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História The Hybrid - Like a Family


Escrita por: EstrabaoJwregui

Notas do Autor


Oi oi gente, gostaram da surpresa? 3 cap em um único dia.
Me amem!
adoro vcs bolinhos
Boa Leitura.

Capítulo 37 - Like a Family


Lauren POV.

 

Corri com Camila desacordada em meus braços, corri além do meu limite para chegar logo ao carro e buscar ajuda, nunca estive tão desesperada em toda a minha vida. Eu a vi vencer um homem com o dobro do seu tamanho, eu vi o sorriso dela quando o venceu em segundos, eu vi a forma como ela lutou com Cassandra, mas como já era esperado, trapaças e mais trapaças vindo daquela mulher.

Meu peito ardia, parecia me corroer, o disparo de Cassandra atravessou meu ombro e a cura estava mais lenta que o normal, bala de prata. Eu me sentia dormente com minha própria dor, minha prioridade era chegar até Dinah. As árvores caídas e a vegetação rasteira parecia desconhecia sob meus pés; eu ficava me impedindo de tropeçar voando muito, pulos intermináveis, mal tocando o chão.

Era aterrorizante estar com o corpo de Camila quase sem vida em minhas mãos.

 

Adentrei a mansão Jauregui num rompante e alguns homens e mulheres do clã me ajudaram, a levaram para cima, um quarto amplo. Eles se moviam rapidamente e logo Dinah estava passando por mim, ela me olhou assustada.

 

— Meu Deus Lauren, tem um buraco no seu ombro. — ela disse mas eu não me importava, não queria sair de perto de Camila.

— Ela sangrou muito, faz alguma coisa Dinah!

 

Gritei atraindo olhares de pena para mim, era a primeira vez que eu chorava na frente de outros, fraca, sem saber o que fazer. Elliot e Hayley tentaram me arrastar dali, alegando que eu precisava de cuidados, mas eu me neguei.

Dinah deu algo para ela, um remédio para ajudar na recuperação, desde que Hayley sofreu por causa da prata, nos tornamos mais cuidadosos e Dinah desenvolveu uma espécie de soro com antídoto.

 

Com muito esforço, Dinah limpou minha ferida. Eu só conseguia olhar para o rosto pálido de Camila.

 

— Ela teve muita sorte do punhal não ter pego um órgão vital. Ela perdeu bastante sangue mas com repouso ela vai se recuperar… E Lauren, relaxa você está me assustando. — disse e a abracei.

— Não devia ter deixado ela ir. — funguei, eu estava em um estado deplorável.

— Não se culpe. Você deve tentar dormir um pouco. — neguei com a cabeça, não queria deixar ela sozinha. — Tudo bem, qualquer coisa estarei no quarto ao lado.

 

O cansaço, a fadiga me dominaram, me recostei no chão, ao lado da cama. Meus músculos doíam e senti a ferida começar a cicatrizar. Eu estava um trapo e não queria que ela me visse assim quando acordasse. Peguei roupas no armário e entrei no banho, deixando a porta aberta para ficar de olho nela a todo momento. Os minutos no banho foram suficientes para me curar.

Após isso, peguei um pano úmido e levemente limpei Camila, ela estava com a boca e pescoço vermelhos de sangue, os arranhões sumiram aos poucos, seu corpo estava se curando.

Passaram-se algumas horas e eu ainda estava ali.

 

— Você ainda está aqui? — Hayley surgiu — Pensei que tinha ido descansar.

— Vou ficar até ela acordar. — falei firme, como se fosse para provar o quão difícil seria me mover dali.

Hayley sorriu com pena de mim.

— Ela foi sedada, Laur. Ela não vai acordar até amanhã. — eu sorri para ela.

— Então é o tempo que vou ficar aqui.

 

Eu já tinha esperado horas até Dinah remover os resquícios de prata e fechar o ferimento; devia passar da meia-noite agora. Eu ficava esperando adormecer, mas eu estava inquieta.

Em algum momento cai no sono ali mesmo, segurando em sua mão como se pudesse passar minha força para ela.

 

Camila POV.

 

— Camila. — disse a voz, suavemente. — Camila?

 

Eu ouvi a voz e tentei abrir meus olhos. Eles estavam tão pesados; que por mais que tentasse, mal conseguia abri-los. Finalmente, eu consegui forçá-los a abrir e apenas por alguns segundos, e ver de onde vinha a voz.

Lauren.

Ela está ajoelhada ao meu lado, segurando minha mão entre as suas, com preocupação gravada em seu rosto.

 

— Camila? — ela disse novamente.

 

Eu tentei avaliar minha situação, meus pensamentos estavam em desordem. Onde eu estou? Pude enxergar o suficiente para ver que era o quarto de Lauren, simples e perfeito. Era noite, e a grande janela permitia a entrada dos raios da lua cheia.

Além do luar, o quarto era iluminado pelo pequeno abajur fixado na parede mais distante.

Tentei me concentrar no rosto de Lauren, tão perto, apenas trinta centímetros, encarando-me com esperança. Seus olhos parecem brilhar, enquanto ela aperta minha mão com mais força. Suas mãos estão quentes, e apesar dos meus esforços não consegui manter meus olhos abertos por muito tempo, eles estavam pesados demais. Eu me sentia… doente.

 

— Tudo vai ficar bem, eu prometo. A dor vai passar. — sua voz rouca falou.

 

Tentei sorrir, estender meu braço e acariciar seu rosto. O som da voz dela tornava tudo melhor, fazia com que isso valesse a pena.

Mas a verdade é que eu estava muito cansada. O meu corpo não estava respondendo ao que meu cérebro pedia. Não conseguia fazer seus lábios sorrirem, e não conseguia juntar forças para levantar minha própria mão. Sentia que estava prestes a adormecer novamente…

Subitamente meus pensamentos mudaram, despertando-me rapidamente. O duelo… Cassandra… atirando em Lauren. E então, caindo penhasco abaixo. Ficar pendurada em um galho com um punhal na minha barriga. Lauren ao meu lado.

 

— Está machucada? — consegui dizer, minha garganta seca doía ao falar. — E os outros?

— Shhh — sibilou Lauren. — Apenas descanse.

Ela acariciou meus cabelos e senti um incomodo no abdômen. Como uma criança curiosa toquei com a ponta dos dedos o curativo, era ali que eu havia sido atingida.

 

— Não toque. — Lauren advertiu. Ela esticou a mão para parar o meu avanço, tarde de mais. Tirei a atadura e revelei uma linha cicatrizada, nenhuma evidência que tinha uma faca dentro da minha barriga a não ser pela cicatriz rosa brilhante.

— Yeah, tem algumas vantagens em ser eu. — sorri com a língua entre os dentes, Lauren revirou os olhos.

— Não brinque, você quase morreu. — sua voz vacilou. E vi dor em seus olhos. — Eu não sei o que faria se perdesse você.

— Desculpe, só não pense nisso, ok? — ela afirmou levemente fazendo um bico fofo. Puxei sua mão que em nenhum momento soltou a minha, toquei seu rosto e seus olhos me despiam. — Eu tive tanto medo quando vi você caída, e quando não se mexeu…

— Shh… eu sei. Estamos seguras agora, eu prometo. Nem que tenhamos que nos mudar… Nova York, Dubai, China… onde você quiser. — sorri, e a puxei para um beijo que foi calmo e carinhoso.

 

Ela deitou ao meu lado e vi que Lauren estava realmente cansada, alguns minutos depois que iniciei o cafuné ela dormiu. Sorri a olhando, poderia passar séculos a observando, uma obra de arte tão perfeita.

 

6 meses depois

 

Uma música tocava nos alto-falantes do carro enquanto eu batucava com os dedos no volante, saí mais cedo do plantão no hospital para buscar Lauren na delegacia. Iriamos jantar em um novo restaurante que inaugurou na cidade; e convenhamos que eu sinto falta das noites agitadas.

Tempo de paz absoluta requeria uma celebração, talvez eu chamasse Dinah e Ally para bebermos até cair no chão.

Por falar em Ally ela soube o que sou de uma forma um pouco chocante, ficou sem falar comigo por boas semanas até se convencer que eu não era totalmente humana.

 

Cinco meses antes

 

Um acidente de carro fez a recepção ficar movimentada, infelizmente o motorista faleceu no local, e eu teria que realizar uma operação as pressas. O problema, era um bebê de 1 ano e meio. Era um tiro no escuro, se eu errasse não me perdoaria.

Mas eu podia usar meu às na manga, Lauren me alertou sobre usar meu sangue para curar os pacientes, o nível de recuperação aumentou drasticamente mas tinha um porém, se eu administrasse a quantia errada eu poderia matar em vez de curar.

Dinah me preparou, e eu estava naquele dilema novamente, dar ou não meu sangue a criança; eu não sabia dos riscos, mas não custava tentar. Faltando cerca de uma hora para a cirurgia, eu entrei na sala de observação onde o pequeno menino estava, tomei cuidado para não ser pega. Mas assim que cortei a ponta do meu dedo com um bisturi Allyson abriu a porta me assustando e fazendo eu abrir um corte maior do que esperado. Ela se desesperou ao ver e eu não tive como esconder, em segundos não havia corte, e Ally desmaiou.

Felizmente consegui salvar a criança, mas Allyson devia pensar que sou uma psicopata.

 

Dias atuais

 

Nesses longos meses que sucederam ao incidente com Cass, tudo se tornou calmo, nenhuma ameaça, ninguém querendo minha cabeça como prêmio e nem a de Lauren. Acho que pela primeira vez pude relaxar.

 

— Mila, ela está aqui de novo. — ouvi Ally tocar em meu ombro e olhar para atrás de mim. Virei-me vendo Lauren parada na recepção, parecia prestes a degolar a mulher. — É a quinta vez nessa semana.

— Algo aconteceu? — falei ao me aproximar. Ela se virou rapidamente.

— Talvez… é a Megan. — falou mexendo nas mãos, e eu supri um sorriso.

— O que você fez dessa vez?

— Não fiz nada. Bem, talvez eu tenha mostrado minhas presas e a assustei, mas não é isso. Ela não quer comer e você estava demorando, vim te buscar.

— Está sendo intimidada por uma garotinha, justo Lauren Jauregui? — ri e ela revirou os olhos.

— Ela é impossível quando você não está olhando.

 

Megan estava inteiramente aos cuidados de Milika, mas sempre que podíamos nós ficávamos com ela e eu descobrira ter duas crianças em casa. Megan e Lauren. Muitas vezes Lauren tinha ciúmes da pequena, algo fofo, mas extremamente desnecessário.

Quando estávamos de saída Lawrence passou por mim dando uma piscadinha fazendo-me corar, no mesmo instante senti Lauren segurar em minha mão e me acompanhar até o carro. Ela esperou eu entrar para fechar a porta, e pelo modo que fechou sabia que alguém estava com ciúmes. Prendi o riso quando ela entrou afobada e com um bico enorme nos lábios.

 

— Algo errado? — provoquei-a.

— Não me teste Camila… Ele faz isso sempre? — disse irritada, em sã consciência eu não mexeria com ela, mas ela ficava realmente linda com ciúmes.

— Não, ele sabia que você estava do meu lado; foi de propósito. — argumentei.

— Da próxima vez minha mão vai socar a cara dele de propósito. — bufou e eu ri. — Não tem graça.

Disse colocando a mão suavemente sobre minha perna, um ato involuntário que já se tornou o meu favorito.

— Já disse que te amo hoje? — completei e ela sorriu. Suas esmeraldas desviaram da rua e me olharam.

— Já. Quando acordamos, no banho, no café da manhã, quando te deixei no trabalho, na mensagem na minha caixa postal… — ela riu quando bati em seu ombro.

— Não seja exagerada. — falei.

— Apenas fatos. A propósito, — pegou minha mão a levando aos lábios — eu amo você também.

 

[…]

 

— Porque não podemos ir ao cinema? — Megan falou com a boca cheia de pipoca.

— Por que as pessoas não sabem ficar caladas, e adoram ficar abrindo pacotes de salgadinhos o tempo todo. — Lauren falou entregando a ela um copo enorme de coca diet.

— Essa é a graça! — respondeu, e acabei rindo.

 

O impossível havia acontecido. A algum tempo, Lauren deixou de ser rabugenta e ganhou o apreço da pequena. Que por um lado se mostra bem inteligente e insistente, ela tinha características que me lembravam a Lauren, talvez o tempo de convivência a influenciou. Roupas pretas e jaquetas, eram as suas favoritas, adorava botas e óculos escuros. Gosta de atenção e é impulsiva certas vezes, era como se Megan fosse a miniatura de Lauren.

 

— Não acostume ela mal. — falei ao notar Lauren dando doces para ela.

— Mas crianças comem isso não é? — apontou para mim o pacote de fini. O filme começou e Megan sentou no meu colo. — Ei pirralha, esse lugar é meu!

— Deus Lauren. Só por hoje, deixe-a aqui. — ela revirou os olhos e sentou ao me lado. Me inclinei para Megan não escutar meu sussurro. — Mais tarde eu sou toda sua.

 

Lauren deu aquele sorriso sedutor e conseguimos ver o filme em paz. Eu me senti feliz, como nunca antes, era uma felicidade, uma sensação nova, Lauren, Megan e eu; fazendo coisas normais, tendo conversas normais, vivendo como qualquer outro. Aliás, não como qualquer um, como uma família.


Notas Finais


Espero que tenham gostado dessa sequencia de 3 cap seguidos.
Gostando da fic? comente para eu saber e mostra prazamiga

até logo!


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