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História The Hybrid - Bad Habits


Escrita por: EstrabaoJwregui

Notas do Autor


Hallo! e aí tudo beleza?
Então meus amores, se preparem que chega de flores e amores.... Estamos quase no capítulo 50 e aqui se inicia uma nova trama; onde o passado e o presente se cruzam e em todos os momentos existe uma escolha. Podemos nos agarrar ao passado, ou aceitar a inevitabilidade da mudança, e permitir que um futuro melhor se desenrole diante de nós. Um futuro incerto, que pode atrair até mesmo pessoas incertas. De qualquer forma, um novo dia está chegando. Quer queiramos ou não. A questão é: Você irá controlá-lo ou ele vai te controlar?

Capítulo 49 - Bad Habits


Fanfic / Fanfiction The Hybrid - Bad Habits

Um ano depois…

 

Camila POV.

 

No período de um ano, nada aconteceu. Era como uma benção, eu e Lauren nos aproximamos mais, Dinah está em um relacionamento sério com Normani, Hayley se tornou a segunda no comando do clã já que Lauren não tinha muito tempo; ela tinha a delegacia para cuidar, e pequenos a grandes crimes para solucionar.

Eu me tornei a médica mais dedicada e reconhecida do St Michael's Hospital, ajudava os mais novos, dando ordens e tarefas, até participei de uma cirurgia importante de transplante de coração.

Tudo no mais normal possível.

 

Eu até desconfiava que tinha algo errado, mas foram passando os meses e nenhuma tentativa de assassinato, ou sequestro ocorreu.

Respirei aliviada, acabo de terminar mais um plantão. Jogo minhas coisas na bolsa e marcho para o estacionamento onde meu BMW Z5 vermelho me aguardava. A rua estava pouco movimentada então logo cheguei em casa.

Elliot que fazia sua ronda diária me cumprimentou e veio abrir a porta do carro para mim, as vezes acho que Elliot ainda vive na Era medieval.

 

— Boa noite senhora. — ele disse estendendo a mão para eu sair do veículo.

— Elliot, já disse que pode me chamar de Camila. Lauren já chegou?

— Sim.

 

Subi os degraus da entrada calmamente, a noite estava fria, sinal que o inverno está chegando. Encontrei Lauren deitada no sofá com a cara enfiada em um livro grosso e de capa dura, Lady estava descansando em suas pernas.

Sentei-me no outro sofá tirando meus saltos e ela continuava entretida naquele livro.

 

— O que há de tão interessante nesse livro? — perguntei e ela, por fim, me olhou.

— Oh, desculpa Camz.

— Você leu todos esses livros? — digo apontando para uma pilha de livros sobre a mesa de centro.

— Quase todos, falta este. Estava com tédio então peguei esses livros na biblioteca da mansão; era para conter todos os clãs já existentes até o século XIX.

— E tem algo errado? — ela olhou para mim, depois para o livro, suspirou e abriu um livro que tinha as páginas marcadas.

— Eu li mais de cem livros daquela biblioteca e eu nunca encontrei sobre os Estrabao… no mínimo é um tanto intrigante. — falou franzindo o cenho.

— Por que quer saber do passado?! Eu não estou nada interessada em mexer em poeira cósmica, pelo que Cassandra disse eu sou a única e minha linhagem é bem distante dos Estrabao.

— Cass mentiu sobre muitas coisas, porque não mentiria sobre você ser a única herdeira deles, e entendo que não queira saber do seu passado. Mas acho que a “poeira cósmica” mandou um presente.

 

Ela disse levantando e mexeu entre os livros no chão e ergueu uma caixa de metal. Ela me estendeu a caixa e examinei a pequena caixa em minhas mãos. Quem poderia ter me mandado?

Empurro a pequena fechadura, e a pequena caixa, pouco maior que uma caixinha para comprimidos, se abre. De dentro dela, retiro um pedaço de papel dobrado. Do lado de fora, é possível ler: “Para Karla.”

Meu primeiro nome que eu nunca uso.

Nunca pedi detalhes e meus pais adotivos não me forçaram a saber mais do que já sabia.

Eu me sentia feliz em ser Camila Cabello. Para mim, Karla Estrabao não existia.

 

— Não vai ler? — Lauren disse num sussurro.

— Não. E você vai parar de tentar achar algo do meu passado.

 

Saí batendo o pé, levando a tal carta comigo; a joguei na última gaveta e tranquei com a chave, por um minuto quis bater e arranhar aquele lindo rosto de Lauren. Ela não tinha que ficar cavando um buraco onde não levaria a lugar nenhum, estou superbem com o meu futuro, com ela e nada do passado desconhecido vai estragar isso.

Não estou interessada em um passado que não me pertence, se Cassandra mentiu eu não estaria surpresa; mesmo ficando um pouco curiosa minha vida estava muito melhor sem saber.

 

Lauren POV.

 

Eu fui invasiva, mas quem não gostaria de entender a si mesma? Haviam lacunas na vida de Camila, lacunas que eu queria suprir. Em nenhum momento se passou pela minha cabeça ser indelicada, mas assim que pensei na possibilidade dos pais biológicos dela estarem vivos, fui tomada por um sentimento protetor. Apoiar e entender esse vazio que tem na história dela.

Desde que Cassandra falou de como ela foi dada para Sinu e Alejandro cuidar eu só imaginava que ainda tinha muita história não contada. E se os pais conseguiram fugir da perseguição e se misturar aos humanos e passarem despercebidos durante os anos?

Eu só conseguia levantar hipóteses, mas alguém que a conhece bem, mandou aquela caixa.

Eu havia acabado de chegar da delegacia quando em frente a porta tinha uma caixa, ninguém havia visto quem a colocou ali e desde então me enfiei nos livros tentando encontrar algo que explicasse as gravações estranhas na caixa.

Resultado? Nada.

 

Ouvi a porta do quarto ser fechada com força. Acho que ela está zangada comigo.

 

— Suponho que vou dormir no sofá. — falei olhando para Lady que bufou e se esticou. — Okay, eu vou falar com ela.

 

A porta do quarto não estava trancada o que considerei uma boa coisa. Camila já estava deitada com o rosto no meu travesseiro, subi devagar na cama atenta a qualquer objeto que poderia voar em minha direção.

 

— Camz… me desculpe se te pressionei. Eu não queria…

— Não sei do que está falando, porque demorou a vir deitar? — ela abriu os olhos e me puxou para a cama, caí sobre ela e a abracei. Sabia que ela fingiria que nunca viu aquela carta e eu não iria mais incomodá-la com isso.

— Estou aqui agora.

 

[…]

 

— Não estou entendendo nada. — reclamou Dinah depois que contei o que aconteceu na noite anterior.

— Nem eu, ontem ela parecia brava depois não me largou enquanto dormia… ainda sinto meu braço dormente.

— E a carta? — Dinah sussurrou, estávamos na cafeteria em frente ao hospital. O sino da porta soou e olhei esperando ser Camila.

 

Mas era Lawrence com seu patético sorriso presunçoso.

 

— Olá senhoritas. — se aproximou como se fosse convidado.

— Olá projeto de Ken. — Dinah alfinetou me fazendo rir.

— A que devo a desonra? — falei mostrando indiferença.

— Vejo que guarda mágoa, Laur. Enfim, soube que está recrutando, onde me inscrevo? — ele piscou aqueles malditos olhos verdes parecendo um gatinho.

— Você chegou um ano atrasado, meu clã está muito bem estruturado; não preciso de você.

— Okay, mas se precisar de uma ajudinha… sabe onde me encontrar. — Lawrence piscou, pegou seu café e saiu.

— Se ele não fosse tão filho da puta eu pegava ele. — Uma voz surgiu atrás de mim fazendo-me engasgar com meu suco. Era Hayley.

— Hayley o que eu disse sobre você surgindo do nada? — falei, ela sorriu.

— Você me chamou, mas agora me explica esse lance de carta.

 

Contei tudo para ela que ficou bastante intrigada, assim como eu.

— Tá, qual é o plano? — Hayley perguntou depois que terminei de contar.

— Não tem plano Hay, ela não quer saber o que tem na carta e eu vou respeitar isso. Podemos focar em ser um pouco normais? — pedi.

 

Dinah e Hayley concordaram e o assunto foi encerrado.

 

~Dia seguinte~

 

Acordei cedo para correr um pouco, meus músculos estavam ficando acostumados a rotina relativamente calma de acordar, trabalhar, e voltar para casa. Descobri que não tem nada mais tedioso que isso, como os humanos não se sentem frustrados realizando a mesma tarefa sempre? Então correr pelo bosque do parque era uma terapia relaxante. Não era uma emoção das quais eu usufruía antes, mas melhor que nada.

O relógio no meu pulso apitou mostrando que eu já havia corrido dez mil metros. Voltei ao centro do parque e como ainda era cedo, nem o sol havia saído ainda, usei minha velocidade para voltar.

Tomei um banho demorado e relaxante, vesti meu maior moletom; não estou com ânimo para trabalhar. Após tudo isso, Camila ainda dormia.

Os primeiros raios solares entraram pela janela enquanto eu preparava o café da manhã, além disso eu precisava me alimentar de outra coisa. Fui até a dispensa e destranquei o freezer onde mantinha o estoque para emergências. Estava vazio.

Nada bom. Enquanto durasse as fases das luas eu não me preocupava em me alimentar, sendo assim ficando vários meses sem beber uma gota de sangue, um erro que teimo em deixar acontecer.

 

Meus instintos notaram alguém ao redor da casa, não era surpresa a curiosidade dos vizinhos; uns mais ousados ultrapassavam a cerca da propriedade.

Deixei os alimentos que preparava em cima da bancada e andei até a varanda. Havia um jovem de cabelos pretos agachado perto da garagem. Parecia admirado com meus carros e moto.

 

— Perdeu alguma coisa, criança? — me aproximei em silêncio e sussurrei em seu ouvido. Ele se assustou e quase caiu para trás, mas o segurei prontamente.

 

Olhei em seus olhos e ele parecia confiante, podia ler sua mente e as formas sujas que ele me imaginava. Não demorou muito para ele tentar algo comigo.

 

— Você tem belas máquinas aí dentro. — falou apontando para a garagem, mas seus olhos estavam no meu corpo. Eu usava um short jeans curto, com um top preto e por cima uma blusa xadrez.

— Esta é uma propriedade particular. — falei calma tentando não me concentrar em seu pescoço pulsante.

— Ah, eu acabo de me mudar e fiquei curioso sobre meus vizinhos. Então estou visitando todos. — o garoto disse.

— Quando você vê uma cerca viva é porque provavelmente o dono não quer que cheguem perto… os perigos estão por toda parte, tome cuidado.

— Woah! Seus olhos mudam de cor? Que maneiro! — ele exclamou fazendo-me piscar. Não seria de todo ruim usá-lo para aplacar minha sede, seria?

— É a luz que deixam meus olhos assim. Agora, quer entrar e ver minhas máquinas?

 

Seus olhos brilharam e afirmou com a cabeça, andei na frente o garoto veio logo atrás, abri a garagem e sutilmente o empurrei para dentro. Fechei a porta atrás de mim e a tranquei.

 

— Que demais! Isso é um Maserati?! Gostei daquele vermelho… uau! Essa moto é o modelo que ainda nem foi lançado!

— Amo vermelho também, ei não toque em nada. — adverti quando suas mãozinhas iam tocar no carro de Camila.

 

Mas ele não me ouviu, movi-me rapidamente segurando sua mão. Ele me olhou assustado e eu podia ver o que estava pensando “como ela chegou aqui tão rápido”.

 

— Eu disse, não toque. — a sensação de superioridade fez eu me recordar dos tempos passados. Onde eu atraía uma vítima indefesa e usava-a. Olhei no fundo de seus olhos e ele se acalmou, compulsão com humanos chegava a ser ridículo de tão fácil. — Não grite, eu vou morder você e a sensação será prazerosa.

— Não gritar… — ele sussurrou.

 

Delicadamente cravei minhas presas no seu ponto de pulso, o sangue jorrou para dentro de minha boca e não pude conter um gemido de satisfação. Fazia tanto tempo que eu não tomava direto da fonte e que esqueci como é maravilhoso. Nem precisei sugar com muita força, o sangue entrava na minha boca naturalmente, senti as mãos do garoto tremerem ao apertar meu braço então quando o fluxo de sangue diminuiu me dei conta de que faltava bem pouco para o garoto entrar em colapso. Um hábito ruim que ainda habita em mim, se eu não tivesse um mínimo de consciência eu teria me alimentado até o seu último suspiro.

 

— Oh merda. Acho que me empolguei. — Limpei os cantos da minha boca e dei uns tapas no rosto dele para acordá-lo. — Volte para casa e descanse, você teve uma noite de sexo selvagem e ganhou esse roxo no pescoço. Está tudo bem.

 

Ele parecia um pouco desnorteado pela compulsão, mas logo foi embora e pude me recompor. Sangue de jovens eram mesmo os mais saborosos. Saí da garagem e tranquei-a bem, Lady que estava na varanda me olhava atenta; assim que passei pela porta lateral e entrei na cozinha dei de cara com Camila.

 

— O que faz acordada? — perguntei.

— Preparando o café que alguém fez pela metade. — disse o óbvio. Pigarreei e me pus atrás dela, beijando seu pescoço exposto. — Onde estava?

— Lady queria dar uma volta. — menti.

— Tudo bem. Terminei aqui, será que podemos tomar café? Estou morrendo de fome.

 

Disse sorrindo e beijei sua bochecha. Sentamos a mesa e o gosto do garoto ainda estava em minha boca.


Notas Finais


Alguém do passado, quem será?
Será que o lado vampiro vai tomar o controle de Lauren?

Bem, nos vemos na próxima (:


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