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História The Hybrid - Jantar


Escrita por: EstrabaoJwregui

Notas do Autor


Será que Lauren está certa sobre suas suspeitas sobre Richard?

Bem, veremos.

Boa Leitura

Capítulo 44 - Jantar


Camila POV.

 

Semanas depois do pequeno surto da Lauren, tentei ser a melhor pessoa possível para ela, fiquei ao seu lado sempre, usando o que tinha ao meu alcance para ela não se culpar.

Ocorreu mais um ataque ao nosso clã, uma das garotas foi perseguida, mas nada lhe aconteceu. Pedi para Hayley manter segredo já que nada deu errado, não queria ver Lauren alterada novamente. Ela passou a manter uma estaca de carvalho embebida em veneno sempre o mais próximo dela, temia ela tentar alguma coisa.

 

— É só por precaução, Camila. — ela disse quando me viu olhando em direção a gaveta em seu escritório na mansão.

— Mas não me deixa tranquila você ter algo que possa te matar. É perigoso, e se o inimigo pegar antes de você?

— A gaveta tem um código, é seguro.

— Seguro? Você disse isso antes e agora todo dia aparece alguém querendo nos matar! — exclamei.

— Me desculpe, é provavelmente minha culpa. Nós somos alvos mais interessantes por sermos… fortes demais. Eles tem medo.

— Eu só queria ser normal.

 

Ela levantou-se da cadeira e me abraçou, enfiei meu rosto em seu pescoço inalando seu perfume. Logo estava mais calma, todos esses acontecimentos estavam me deixando no limite. É como se nunca tivesse fim.

Lauren inclinou a cabeça e encostou os lábios nos meus, segurando meu rosto, e nós nos beijamos, ela levou uma mão a minha nuca e a outra para minha cintura, sempre daquele modo protetor e possessivo. Então me beijou com toda calma do mundo, deixando-me saborear e sentir a maciez de seus lábios.

Ela se afastou e seus olhos estavam suaves.

 

— Eu te amo, Lauren. — Ofeguei, sentindo-me atraída por aqueles olhos verdes. — Sempre amei.

— Camila — sussurrou ela. — Também sempre te amei.

 

Eu ainda estava de folga, mas infelizmente Lauren não estava. Mesmo assim eu não podia ficar parada, decidi ver Dinah e tentar me distrair um pouco. Chegando no hospital algumas enfermeiras me cumprimentaram e algumas babavam, não era segredo que eu era alvo de suspiros apaixonados pelos corredores; como se eu me importasse.

Dinah estava no refeitório, segui para lá e a avistei em uma mesa junto de Ally. Como Dinah estava de costas, fiz um sinal para Ally não me dedurar; ela não viu eu me aproximando quando cutuquei sua cintura e falei “boo” em seu ouvido.

 

— Camila sua desgraçada quer me matar? — falou levando a mão ao coração. Ally não segurou o riso e nem eu.

— Olá Dinah, melhor não morrer você é nossa melhor pediatra. Como vai Ally?

— Estou bem Mila, o que faz aqui? Não é seu dia de folga? — afirmei com a cabeça roubando uma maça de Dinah.

— Sim, Lauren foi trabalhar e eu não queria ficar sozinha em casa. Vocês sabem, pelo que está acontecendo. — Ally abaixou a cabeça, ela sabia de tudo pois Dinah sempre lhe contava.

— Ainda não entendi o por que dessa palhaçada toda, eles não poderiam deixar você em paz? — Dinah bufou.

— Acho que esse mundo é mais complicado do que parece. Tudo se move pelo poder, esse tal Richard deve querer tudo pra ele. — Ally falou. Ela tinha razão, tudo até agora se mostrou girar em torno de poder.

 

Fiz companhia para elas até perto da tarde, me despedi delas e dirigi até em casa. Diferente de quando saí, parei o carro e esperei o portão automático se abrir, avistei o carro de Lauren; ela saindo cedo como sempre, estacionei ao lado do seu.

Abri a porta sentindo tudo calmo demais, se Lauren já estava em casa ela viria me receber com um beijo como sempre fazia. Mas a não vinda dela me deixou inquieta.

Joguei as chaves na mesa logo na entrada, tirei minhas botas que me incomodavam, passei o dia em pé ajudando ou enchendo o saco de Dinah, preciso relaxar.

Aos poucos eu já estava em frente ao meu quarto, assim que entro o quarto está um pouco escuro, ouço sua respiração, seu perfume tão convidativo, ela está de pé perto da cama, os cabelos molhados apenas com uma calça de flanela e a toalha sobre os ombros.

Lauren cantarolava uma melodia não conhecida por mim, e mesmo a porta soando um click ao fechar, ela não se virou.

Me aproximei por trás e entrelacei sua cintura, inalei fortemente seu pescoço e deixei beijos no local.

 

— Algo errado? — perguntei passando minhas mãos pelo seu abdômen.

— Se arrume, nós vamos sair. — se virou e meus olhos fixaram em seus seios expostos.

— Para onde, posso saber?

— Um jantar, na mansão Jauregui. — ela falou calma indo até o closet escolher uma roupa.

— Pensei que não queria mais pisar lá.

— E não quero, mas é preciso. Eu vivi lá por um bom tempo, ainda tem coisas minhas no meu antigo quarto.

— Fomos convidadas?

— Sim, Michael parece ter lembrado da filha.

 

Entrei no banho já pensando no cenário que encontraria, não quero esbarrar com Richard novamente. Terminei o banho, saio enrolada na toalha. Lauren estava sentada na cama amarrando seus coturnos. Não era um jantar formal então não usaria vestido, vesti uma calça jeans branca com alguns rasgos, uma blusa cropped também branca, e optei por um blazer caso faça frio.

 

Após ficar pronta, Lauren me esperava ainda sentada na cama, seu olhar foi do celular para mim assim que fiquei a sua frente. Ela pareceu olhar cada detalhe do meu corpo, e um pequeno sorriso surgiu em seus lábios.

 

— Você está linda! — levantou e me beijou rapidamente.

 

Lauren POV.

 

Eu queria evitar o máximo de estresse hoje. Mas parecia impossível com a quantidade de papéis em minha mesa na delegacia. Verônica me alertou que aconteceria, pelas minhas faltas; mas eu não negaria ficar com Camila para fazer a parte burocrática.

A manhã passou rápido, para meu alívio. Mas só para ficar esquisita com o convite de jantar com meu pai. Ele não tinha total culpa, afinal ainda sou uma Jauregui; porém minha escolha de seguir em frente e criar meu próprio clã implicava os mesmos problemas se fosse a criação de um novo país.

Assim que Camila chegou, comecei a me arrumar enquanto ela tomava seu banho; não estava no clima de ir até a mansão mas me lembrei que tinha algo no meu antigo quarto que eu queria. Espero que ninguém tenha mexido lá.

Camila passou por mim apenas de toalha o que me fez a olhar com desejo. Mas logo desviei o olhar quando senti meu celular vibrando.

Troquei mensagens rapidamente com Elliot, o mandei na frente para verificar se era seguro ir. Em seguida recebi uma chamada de Hayley.

 

~

— Tudo limpo e calmo, até demais. Richard não está lá, mas não se preocupe ficaremos por perto.

— Obrigada Hayley. Depois de hoje pode se divertir um pouco. — falei, vendo Camila colocar os saltos.

— Que nada, adoro uma ação de vez em quando. Bom, te vejo mais tarde jauregay. — falou e antes de eu repreendê-la ela desligou.

~

 

Camila parou em minha frente e me levantei, tentando não deixar muito claro que estava babando nela.

 

— Você está linda! — falei selando nossos lábios.

— E você está sexy. — disse piscando.

— Vamos antes que eu desista desse jantar…

 

Meia hora depois eu estava estacionando em frente a casa, os portões já abertos para nossa entrada. Os corredores estavam vazios e silenciosos; a senhora que praticamente me criou andava na frente nos guiando até a sala de jantar.

Assim que entrei, apertei a mão de Camila e respirei fundo. Não se sabia o que eu teria que aturar.

 

— Querida, você veio! — Michael falou vindo em minha direção de braços abertos. — Camila, é uma honra revê-la.

— Obrigada Sr. Michael. — Camila disse sem graça.

— Sem formalidades, me chame de Mike. — ele falou alegre.

— Vamos pai, não encha minha esposa com suas coisas de velho. — falei para melhorar o clima.

 

A sala de jantar cheira a restaurante italiano quando passo pela porta. Viro para Camila, que me lança um olhar de “o que está acontecendo aqui?”, e dou de ombros, como quem diz “eu não sei de nada”, porque, sinceramente, eu não faço ideia. Toco a lombar de Camila passando meu braço por sua cintura, e seguimos o aroma de dar água na boca.

 

— Que cheiro bom! — Camila elogia ao sentar, após eu puxar a cadeira para ela. Michael parecia observar minhas ações.

— Elizabeth fez o jantar. — falou lançando-me um olhar generoso. Elizabeth era a melhor cozinheira da família Jauregui, a minha preferida, nessas horas eu sentia falta de uma cozinheira de mão cheia, já que eu não era lá essas coisas na cozinha.

 

O jantar transcorreu tranquilo e não teve um clima pesado, mas sim de família, de toda maneira Michael é meu pai, Elizabeth apareceu com uma travessa fumegante de lasanha e colocou a minha frente, meus olhos brilharam o que fez Michael e Camila rirem.

 

— Não se preocupe Lauren, pedi a Elizabeth fazer essa especialmente para você. — sorri com o seu gesto. E logo me servi. Nem preciso dizer que comi a lasanha quase toda.

— Algum motivo especial para esse jantar? — Camila perguntou.

— Nenhum, apenas quis ter um momento com Lauren e conhecer você melhor, Camila. Você parece tão nova, e centrada, e se casou com Lauren que é…

— Ela é um pouco complicada, mas é um amor, Michael. — Camila o interrompeu. — É a melhor esposa que eu poderia escolher.

 

Segurei o riso e terminei minha lasanha. Depois do jantar Michael teve que resolver assuntos no seu escritório, falei que haviam coisas minhas ainda no meu quarto, ele não se importou e deixou a mim e Camila a sós. Ela vinha logo atrás de mim, eu andava a passos rápidos, não queria passar mais tempo ali.

 

— Certo, o que estamos procurando? — Camila falou assim que entramos no quarto. Fui direto ao enorme guarda-roupas tirando tudo que vi pela frente.

— Nala.

— Quem? — ela perguntou confusa. Achei-a no fundo, quase escondida.

— Te apresento, Nala. Nala, conheça sua nova mamãe. — falei sorrindo balançando os bracinhos dela na direção de Camila. Que começou a rir.

— Eu não acredito que veio até aqui por causa de uma pelúcia. — Camz sorriu e me puxou para um beijo.

 

Era algo fútil, mas eu pude sondar a mansão um pouco no caminho até o quarto. Havia poucos empregados comparando com o que tinha quando eu ainda morava aqui. Nenhum sinal de exército vampiro a vista.

Estávamos indo embora, Camila falava de como gostou de conversar melhor com Michael e não via isso como algo ruim. No momento que abri a porta para sair, dei de cara com quem mais evitava.

 

— Ora, ora. Eu não fui convidado para o jantar? — falou Richard. — O que houve Lauren, parece que está me evitando.

— Onde estava? Passeando pela cidade, ou quem sabe matando o clã de alguém. — trinquei os dentes, o movimento de desdém que ele fez com os ombros é de tirar do sério.

— Ah, eu sinto muito pelo que aconteceu. As notícias correm, e algo me diz que acha que tem dedo meu nisso? — arqueou as sobrancelhas. — Sinto informar, mas não. Eu não faria isso com alguém da família.

— O que?! Mas você quer mandar em mim não é? Como um soldado sem propósito que acata tudo que quiser sem questionar! — arfei apertando Nala em meus braços.

— Você ficou tempo demais nas suas viagens pelo mundo e não conhece mais seu avô? Estou velho demais para brincar de Deus.

— Mas, dezenas dos meus…

— Eu soube de uma matilha de lobisomens passando pela cidade, pode ter sido eles. Infelizmente não estamos isentos de fatalidades. Tem muito que aprender ainda Lauren, comandar um clã não é tão simples como imagina. Agora se me dão licença.

 

Eu fiquei parada com aquelas informações, mesmo depois dele saindo da minha frente, permaneci parada. Camila teve que puxar meu braço para eu andar.

E se Richard estiver certo? Fatalidades também nos acontecem, em maior frequência do que roubos ou assassinatos com os humanos.

 

— Lo, pare de pensar nisso. — sussurrou, sua mão tocou meu rosto me fazendo olhá-la. Estávamos deitadas de frente para a outra. Toquei sua cintura, e acariciei a lateral do seu corpo, parando na volumosa bunda. Me aproximei capturando seu lábio e a beijei.

Mas me pergunto se eu acostumaria em agir como um casal normal.

Eu devo me concentrar no agora, no que está aqui na minha frente. Não importa se há tempos de paz ou não. Se da noite para o dia aparecer um inimigo, não importa.

Importante é eu viver como se cada dia fosse mais importante que o outro. No final de tudo isso, faço tudo por Camila.

 

— Eu vou garantir que tenha uma vida o mais normal possível… — sussurrei.

— Lauren não precisa… — a interrompo com um beijo.

— Deixe-me fazer isso, Camz. Vamos fazer coisas de casais, nós pulamos essa parte e você é do tipo que gostaria de ter passado as etapas de um namoro não é? — pergunto e ela cora. Desviando o olhar. Beijo o topo da sua cabeça.


Notas Finais


Não vai ter treta por agora, para vossa alegria.

Vou focar mais no casalsinho, e parando pra pensar Lauren evoluiu bastante desde que conheceu Camila. Não houve aquela tipico cronograma de se conhecer, namorar e etc. Camila por ter sido "normal" boa parte da sua vida sente falta disso, querendo ou não ela ainda é uma "humana" superdotada.

mas me digam se quiserem treta ou mais amorzinho

E FELIZ PÁSCOA MEUS AMORES :)


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