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História The Hybrid - Minha


Escrita por: EstrabaoJwregui

Capítulo 40 - Minha


Lauren POV.

 

Dormi no quarto de hóspedes após colocar Camila na cama, eu estava ligeiramente com raiva e deitar-me ao lado dela não ia adiantar. Eu errei em não contar a ela sobre a criação do coven, mas ela foi infantil e pior quando decidiu descontar na bebida e para minha decepção, no uso de drogas. Sei que será um caso à parte e ela nunca fará novamente, mesmo aquele tóxico não fazendo mal ao nosso organismo.

Não pude dormir e levantei as 7h30min, fiz café, o mais forte que pude, e tomei o líquido preto tentando relaxar. As imagens do homem a forçando a fazer algo não saíam da minha cabeça, usei muito do meu autocontrole para não matar o infeliz, pois certamente eu faria.

 

Por mais que eu quisesse ignorar Camila, meu corpo se moveu para o quarto onde ela estava, a encontrei encolhida no lado que eu costumava dormir e com uma camisa minha nos braços. Parecia indefesa, uma garotinha com frio; senti uma pontada no peito ao notar seu rosto manchado por lágrimas; fui rude com ela a ponto de gritar a plenos pulmões, e eu nunca havia gritado com ela. A culpa veio e deitei ao lado dela, imediatamente ela se apertou a mim, ainda dormindo. E não restava dúvidas, Camila era a minha alma gêmea, lembro-me de escutar histórias sobre, quando amamos, amamos além do suportável, híbridos são intensos em todos os aspectos. Agora que Camila fazia parte de mim seria incapaz de traí-la ou machucá-la. Mesmo ela tendo feito algo imprudente eu a perdoaria, sempre a perdoaria.

 

— Me perdoa… me perdoa…

 

Tempo depois acordei ao ouvir sussurros, um tanto desesperados. Olhei para baixo e vi Camila agarrada a minha camisa como se sua vida dependesse disso, ela suava frio e estava gelada, mesmo eu estando do seu lado. A puxei para mim um pouco assustada com seu comportamento, ela parecia ter um pesadelo terrível.

 

— Shh… estou aqui Camz. — ela parou de tremer e levemente abriu seus olhos, estavam cheios de lágrimas.

— Me perdoa. — ela sussurrou escondendo seu rosto no meu pescoço. Parecia envergonhada.

— Me perdoe também, por não ter te contado. É minha culpa você ter perdido a cabeça. — falei, e ela fungou e me olhou. Passei o polegar pelo seu rosto e aproximei nossos lábios. — Só não faça isso de novo. Vamos falar sobre tudo a partir de agora, ok?

— Você poderia usar a leitura de mente para saber o que eu faria? — questionou, e de fato eu poderia; mas algo que eu nunca revelei a ninguém é que eu não consigo ler ou controlar Camila.

— Não exatamente, eu nunca consegui ler você.

— Desde quando? — ela franziu o cenho.

— Desde que nos encontramos no hospital, eu tentei persuadir você para você parar de me questionar mas eu não consegui. É como se houvesse uma barreira.

— Isso é possível?

— Sim, alguns livros antigos dizem que é raro encontrar, mas existem pessoas que não podem ser influenciadas. Alguns dizem que é um par perfeito.

— Par perfeito? — disse confusa.

— Você não gostaria de estar em um relacionamento onde a outra pessoa consiga ler sua mente, tecnicamente não daria certo, é como para os humanos quando descobrem traições, não seria possível esconder absolutamente nada uma da outra. O “par perfeito” foi feito um para o outro, eles se completam pelo que são e por que confiam entre si. Não há desconfianças, ler sua mente seria um desrespeito a privacidade.

— Causaria intrigas e brigas constantes… — eu afirmei com a cabeça. — Então é por isso que eu nunca sei o que você está tramando. — ela sorriu.

— Estou pensando em ficar em casa, assistirmos algo e ficarmos abraçadas e comendo besteira. — falei.

— Ficar abraçadas? — Camila perguntou interessada.

— Camz, — eu disse suavemente, pousando minhas mãos em sua cintura. — Considere-me como um grande urso de pelúcia.

 

Me aproximei perto suficiente do seu rosto, podia sentir sua respiração em meus lábios, e então eu a beijei. Era apenas um roçar de lábios, mas não durou por mais tempo. No momento que nossos lábios se tocaram, o fogo entre nós surgiu como uma pequena chama que ia crescendo e nos envolvia. No momento seguinte, Camila deitou sobre mim, suas mãos procurando onde tocar. Com toda calma possível mordi seu lábio para depois chupar sua língua, ela alternadamente fazia o mesmo.

Camila ficou mais animada e sentou sobre meu quadril, senti ela dar leves reboladas e gemer em minha boca, apalpei sua bunda e apertei, estava pronta para tirar sua calça moletom quando meu telefone tocou.

 

— Droga! — ela resmungou soltando meus lábios. Suspirei pegando o telefone. Não me surpreendendo ao ler o nome de Dinah no visor.

— Oi Dinah.

— Hey! Laur, Camila está bem? Bom, eu lembro vagamente de ontem mas ela não me ligou até agora, fiquei preocupada. — falou e eu supri um gemido quando Camila mordeu minha orelha.

— Sim, ela está. Eu cuidei dela, aliás, nunca mais a deixe perto de drogas ilícitas.

— Ok. Onde ela está? Pensei que você tivesse matado e desovado o corpo em outra cidade, já passam do meio dia e nenhum sinal de vocês.

— Camila para, eu estou no telefone. — sussurrei tampando com a mão para Dinah não ouvir.

— Oh meu Deus, eu atrapalhei algo?

— Eu estou bem Dinah! E sim, você atrapalhou como sempre! — Camila gritou tirando o telefone de minhas mãos me fazendo rir.

— Sexo de reconciliação… foi mal meninas, terminem logo porque Camila tem plantão no hospital hoje, beijos. — ela disse em um fôlego só e desligou.

— Onde paramos? — Camila falou arqueando a sobrancelha. E eu a puxei para um beijo.

 

*

 

Quase não deixei Camila sair da cama, mas foi preciso e eu não podia ser egoísta, havia pacientes que precisavam dela. O dia estava bom e eu decidi ir ao departamento de polícia. Minha fama não era das melhores, mas eu era a chefe e tinham que me respeitar, depois que o pessoal foi trocado, com exceção de Verônica, os ares da delegacia estava mais limpo. Antes o quadro de pessoal era formado por 70% homens, hoje graças a mim, 90% são mulheres.

 

— Boa tarde Vero. Como andam as coisas? — falei entregando a ela um copo de café com creme que comprei no caminho.

— Um pouco agitadas sem a sua presença, e obrigada pelo café. — sorriu e sentou-se em sua mesa.

— Okay, vamos trabalhar. Quero finalizar ao menos três casos hoje. — falei alegre, sim eu me resolvi com Camila, muito bem por sinal e pegar no pesado me faria bem.

 

Uma vida quase normal e calma ao lado dela, isso soa bem.

 

Camila POV.

 

Quando cheguei para o meu plantão Dinah encheu minha paciência pelo fato de ter atrapalhado meu momento com Lauren, mal sabe que após aquilo nos fizemos até cair desmaiadas na cama, motivo pelo qual eu cheguei um pouco atrasada.

A rotina de médica me fazia bem, eu podia parecer mais irresponsável agora, faltando mais do que deveria e mesmo assim não sendo questionada; bom, o dono era Michael que me encobria muito bem. Eu tinha responsabilidade de antes de me tornar o que sou, e pretendo mantê-las. Mas quando penso em minhas prioridades agora, pensava em Lauren em primeiro lugar. Eu queria estar com ela, precisava estar com ela. De fato, por mais loucura que fosse, eu sentia que não poderia mais viver sem ela.

Agora entendo seu surto de raiva, a qual eu motivei. Ela ficou furiosa, eu fiquei furiosa comigo mesma. Mas as coisas seriam assim, eu perderia tempo se pensasse mais sobre isso.

 

O tempo no hospital foi um pouco exaustivo, eu havia me esquecido como era ficar além da hora, era meu trabalho salvar vidas. Pensei em ligar para Lauren para saber o que ela estava fazendo, ou se já estava em casa, e para minha surpresa seu chamativo carro esportivo estava estacionado a alguns metros da entrada, e Lauren estava sentada sobre o capô.

 

— Hey, o que faz aqui? — falei quando cheguei perto suficiente.

— Oi para você também, imaginei que ainda estivesse aqui; vim te buscar. — ela disse naturalmente.

— Ainda não me acostumei com isso. — ela riu ao abrir a porta para mim.

— Pois acostume, pretendo fazer isso todos os dias.

 

Cheguei cansada e um bom banho de banheira ajudaria a relaxar. E foi o que fiz, percorri toda a extensão do quarto deixando peças de roupa pelo caminho e para minha surpresa, parei estática na porta. A banheira estava cheia com espuma e podia sentir o perfume de óleo perfumado, nas bordas e sobre a espuma havia pétalas de rosas e velas aromatizadas. Meu queixo caiu ao ver uma garrafa de champanhe, com duas taças do lado oposto.

Senti o corpo de Lauren atrás de mim, e suas mãos foram para minha cintura.

 

— Imaginei que estivesse bastante cansada do trabalho. — disse ao beijar minha nuca.

— Lauren isso é… ai meu Deus. — exclamei ao me virar e ver ela com um roupão.

 

Calmamente ela retirou os restos da minha roupa e me encaminhou para a banheira, segurando minha mão, eu entrei e quase gemi ao sentir a temperatura da água em minha pele. Observei Lauren fazer um coque no cabelo e retirar o roupão, ofeguei ao olhar seu corpo, minha boca salivando.

 

— Quando preparou tudo isso? — sussurrei quando ela se aproximou.

— Eu saí mais cedo da delegacia, está surpresa? — senti sua mão subir um caminho pelas minhas costas. — Está tensa, quer uma massagem?

— Sim… e sim. — virei de costas para ela e senti a maciez de seus toques em meus ombros. Me senti relaxada e feliz.

 

Nunca me fizeram isso na vida, nem na época que fiquei com um garoto da faculdade que se dizia romântico, mas nada se comparava a Lauren. O cuidado, o carinho com que ela me tocava enviava arrepios por todo meu corpo.

O cansaço desapareceu ao longo do tempo, a água morna acariciava minha pele junto de seus dedos, e boca, Lauren começou a beijar meu pescoço, leves toques, nos lugares certos.

 

Virei de frente novamente, e me perdi na imensidão verde de seus olhos, pele branca e macia, acariciei seu braço e apertei de leve quando ela me levou até a borda da banheira, seu corpo colado no meu, nossos seios gostosamente se roçando. Passei meus braços ao redor do seu pescoço e senti seus lábios nos meus, calmos, apreciei o gosto e o amor por eles transmitidos.

Ela desceu seus beijos pelo meu pescoço, suas mãos deslizaram pelas minhas costas de maneira delicada, pararam na minha cintura. Ela depositou um beijo entre meus seios, e eu sabia o próximo passo. Lauren começou a mordiscar o bico de um dos meus seios, podia sentir seu olhar sobre mim, ela então deslizou a sua língua, mordiscou e sugou. Eu gemi. Ela passou um tempo brincando antes de fazer o mesmo com o outro. Apertei forte sua nuca, deixou um beijo leve e me olhou, seus olhos brilhavam em um verde intenso, uma de suas mãos deslizou até meu sexo, pressionou seu corpo mais no seu e não deixei seus olhos, tão expressivos, tão calmos e apaixonados. Ela deslizou um dedo na minha intimidade, eu gemi cravando minhas unhas nas suas costas e ela esboçou um sorriso.

Olho no olho, acariciando vagarosamente, eu estava excitada e não contive minha respiração acelerando. Lauren me penetrou, tão inesperado que gemi manhosamente, seus movimentos sincronizados, meu corpo estava respondendo as suas investidas, ela movia devagar, quase parando, logo acelerou e meus gemidos viraram pequenos gritos de prazer. Cada vez mais rápido, aquela sensação me dominando estava por vir. Lauren pareceu perceber, e diminuiu. Gemi vergonhosamente, não queria que ela parasse. Mas em seguida ela me penetrou com mais um dedo e voltou aos poucos ao ritmo de antes, tão intensa, tão sexy, com os lábios entre abertos, ofegantes, eu gemendo cada vez mais. Senti meu mundo parar, era somente eu e ela. Ela levou meu corpo ao ápice, sentindo as contrações em meu ventre eu a beijei, delicadamente.

Não lembro quanto tempo passamos ali, só tinha a mente e corpo relaxados e extremamente satisfeitos.

 

— Minha.

 

Ela disse no meu ouvido e eu sabia que ela estava esperando por me tomar para si desde que viu aquele homem me tocando, ela voltou a mover seus dedos dentro de mim, me reivindicando e eu estava amando ela possessiva. E ela estava certa, eu era completamente dela.

 

[…]

 

— Já foi a Nova Orleans? — Lauren perguntou, depois do maravilhoso banho na banheira, fomos preparar algo leve para comer.

— Não. — falei pegando um pedaço de morango que ela estava cortando. — Tenho o sonho de poder viajar o mundo, ser livre, pegar a estrada, me perder e aprender a ler um mapa para achar o caminho, sempre quis ter uma vida agitada.

— Por que não vamos?

— O que?

— Tecnicamente nós somos imortais, por que acha que vivia me mudando… passar a eternidade em um só lugar é chato… — ela disse acrescentando calda de chocolate aos morangos.

— Nunca me passou pela cabeça… os últimos acontecimentos não deixaram-me desfrutar da imortalidade. Na verdade eu quase morri. Diversas vezes. — falei e vi Lauren sorrindo.

— Eles podem tentar, mas não vejo nenhum dos que ousaram a te ameaçar vivos. — Lauren disse tão calmamente como se tirar uma vida fosse fácil, bom, nas vezes que foi feito ela estava me protegendo.

— Mas o que tem Nova Orleans? É a cidade onde cresceu não é? — ela afirmou com a cabeça.

— Você quer conhecer o mundo certo, podemos começar por lá.

— Sério?

— Sim.

— Mas e o trabalho, Dinah… Hayley…

— É como a lua de mel que nunca fomos, eles sabem se viram sem nós.

— Bem, Nova Orleans é conhecida por ser macabra… isso vai ser interessante.


Notas Finais


Hello pessoas, aproveitem a calmaria e o amorzinho entre elas....


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