixando o clima pesar. Depois do jantar Lauren quis ver um filme e odiei a escolha dela.

 

— Tem certeza que quer ver isso? — falei.

— Absoluta. — sua voz estava rouca, o que me causou arrepios. Uma leve chuva começou e praticamente todas as luzes da casa estavam apagadas. O que não era nada legal quando você decide ver um filme de terror.

 

Estávamos na metade do filme e meu coração já quis sair pela boca umas quinze vezes. Mas eu queria continuar ali na companhia dela, cada vez que eu me assustava Lauren colocava a mão em minha perna. Ela não ria como Allyson costumava fazer.

 

— Podemos ver outra coisa se quiser. — ela sussurrou. Neguei com a cabeça. Eu sentia o calor dela emanar para mim, eu estava praticamente em cima dela; a cada susto que eu levava eu me aproximava mais.

— Puta que pariu! — gritei quando a TV desligou, a chuva havia aumentado causando queda de energia.

 

Senti algo quente em meu pescoço, e mãos firmes na minha cintura. De algum modo eu fui parar no colo de Lauren. Sua respiração estava ofegante e eu podia ouvir seu coração batendo. Me afastei um pouco mas ela me manteve no lugar.

 

— Você me arranhou. — ela disse.

— Me desculpa. Eu odeio filmes de terror. — calmamente sai de seus braços, mesmo querendo ficar ali.

— Melhor irmos dormir... Você deve estar cansada. — falou, e como estava escuro e eu não conhecia a casa eu me esbarrei em alguma coisa.

— Quem colocou uma parede no caminho?

— Sou eu. — Lauren riu e dei um tapa nela. Suas mãos nas minhas costas me guiando na luz baixa vinda do lado de fora.

 

Quando deitei em minha cama entendi que o “irmos dormir” era cada uma no seu quarto. Por algum motivo Lauren estava evitando contato comigo, e achei fofo a atitude dela. Acho que isso era o “irmos devagar”.

Bem, já temos um começo. 


Notas Finais


Cass agora terá que ficar com o rabo entre as pernas.

E será que irão conseguir manter a "farsa"

Espero que gostem e até o próximo cap XD


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