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História The Hybrid - Chocolate and problems


Escrita por: EstrabaoJwregui

Notas do Autor


Hallo bolinhos, como estão?

p.s: partes em itálico é flashbacks

Capítulo 32 - Chocolate and problems


Fanfic / Fanfiction The Hybrid - Chocolate and problems

Camila POV.

 

Quando eu mais precisei dela ela simplesmente ignorou minhas chamadas, eu nunca fui de ligar para Lauren e quando ligo levo um belo de um vácuo. Lauren passou o dia fora, tive que lidar sozinha com uma criança hiperativa, Megan estava se soltando aos poucos. Talvez tudo seja culpa minha por ter trazido ela para casa, não tem o porquê de eu jogar essa responsabilidade sobre Lauren, havia esquecido de quem ela era, só porque casei – de mentirinha – com Lauren não significa que ela vai fazer o que eu quiser. Grande tola. Talvez o sentimento não seja tão mútuo assim.

Assim que ela chegou no meio da noite, eu estava pronta para brigar com ela mas assim que ela acendeu a luz e me olhou, meu coração vacilou; sua roupa estava amarrotada e tinha um roxo próximo da sua boca. Se metendo em brigas certamente.

 

— Não vai gritar comigo? Me bater, dizer que sou uma péssima esposa? — ela falou, sua voz suave. Respirei fundo e tentei desviar o olhar mas foi impossível.

— Você não é minha propriedade, Lauren. — e realmente não era, eu não tinha direito sobre ela.

— Pergunte a onde eu fui. Porque estou toda fodida.

— Não preciso. — falei e levantei-me indo para a porta. Mas Lauren me parou no meio do caminho.

— Mas eu preciso, preciso saber que ainda se importa comigo. — seu aperto não foi forte, fiquei em silêncio.

— Você deveria mostrar que se importa também.

— Perdoe-me por não ter avisado, eu fui até a floresta tentar descobrir da onde a garotinha surgiu... mas tive um imprevisto. — falou, parecia incomodada. — Louis queria uma vingança idiota.

— Você é que é idiota.

— Onde ela está? — Lauren perguntou e eu vacilei, uma lágrima brotando em meus olhos.

— Tiraram ela de mim. Uns homens e uma mulher vieram dizendo ser da assistência social... eles a levaram... se você estivesse aqui teria impedido não é?

— Camila, legalmente você não poderia estar com aquela criança.

— Teria impedido não é Lauren! — eu estava tremendo, as lágrimas corriam por algum motivo. Quando eles vieram, pareciam ameaçadores e eu não pude fazer nada, Megan chorava quando foi arrancada dos meus braços e Lauren não estava aqui para me apoiar.

— É claro. Fica calma. — ela sussurrou e me abraçou, fazia um carinho em meus cabelos e seu cheiro me acalmou quase que de imediato. — Apenas relaxe, ligarei para Dinah e Hayley resolver isso okay?

 

Ela estava gentil, não parecia a minha idiota e sim uma mulher responsável. E legalmente falando, minha mulher. Tomei um banho quente, enquanto ela também tomava seu banho, cada uma no seu quarto. Eu sentia falta dela, de tocar, as coisas aconteceram tão rápido que mal tivemos um tempo para ajeitar as coisas entre nós, estava muito superficial.

Depois que me agasalhei e estava quase deitando-me, Lauren bateu na porta e com receio eu fui até ela e abri; meu queixo caiu quando a vi, parada em frente ao meu quarto com uma bandeja cheia de coisas, pipoca, chocolate, suco, m&m’s. Lauren estava um pouco vermelha, creio que pelo vapor do banho, e cheirava muito bem. Fiquei sem reação até ela pigarrear.

 

— Achei que gostaria de ver um filme. Se não estiver cansada é claro. — ela disse e parecia uma adolescente, ela estava se esforçando para me fazer sentir bem, e só esse ato já me fazia sentir melhor.

— Tem certeza que não tem nada interessante para fazer? — perguntei.

— Está chovendo, e estou sem sono. — falou entrando — E vamos ver filme você querendo ou não. — ri ao notar ela nervosa.

— Okay, Sra. Jauregui. Eu escolho.

 

Escolhi um dos meus filmes favoritos, e eu já esperava Lauren reclamando por ser um romance, mas ela assistiu ele atentamente, até ria em algumas partes. Estávamos sob as cobertas, uma ao lado da outra e nem percebi quando ficamos próximas demais, o calor dela emanava para o meu corpo e senti uma doce sensação de paz. Podia ser assim sempre, sem essas loucuras que nos cercam. Tentei me concentrar no filme mas foi uma missão impossível, observar as expressões de Lauren era mais interessante. O modo como ela franzia a testa, o cabelo caindo sobre seu rosto, as tentativas de pegar a pipoca no ar. Hora ou outra eu sentia sua perna roçar na minha, sutilmente nada intencional e eu nunca me senti tão feliz como agora. Eu não via a Lauren que não se importava, a que está foda-se para tudo. Eu via uma garota meiga e durona, que precisava apenas de um pouco de amor.

 

— Eu não entendo. Se eles se gostam porque não ficam juntos logo? — ela falou fazendo um bico. Eu quase tive o impulso de beijá-la.

— Por que senão não teria graça. — Lauren me olhou, parecia me avaliar. — Que foi, tem chocolate no meu rosto?

 

Ela fez que sim com a cabeça, e levou a mão ao meu rosto, levemente passou o polegar sobre meu lábio e no segundo seguinte sua boca estava pressionando a minha. Ela lambeu meu lábio inferior, gentilmente sua mão fazia uma massagem em minha nuca; beijei-a de volta. E o beijo que se seguiu foi como nosso próprio reino mágico, completo com sua língua e geografia especiais, mitos fabulosos e maravilhas pelos tempos. E quando ela se afastou e murmurou, "Senti tanto a falta disso," eu senti como se tivesse em um conto de fadas.

Deslizei minha mão pelos cabelos dela sabendo que a amava não apenas mais do que a última vez que a tinha visto, mas mais do que eu algum dia poderia amar alguém.

Estou apaixonada pela minha esposa.

Passamos uns bons minutos trocando beijos e carícias, Lauren tinha um hálito delicioso e a cada beijo eu queria mais, eu adorava brincar com seus lábios, sua língua aveludada me trazendo sensações. Meu peito ardeu por falta de ar e tive que quebrar o beijo, os olhos dela estavam escuros e sua boca avermelhada. Eu mordo meu lábio deliberadamente. Ela levanta as sobrancelhas, surpresa e contente ao mesmo tempo, eu sabia o que isso causava nela. Lauren se inclina para me dar um beijo rápido e casto.

 

Na manhã seguinte acordei com batidas incessantes na porta do quarto, Lauren não soltava minha cintura então dificultou eu me levantar, e se não era ela, quem era?

 

— Camila espero que esteja acordada. — Dinah berrou e sem mais nenhum aviso abriu a porta, eu ainda estava meio grogue e a luz incomodava meu olhos. — Ai meu deus! Espero que estejam vestidas.

 

Franzi o cenho e olhei para o lado, Lauren estava com metade da blusa levantada e mesmo deitada de qualquer jeito sua mão não largava minha cintura. Ela resmungou algo e me puxou mais para si.

 

— Volta a dormir Camz... que barulho é esse? — disse e piscou algumas vezes, até se dar conta que Dinah estava nos olhando com malícia. — Puta que pariu Dinah, como entrou na minha casa?

— Chave de emergência baby.

— Emergências, não é pra chegar aqui e invadir enquanto estou dormindo. — Dinah riu audivelmente.

 — Desculpa se atrapalhei algo entre o casal, agora levanta essa bunda branca e essa delicia daí Camila; espero vocês lá embaixo.

 

Dinah falou antes de sair e sem esconder que nos pegou em um momento comprometedor, já que eu havia negado a ela que Lauren e eu estávamos agindo como esposas.

Se dependesse dela, eu já teria seduzido Lauren a fazer o que eu quisesse. Mas nem tudo se resumia a sexo, como Dinah pensava. Eu realmente gostava de Lauren.

Lauren ficou emburrada e vi sua luta em ter que se levantar; ela me deu um beijo na bochecha antes de voltar ao seu quarto e me deixar sozinha e pensativa sobre a noite anterior.

Tomei um banho e me senti renovada, a manhã estava linda e fui a primeira a descer. Um fato sobre Lauren, ela demora mais do que eu para se arrumar.

 

Lauren POV.

 

— Fala logo o que quer Dinah, eu ainda estou com sono. — Falei tentando ajeitar meu cabelo.

— Assim que me recebe por dar uma de FBI para você? Ingrata. — falou se fazendo de ofendida.

— Você invadiu minha casa, agora desembucha.

— Foi feito uma denúncia anônima, de que havia uma criança com vocês e por isso aqueles caras vieram.  — falou e meu instinto foi pegar na mão de Camila que estava ao meu lado. Meus olhos focaram nela e vi de novo aquele olhar triste, que fiz de tudo para tirá-lo ontem à noite.

— Não posso acreditar. Tenho uma ideia de quem foi responsável. — falei ao trincar o maxilar.

— Não podemos acusar Cassandra disso. Não temos certeza. — Camila disse.

— Quem mais quer nos ferrar? Demi não seria tão esperta. — respirei fundo, passando a mão pela nuca, meu sangue esquentava sempre que lembrava dessas mulheres desprezíveis.

— Vá com calma Lauren, você pode voltar ao seu antigo trabalho e descobrir de onde veio a denúncia, rastrear o número talvez? — Dinah falou e por um momento eu considerei.

— Voltar a antiga Lauren, acho que não é algo bom, Dinah. — falei me recordando do passado.

 

Estava patrulhando uma rua deserta, um chamado me deu a localização de onde acontecia jogos ilegais. Algo rotineiro e fácil de se resolver. Estacionei a viatura na entrada do beco e desci, o vento frio batia no meu rosto e um cheiro acobreado logo chamou minha atenção; ouvi o chiado do rádio mas ignorei, eu estava perto de me perder outra vez; ultimamente ter controle sobre mim estava cada vez mais difícil, minha opção de ficar limpa não estava dando resultados. O último massacre que causei foi muito bem acobertado por mim, um crime perfeito, e eu sabia como esconder as evidências.

O rádio chiou mais uma vez, era meu parceiro de quem eu sempre fugia, alguém como eu não precisava de uma cobertura nos casos. Eu trabalho melhor sozinha. Ajeitei minha jaqueta usando o capuz para cobrir meu rosto, havia alguns drogados largados pelo chão do beco e pareciam desacordados; entrei no prédio abandonado que seria um grande centro empresarial e andei calmamente no escuro, até pisar em algo molhado, não havia chovido aquela semana e as taboas cobriam a maioria das janelas, um cano quebrado?

Peguei a lanterna em meu bolso e segui o rastro do odor que senti desde que cheguei, não precisava ser um gênio para saber que se tratava de sangue. Entrei em uma sala e o que vi foi esplendido. Havia sangue nas paredes, no chão e até no teto, restos no chão do que seriam corpos; um trabalho desleixado mas me admirei pela brutalidade. Mas algo me preocupou, aquilo não foi feito por um humano.

E foi a primeira vez que cometi um erro, ficar tempo demais em uma cena de crime mexendo nas evidências, quando os reforços chegaram nenhum homem foi capaz de entrar na sala. A responsabilidade caiu sobre mim, e minha reputação manchada. Meus atos já estavam sendo questionados e eu nunca fui vista como uma boa agente.

Eu fui afastada do meu cargo de agente. Minha carteira foi cassada, o fim da minha carreira. Uma pessoa normal se importaria com isso, Lauren Jauregui não. Não passava de um passatempo mundano. Sou uma híbrida, não preciso da pena desses humanos.

~

Era uma fase da minha vida que eu queria esquecer, eu não era nada comparado ao que sou hoje, graças a Camila. Eu não me importava com nada a não ser a mim mesma, eu atacava pessoas sempre que queria, não me importava com o número de vítimas crescentes. Por isso nunca fiquei em uma cidade por muito tempo, estava sempre me mudando, ficando no anonimato, um dos motivos do qual perdi contato com Hayley na época. Agora a ideia de voltar a atuar como antes me dava medo, lembranças do passado me atormentando deixavam meu futuro incerto, e eu não queria estragar nada com Camila. Não porque eu poderia fazer alguma besteira, mas nesse meio todos conhecem todos e duvido muito alguém esquecer a temível e sem coração Lauren Jauregui.

 

— Como pode ser ruim se podemos saber onde Megan está? — Camila perguntou incrédula, como eu temia.

— Camila, há coisas sobre mim e meu passado que você não gostaria de conhecer. Coisas ruins — tentei soar o mais calma possível.

— Tudo bem, abandone o barco, você não se importa com uma garotinha não é mesmo? Quando estiver pronta e superar esse seu medo sabe onde me encontrar. — Camila falou com raiva, mas ela não entendia. Tentei ir atrás mas Dinah me impediu.

— Deixa ela Laur. Ela vai entender em breve. Agora a pergunta é, o que você vai fazer? Fugir de novo?

 

Ela estava certa, se eu pudesse já teria fugido no momento em que sabia que Camila era encrenca. Mas eu não pude deixar aqueles olhos castanhos, e me envolvi demais para andar para trás agora.

 

— Apenas uma ligação para a pessoa certa e eu retorno. — sussurrei para mim mesma mas soube que Dinah ouviu.

 

Já é hora de enfrentar meus demônios.


Notas Finais


Então, para quem se perguntava o que a Lauren fazia da vida, tá ai a resposta.

bjs bolinhos espero que tenham gostado, até loguinho.


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