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História The Hybrid - New Orleans


Escrita por: EstrabaoJwregui

Notas do Autor


Hallo

Capítulo 41 - New Orleans


Fanfic / Fanfiction The Hybrid - New Orleans

Lauren POV.

 

Fazia um tempo que queria levar Camila para longe, pelo menos por um tempo. Desde que começou o inferno em nossas vidas, queria a levar para lugares sem destino, longe do perigo. E convenientemente a oportunidade surgiu, New Orleans, minha cidade natal e palco dos mais diversos contos de terror; todos eram reais.

Lobisomens, vampiros, e até bruxas, sim elas existiam e eram a pior espécie para se conviver, elas odeiam os chupadores de sangue e qualquer um que ameace seu espaço.

Elas são perigosas.

 

E como esperado, assim que aportamos na cidade alguns olhos curiosos se viraram sobre mim e Camila. Desembarcamos no Aeroporto Internacional Louis Armstrong na tarde de uma quinta-feira e já sentimos a presença da musicalidade em mais de um espaço do charmoso aeroporto, um deles com uma típica banda de jazz. Ela no entanto, tinha os olhos brilhando para a peculiaridade da cidade, Nova Orleans podia ter se tornado mais sofisticada, mas suas prostitutas continuavam vulgares e loucas. A musicalidade e culinária eram sua especialidade.

Com o festival Mardi Gras se aproximando as ruas começavam a ficar movimentadas, mesmo sendo uma cidade recheada de superstições não afastava os turistas.

 

— O que achou da primeira vista? — disse assim que entramos no quarto do hotel. Camila estava muito animada e saltitante.

— Nunca vi uma cidade onde em cada esquina tem um artista, pintores, e o jazz… é maravilhoso Lauren!

— Você nem viu nada. Desfaça as malas depois, vamos a um restaurante.

 

Falei e ela foi a primeira a jogar a mala no chão. Deixei minha mala e a levei ao French Quarter, a área da cidade conhecida pelas atividades noturnas. Nossa primeira parada foi num típico restaurante, Camila adorou a comida, algumas exóticas. Nossa próxima parada foi rumo ao Bourbon Street, mostrei a Camila os bares, alguns pequenos restaurantes e clubes de stripper.

 

— Nem sonhe em entrar nesse clube Lauren. — falou trincando o maxilar. Ri de seu ciúme e segurei em sua mão, levando ao próximo ponto.

— Está um pouco quente. — falei tirando minha jaqueta.

— O que é aquilo? — perguntou com espanto, virei o rosto para o beco parcialmente mal iluminado, era um ponto destinado as prostitutas. — Elas fazem ao ar livre? — sua voz havia horror.

— A liberdade em Nova Orleans é um dos pontos que atraem tantos americanos, sabe Vegas? Aqui é mais permissivo e pulsante. — falei e ela balançou a cabeça em concordância.

 

Logo esquecendo as orgias próximas a nós ela me puxou mais a frente, uma banda de jazz tocava alegremente e crianças e idosos dançavam em suas sacadas. Um lugar realmente adorável de se viver. Muito diferente do meu tempo, é claro.

Aproveitamos a noite, mostrei vários lugares e conheci alguns, afinal eu ainda era muito nova quando deixei Nova Orleans.

 

— Lauren, tem algo no meu rosto? — Camila disse num sussurro, olhei-a confusa e notei a forte presença ao nosso redor, eram os antigos lobisomens que circulavam livremente entre os humanos, sem esses ingênuos perceberem.

— Estão apenas curiosos Camz. Não é todo dia que veem um casal de híbridos, somos como uma peça nova na vitrine. — falei calma olhando em seus olhos. — Eles são conhecidos por respeitar a hierarquia.

— Hierarquia? Tipo o mais forte? — afirmei.

— Exato, é como no reino animal. Não vão atrapalhar nossa estadia, agora vamos.

 

Já passava das cinco da manhã quando voltamos ao hotel, tomei um banho logo após Camila e estava exausta de tanto andar, não me recordava das ruas serem tão extensas. Virei-me para perguntar se Camila gostou do passeio mas ela já estava ressonando baixinho, o cabelo caindo em seu rosto, sua boca perfeita. Minha rainha.

 

Camila POV.

 

Sabe quando você visita um lugar pela primeira vez? Era assim que eu me sentia, eu estava muito mais que eufórica e cada coisa que Lauren me mostrava faziam meus olhos brilharem.

A noite parecia não ter fim, e as pessoas não aparentavam estar cansadas; voltamos ao hotel com o sol quase nascendo e ainda haviam pessoas nas ruas, bebendo e dançando. Nem vi quando peguei no sono, só sei que tive aquele sonho com lobos novamente, mas dessa vez foi diferente.

 

Havia um grupo de caça, três pessoas correndo como loucas, eu via tudo como se tivesse em cima das árvores apenas olhando, como se fosse um filme. Tinha um pequeno grupo de lobos que seguiam os homens encapuzados. Estes corriam atrás de um homem com uma criança pequena e uma mulher corria com eles. O rastro deles era largo e claro, com galhos quebrados e folhas pisoteadas levando diretamente às profundezas da mata, o homem robusto deslizou por entre as árvores, ele era extremamente rápido, a mulher tropeçou em um galho, mas não caiu. Mas foi o tempo suficiente para os homens de capuz chegarem nela, seu rosto virou e eu pude notar seus traços familiares só não me lembrava da onde. Ela não piscou e nem teve tempo de tomar fôlego para correr novamente e, depois de um instante ela estava caída no chão, sem vida, sem o coração.

 

Acordei ofegante e com um grito preso na garganta, nos últimos segundos antes de despertar eu vi os olhos cheios de lágrimas da garotinha que fugia com seu pai, eu saberia a quem pertencia aquele tom de verde em qualquer lugar.

Lauren pareceu não perceber o meu tormento, ela continuava dormindo, com os lábios entreabertos onde sua respiração calma saía. Tão linda, me aproximei e retirei uma mecha de seus olhos, o relógio na cômoda marcavam quase 15h45 da tarde, nunca havia dormido tanto; mas meu coração ainda batia fortemente e eu não queria sair do lado de Lauren agora. Inconscientemente ela se mexeu e colocou sua mão na minha bunda, ela estava definitivamente acordada.

 

— Está se aproveitando de mim Jauregui? — falei próxima ao seu ouvido, ela permaneceu com os olhos fechados. — Está dormindo? Acho que não se importa se eu ficar nua então.

 

Levei as mãos até a barra da minha blusa, mas fiquei com os olhos nela, Lauren abriu um olho para espiar e quando viu que eu a olhava tentou fingir que estava dormindo de novo.

 

— Eu vi Lauren.

— Não viu não, estou dormindo. — falou fazendo um bico.

— Sua pervertida você queria me ver nua. — ri quando ela afundou o rosto no travesseiro.

— Não há nada ai que eu não tenha visto.

 

Joguei a almofada em seu rosto e me levantei, estava morrendo de fome e ainda há uma boa parte de Nova Orleans para conhecer.

Comemos em uma lanchonete, e esqueci completamente do sonho ruim que tive. Não conseguimos aproveitar nosso segundo dia por termos acordado tarde, mas Lauren queria ir num lugar e percebi ela ficar tensa a medida que o táxi ia parando. Havia uma única pista e dos dois lados extensa área verde. O táxi parou em frente a um portão de ferro, estava aberto e o calafrio subiu pela minha espinha, estávamos em um cemitério, Lauren falou com o motorista que esperasse, não íamos demorar, mas o que estamos fazendo aqui?

 

— Creio que o lugar não é muito agradável, mas os turistas costumam vir aqui também. — Ela disse andando na frente, eu a segui. — Quero apresentar você a alguém.

 

Andamos cerca de dez minutos em silêncio, havia uma lápide desgastada com o tempo e troquei olhares dela para Lauren. Ela se abaixou e fiquei em pé ao seu lado.

Depois de um longo silêncio, o vento soprou e alguns corvos grunhiram a nossa volta assustando-me levemente.

 

— Você me avisou sobre várias coisas nessa vida, — ela começou a falar. — Ensinou coisas que eu desobedeci ao longo do tempo, me desculpe. Mas eu trouxe alguém, espero não te desapontar por não ser um homem, quando você se foi não fazia ideia da minha tendência… — Lauren se levantou e seus olhos estavam um pouco úmidos. — Mãe, essa é Camila. Minha esposa.

 

Assim que notei a quem pertencia a lápide, vi a foto um pouco desbotada, senti meu coração se fechar. Lauren havia me trago para ver onde sua mãe foi enterrada. “Clara Jauregui, amável mãe e esposa” estava escrito sobre o mármore preto. Respirei fundo e segurei na mão dela, mesmo sentindo meu corpo tremer por reconhecer aquela mulher, a qual eu sonhei noite passada. Tantos anos sem vir aqui pareciam um pouco duro para Lauren. Ela ficou em silêncio então decidi falar. Sua mãe está morta mas preciso dar apoio a mulher que eu amo.

 

— Sra. Jauregui, obrigada por colocar no mundo essa garotinha dos olhos verdes. Ela se tornou o meu mundo. Prometo cuidar dela, respeitá-la, mesmo as vezes ela sendo idiota, sua filha é uma teimosa. — Lauren riu fraco apertando minha mão.

— Obrigada.

 

Ela tocou meu rosto, passando o polegar pelo meu maxilar. Voltamos ao hotel depois disso e Lauren parecia mais calma, e decidi não perguntar sobre a mãe, era um assunto delicado. Pedi comida no quarto, Lauren ficou mexida depois que voltamos e eu dei todo apoio; mesma ela sendo teimosa fiz ela comer, tomar banho e vestir algo quente, começava uma chuva forte e o vento balançava as janelas. Se fosse por ela, teria se enfiado debaixo das cobertas e se fechado em seu mundo de dor, mas eu não permiti.

 

— Quer fazer alguma coisa? — falei acariciando seu cabelo. Ela estava deitada entre minhas pernas, trocando de canal a cada segundo.

— Não. — disse enquanto parava num canal de desenho.

— Você é muito mimada. — falei recebendo um tapa na coxa logo em seguida.

— Você que está me mimando, não reclama. E eu gosto, parecemos um casal normal. — falou virando a cabeça para me olhar, sorri e selei nossos lábios.

— Sim nós somos, tirando o fato que você tem um exército para sua proteção.

— Nossa proteção! — ela exclamou. — Sua principalmente. — sussurrou por fim.

 

Sorri internamente, Lauren e sua mania de proteção comigo, é bonito ver que tenho com quem contar. Mas as vezes ela esquece que pode contar comigo também.

 

— Tudo bem, quando vou conhecê-los? — peguntei traçando círculos no abdômen de Lauren.

— Não quero que eles te conheçam, você é só minha.

— Ui, possessiva. — falei em tom debochado.

— Não provoca…

— Ou o que? — desafiei e no segundo seguinte Lauren estava em cima de mim. Segurando minhas mãos em cima da minha cabeça, sua respiração batendo no meu ouvido. — Tá bom, já entendi.

— Se rende? — sua voz rouca levou espasmos ao meu centro quente. Quando ela era dominante me deixava em um estado vergonhoso. — Só eu posso sentir o seu cheiro, só eu posso tocar seu corpo, só eu posso te levar ao limite do prazer.

 

A cada palavra ela distribuía beijos pelo meu pescoço, já estava a sua mercê. Seu aperto se tornou suave e ela me olhou intensamente, seus lábios roçaram nos meus causando pequenos arrepios, seu hálito batia contra meu rosto e me perguntei o que Lauren pensava quando a vi suspirar pesado.

 

— O que houve?

— Eu nunca tive isso. — sussurrou, ela se aninhou no meu corpo e eu podia ouvir seu coração batendo.

— Isso o que? Duas semanas de folga? — questionei confusa.

— Você. Alguém tão amável, tão calma, me traz um sentimento bom.

 

Disse antes de me beijar suavemente, seus lábios se movendo num ritmo quase parando sobre os meus, gemi em deleite de suas mãos em minha cintura, seus lábios eram tão suaves e tinha gosto de chocolate, poderia beijá-la durante todo o dia. Aos poucos o beijo foi se intensificando e levei minhas mãos até seus quadris, ela desceu a mão pela minha coxa e apertou, eu mordi seu lábio inferior para recuperar o ar e voltei a beijar seus lábios.

Levei minhas mãos por dentro da sua blusa e levantei, Lauren quebrou o beijo para tirar o moletom quando o som estridente do telefone tocou. Atendi, frustrada porém podia ser importante.

 

— Ei Walz! Curtindo as férias? — ela falou e fechei os olhos por um momento, ela tinha algum radar quando Lauren e eu estávamos prestes a…

— Dinah… — falei sem humor. — Algum problema?

— Ah estou bem obrigada por perguntar, e você deve estar ótima né suas ninfas. — falou tão alto que afastei o telefone, Lauren a esse ponto voltara a ver desenho.

— Não graças a você… e sempre que você liga, tem algo errado.

— Não dessa vez, eu poderia esperar vocês voltarem mas como faltam três dias eu tive que ligar. Me ajuda.

— Ajudar com o que? Se for a ver com saltos altos eu juro que quando voltar eu te jogo no mar Dinah!

— Saltos? Não, isso eu já escolhi, preciso de um vestido. Longo ou curto?

— Longo. — Lauren falou enquanto eu fazia cafuné nela.

— Ah, oi branquela. Camila põe no viva-voz. — pediu e assim o fiz. — Ei projeto de Edward Cullen, a Mani gosta do que?

— Desde quando o assunto mudou para Normani? — peguntei confusa, Lauren fez um gesto com a mão e eu quase gargalhei.

— Dinah Jane, você está transando com uma lycan? — falei fingindo horror.

— Cala boca bunduda, você transa por todo canto com a Laur e eu não falo nada, ninfas— Dinah falou me fazendo rir.

— Normani gosta de atitudes Dinah, e gosta de dançar; se for um encontro romântico nada de restaurantes cheios, ela detesta.

 

Lauren disse e Dinah parecia anotar tudo, fazendo sons em concordância. Ficamos um par de horas conversando, agora por videochamada e pude ver Megan brincando com Regina, já que ela estava na casa de Dinah. Meg se deu bem e estava feliz por poder interagir com outras crianças da sua idade.

Notei quando Lauren dormiu, ela pôs uma mão na minha cintura e se aconchegou a mim. Essa viagem só mostrou que estamos mais próximas e em sintonia, por vezes não é preciso falarmos nada, apenas estar perto dela basta.


Notas Finais


um cap calmo sem tretas, aleluia


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